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Fator de Forma: (Kf) é a relação entre a largura média e o comprimento da bacia. Mede-se o
comprimento da bacia (L) quando se segue o curso d’água mais longo desde a desembocadura até a
cabeceira mais distante da bacia. A largura média (L média) é obtida quando se divide a área (A) pelo
comprimento da bacia. É um índice indicativo da tendência para cheias de uma bacia. Uma bacia com
um Kf baixo é menos sujeita a enchentes que outra de mesmo tamanho porém com maior K f.
Coeficiente de Compacidade( índice de Gravelius (Kc) é a relação entre o perímetro da bacia (P)
e o perímetro de um círculo de área igual á da bacia. Quanto + irregular for a bacia maior será o seu
Kc. Um coeficiente mínimo igual à unidade, corresponderia a uma bacia circular com tendência para
maiores enchentes.
c) Elevação média da bacia (E): A variação da altitude e a elevação média de uma bacia são
importantes pela influência que exercem sobre a precipitação, sobre as perdas de água por
evaporação e transpiração e, conseqüentemente, sobre o deflúvio médio.
S = ΔH/L Onde S é a declividade (m/m), H é a diferença de cota (m) entre os pontos que definem
o início e o fim do canal, L é o comprimento do canal entre estes pontos.
Densidade de Drenagem (D): Um valor alto para D indicaria uma densidade de drenagem
relativamente alta e uma resposta rápida da bacia a uma precipitação. ( D = 0,5km/km 2 uma bacia de
drenagem pobre e índices maiores que 3,5km/km2 bacias bem drenadas.
Os tipos de precipitação são dados a seguir, de acordo com o fator responsável pela ascensão da
massa de ar: Frontais: ocorrem ao longo da linha de descontinuidade que separa duas massas de ar
de características diferentes. Orográficas: ocorrem quando o ar é forçado a transpor barreiras
geográficas (cadeias de montanhas). Convectivas: são provocadas pela ascensão de ar devido às
diferenças de temperatura entre camadas vizinhas da atmosfera. São conhecidas como tempestades,
têm curta duração e caracterizadas por fenômenos elétricos, ventos e forte precipitação. Interessam
quase sempre a pequenas áreas.
As precipitações dos tipos Frontais e Orográficas ocupam grandes áreas, têm intensidade de
baixa a moderada, longa duração e são relativamente homogêneas. No ponto de vista da engenharia,
esses tipos interessam ao projeto de grandes trabalhos de obras hidroelétricas, controle de cheias e
navegação. Enquanto que as precipitações do tipo Convectivas interessam às obras em pequenas
bacias, como o cálculo de bueiros, galerias de águas pluviais e etc.
Exprime-se a quantidade de chuva pela altura de água caída e acumulada sobre uma superfície
plana e impermeável. Ela é avaliada por meio de medidas executadas em pontos previamente
escolhidos, utilizando-se aparelhos chamados pluviômetros ou pluviógrafos, que colhem uma
pequena amostra de água, pois têm uma superfície horizontal de exposição de 500cm 2 e 200cm2,
respectivamente, instalados a uma altura de 1,50m do solo.
Preenchimento de Falhas: Podem haver dias sem observação ou mesmo intervalos de tempo
maiores, por impedimento do encarregado de fazê-la, ou por estar o aparelho com defeito. Nesse
caso, a série de dados de que se dispõe numa estação X, dos quais se conhece a média M X num
determinado número de anos, apresenta lacunas, que devem ser preenchidas. Em geral, adota-se o
seguinte procedimento:
1) Supõe-se que a precipitação no posto X (PX) seja proporcional às precipitações nas estações
vizinhas A, B e C num mesmo período, que serão representadas por P a, Pb e Pc.
Exemplo:Calcular o Tempo de Recorrência para uma chuva de 88,9 mm de acordo com as alturas
de chuva registradas na tabela a seguir. ( tabela com anos e as suas precipitações)
As precipitações são tanto mais raras quanto mais intensas. Para considerar a variação da
intensidade com a freqüência, é necessário fixar a duração a ser considerada. Contando-se com
pluviogramas de todas as chuvas ocorridas e registradas num determinado pluviógrafo, durante n
anos, pode-se escolher a máxima de cada ano, para cada duração t. Obtém-se assim, uma série
anual, constituída por n máximos Xi para cada duração. A média e o desvio padrão dessa amostra
são:
1) Conta-se o n° máx de dias consecutivos sem chuva em cada ano. 2) Ordenam-se em ordem
decrescente esses valores e estima-se a freqüência e o tempo de recorrência, por: f = m/(n+1) e
Tr = (n+1)/m 3) Grafam-se os valores e obtêm-se os pares “número máximo de dias consecutivos
sem chuva X período de recorrência”.
