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Área de Contribuição: Soma das áreas das superfícies que, interceptando chuvas, conduzem as
águas para um determinado ponto da instalação;
Caixa de Areia: Caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos por
deposição;
Calha: Canal que recolhe a água de cobertura, terraço e similares e a conduz a um ponto de
destino;
Período de Retorno: número médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação,
uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez;
Perímetro molhado: Linha que limita a seção molhada junto às paredes e ao fundo do conduto
ou calha;
Seção Molhada: Área útil de escoamento em uma seção transversal de um conduto ou calha;
Neste caso todos os elementos que constituem o sistema predial de águas pluviais localizam-
se acima da galeria do logradouro público ou da sarjeta, e por esta razão, todas as águas
coletadas pelo sistema são conduzidas para esses locais por gravidade.
Neste caso parte dos elementos que constitui o sistema predial de águas pluviais encontra-se
em cotas inferiores à do logradouro público ou sarjeta. Assim, é necessário que toda a água
coletada pelo sistema predial seja armazenada nem poço de água pluvial e a partir desta,
bombeada até uma caixa de passagem, de onde, por gravidade, escoe para a galeria pública.
Parâmetros hidrológicos
A determinação da intensidade pluviométrica (i), para fins de projeto, deve ser feita a partir da
fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de retorno. Toma-se
como base dados pluviométricos locais (NBR 10844/89).
Para isso instaladas redes de pluviometria que mede as quantidades de chuvas através da
altura pluviométrica (h), altura que a água caída atingirá sem infiltração e escoamento
superficial.
Notas de Aula Águas Pluviais / Dimensionamento
segundo a norma ABNT/89 NBR 10844
Prof. Pedro Norberto
Os dispositivos para a medição são denominados pluviômetro – simples receptáculos com
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superfície horizontal exposta de 500 cm² instalados em suporte de 1,5 m do solo, exigindo
leituras diárias em provetas graduadas; ou pluviógrafos, que registram em pluviogramas as
alturas acumuladas, mediante um mecanismo de tempo.
São procedimentos simples e baratos, realizados no Brasil desde o século XIX, quer pelo
Serviço de Meteorologia do Ministério da Agricultura, quer pelo Departamento Nacional de
Água e Energia Elétrica (DAEE), complementados pelas redes do Departamento de Água e
Energia Elétrica Estadual.
Além da altura pluviométrica, que é a grandeza básica da observação das chuvas, as outras
grandezas de interesse nas precipitações são:
Obtida as alturas pluviométricas máxima anuais de vários anos de observação, elas são
dispostas em ordem decrescente, com seu número de ordem, variando de 1 a n, sendo n o
número de anos de observação. A frequência com que o evento m é igualado ou superado é:
f= m T= n+1
n +1 m
Esse procedimento pode dar resultados satisfatórios para recorrências menores, mas para
chuvas mais raras é conveniente um estudo probabilístico mais acurado para o cálculo da
recorrência.
O tratamento estatístico dos dados pluviométrico mostra que a intensidade (i) é diretamente
proporcional à recorrência (T) e inversamente proporcional a duração (t), ou seja, chuvas mais
intensas são mais raras e tem menor duração. Daí as fórmulas do tipo:
i= a . Tn
( t + b)m
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Onde a, b, m e n devem ser determinados para cada local. Exemplo de equações desse tipo,
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são as seguintes:
i= 3462,7 . T0,172
( t + 22)1,025
i= 1747,9 . T0,181
( t + 15)0,89
(autor. Paulo S. Wilken para São Paulo, com duração menores ou igual a 60 minutos)
i= 1677,6 . T0,112
( t + 15)x
Com: x = 0,86 . T-0,0144 (Garcia Occhipinti e Marques Souto para São Paulo)
i= a
t+b
Com os seguintes valores de a e b:
T (período de retorno) a b
5 anos 23 2,4
10 anos 29 3,9
15 anos 48 8,6
(Camilo Menezes e Santos Noronha para Porto Alegre)
i= 1239 . T0,15
( t + 20)0,74
i= 5950 . T0,217
( t + 26)1,15
Onde:
i = mm/h;
t = minutos;
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T = anos
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Escoamento superficial
Do volume total de água sobre o solo, apenas uma parcela escoa sobre a superfície e
sucessivamente constitui as enxurradas, os córregos, os ribeirões, os rios e lagos. O restante é
interceptado pela cobertura vegetal, depressões do terreno, infiltra ou evapora. A proporção
entre essas parcelas, a que escoa e a que fica retida ou volta à atmosfera, depende das
condições físicas do solo – declividade, tipo de vegetação, impermeabilização, capacidade de
infiltração, depressão.
