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ALUNO:________________________________________
JULHO DE 2004
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SUMÁRIO
CONSERVAÇÃO DE ÁGUA----------------------------------------------------------------------------------- 22
USO DE ÁGUA
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RESIDUÁRIA---------------------------------------------------------------------------------
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA----------------------------------------------------------------------------- 32
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Uma série muito grande de elementos influi no clima; dentre eles, para efeito de agricultura,
pode-se destacar: temperatura, umidade (precipitação) e luminosidade.
TEMPERATURA
1º) Zona tropical, em que a temperatura, por todo o ano, é sempre superior a 20 º C;
2º) Zona subtropical, em que alguns meses apresentam temperatura superior a 20 º C (8
meses), e alcançando temperaturas máximas e mínimas de 7 º C a 18 º C durante os meses
mais frios.
3º) Zona temperada, as temperaturas são inferiores a 20 º C no mínimo por 8 meses do ano.
4º) Zona fria, com apenas 4 meses de temperatura superiores a 10 º C;
5º) Zona polar, durante todo o ano a temperatura é inferior a 10 º C.
UMIDADE
LUMINOSIDADE
A luz tem, na planta, influência direta sobre a fotossíntese, processo pelo qual a planta
realiza a síntese (formação) dos produtos orgânicos a partir da luz, do ar e dos nutrientes retirados
do solo. A luminosidade se refere ao número de horas de luz de um dia, de um mês, de um ano.
Nas regiões tropicais (entre os trópicos de Câncer e Capricórnio) o dia tem quase 12 horas
de luz durante o ano todo; nas regiões polares, no verão os dias têm 24 horas de duração.
Existem plantas que se adaptam melhor a dias longos e plantas que se adaptam a dias curtos;
dificilmente as plantas de dias longos podem viver em regiões de dias curtos e vice-versa.
planta através do potencial de água na folha, abertura dos estômatos ou outros parâmetros
relacionados com o déficit de água, como temperatura das folhas (termômetro a infravermelho),
índices de estresse hídrico, fluxo de seiva etc, mas os equipamentos são caros e a metodologia é
complexa. O monitoramento do status de água na planta é atualmente, portanto, mais utilizado na
pesquisa, em que se requer maior precisão.
No planejamento da irrigação se permite reduzir o nível de água disponível na zona
radicular das culturas a níveis adequados para as condições de solo e planta, tal redução pode
alcançar até 50% dos valores entre a capacidade de campo (capacidade de armazenamento de água
no solo) e o ponto de murcha permanente. No caso do monitoramento da umidade do solo, a
quantidade de água aplicada pode ser prevista, podendo ser aplicada uniformemente através do
sistema de irrigação, baseado em cálculos do total da quantidade requerida para recarga da zona
radicular das culturas ou valores menores.
O manejo da irrigação constitui uma técnica muito importante do ponto de vista econômico
e ambiental numa atividade agrícola. Através de um manejo adequado da irrigação, pode-se
economizar água, energia, aumentar a produtividade da cultura e melhorar a qualidade do produto.
O déficit de água pode reduzir a produção e/ou a qualidade do produto, enquanto o excesso de
irrigação, além das perdas de água e energia, pode contribuir para a lixiviação dos nutrientes e
agroquímicos para as camadas inferiores do solo ou até mesmo atingindo o lençol freático. Em
regiões áridas e semi-áridas, o uso inadequado da irrigação pode levar também à salinização do
solo. Por outro lado, através do planejamento e manejo adequado da irrigação e de outras práticas
culturais, pode-se programar a produção de algumas culturas e alcançar melhores preços na
entressafra.
Os laboratórios e estações meteorológicas podem coletar informações, necessários ao
dimensionamento e ao manejo de projetos, enquanto os fatores culturais, como ciclo, períodos
críticos e coeficientes culturais, são produtos de trabalhos de pesquisa desenvolvidos para cada
cultura, em condições específicas.