Precipitação média em uma bacia: Até agora foi visto como se analisam os dados colhidos em
um ponto isolado e naturalmente é de se supor que só sejam válidos para uma área relativamente
pequena ao redor do aparelho. Para se computar a precipitação média em uma superfície qualquer, é
necessário utilizar as observações das estações dentro dessa área e nas suas vizinhanças. Há três
métodos de cálculo: média aritmética, método de Thiessen e método das isoietas.
Método de Thiessen: Este método dá bons resultados quando o terreno não é muito acidentado.
Consiste em dar pesos aos totais precipitados em cada aparelho, proporcionais à área de influência
de cada estação.
1) Os postos adjacentes devem ser unidos por linhas retas. 2) Traçam-se perpendiculares a
essas linhas a partir das distâncias médias entre os postos e obtêm-se polígonos limitados pela área
da bacia. 3) A área Ai de cada polígono é o peso que se dará à precipitação registrada em cada
aparelho (Pi). 4) A média será dada por: hm=Σ(Pi.Ai)/ΣAi, com i variando de 1 a n.
Método das Isoietas: Para o caso, de regiões montanhosas, embora os postos em geral se
localizem na parte mais plana, é sempre possível levar em consideração a topografia dando pesos as
precipitações, de acordo com a altitude do aparelho. O traçado das isoietas é extremamente fácil e
semelhante ao de curvas de nível em que a altura de chuva substitui a cota do terreno.
Traçadas as curvas, medem-se as áreas (Ai) entre as isoietas sucessivas (hr e hr+1) e calcula-se a
altura média como sendo: hm = [ΣAi.(hr + hr+1)/2]/ ΣAi ; com 1 < i > n
Exemplo: Determine a precipitação média, pelo método da Média Aritmética Simples e Método
de Thiessen, da bacia hidrográfica cujos dados estão fornecidos pela tabela a seguir.
Precipitação Área
i Pi x Ai
(mm) (Km2)
514,02 48,48 3.040,86
Média aritmética (da tabela temos): hm = SPi/ni hm = 514,02mm/9 hm = 57,11mm
AÇÃO DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O SOLO: As águas das chuvas chocando-se contra o solo
promovem a compactação da sua superfície, diminuindo a capacidade de infiltração. Destacam e
transportam os materiais finos que, pela sua sedimentação posterior, tenderão a diminuir a
porosidade da superfície. Umedecem a superfície do solo, saturando as camadas próximas,
aumentando a resistência à penetração da água. A intensidade dessa ação varia com a granulometria
dos solos, sendo mais importante nos solos finos
Os infiltrômetros são tubos cilíndricos curtos, de chapa metálica, com diâmetros variando entre
200 e 900 mm. São cravados verticalmente no solo de modo a restar uma pequena altura livre sobre
este. Podem ser utilizados um ou dois tubos concêntricos. No primeiro caso, o tubo é colocado no
terreno, até uma profundidade maior ou igual à da penetração da água durante a duração do ensaio
para evitar o erro causado pela dispersão lateral da água. Durante todo o tempo da experiência,
mantém-se sobre o solo uma camada de água de 5 a 10 mm de espessura.
Uma vez conhecida; a taxa de aplicação da água adicionada é dividida pela área da seção
transversal do tubo e tem-se a capacidade de infiltração
Simuladores de chuva: São aparelhos onde a água é aplicada por aspersão, com taxa uniforme,
superior à capacidade de infiltração do solo. A área de aplicação da água possui forma retangular ou
quadrada, de 0,10 a 40 m2. Medem-se a quantidade de água adicionada e o escoamento superficial
resultante. Deduzindo-se a capacidade de infiltração do solo
Determinação da Infiltração em Bacias
O método de Horner e Lloyd foi estudado para bacias de pequena área. Ele é baseado na medida
direta da precipitação e escoamento superficial resultante, o que possibilita a determinação da curva
da capacidade de infiltração em função do tempo.
Por exemplo: sejam três precipitações A, B e C que ocorrem em sucessão em uma bacia de
pequena área e suas alturas pluviométricas h1, h2 e h3 determinadas por um pluviógrafo. Ao mesmo
tempo, em um posto fluviométrico, determinaram-se os deflúvios (escoamento) correspondentes.
São representados pelas curvas D,E e F. Estes, expressos na mesma unidade das alturas
pluviométricas (mm), com valores a1, a2 e a3 respectivamente. As diferenças (h1 – a1), (h2 – a2) e
(h3 – a3) representam, com aproximação, a água de infiltração. Na realidade, elas incluem também a
água interceptada pelos vegetais e a retida nas depressões do terreno.
A medida que decorre o tempo, a área vai diminuindo até que, cessando o escoamento da água
por sobre o terreno, cessa também a infiltração. A duração da infiltração é o intervalo de tempo desde
o inicio de escoamento superficial até o término da precipitação excedente, adicionado um terço de
período entre o fim da precipitação excedente e o escoamento superficial.