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LEIT

ANTENAS PARA ONDAS QUILOMÉTRICAS E


ONDAS LONGAS

ONDAS QUILOMÉTRICAS
ONDAS LONGAS (LW)
BAIXAS FREQUÊNCIAS (LF)
ONDAS LONGAS
Tipo de antena: Antena vertical posta ao solo (AVPS)
Modo de propagação: Propagação por onda de terra

Vantagem da propagação em ondas longas:

Perdas de propagação no solo pequenas, devido ao efeito pelicular pouco intenso.

Em consequência:
Para a mesma potência radiada e para o mesmo nível de ruído natural, o alcance é
muito maior do que em Ondas Médias

Desvantagem da propagação em ondas longas:


Nas regiões do globo terrestre onde o nível de ruído natural é muito elevado, como é
o caso do continente africano, é desaconselhável o recurso à propagação em ondas
longas.
ONDAS LONGAS
 
Outras desvantagens da propagação em ondas longas
• Antena muito alta e, portanto, muito cara.
• Mesmo sendo a antena muito alta, será sempre uma AVPS muito curta e
em consequência:

<<
• A bobina de alto L, que se tem que pôr em série para compensar a

reactância capacitiva da antena, terá que ter muitas espiras e, portanto .

Isto é mais uma razão para


Impedância da AVPS no Plano d’Argand
ONDAS MÉDIAS

ONDAS HECTOMÉTRICAS
ONDAS MÉDIAS (MW)
ONDAS MÉDIAS

Tipo de antenas: AVPS


Modo de propagação: Propagação por onda de terra

Vantagem da propagação em ondas médias relativamente às


ondas longas
• Antenas mais baixas do que em O.L. e, portanto, mais baratas.
• Rendimentos mais elevados do que em O.L., o que em parte
compensa as mais elevadas perdas de propagação no solo.
• Nível de ruído natural mais baixo
Serviços em que são usadas as ondas longas e médias

São usadas em vários serviços de comunicações, em particular:

• Comunicações móveis marítimas e aeronáuticas


• Radionavegação marítima e aeronáutica

• Mas onde são mais fortemente usadas é na Radiodifusão


Sonora.
Tipo de antena adequado para as bandas de OL e OM . (1)

Da teoria dos dipolos, uma antena simples que poderia ser usada seria um
dipolo vertical colocado imediatamente acima do solo e teria uma radiação
máxima em todas as direcções perpendiculares ao dipolo.

A antena deste tipo seria eficiente, mas não de fácil construção nestas
bandas de frequências.
Tipo de antena adequado para as bandas de OL e OM . (2)

Para resolver o problema, em vez de utilizarmos um dipolo, utilizamos meio


dipolo imediatamente instalado acima do solo.
Pela teoria de imagens, o meio dipolo imediatamente acima do solo simula,
com a sua imagem, um dipolo completo. Resultante, portanto, a chamada
antena vertical posta ao solo (AVPS).
Diferenças entre a Radiodifusão e Radiocomunicacões
AVPS do tipo clássico
• As espias são seccionadas por isoladores, para reduzir o seu acoplamento
com a torre radiante.
• O terminal de terra é ligado a um sistema de terra constituído por fios
condutores distribuídos de forma radial e enterrados no solo.

Isoladores de espias
Isolador de base da antena de OM

Torre radiante

Isolador de base
Linha de transmissão
Sistema de terra da antena
O sistema de terra ideal é composto por 120 radiais de fio de
cobre de 3 a 4 mm de diâmetro de comprimento 𝜆/2,
enterrados a 30 a 80 cm de profundidade.
Ligação dos radiais
Antena de OM espiada
Características eléctricas principais de AVPS
a) Força cimomotriz específica da AVPS
  cálculo da f.c.m específica em função da altura da antena em qualquer direcção
O
no plano horizontal é indicada na figura pela linha cheia e corresponde à função
teórica .

2 𝜋h 2𝜋 h
  cos ( )
. 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ❑ − 𝑐𝑜𝑠
 
𝑓 ( 𝜑 ,𝜃 )=
𝑐𝑜𝑠 𝜃
 
Diagramas de Radiação no plano vertical de AVPS - .

 Antenas normalmente usadas:

Antena vertical de meia onda


Antena vertical de quarto de onda
Antena vertical curta (
b) Impedância da AVPS
Esquema equivalente da AVPS

 • A impedância de entrada de uma AVPS de altura

é metade do dipolo de comprimento


• A impedância de uma AVPS depende da altura da
antena e do seu diâmetro equivalente.

 
⃗ 𝑉 ⃗

𝑍 = ⃗ 𝑍=( 𝑅 𝑟 + 𝑅 𝑝 )+ 𝑗𝑋
𝐼
Componente resistiva da AVPS
360 h
h  𝑜 =
𝜆

 ltura eléctrica da antena;


altura da antena;
diâmetro de cada condutor.
diâmetro do círculo circunscrito da antena;
- número de condutores da gaiola.
Componente reactiva da AVPS
Quartelada
Problema 1
Determinar a impedância que se espera que uma AVPS de quarto de
onda venha a ter após Montagem se a sua secção transversal for a
indicada na figura e na frequência de 738KHz.
Resolva o mesmo problema para uma AVPS de meia onda.
Determine também, para os dois tipos de antena, qual a altura que a
antena deveria ter para ser ressonante.
Problema 2
 
Projectar uma malha de adaptação tipo T para fazer a adaptação da impedância da
AVPS de quarto de onda, determinada no problema anterior, ao cabo coaxial de 5
0Ω que interliga o emissor com a antena.
Problema 3

Calcular o rendimento de uma AVPS admitindo que a resistência de perdas é a mesma


para as três antenas e igual a nas seguintes condições:

a) Antena curta (em que a impedância da antena é .


b) Antena de quarto de onda (.

c) Antena de meia onda (.