Em projetos de irrigação o estabelecimento do “calendário de irrigações” é uma estratégia
que utiliza basicamente o balanço de água no sistema solo-planta-atmosfera. O termo “calendário de
irrigações” significa estimar os intervalos (turno de rega) e as lâminas de água (total de água a ser
aplicado em condições de máxima demanda atmosférica) a serem aplicadas ao longo do ciclo da
cultura, com base nas condições de clima de anos anteriores, dados do solo e da cultura. Esse é o
método mais simples de ser utilizado pelos produtores, uma vez que o calendário das irrigações
pode ser elaborado antes mesmo do plantio, contendo datas e tempo de funcionamento do
equipamento. A principal fonte de erro nesse método é que se considera a média histórica de dados
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climáticos como sendo semelhante às condições climáticas do período em que a lavoura estiver
sendo conduzida. Nesse método, o solo é considerado um reservatório de água, cuja capacidade
depende da profundidade do sistema radicular e de suas características físico-hídricas.
Considerando que a principal perda de água desse reservatório é devido a evapotranspiração da
cultura (ETc), não é difícil visualizar que as datas das próximas irrigações e as totais a ser aplicado
podem ser estimadas conhecendo-se a taxa da ETc, a capacidade de armazenamento de água do solo
e a eficiência do sistema de irrigação.
LL = (CC - PMP) Ne Z da 10
Sendo:
LL - Lâmina líquida de irrigação (mm)
CC - Conteúdo de água no solo na capacidade de campo (g.água/g.solo)
PMP - Conteúdo de água no solo no ponto de murcha permanente (g.água/g.solo)
Ne - Nível de esgotamento permissível (%)
Z - Profundidade do sistema radicular (cm)
da = Densidade aparente (g de solo/cm3 de solo)
Cálculo da lâmina bruta (LB) ou quanto irrigar:
LB = LL/Ef
Sendo:
LB - Lâmina bruta (mm)
Ef - Eficiência de aplicação (%)
TR = LL/ETc
ETc = Kc ETo
Sendo:
TR – Turno de rega (dias)
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A obtenção de boas produções com menor quantidade possível de água aplicada torna a
irrigação efetiva. A Ei vem a ser a porcentagem de água incorporada ao solo na zona de
profundidade efetiva das raízes, sob a forma disponível, em relação à água derivada do reservatório
ou rio. Logo, poderá ser assim equacionada:
As perdas de água ocorrem devido a diversos fatores: o método de irrigação, a técnica usada
dentro de cada método, as perdas por evaporação durante a aplicação, a infiltração nos canais de
condução etc.
O método de irrigação localizada apresenta eficiência de 90 % ou mais; o método por
aspersão apresenta uma eficiência de irrigação de 65 a 85% ; o de sulcos de infiltração e o de
inundação de 25 a 60%.
As localidades que tenham garantido as águas para consumo humano e animal, deverão utilizar
as águas de açudes e barreiros e barreiros para garantir a colheita através da irrigação. Pois se estas
água não forem rapidamente utilizadas serão perdidas por evaporação (1,5 a 2,0 metros por ano).
Os déficits;
As degradações ambientais.
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1.2.4.1 – Os déficits:
Exigência em qualidade;
Exigência em quantidade e no decorrer do tempo
Transporte e armazenamento (caso o consumo não seja no local da fonte).
De maneira geral as intervenções nos sub-sistemas hídricos dos agroecossistemas tem uma ou
mais das três finalidades expostas nos esquema seguinte:
AUMENTAR A QUANTIDADE DE ÁGUA DISPONÍVEL 12
MELHORAR A GESTÃO
APROVEITAR AS ÁGUAS Reduzindo a poluição, o desperdício e
Através da perfuração de poços, as degradações
bombeamento para o consumo
humano, animal, irrigações e
piscicultura.
A alteração de qualquer agroecossistema depende de vários fatores ambientais que devem ser
analisados criticamente. Entretanto, de nada adianta uma boa análise das características ecológicas
da fazenda se não forem consideradas as perspectivas do principal agente das alterações e seu maior
interessado: o agricultor.
