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Medição de vazão

Estações hidrométricas
 Rede de monitoramento hidrométrica

 Estações pluviométricas Precipitação

 Estações fluviométricas Nível d’água

Precipitação, temperatura, pressão


 Estações meteorológicas atmosférica, radiação solar, evaporação,
umidade do ar, ventos

 Estações sedimentométricas Concentração de sedimentos


Para que medir as variáveis?
 Conhecer e interpretar os fenômenos do ciclo hidrológico

 Aplicar modelos matemáticos para previsão de chuva, vazão e


eventos raros

 Conhecer a disponibilidade hídrica

 Construir e operar projetos de recursos hídricos

Onde há água???
Com quanta água se pode contar???
Exemplo de hidrograma
Monitoramento de Vazão:
Estações Fluviométricas
Apresentar a Rede de Monitoramento Hidrometeorológica
Nacional.

Identificar as estações fluviométricas e como realizar o


monitoramento.

Descrever os métodos de medição.


Por que medir vazões???
 Criar séries históricas

 Análise de mínimas
 Autodepuração de esgotos
 Calado para navegação

 Análise de vazões médias


 Cálculo do volume de reservatórios
 Dimensionamento de sistemas de abastecimento de água
Por que medir vazões???
 Análise de vazões máximas
 Sistemas de drenagem
 Segurança de barragens
 Cálculo de vertedores

 Operação em tempo real


 Operação de comportas
 Controle de cheias
Por que medir vazões???

Sem as informações básicas de vazões, os projetos de


aproveitamento de recursos hídricos tendem a ser menos
precisos, conduzindo a resultados duvidosos, que ora tendem
a ser extremamente conservadores e custosos, ora a serem de
risco superior ao admitido.
Como se mede as vazões?
 Medição por Velocidades

 Conceito de que Vazão = ∫ v.dA

 Medição convencional : Molinete hidrométrico


Como medir o Volume por tempo (Q)??

Como medir a Velocidade x Área (Q)??


Escolha da Seção de estudo
???
Atividades para a medição de Vazão

 Levantamento topobatimétrico (Área);

 Levantamento do perfil de velocidades.


Topobatimetria

Batimetria a vau;
vau;

 Batimetria com cabo de aço graduado,


guincho hidrométrico e lastro;

Batimetria métodos acústicos.


Batimetria a vau
 Régua;
 Corda graduada;
 Estacas.

Perfil da seção dos Borges


1,00

0,50
Altura (m)

0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00
-0,50

-1,00

-1,50
Distância (m)
Calha do rio
Nível da água
Resultado

Seção transversal do Rio Sapucaí


Cálculo da Área
Método do Retângulo

Figura 7- Dados para a aplicação do método do retângulo.

A'1 = 1,0 ⋅ 0,82 = 0,82 m2


Cálculo das áreas dos retângulos: A'2 = 1, 0 ⋅116
, = 116
, m2
A'3 = 1,0 ⋅ 116
, = 116
, m2
Cálculo da Área
Método do Trapézio

Figura 6 - Dados para a aplicação do método do trapézio.

1
A1 = ⋅ (1, 0 ⋅ 0 ,8 2 ) = 0 , 4 1 m 2
2
1
Cálculo das áreas do trapézio A2 = ⋅ ( 0 , 8 2 + 1 ,1 6 ) ⋅ 1 , 0 = 0 , 9 9 m 2

2
1
A3 = ⋅ ( 1 ,1 6 + 1 ,1 6 ) ⋅ 1 , 0 = 1 ,1 6 m 2
2
Perfis de Velocidade

Flutuador;

Molinete;

ADP (Accoustic
(Accoustic Doppler Profile)
Profile)
Distribuição da velocidade
Perfis de velocidade
Transversal Longitudinal
Medição de Vazão – Método do flutuador
Utilizando um flutuador:
• Escolher um trecho retilíneo do rio que tenha seção constante;
• Marcar uma distância de no mínimo 10m;
• Medir a área da seção do rio;
• Lançar o flutuador e contar o tempo para percorrer a distância demarcada.
• Calcular a vazão com a fórmula.

