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Parafuso

peça utilizada para fixar um objeto em


outro com maior segurança

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Saiba mais

Parafuso

máquina simples
Tipo
type of machine element (d)

Características
Composto rosca
de bolt (en)
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O parafuso é uma peça metálica ou feita


de matéria dura (PVC, plástico, vidro,
madeira, entre outros), em formato
cônico ou cilíndrico, sulcada em espiral
ao longo de sua face externa e com a
sua base superior adaptada a diversas
ferramentas de fixação (cabeça do
parafuso), como chave de fenda ou
demais modelos: Fenda cruzada
(Phillips), Pozidriv, Torx, Allen, Robertson,
Tri-Wing, Torq-Set e Spanner. Sua cabeça
também pode ser quadrada ou
sextavada para ser utilizada por chave de
boca ou chave inglesa.

Tipos de cabeças de parafuso:


(a) Fenda, (b) Chave Phillips,
(c) Pozidriv, (d) Torx, (e) Allen,
(f) Robertson, (g) Tri-Wing, (h) Torq-
Set, (i) Spanner

O parafuso tem por finalidade ser o


elemento de fixação de duas ou mais
superfícies, combinadas ou em junções
diferentes, como a madeira, parede de
alvenaria (neste caso com a utilização de
bucha de fixação), chapas metálicas ou
numa matriz de matéria pouco dura ou
dura, podendo associar o uso de porcas
ou através do efeito combinado de
rotação e pressão (penetração por
progressão retilínea) em um orifício
destinado exclusivamente para recebê-lo,
sulcado em sentido contrário ao espiral
ou não.[1][2][3][4]

Mecanicamente
Mecanicamente o parafuso é um órgão
que tem por fim transformar um
movimento de rotação em torno do seu
eixo num movimento de translação
segundo esse eixo. O sistema parafuso é
formado por duas peças que se moldam
perfeitamente uma na outra: o parafuso
propriamente dito, e a porca.[3]
Estrutura e aplicação

A função do parafuso como item de


construção ou acessório de máquinas
pode ser a de peça de ligação, de
mecanismo cinemático como
transformador de movimento ou como
multiplicador de esforços. No primeira
caso, isto é, como peça de ligação, o
parafuso vem roscar-se na porca que
pode ser uma das peças a ligar (ligação
de peças de estrutura ou peças de
máquinas). No caso de transformação
de movimento, uma das peças, a porca
ou o parafuso, é fixa, deslocando-se a
outra, pelo movimento de rotação dado,
numa trajectória rectilínea, o que é
aproveitado para transmitir, então esse
movimento ao ponto de aplicação; é o
caso de abertura ou fecho de uma
válvula de corrediça, do comando de
alavancas, das prensas por parafusos,
etc.

A redução dos esforços por intermédio


de parafuso pode-se obter de forma igual
se houver transformação de
movimentos, como nos casos atrás
apontados, ou por meio de uma jogo de
engrenagens especiais: parafuso sem-
fim e roda dentada, em que o movimento
de rotação do parafuso é transmitido,
desmultiplicado, ao veio da roda
dentada, situado num plano
perpendicular ao eixo do parafuso.
Chama-se passo do parafuso a distância
compreendida entre dois pontos
consecutivos de um filete sobre a
mesma geratriz do cilindro onde o filete
está inscrito, medida sobre essa geratriz
e que corresponde ao deslocamento do
parafuso no sentido do eixo para uma
rotação completa daquele.

Chama-se coroa da rosca a parte mais


saliente do filete e fundo da rosca a
parte mais reentrante; a distância entre
estes dois pontos medidos num plano
perpendicular ao eixo é a profundidade
da rosca. No respeitante à forma do
filete, ela pode ser triangular (a mais
vulgar), trapezoidal, rectangular,
(também chamada de fita) ou em meia-
cana. O número de filetes do parafuso
pode ser diferente de um se há
necessidade de lhe dar um passo muito
grande (muito avançado) e então ter-se-á
parafusos de dois, três ou mais filetes,
que se designam por parafusos de duas,
três ou mais entradas, que
correspondem ao número de posições
que a porca pode tomar para começar a
roscar-se no parafuso.