Em tempos recentes, têm ocorrido inesperadas e persistentes secas em parte da África tendo
repercussão internacional. Secas tem também ocorrido com grande freqüência e severidade na
Índia, Japão, Europa, Canadá, Nordeste do Brasil e outros países durante a década de 80 e 90.
A seca é um evento natural, temporário que provoca o desbalanceamento na disponibilidade de
água devido a chuvas abaixo da média, e que possui freqüência, duração e severidade imprevisíveis.
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Embora a seca e a baixa disponibilidade de água ocorra em todo as regiões, os impactos mais
severos são nas regiões áridas e semi-áridas. A prática da captação e armazenamento e água é muito
importante em qualquer circunstância, contudo é particularmente importante para as regiões áridas e
semi-áridas do mundo.
O armazenamento de água das tempestades ou fortes eventos de chuva são um aspecto de
fundamental importância para sobrevivência do homem. A água pode ser armazenada em
reservatórios superficiais ou lagos e em aqüíferos subterrâneo (captada através de poços). A
construção de pequenos reservatórios, médios e grandes reservatórios superficiais são medidas
importantes para as regiões semi-áridas/semi-úmidas. Armazenamento de águas subsuperficiais
pode ser aumentado construindo-se represas ou barragens subterrâneas nos riachos ou planície de
inundação e construindo bacias para reter as águas de infiltração.
Várias técnicas de captação e armazenamento de água são adotadas. A princípio não existe uma
técnica que se sobreponha às demais, ficando a opção na dependência das condições
hidroclimáticas, hidrogeológicas e a finalidade do uso.
2.1.1. - Cisternas Rurais: Um dos principais efeitos da seca nas regiões áridas e semi-áridas é a
escassez de água de boa qualidade para consumo humano. Dentro deste contexto, a captação de
água através de pequenas cisternas que permitam assegurar água para consumo humano durante
todo o ano, exerce um papel preponderante principalmente com respeito à saúde do homem do
campo. A técnica de captação e armazenamento de água de chuva através de cisternas, apesar de ser
fundamental, é pouco difundida entre os agricultores de baixa renda. Este baixo nível de difusão
está diretamente ligado ao elevado custo de construção das cisternas em relação à renda dos
pequenos agricultores. Entretanto, novas tecnologias na construção de cisternas tem sido
amplamente divulgadas por organizações governamentais e não governamentais como a Embrapa e
o PATAC. Como o caso das cisternas rurais de "placas", que é uma tecnologia alternativa de baixo
custo. As cisternas, que têm capacidade individual de armazenamento de 16 mil litros de água,
sendo construídas pelos trabalhadores rurais de cada comunidade .Além do benefício direto, com a
captação e armazenamento de água doce suficiente para suprir as necessidades de uma família de 6
pessoas durante um período de 6 meses, as comunidades rurais são treinadas na construção das
cisternas, qualificando a mão de obra especializada do homem do campo.
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Etapas da construção:
1. Após a escolha do local, realiza-se a marcação e a escavação do buraco, que deve ter 4,20
metros de diâmetro e aproximadamente 1,50 metros de profundidade.
3. a tampa. O fundo da cisterna, recebe uma camada de concreto à base de cimento, brita e areia.
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4. A próxima etapa é o levantamento da alvenaria, seguindo da amarração com ferro, colocação das
vigas e reboco interno e externo.
5. As cisternas são construídas pelos trabalhadores rurais, os quais além de serem beneficiados
diretamente, recebem orientação e acompanhamento.
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6 - Após completamente construídas as cisternas já estão aptas à captação de água de chuva por sistemas de
calhas (bicas) ou alternativamente, ao abastecimento por pipas. Com dimensões de 3,0 metros de diâmetro e
2,40 metros de altura, tem capacidade de acumulação de 16.000 litros de água.
Barreiro:
O barreiro é uma pequena represa de barro, com sangradouro lateral rudimentar, que seca todo ano
e serve principalmente de bebedouro intermitentes para o gado.