Rendimento da AVPS clássica

Nem toda a potência que o emissor fornece à antena é radiada para o espaço, uma
parte perde-se na própria antena

 
Rendimento da antena ():

   𝑃𝑎 =𝑃𝑟 + 𝑃 𝑝  - resistência de radiação da antena

2 - resistência de perdas da antena


 𝑃𝑎 = ( 𝑅𝑟 + 𝑅 𝑝 ) . 𝐼
 - potência de alimentação da antena

  - potência radiada pela antena


- potência perdida na antena
Circulação da corrente
Circulação da corrente no Dipolo Circulação da corrente na AVPS

Na antena de dipolo a corrente circula nos braços do Nas AVPS a corrente não circula só na parte metálica
dipolo normalmente de cobre ou alumínio, da torre, a corre circula também na terra e a terra não
• as perdas ohmicas são muito baixas; é um bom condutor.
• As perdas dieléctricas nos isoladores são ainda • O rendimento de uma AVPS aumenta à medida
mais baixas, que a altura da antena aumenta, até antigir um
• Rendimento sempre muito elevado, muito próximo máximo por volta de
dos 100%.
A influência da dimensão transversal da torre

Antena com uma certa dimensão


Antena infinitamente fina transversal

  Linhas de força do
Campo eléctrico

Equivalente a
AVPS dobradas
AVPS dobradas
AVPS dobradas
AVPS dobradas

Vantagens:
• Não é necessário isolador de base.
• Não é necessária protecção contra descargas atmosféricas.
• A antena pode servir de suporte de antenas de VHF ou UHF de outros
serviços (Rádio FM, televisão, comunicações) sem unidades suplementares.
• Devido à sua grande largura de banda, a antena pode ser usada para
transmitir mais do que um programa num sistema de multiplex.
• A antena pode ser feita com torre auto-sustentada e, desta forma, ocupa
menos espaço.

Inconveniente:
• A antena é mais cara e mais difícil de montar.
Antena de OM dobrada - 6 fios
Antena de OM autosustentada
Antenas com carga capacitiva no topo
Protecção contra descargas atmosféricas

• A torre da AVPS clássica está isolada da terra pelo isolador de base e,

portanto, não há um percurso de baixa resistência para a passagem da


corrente eléctrica da descarga atmosférica.
• Não havendo um circuito natural de drenagem, a tendência será

curto-circuitar os isoladores das espias ou mesmo o isolador de base com

arco eléctrico, o que provoca a destruição dos isoladores e, portanto, a forte


danificação da antena e a longa paragem da transmissão.
• A solução é usar disruptores apropriados na base da torre.
Protecção contra descargas atmosféricas
Protecção contra electricidade estática
A torre acumula carga eléctrica por três processos distintos:

• Por fricção pelo ar em movimento,


• Por indução pelas núvens carregadas de electricidade quando passam s
obre a torre,
• Pelo depósito na torre de partículas ionizadas de poeiras e fumos.
Não tendo por onde se escoar devido ao isolador da base e aos isoladores
das espias, a carga eléctrica está sempre a aumentar o que provoca o
aumento gradual do potencial eléctrico (V = Q/C , onde C é a capacidade da
torre de acumular carga eléctrica).
Quando o potencial atinge um certo valor começa a saltar arco nos
isoladores, o que provoca grande ruídeira no receptor e pode destruir os
isoladores.
Protecção contra electricidade estática
A malha de adaptação poderá ser projectada de modo a proporcionar
um fácil escoamento da carga eléctrica para a terra através das bobinas.

Mais comummente usa-se um choque de radiofrequência, de coeficiente de


autoindução L muito elevado, à saída da malha de adaptação.
Para a portadora modulada de frequência muito elevada (radiofrequência),
que vem do emissor, é como se não houvesse o choque de RF devido à sua
muitíssimo alta reactância. Para a carga eléctrica da torre, o choque é
praticamente um curto-circuito.
Malha de adaptação

 
 
 
 
 
Malha de adaptação
Solução simplificada que conduz a bons resultados:

 
Malha de adaptação

Bobina de
choque de
RF (CRF)
Sinalização diurna da torre

• Para melhor ser distinguida pelas aeronaves, a torre é


pintada alternadamente a branco e vermelho.

• Nas torres construídas com quarteladas de 3 metros,


pintam-se duas quarteladas a branco alternadamente
com duas quarteladas a vermelho.
Sinalização nocturna da torre
Antenas direccionais de O.M.
Tem como objectivo:
• Adaptar a radiação à zona a cobrir;
• Reduzir interferências.
Antena direccional de radiação longitudinal
Antenas direccionais de O.M.
Antena direccional de radiação transversal
Antenas direccionais de O.M.
Sistema de antenas a 2 dimensões
Potência dos emissores de O.M.
 

A potência do emissor é a potência da portadora aos terminais de saída.


A potência das bandas laterais, onde está inserida a informação que se
pretende transmitir, aumenta com a percentagem de modulação.

Para 100% de modulação, cada banda lateral tem uma potência de 25%
da potência da portadora. As duas bandas laterais têm, portanto, 50% da
potência da portadora.

Acima de 100% de modulação há severa distorção.


Se um emissor de potência P está a transmitir com 100% de modulação, a
potência total transmitida é P + 0,25P + 0,25P = 1,5P.

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