O filete ou filetes do parafuso e a


respectiva porca podem ser enroladas no
sentido dextrorso ou no sentido
sinextrorso, os parafusos, dizem-se
então, respectivamente, de rosca direita
ou de rosca esquerda. O parafuso é
formado por uma espiga que é a parte
cilíndrica, na qual se abriu a rosca, e pela
cabeça, situada normalmente numa das
extremidades e geralmente também de
maior secção que a espiga. Se a rosca
não é aberta em todo o comprimento da
espiga, diz-se então que o parafuso é de
arreigada lisa; a arreigada pode ter uma
secção diferente da circular, por exemplo
quadrada, diz-se então o parafuso de
arreigada quadrada (ou de forma da
secção que tiver).

A cabeça pode apresentar diversas


formas: quadrada, sextavada, de
tremoço (ou esférica), contrapunçoada,
cónica, ou de grampo, forma que as
porcas também podem tomar, além de
outras, como, por exemplo, a porca de
orelhas, cuja forma é estabelecida para
facilitar o seu aperto manual.[3][5] O
parafuso que para apertar uma peça é
roscado em outra peça de conjunto;
pode ter cabeça ou não ter, ficando então
fixo na peça onde esta roscado e o
aperto da peça a fixar é feito por meio de
uma porca. Para evitar, naqueles
parafusos sujeitos a vibrações, que se
desapertem ou desenrosquem,
empregam-se dispositivos especiais de
fixação das porcas ou da cabeça do
parafuso, como o emprego de anilhas de
chapa, que se dobram contra uma da
faces da porca; anilha de mola, anilha
belleville, porcas com rasgos ou furos,
por onde se introduz um troço, dupla
porca, etc.

História

Archytas - O pai
do parafuso

A origem do parafuso possui algumas


versões e uma destas aponta como o
inventor, o grego Arquitas de Tarento (ou
Archytas de Tarentum) por volta de 400
a.C., quando desenvolveu o parafuso
para ser utilizado em prensas para a
extração de azeite da olivas, bem como,
para a produção de vinho. Outra
personalidade que desenvolveu
aplicações científicas com o uso do
parafuso foi Arquimedes, por volta de
250 a.C. , quando desenvolveu o
princípio da rosca e utilizou-o para a
construção de dispositivos para o
transporte de água na irrigação. Porém, é
de amplo conhecimento que os romanos
utilizavam, e muito, o princípio de
Arquimedes para a extração de minérios
em suas minas, bem como, para pivôs
em portas.

Algumas evidências apontam o parafuso


como parte integrante de rústicos
instrumentos cirúrgicos pelos anos de 79
a.C.. O parafuso já era descrito em livros
do início do século XV e anos mais tarde,
Johann Gutenberg já os utilizava em sua
impressora.[6][7]

Leonardo Da Vinci chegou a desenhar


algumas máquinas para fabricar o
parafuso, mas somente em 1568 essa
máquina ganhou forma quando Jacques
Besson, um matemático francês,
desenvolveu tal equipamento. No final do
século XVII, os parafusos já eram
componentes comuns nas armas de
fogo. O britânico Henry Maudslay
patenteou o parafuso de fenda em 1797.
Um dispositivo similar foi patenteado por
David Wilkinson nos Estados Unidos no
ano seguinte.[6][7]

Padronizações
Ao longo da história, o parafuso foi
sempre a soluções de infindáveis
problemas, mas também gerava outros,
pois cada inventor, indústria e
ferramenteiros, desenvolviam seus
parafusos e estes, quando utilizados em
outras localidades ou situações,
apresentavam questões de problemas
técnicos para falta de padrão. Como
resultado destes contratempos, foi a
criação de padrões, os quais garantiriam
o intercâmbio dos parafusos, tornando
universal sua aplicação. Estes padrões
garantiram a produção e o consumo em
escala industrial dos parafusos. Após a
elaboração destas normas e da
especificação dos padrões dimensionais
de roscas, foi necessária a criação de
métodos para medição e garantia de
qualidade, de acordo com tais
determinações.

Com o fim de uniformizar a construção


dos parafusos metálicos, foram
propostos diversos sistemas de fios de
rosca. Os sistemas mais empregados
são o inglês ou whitworth, que é o mais
antigo, pois foi adotado pela "Institution
of Civil Engineers" em 1841, cujo filete
tem o perfil de um triângulo isósceles
com os ângulos arrendondados e o
ângulo do vértice em 55°. Sistema
Internacional (SI), de base métrica,
adotado pelo Congresso Internacional de
Zurique em 1898, em que o filete tem
também o perfil de um triângulo com um
ângulo ao vértice de 60°; o sistema
sellers ou americano, em que o filete tem
a mesma forma do SI, mas de
dimensões em polegadas, como
também é o sistema inglês. Outros
sistemas são ainda empregados, embora
com menor escala: o sistema francês, de
onde derivou o sistema internacional; o
sistema ACME, que é empregado na
América e tem o filete de forma
trapezoidal; o sistema de muir, usado em
parafusos pequenos; o sistema de thury,
usado em relojoaria; o sistema de Briggs,
usado na América para tubos; e ainda o
sistema de heilmann, polonceaux, etc.[3][5]