O pequeno açude:
Sem dúvida o mais difundido, serve principalmente para assegurar o abastecimento durante a
estação seca, de maneira a estabelecer a junção entre dois períodos chuvosos, embora não seja de
nenhuma serventia para lutar contra secas prolongadas; a probabilidade de ficar sem água (ou com
água barrenta, não potável) é grande demais para que, em geral, seja a única fonte d’água
disponível.
O açude médio:
Sua capacidade faz com que a probabilidade de secar seja muito inferior àquela do pequeno açude.
Ele permite, no mínimo, atravessar um ano de seca (ano sem escoamento, o que corresponde a 20
meses sem receber água), o que significa não raro, ser ele a principal fonte de abastecimento da
propriedade.
O grande açude:
Trata-se de um reservatório perene (quando pouco ou não utilizado) e geralmente público.
2.1.2.3. Onde e quantos açudes tem o Nordeste?
O número total de açudes no Nordeste, além de apresentar um constante crescimento,
depende muito do limite inferior escolhido, em termos de volume ou superfície. Estimou-se em
70.000 o número de açudes de mais de 1.000 m3 de espelho d’água.
Observou-se, em algumas regiões, densidades de até um açude por 1.5km 2, a qual pode ser
considerada como valor limite. Com essas características, o Nordeste brasileiro destaca-se, depois
da Índia, como a região mais açudada do mundo.
Por outra parte, a (grande) açudagem pública apresenta um balanço de aproximadamente
1.200 a 1.500 açudes de capacidade superior a 100.000 m3, com cerca de 450 barragens de mais de
um milhão de m3.
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A maior concentração de açudes encontra-se nos Estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do
Norte.
2.1.2.4. Escolha do local para a construção do açude
A largura do “boqueirão”
Procuram-se lugares estreitos a fim de diminuir o tamanho e o custo da futura barragem.
das encostas, logo a montante do local escolhido. Cria-se assim, além do mais, uma caixa que trará
um aumento da profundidade do açude.
A posição do sangradouro
Geralmente, procura-se um lugar onde a escavação lateral do sangradouro é fácil. Isto leva a
descartar as situações nas quais as duas encostas são muito íngremes e a procurar situações em que,
pelo menos de um lado, exista uma encosta pouco inclinada na altura em que se projeta o
sangradouro.
A profundidade da fundação
Embora, na maioria dos casos, não se estude antes a profundidade da fundação, é
obviamente preferível construir a barragem em lugares onde esta não será profunda demais.
Sondagem com o auxílio de um trado permite estimar a profundidade em que se encontra o
embasamento rochoso.
Dimensionamento da barragem
O dimensionamento da barragem consiste em compatibilizar a capacidade do reservatório
com o volume escoado no rio ou riacho.
Dimensionamento do sangradouro
Se o sangradouro for sub-dimensionado, ou seja, insuficiente para suportar a vazão das
cheias, haverá grande riscos de arrombamento do açude, caso a água chegue a passar por cima
da parede. Por outra parte, se o sangradouro for grande demais, sem necessidade, isto constituirá
um grande prejuízo econômico por causa do custo adicional dessa obra.
Portanto é necessário:
Estimar a vazão máxima das cheias, no local do futuro açude;
Prever uma margem de segurança, para se precaver, em particular, contra os riscos de
arrombamento de açudes situados a montante ou da obstrução acidental do sangradouro.
Vantagens e desvantagens.
As principais vantagens das barragens subterrâneas são: pequena perda por evaporação e o
não alagamento das terras que passam a ter o cultivo beneficiado pela elevação do lençol freático,
aproveitando o processo natural de subirrigação em grande parte do ano. Outra grande vantagem
das barragens subterrâneas é quanto ao pequeno custo de construção e manutenção, quando
comparado com outros sistemas de acumulação de água. Também os problemas decorrentes do
rompimento das barragens de superfície não existem nas barragens subterrâneas e, além disso,
eventuais problemas de perda d’água que possam vir a surgir durante o funcionamento do sistema,
serão reparados facilmente.
Outra grande vantagem que deve ser considerada na utilização das barragens subterrâneas
consiste na menor agressão ao meio ambiente.