É importante observar que este método presta-


se somente para estudos preliminares devido a
sua imprecisão.
Medição convencional com
molinete hidrométrico

A hélice do aparelho gira e um número de


rotações é contado.
As rotações são contadas durante um período de
tempo pré-definido (40s).
Medição convencional com
molinete hidrométrico
 Dividindo-se o número total de rotações pelo tempo,
tem-se o valor em rotações por segundo (rps) – n

 O equipamento possui uma curva calibrada do tipo


V = a.n + b
(onde a e b são características do aparelho)
 Medição à Vau
 Para pequenas profundidades ( ~ 1.20 m)

 Para pequenas vazões

 molinete preso à uma haste


Medindo o escoamento
Molinete
preso à
haste
( medição a
vau)
Molinete preso à haste
( medição a vau)
Medição com Molinete sobre Ponte
Medição com Molinete
 Medição com Barco Fixo

 É a mais frequente

 Barco fixado a um cabo de aço

 Cabo preso nas margens

 Posições das verticais medidas no cabo


Medição a vau (a) e sobre Barco Fixo ( b) e (c)
Perfil de velocidade

Fundo do rio

1 - medindo na superfície (submergir a hélice)


Perfil de velocidade

2 - medindo a 20 % da profundidade total (0,2 x P)


Perfil de velocidade

3 - medindo a 40 % da profundidade total (0,4 x P)


Perfil de velocidade

4 - medindo a 60 % da profundidade total (0,6 x P)


Perfil de velocidade

5 - medindo a 80 % da profundidade total (0,8 x P)


Perfil de velocidade

6 - medindo junto ao fundo (sem bater hélice)


Perfil de velocidade

média

Usar apenas 1 ponto pode significar superestimativa ou


subestimativa
Quantos pontos por vertical?
 Método detalhado
 Muitos pontos em cada vertical

 Método simplificado
 Apenas dois pontos em cada vertical
Recomendações
Pontos Posição na vertical Velocidade média Profundidade
do rio

1 0,6 P Vm=V(0,6) 0,15 a 0,6 m

2 0,2 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+V(0,8)]/2 0,6 a 1,2 m

3 0,2 0,6 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+2.V(0,6)+V(0,8)]/4 1,2 a 2,0 m

4 0,2 0,4 0,6 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+2.V(0,4)+2.V(0,6)+V(0,8)]/6 2,0 a 4,0 m

6 Sup; 0,2 0,4 0,6 0,8 Vm=[Vs+2(V(0,2)+V(0,4)+V(0,6)+V(0,8))+Vf]/10 > 4,0 m


e Fundo
Distância entre verticais
Cálculo da vazão – método da meia seção

d 3 − d1 d4 − d2 d5 − d3
 Cálculo das larguras dos segmentos l = l3 = l4 =
2
2 2 2

 Cálculo das áreas dos segmentos a2 = l 2 p2 a3 = l3 p3 a4 = l 4 p4

 Cálculo das vazões nos segmentos qa 2 = v2 a2 qa 3 = v3a3 q a 4 = v4 a 4

 Cálculo da vazão total Q = ∑ qi


Cálculo da vazão – método da meia seção

 Cálculo da área total A = ∑ ai

Q
 Cálculo da velocidade média V=
A
 Cálculo da largura do rio L = d n − d1
A
 Cálculo da profundidade média do rio P=
L
Medição de vazão com perfiladores
acústicos

ADCP: Acoustic Doppler Current Profiler


ADP: Acoustic Doppler Profiler
(Perfilador Acústico de Efeito Doppler)
Medição de Vazão - ADP
ADP - Acoustic Doppler Profiler

Segue o mesmo princípio da medição com molinete, ou seja medir velocidades


pontuais na seção do rio.

Sua vantagem é de ter maior precisão e mais rapidez

Interface para conexão com computador

Permite medições em tempo atual


Medição de Vazão - ADP

Efeito Doppler

Um fonte emissora tem frequência constante f

f é percebida maior quando a fonte aproxima-se do observador


f é percebida menor quando a fonte afasta-se do observador
Técnica típica de uso do ADP
ADP

V
Fd = −2 ⋅ Fs ⋅
c
Fd: frequência recebida, em unidades de Hz;
Fs: frequência de som transmitida, em unidades de Hz;
V: velocidade;
c: velocidade do som na água (1450 m/s).
Medição de Vazão - ADP

O aparelho ADP utiliza este efeito para estimar a velocidade de


escoamento de um fluido.