Tipos de parafusos
Listas de parafusos para aplicações
específicas ou de fabricação
diferenciada.[8][5]

Parafuso sem porca - Utilizado onde


não há espaço para acomodar uma
porca, sendo o parafuso acomodado
em um furo.
Parafuso com porca - Também
chamado de parafuso passante.
Utiliza-se da porca e arruelas para a
fixação correta.
Parafuso para pequenas montagens -
Apresentam vários tipos de roscas e
cabeças e são utilizados para metal,
madeira e plásticos.
Parafuso de chamada (também
chamado de parafuso de reclamo) - O
parafuso que serve para ajustar o
retículo do óculo no objecto de mira,
no óculo astronómico.
Parafuso de pressão - Parafuso cujo
fim é o aperto de uma peça ou objeto
contra outro com força considerável
devido à desmultiplicação do esforço
que se consegue pelo parafuso.
Parafuso diferencial - Parafuso tendo
aberto no seu corpo duas roscas de
passo diferente; o que faz quando o
parafuso se move numa das porcas,
que esteja fixa, deslocar a outra com
uma amplitude de movimento
diferente devido a desigualdade dos
passos das roscas.
Parafuso prisioneiro - Utilizado
quando se necessita montar e
desmontar parafuso sem porca a
intervalos frequentes.
Parafuso Allen - Chama-se assim
devido ao nome do fabricante. É
fabricado com aço de alta resistência
à tração e submetido a um tratamento
térmico após a conformação. Possui
uma cavidade hexagonal de aperto na
cabeça, que é geralmente cilíndrica e
recartilhada, para a utilização da chave
sextavava, ou chave Allen. No Brasil
também é conhecido como parafuso
Tellep, outro fabricante de parafusos.
Seu nome correto, de acordo com a
norma ABNT 10112:010 é parafuso de
cabeça cilíndrica com sextavado
interno (https://www.abntcatalogo.co
m.br/norma.aspx?Q=NUZpbUovUGNK
WGU5SFFZRzlBalhjbkwrRkVoZ2ZXeU
NpdWMzUi9FNm8yOD0=) .
Parafuso de fundação farpado ou
dentado - São feitos de aço ou ferro e
são utilizados para prender máquinas
ou equipamentos ao concreto ou à
alvenaria. Têm a cabeça trapezoidal
delgada e áspera que, envolvida pelo
concreto, assegurando uma excelente
fixação. Seu corpo é arredondado e
com dentes, os quais têm a função de
melhorar a aderência do parafuso ao
concreto.
Parafuso auto-atarraxante - Possui
rosca de passo largo em um corpo
cônico e é fabricado em aço
temperado. Pode ter ponta ou não e,
às vezes, possui entalhes longitudinais
com a função de cortar a rosca à
maneira de uma tarraxa. As cabeças
têm formato redondo, em latão ou
chanfradas e apresentam fendas
simples ou em cruz (tipo Phillips).
Esse tipo de parafuso elimina a
necessidade de um furo roscado ou de
uma porca, pois corta a rosca no
material a que é preso.

Básicos

Abaixo, uma relação dos tipos básicos


de parafusos usualmente utilizados e
seus materiais.[9]