A principal desvantagem do sistema de barragens subterrâneas refere-se ao risco de
salinização da área de acumulação de água. Neste caso devem-se projetar sistemas de drenagem
que, mesmo em áreas com razoável potencial de salinização, viabilizam o sistema sem aumentar
excessivamente o custo do projeto.
Outra desvantagem apontada na utilização das barragens subterrâneas é quando ao pequeno
volume de acumulação nos aqüíferos superficiais, mas um sistema integrado de algumas barragens
sucessivas pode facilmente superar este problema.
Esse tipo de estrutura, pelas suas próprias características técnicas (diâmetro, profundidade,
etc.) é utilizado principalmente em áreas aluvionais, onde o lençol freático encontra-se à pequena
profundidade. Esses poços são em geral, utilizados para abastecimento humano e animal, porém
quando a vazão permite podem ser usados para irrigação.
2.1.5. Poços Tubulares.
3 - CONSERVAÇÃO DE ÁGUA
Existem muitos opções que as nações, regiões ou fazendas podem utilizar para resolver os
problemas referentes à conservação de água. Diferentes tecnologias visam melhorar o
gerenciamento e a conservação da água. Embora, as tecnologias mais simples não possam resolver
todos os problemas quantitativos e qualitativos da água utilizada na agricultura, as vantagens do
planejamento, do aumento da eficiência da irrigação, do manejo da umidade do solo e do controle
do desperdício da água são inquestionáveis. A seguir veremos o resumo das principais técnicas de
conservação de água
Objetivo Tecnologia
Redução da saída de água Planejamento da irrigação: Prover de informações de quanto,
quando e como aplicar água de irrigação.
Aumento da eficiência da irrigação: Instalação de medidas
físicas de controle como: revestimento dos canais, controle
das estruturas e das canalizações, Plantio das culturas em
nível, aumento da automação dos sistemas, etc.
Redução da evaporação da água: Uso de revestimentos
químicos e objetos flutuantes para impedir que as moléculas
de água escapem.
Redução da evaporação do solo: Uso de resíduos culturais,
coberturas plásticas, instalação de gotejadores em culturas
arbóreas e gotejadores subsuperficiais em culturas anuais.
Reduzir o uso da água em vegetação não econômica e
freotípicas. (plantas que baixam o lençol freático) Maior
espaçamento entre as freotípicas, etc.
Redução dos requerimentos de água Limitação da irrigação: Aplicação de água menor do que a
pelas culturas máxima ET(evapotranspiração) demandada.
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água. O aumento do restolho pode diminuir as perdas por lixiviação quando à profundidade dos
reservatórios são aumentados (Bouwer, 1988).
Técnicas de redução da evaporação do solo em regiões secas que conservam a água na zona
radicular durante os períodos de pousio para ser usado durante os períodos de cultivo, também são
utilizadas. Conservação da lavoura (incluindo cultivo sem lavras, cultivo mínimo, cultura em sucos,
cobertura morta ou outras formas de gerenciamento dos resíduos) pode também melhorar o controle
do runoff (escoamento superficial) e da erosão do solo (Stewart et al., 1985; Unger, 1986). Contudo
as doenças e os insetos contidos nos resíduos e a falta de desses resíduos como em culturas como
algodão ou sorgo, tem sido problemas em algumas situações. Maiores pesquisas são necessárias
para desenvolver a integração entre a irrigação e a conservação dos restos culturais que mantém a
produção cultural, reduzindo as necessidades de nutrientes, pesticidas, minimizando a poluição da
água e reduzindo a evaporação do solo.
3.1.4. Redução de água usada em culturas não econômica. Ao longo dos rios e riachos, a
vegetação ciliar muitas vezes remove, diretamente, considerável quantidade de água. Além disso, as
raízes de plantas arbóreas absorvem grande quantidade de água do lençol freático. A água usada por
este tipo de planta pode ser reduzida através de limpeza ou adelgaçamento. Mas este tipo de ação
pode prejudicar o meio ambiente e o controle de plantas não econômicas pode ser antieconômico ou
inadequado politicamente.