Embora seja apresentado como resultado da ação do terreno sobre a chuva, relacionando
o volume que escoa com o volume precipitado, é melhor definido como sendo a relação
entre a vazão de enchente de certa frequência e a intensidade média da chuva de igual
frequência.
Onde:
É o intervalo de tempo da duração da chuva necessário para que toda a bacia hidrográfica
passe a contribuir para a vazão na seção de drenagem. Seria também o tempo de
percurso, até a seção de drenagem, de uma porção da chuva caída no ponto mais distante
da bacia.
Onde:
tc - em minutos,
Obs.: embora sejam obtidas para condições particulares, essas expressões apresentam
razoável concordância e a facilidade de obtenção de seus fatores tem generalizados o seu
uso.
Vazões de Contribuições
O objetivo prático dos estudos do escoamento superficial pode ser assumido como sendo
a necessidade de se estimar as vazões de projeto das obras de engenharia, sejam galerias
de águas pluviais, rede pluvial de residências e etc...
a) Método Racional
Q=C.i.A
Onde:
I = intensidade média da precipitação sobre toda área em estudo, com duração igual ao
tempo de concentração, em mm/h;
𝐶. 𝑖 . 𝐴
𝑄=
360
Exemplo:
Uma área de loteamento, na periferia da cidade de Baurú, com 15 ha, tem suas vertentes
para um talvegue de 2,7 km de extensão e diferença de cotas entre o ponto alto e a seção
de drenagem igual a 98 m. determinar a vazão máxima na seção de drenagem para a
recorrência de 25 anos. Considerar o coeficiente de escoamento superficial igual a 0,30.
0,385
2,73
𝑇𝑐 = 57 . ( )
98
tc = 30 min ou t
i= 1677,6 . T0,112
( tc + 15)0,86 . T^0,0144
i= 1677,6 . 250,112
( 30 + 15)0,86 . 25^0,0144
i= 105,66 mm/h
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𝐶. 𝑖 . 𝐴
8 𝑄=
360
0,30𝑥105,66 𝑥15
𝑄=
360
𝑄 = 1,32 𝑚³/𝑠
Dimensionamento Predial
OBJETIVO:
Afastar, convenientemente, as águas de chuva para a rua ou sistemas públicos.
EXIGÊNCIAS MÍNIMAS:
Condução das águas pluviais dos prédios até as sarjetas, passando sob o passeio.
DIMENSIONAMENTO:
Determinação da vazão:
(Método Racional):
𝐶. 𝑖 . 𝐴
𝑄=
60
Q = Vazão em L/ min.
C = Coeficiente de Escoamento
superficial = 1
A intensidade da chuva de projeto deve ser adotada pela tabela constante na Norma,
cujos dados foram obtidos no trabalho “Chuvas Intensas no Brasil” de Otto Pfafstetter,
parcialmente reproduzida abaixo:
1 5 25
Q = S RH 2/3 I1/2
n
𝑆
𝑅𝐻 =
𝑃
Onde:
n = coeficiente de rugosidade;
RH = Raio Hidráulico;
S = secção molhada;
Q = Vazão (L/min).
Ábaco A - Dimensionamento dos condutores verticais para calha com saída em aresta
viva.
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Ábaco B - Dimensionamento dos condutores verticais para calha com funil de saída.
Ømin = 75 mm
Ø Área a esgotar
(mm) (m2)
75 42
100 91
150 275
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o Condutos Horizontais são dimensionados como condutos livres (Fórmula de
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Manning) com lâmina d’água máxima y/d = 2/3.
Vazões calculadas pela fórmula de Manning-Strickler com altura da lâmina de água = 2/3 Ø
50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76
100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486
150 602 847 1190 1690 552 777 1100 1550 509 717 1010 1430
200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040
250 2350 3310 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600
300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4550 6420 9110