Parafusos para paredes ocas - Os


parafusos com asas de mosca e
parafusos de expansão são usados
para prender objetos leves, como
quadros, em paredes ocas. As asas do
parafuso com asas de mosca abrem
dentro da parede por uma mola. Os
parafusos de expansão são colocados
numa bucha de expansão, que
aumenta quando o parafuso é
apertado.
Parafuso para madeira - Esses
parafusos são feitos de aço, mas
também são encontrado em latão,
níquel, bronze, para uso em ambiente
com perigo de corrosão.
Parafusos de rosca soberba -
Utilizados para chapas de metal ou
para unir peças de metal.
Parafusos de rosca soberba de
cabeça redonda - Esses parafusos
parcialmente auto-roscantes têm uma
rosca mais fina e podem ser usados
em metais macios ou duros.
Parafusos para máquina - Parafusos
para máquina não têm ponta e são
usados para unir peças de metal. São
normalmente feitos de aço ou latão e
quando o ambiente propicia a
oxidação, devem ter um banho de
níquel, zinco, cádmio ou galvanizados.
Parafusos de máquina - Esses
parafusos têm a cabeça quadrada ou
hexagonal e são fixados com uma
chave de boca com porcas quadradas
ou hexagonais.
Parafuso sextavado - Para trabalhos
leves, podem ser usadas buchas de
chumbo, plástico ou fibra para fixar os
parafusos, sendo estes, muito
resistentes.
Parafusos de fogão - Esses parafusos
não são só para fogões; eles são
bastante versáteis e podem ser
usados para quase todos os serviços.
Parafusos franceses - São usados
principalmente na fabricação de
móveis. Eles têm uma cabeça redonda
com um colar quadrado e são fixados
no lugar com uma porca e uma chave
de fenda. O colar prende-se à madeira
evitando que o parafuso gire quando a
porca é apertada.
Parafusos de alvenaria e buchas -
Esses trabalham com o mesmo
princípio do parafuso sextavado; uma
bucha de plástico colocada no furo se
expande quando o parafuso é
apertado.

Equipamento e sistemas

Equipamentos e sistemas idealizados


sob a mecânica do parafuso.

Parafuso de Arquimedes - ver artigo.


Parafuso micrométrico - Aparelho para
medir pequenos deslocamentos ou
pequenos comprimentos;
Parafuso sem-fim - Grupo de
engrenagens formado por um
parafuso e uma roda dentada com os
seus eixos situados em planos
ortogonais, isto é, o eixo do parafuso
no plano da roda. O parafuso vem
engrenar pelo seu filete nos dentes
inclinados da roda e pelo seu
movimento de rotação faz girar esta.
Emprega-se na construção de
máquinas.
Parafuso-biela - Peça do maquinismo
de inclinação nas peças de tiro rápido,
cujos extremos estão articulados ao
corpo do freio e ao seu suporte.

Materiais
Os parafusos são feitos em uma larga
gama de materiais, com muitas
variedades de aço que são talvez os
mais comuns. Onde é necessário
resistência ao tempo e a corrosão , o aço
inoxidável, o titânio , o bronze são os
materiais mais utilizados. Alguns tipos
de plástico, tais como o nylon ou Teflon,
podem ser aplicados para uma
sustentação que requer uma força
moderada e grande resistência à
corrosão ou isolação elétrica. Mesmo a
porcelana e o vidro podem ser moldados
as linhas de parafusos que são usadas
nas aplicações tais como isoladores
elétricos.

O mesmo tipo de parafuso pode ser feito


em muitas classes diferentes do
material. Para aplicações críticas de
elevada tensão/força, onde os parafusos
de baixa qualidade podem falhar, tendo
por resultado danos ou ferimento. Nos
parafusos SAE, um teste padrão
distintivo do funcionamento é imprimido
nas cabeças para permitir a inspeção e o
validação da força do parafuso. Tais
parafusos inferiores são um perigo à
vida e à propriedade quando usados em
aviões, automóveis, caminhões pesados,
e aplicações críticas similares.[10]

Ferramental
A ferramenta para a manipulação de
parafusos mais popular e usual é a
chave de fenda, porém, são encontrados
outros tipos de chaves, todas
denominadas em função dos seus
respectivos cabeçotes, num sistema de
macho-fêmea, sendo a chave na
condição do sistema macho e o
cabeçote do parafuso o sistema fêmea
ao possuir, em uma de suas
extremidades, uma região destinada a
receber o ferramental. Abaixo uma breve
explicação dos principais cabeçotes e
suas chaves:

Chave de fenda: ver em chave de


fenda.
Chave de boca: ver em chave de
boca.
Chave inglesa: ver em chave
inglesa.

Chave phillips: A chave phillips


tem em sua extremidade a
condição de encaixe nos
parafusos de cabeçote com duas
fendas em formato do sinal
positivo (+), ou seja, duas fendas
transversais entre si. A
denominação deste tipo de chave
é em referência ao empresário
americano Henry F. Phillips,
fundador da empresa Companhia
Parafuso Phillips e que patenteou
o parafuso cruzeta com o seu
nome.[11][12]

Chave de fenda cruzada: É a


denominação correta da chave
utilizada no parafuso com cabeça
chamada "Phillips".