3.1.6. Limitação das culturas irrigadas na fazenda. Devido aos problemas anteriormente citados
como alagamento, salinização do solo, escassez de água, aumento do custo da água, o processo de
irrigação poderia ser abandonado em algumas áreas. Algumas projeções indicam que de 10 a 30 %
das terras irrigadas podem ser convertidas em cultivos de sequeiro ou para outros usos no século 21
(U.S. Department of Agriculture, USDA, 1989). Devido a razões de disponibilidade e distribuição
de comida, e muitos fatores econômicos, sociais e humanos, não é possível generalizar a melhor
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O conceito de qualidade da água refere-se às suas características que podem afetar sua
adaptabilidade para uso específico; em outras palavras, a relação entre a qualidade da água e as
necessidades do usuário. A qualidade da água define-se por uma ou mais características físicas,
químicas ou biológicas. Preferências pessoais, como o sabor, podem também constituir simples
avaliação de aceitabilidade, porém na avaliação da qualidade da água para irrigação, leva-se em
consideração principalmente, as características químicas e físicas e poucas são às vezes em que
outros fatores são considerados importantes.
A agricultura irrigada depende tanto da quantidade como da qualidade da água. No entanto,
o aspecto da qualidade tem sido desprezado devido a que no passado, as fontes de água, no geral
eram abundantes, de boa qualidade e de fácil utilização. Esta situação, todavia, está se alterando em
muitos lugares. O uso intensivo de praticamente todas as águas de boa qualidade implica que, tanto
para os projetos novos como para os antigos tem sido necessário se recorrer às águas de qualidade
inferior. Para evitar problemas conseqüentes, deve existir planejamento efetivo que assegure melhor
uso possível das águas de acordo com sua qualidade.
Usos específicos podem ter diferentes requisitos de qualidade. Assim, uma água pode ser
considerada de melhor qualidade, se produzir melhores resultados, ou causar menos problemas. Por
exemplo: uma água de rio que pode ser considerada de boa qualidade para determinado sistema de
irrigação pode, por sua carga de sedimentos, ser inaceitável para uso urbano, sem antes ser tratada
para extrair tais sedimentos.
A situação ideal é contar com várias águas de diferentes qualidades e, assim, poder
selecionar a mais adequada. Entretanto, na maioria das vezes, dispõe-se unicamente de água de uma
só qualidade.
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SALINIDADE
Os sais do solo e da água reduzem a disponibilidade da água para as plantas, a tal ponto que afetam
os rendimentos.
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA
Teores relativamente altos de sódio, ou baixos de cálcio no solo e água, reduzem a velocidade com
que a água de irrigação atravessa a superfície do solo. Esta redução pode alcançar tal magnitude,
que as raízes das plantas não recebem suficiente de água entre as irrigações
Certos íons (sódio, cloreto e boro) contidos no solo ou na água, acumulam-se nas plantas em
concentrações suficientes altas para causar danos e reduzir os rendimentos das culturas sensíveis.
OUTROS PROBLEMAS
Os excessos de nutrientes reduzem os rendimentos das culturas e/ou sua qualidade. As manchas nas
frutas ou na folhagem prejudicam a comercialização dos produtos. A corrossão excessivas dos
equipamentos aumenta os custos de manutenção e reparos.
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4.1.2. - Tolerância das plantas a salinidade. Nem todas as culturas respondem, igualmente, à
salinidade e ou sodicidade; algumas produzem rendimentos aceitáveis, a níveis altos de salinidade,
e outras são sensíveis a níveis relativamente baixos. Esta diferença deve-se à melhor capacidade de
adaptação osmótica que algumas culturas têm, o que permite absorver, mesmo em condições de
salinidade, maior quantidade de água. Esta capacidade de adaptação é muito útil e permite a seleção
de espécies mais tolerantes e capazes de produzir rendimentos economicamente aceitáveis, quando
não se pode manter a salinidade do solo ao nível desejado (Ayers & Westcot, 1991). As tolerâncias
relativas das culturas são classificadas da seguinte forma:
4.1.2. Sais. Embora a salinidade seja o maior fator na baixa produção cultural e redução na
produtividade do solo, não há limites específicos no total de sólidos dissolvidos (TDS) para o
suprimento de água para beber. Contudo, para o cloro (Cl) e sulfato (SO 4 ) é recomendado limites
máximos de 250 mg/L. Alta concentração de sais pode ser também o principal fator de corrosão no
sistema de distribuição de água. Para o gado 3000 mg/L ou menos de sais solúveis poderiam ser
satisfatório sobre a maioria das condições.
