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Sumativa 1
Segundo o RSIUEE, art.º 39, define-se disjuntor como um aparelho de corte, comando e proteção, dotado convenientemente de
poder de corte para corrente de curto-circuito e cuja atuação se pode produzir automaticamente em condições pré-determinadas.
Qualquer órgão de proteção e de corte é caracterizado pelas seguintes grandezas:
1. Poder de corte: máxima intensidade que o aparelho corta, sem destruição do seu invólucro;
2. Tensão nominal: é a tensão que serviu de base ao seu dimensionamento (projeto);
3. Poder de fecho: máxima intensidade que o aparelho pode ligar sem destruição do seu invólucro.
A corrente nominal in é designada na prática por calibre.
Características do disjuntor
1. Uma das principais características dos disjuntores é a sua capacidade de serem rearmados, após actuarem para a interrupção do
circuito, em virtude da ocorrência de uma falha.
2. Diferem assim dos fusíveis, que também são utilizados para protecção de circuitos, mas que se tornam inutilizáveis após a
actuação.
3. Apesar de não serem indicados para tal, os disjuntores podem ser utilizados como dispositivos de manobra em casos especiais,
nestes casos, funcionando como um interruptor do circuito.
Constituição do disjuntor
1. Manopla - utilizada para fazer o fecho ou a abertura manual do disjuntor. Também indica o estado do disjuntor
(Ligado/Desligado ou desarmado). A maioria dos disjuntores são projectados de forma que o disjuntor desarme
mesmo que a manopla seja segurada ou travada na posição "ligado".
3. Contactos - Permitem que a corrente flua quando o disjuntor está ligado e seja interrompida quando desligado.
4. Terminais;
5. Trip bimetálico;
6. Parafuso calibrador - permite que o fabricante ajuste precisamente a corrente de trip do dispositivo após montagem.
7. Solenóide ou bobina;
Existem diversos tipos de disjuntores, que podem ser desde pequenos dispositivos que protegem a instalação eléctrica de uma única
habitação até grandes dispositivos que protegem os circuitos de alta tensão que alimentam uma cidade inteira. Os disjuntores térmicos
utilizam a deformação de placas bimetálicas causada pelo seu aquecimento. Quando uma corrente eléctrica excessiva atravessa a placa
bi-metálica ou quando atravessa uma bobina situada próxima dessa placa, aquece-a, por efeito Joule, directamente no primeiro caso e
indirectamente no segundo, causando a sua deformação. A deformação desencadeia mecanicamente a interrupção de um contacto.
Existem diversos tipos de disjuntores, como mais usuais temos: Disjuntor eletromagnético, Disjuntor magnotérmico, disjuntor
diferencial.
Disjuntor térmico
Um disjuntor térmico é um sistema electromecânico simples e robusto, porém não é muito preciso e dispõe de um tempo de reacção
relativamente lento para actuação. A protecção térmica tem como função principal a de proteger os condutores contra os sobreaquecimentos
provocados por sobre correntes eléctricas prolongadas no circuito.
Disjuntores Magnéticos
Na ocorrência de uma subida brusca na intensidade da corrente eléctrica, como é o caso de um curto-circuito, a forte variação de intensidade
produz - segundo as leis do electromagnetismo - uma forte variação do campo magnético em uma bobina interna ao disjuntor.O campo
magnético induzido provoca o deslocamento do núcleo dessa bobina, feito normalmente de um material ferromagnético, este movimento faz
com que o circuito eléctrico se abra, completando assim sua protecção. A interrupção é instantânea no caso de uma bobina rápida ou
controlada por um fluido no caso de uma bobina que permite disparos controlados.O tipo de funcionamento dos disjuntores magnéticos
permite-lhes substituir os fusíveis na protecção contra curto-circuitos. O valor de intensidade da corrente eléctrica para actuação nesses casos
pode ser de três a 15 vezes a intensidade nominal. Várias curvas de disparo estão disponíveis para os vários tipos de circuitos existentes, seja
corrente contínua, seja corrente alternada de diversas frequências.