Chave Pozidriv: É a chave


utilizada nos parafusos Pozidriv
ou SupaDriv. Muito semelhante
aos parafusos phillips, tem em
comum com este, a mesma
empresa desenvolvedora do
projeto e patente: a Companhia
Parafuso Phillips. O nome deriva
de uma abreviatura da palavra
(em inglês) positive drive. A
diferença básica entre os
parafusos pozidriv e phillips e na
aplicação da chave. Enquanto a
phillips tem a sua cabeça reta, o
cabeçote dos parafusos pozidriv
possuem uma depressão (ou
cavidade) em seu centro para que
a chave pozidriv não deslize para
fora da "fenda".[13] Muitos
acreditam ser a pozidriv uma
versão melhorada da phillips.

Chave Torx: ver em Torx.


Chave Allen ou Chave Zeta: A
chave Allen é a ferramenta para os
parafusos com cabeçotes que
possuem uma depressão (ou
cavidade) sextavada em seu
centro. A característica principal
desta chave é que a mesma não
possui punho e seu formato é em
"L", além de um corpo em formato
de um tubo maciço hexagonal. Os
primeiros registros deste tipo de
parafuso aparecem entre as
décadas de 1860 e 1890, através
de várias patentes solicitadas em
diversas localidades dos Estados
Unidos. A fabricação somente foi
iniciada nos primeiros anos da
década de 1910.[14][15]

Chave Robertson: A chave


Robertson (chamado também de
chave de fenda da movimentação
quadrada) é a ferramenta para os
parafusos com cabeçotes que
possuem uma depressão (ou
cavidade) quadrada em seu
centro. É uma chave de uso
rápido, muito utilizado na indústria
automobilística, pois o próprio
Henry Ford autorizou sua
utilização em suas fábricas no
Canadá. Os parafusos tipo
Robertson são muito comuns no
Canadá porque seu idealizador foi
o canadense Peter Lymburner
Robertson (P. L. Robertson), que
patenteou este tipo de parafuso
em 1909 (ele inventou um ano
antes, em 1908) e recebeu a
patente americana em 1911.[16]

Chave Tri-wing: É a chave para os


parafusos Tri-wing (às vezes
chamado de parafuso entalhado
triangular ou o parafuso com três
"asas" ). Muito utilizado em
equipamentos eletrônicos, possui,
em seu cabeçote, um pequeno
buraco triangular ao centro e três
entalhes radiais (vazados) saindo
de cada lado deste triângulo,
lembrando muito três asas. Sua
utilização em equipamentos
eletrônicos, como consoles de
video-games, telefones ou
similares, deve-se a dificuldade de
encontrar-se a sua respectiva
chave no comércio especializado
e assim, os fabricantes mantém a
integridade do produto dentro da
garantia ou forçando o cliente a
leva-los em uma assistência
técnica.[17]

Chave Torq-set: É a chave para os


parafusos Torq-set. O parafuso,
em seu cabeçote, possui uma
cavidade cruciforme, porém, com
quatro braços não alinhados,
obtendo uma leve semelhança
com os do tipo fenda cruzada.
Este tipo de parafuso é utilizado
na indústria aeronáutica.

Chave Spanner: É a chave para os


parafusos Spanner. O parafuso,
em seu cabeçote, possui dois
furos redondos e foi projetado
para evitar adulterações, sendo
utilizado na indústria de
elevadores e também nas
estruturas do metro londrino.[18]
Galeria de imagens

Parafusos para chaves Allen

Parafusos Robertson
Parafuso phillips usado em computadores

Parafusos Pozidriv
Parafuso para madeira

Parafusos Phillips

Fabricantes
Existem diversas empresas fabricantes e
distribuidoras dos mais diferentes tipos
de parafusos no mundo todo. Os
fabricantes principais no mercado
América do Sul são Grupo Hard (https://
www.hard.com.br) , Walsywa, Âncora,
Ciser e outros.