A sonda emite uma onda sonora com frequência padrão e analisa


a frequência que é refletida nas partículas em suspensão na
água.
Esquema de trabalho

Sistema ADP + DGPS


perfiladores
Processamento dos dados de campo

Software Hypack
Processamento dos dados de campo

River Surveyor Excel ViewADP


Ponto do perfil

103
109
13
19
25
31
37
43
49
55
61
67
73
79
85
91
97
1
7

0.00

5.00
Profundidade (m)

10.00

15.00

20.00

25.00
Exercício
 Calcular a Vazão do seguinte canal:

1,0m

1,0m 1 m/s 1 m/s 1 m/s


2 m/s 2 m/s 2 m/s
1,0m

2 m/s 2 m/s
1,0m
Rede Hidrometeorológica Nacional
http://hidroweb.ana.gov.br
Rede Hidrometeorológica Nacional
http://www.ana.gov.br/telemetria
Rede Hidrometeorológica Nacional

Total: 16924
Rede Hidrometeorológica Nacional: Operadoras

Estações da ANA
5,2%
2,3% A NA
5,0%
0,13%
CP RM
2,3% 3,1%
SUDERSHA
2,8%
FCTH/DA EE-SP

7,2% IGA M

EP A GRI

ELETRONORTE

COHIDRO

ITA IP U

76%

DAEE: 140 postos fluviométricos, 50 postos fluviográficos,


10 postos sedimentométricos
Rede Hidrometeorológica Nacional
Posto Fluviométrico
 Avaliação diária da vazão – processo oneroso e complicado
 Solução – registro diário (duas vezes ao dia ou contínuo) do
nível de água
 Determinação da relação entre nível de água e vazão (curva
chave)
 Nível de água é medido através de linímetros ou linígrafos.
Posto Fluviométrico
Posto Fluviométrico

Leitura às 7 hs e 17 hs
Posto Fluviográfico
Curva-Chave ou Curva de Descarga
Q = a.( H - H0 ) b

Q = vazão
H = nível d’água
H0, a, b = parâmetros de ajuste

Medida de vazão mensal


Mínimo: 24 meses
Exemplo – Disponibilidade de água do rio Itapanhaú
para abastecer a Riviera de São Lourenço

ETA

Mar
Escolha das seções
 Trecho reto
 Margens estáveis
 Fácil acesso
 Leito regular
 Água tranqüila
 À montante de controles
hidráulicos
 Presença de observador
 Próximo a margem
CASA

SEÇÃO DE MEDIÇÃO 01
23° 45' 3.11" s
46° 3' 14.52" o
Seção 1

ioga
i Bert
g
ia Mo
Rodov
N
O E
S

Rio Itapanhaú

Casa

CASA DO OBSERVADOR

ra
t er
de
da
t ra
Es

Desenho sem escala


Casa
Rio Itapanhaú Seção de Medição 02
23° 46' 38.38" s
46° 3' 38.21" o
N
O E
S

Es
tra
da
de
ter
a
og
ra

erti
B
Seção 2 i-
og
M
ia
dov
Ro

Desenho sem escala


Posto Fluviométrico
Posto Fluviométrico

0,51 m 0,84 m
Cálculo da vazão na vertical 19
p N voltas s rps V Vm A Q
0,2 30 34,5 0,87 0,23 0,17
0,23 0,76
0,8 30 34,9 0,86 0,23 5

Curva de calibração V = 0.2465⋅ n + 0.013 para n ≤ 0.69


do aparelho V = 0.2595 ⋅ n + 0.004 para n > 0.69

Qtotal = 3,910 m3/s

Atotal = 11,69 m2
Posto fluviométrico
 Vazão: mensal
 24 meses
 Régua: diária
 7 hs e 17 hs
Curva-Chave
CURVA COTA-VAZÃO - PONTO 1

50

45

40

35

30
VAZÃO - m ³/s

2,8696
y = 8,5667x
2
25 R = 0,9903

20

15

10

0
0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75 2

NÍVEL D'ÁGUA - m
VAZÕE S C AR AC T E R ÍS T IC AS ANUAIS R E F E R E NT E S AO P ONT O 1 E 2 - 2007

140 0

120 20

100 40
V az ão - m ³/s

V az ão - m ³/s
80 60

60 80

40 100

20 120

0 140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Me se s
V az ão Média 1 V az ão Máxima 1 V az ão Mínima 1 V az ão Média 2 V az ão Máx ima 2 V az ão Mínima 2

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