Calculo do tamanho do
parafuso
Para dimensionar um parafuso[19],
devemos realizar a seguinte análise,
verificar se o parafuso possui porca ou
não, pois isso impactará na formula a ser
utilizada em seu cálculo.

quando o parafuso não possui porca, ou


seja, uma das peças contém a rosca,
seguiremos com a seguinte formula:
,[19]

Sendo: é a espessura da chapa mais a


espessura da arruela, quando houver, e
é o diâmetro do parafuso.

já para casos de parafusos com porca,


devemos utilizar a seguinte formula:

[19]

sendo:

compreende a espessura placas a


serem unidas, inclusive com as arruelas,
se houverem; é a altura da porca
hexagonal; passo do parafusoBudynas
G, RICHARD, RICHARD. Budynas G,
RICHARD. Elementos de máquina de
Shigley, 10ed, Capítulo 8. [S.l.]:
bookman</ref>

Após realizado o cálculo do tamanho do


parafuso, devemos entender e analisar o
comprimento encontrado. Sempre
entendendo que os parafusos que temos
disponíveis no mercado para utilização
em sua grande maioria são multiplos de
cinco, de tal forma que o valor a ser
utilizado também deve ser de um
parafuso comercial. Exemplo: caso no
cálculo do parafuso, sendo ele com
porca ou sem porca, o valor encontrado
não seja de um comprimento comercial,
como 66mm, devemos ajustar o
tamanho para um comprimento que
possamos encontrar no mercado, de tal
forma que seu comprimento sejá de
65mm ou 70mm. Nesse caso
utilizariamos 65mm de comprimento
devido à redução de custo no projeto. O
mesmo caso ocrre para comprimentos
com valores não arredondados, com
65,8mm, no qual usariamos 65mm.[19]

O próximo passa para escolher o


parafuso, é calcular a rigidez do parafuso
(Kb), que tem sua formula definida
como:

Kb=

[19]
At= Área de tensão de tração At Ad= área
do parafuso[19]

E= módulo de elasticidade ld = L- Lt[19]

lt = l-ld[19]

Após o calculo da rigidez do parafuso,


devemos calcular a rigidez da junta (Km).
Para o cálulo de Km, deve-se analisar se
a chapa é composta pelo mesmo
material, ou por materiais diferentes,
pois isso impactará na formula a ser
utilizada.[20]

Quando a chapa é composta por


materiais diferentes, devemos utilizar o
seguinte método para o calculo:
Dividiremos no tronco em três parte,
sendo a primeira com altura até a
metade do comprimento da chapa. O
segundo tronco de cone, terá sua altura
definida como l (comprimento total) - l1
(tamanho de cone 1). Para o calculo do
terceiro cone, seguiremos com a media
total (l) menos a medida já utilizada (l1 +
l2).[20]

Após o cálculo da rigidez da junta e do


parafuso, podemos calcular a fração
externa P carregada pelo parafuso, essa
fração é representada pela letra C.[19]

C= [20]

Referências
1. «Parafuso» (https://web.archive.org/
web/20130928042754/http://www.si
gnificadodepalavras.com.br/Parafus
o) . Significado de Palavras.
Consultado em 10 de janeiro de
2012. Arquivado do original (http://w
ww.significadodepalavras.com.br/Pa
rafuso) em 28 de setembro de 2013
2. Magister, 1980, p.1228
3. Portuguesa e Brasileira, 1936, p.311,
v.XX
4. «Elementos de fixação» (https://web.
archive.org/web/20120424175252/h
ttp://www.ufrgs.br/destec/destec-livr
o/paginas/10.htm) . Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
Arquivado do original (http://www.ufr
gs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagina
s/10.htm) em 24 de abril de 2012
5. Noções Básicas de Elementos de
Máquinas (http://cephas.br.tripod.co
m/Elementos.pdf) Senai - acessado
em 14 de janeiro de 2012
6. Como surgiu o parafuso (http://www.
revistadoparafuso.com.br/v1/model
o/noticia.php?id=298) Revista do
Parafuso - acessado em 16 de
janeiro de 2012
7. A História do Parafuso (http://www.r
eipar.com.br/historia-do-parafuso.ph
p) Arquivado em (https://web.archiv
e.org/web/20120104174811/http://
www.reipar.com.br/historia-do-paraf
uso.php) 4 de janeiro de 2012, no
Wayback Machine. Reipar - acessado
em 16 de janeiro de 2012
8. Portuguesa e Brasileira, 1936, p.312,
v.XX
9. Pregos e Parafusos (http://casa.hsw.
uol.com.br/materiais-basicos-para-c
onsertos-da-casa1.htm) Arquivado
em (https://web.archive.org/web/20
120126123444/http://casa.hsw.uol.c
om.br/materiais-basicos-para-conser
tos-da-casa1.htm) 26 de janeiro de
2012, no Wayback Machine. Site
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17 de janeiro de 2012
10. Curiosidades (http://www.fixabrasil.c
om.br/curiosidade.html) Arquivado
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