4.1.3. Pesticidas. Resíduos de pesticidas encontrados nas águas dos fluxos residuais e dos aqüíferos
subsuperficiais pode tornar um problema de saúde pública. Devido à existência de pesticidas
residuais o uso de águas residuais da irrigação pode influir na qualidade das diferentes culturas que
têm menor tolerância do que a cultura alvo. Através do runoff (escoamento superficial) os
pesticidas vão para os riachos superficiais provocando impactos em espécies aquáticas ou
possibilitando a acumulação na cadeia alimentar (ex. Boqueirão). A ingestão de pesticidas através
da água pode também por a saúde humana em risco. As Agencias de Proteção Ambiental nos
Estados Unidos tem proposto níveis de advertência para 64 tipos de pesticidas. Aqueles valores são
relativos a medições de problemas agudos e crônicos e de natureza e carcinogênicas daqueles
compostos (USEPA, 1989).
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4.1.4.. Elementos Traço Tóxicos. Elementos traços têm sido encontrados em concentrações que
podem provocar impactos severos no uso da água. Elementos traços como arsênico, boro, cadmium,
cromo, cobre, chumbo, manganês, mercúrio, molibidênio, níquel, selênio e zinco (As, B, Cd, Cr, Cr,
Pb, Mn, Hg, Mo, Ni, se e Zn) estão presentes em alguns solos e têm sido detectados nas águas para
irrigação e nos fluxos de retorno. Estes elementos são essenciais para saúde humana em
concentrações apropriadas, mas podem causar danos e toxidade em altos níveis. Aqueles elementos
produzem sintomas de toxidade nos homens que incluem anomalias reprodutivas, dificuldade
respiratória, danos nos rins, problemas cardiovasculares e gastrintestinais. Os problemas de
toxicidade associados com Cd, Pb, Hg e Se são mais sérios porque estes metais se acumulam na
cadeia alimentar. As normas para água de beber e de irrigação estão recomendadas na tabela 4
(USEPA, 1973; Letey et al., 1986).
Concentração máxima de vários elementos traços em água para beber e para irrigação
Elemento Traço Limites para Água de Beber Limites Recomendados para Irrigação
(mg/L) * (mg/L) &
As 0,10 0,10
Cd 0,010 0,010
Cr 0,050 0,010
Pb 0,050 -
Mn 0,050 0,200
Hg 0,002 -
Mo - 0,010
Se 0,010 0,020
V 0,010 0,100
aquático (Council For Agricultural Science and Tecnology, CAST, 1982). Embora as evidencias
não mostrem que os sedimentos em suspensão, tenham direto efeitos adversos na saúde do homem,
matéria orgânica e sedimentos finos (argila) pode trazer aumento na concentração adsorvida de
nutrientes, pesticidas, vírus, bactérias e outros componentes tóxicos (Office of Technology
Assessment, OTA, 1983). Estes materiais em suspensão poderiam trazer sérios problemas nos
corpos d’águas superficiais quando usadas para beber.
4.3 Problemas biológicos referentes à qualidade de água: Vários tipos de doenças têm ocorrido
devido ao manejo inadequado da água. O uso de águas contaminadas biologicamente tanto
diretamente no consumo humano e animal, como também na irrigação tem favorecido o aumento de
doenças por todo o mundo. O uso da irrigação pode provocar o aumento de vários tipos doenças,
quando não controladas. Podendo ser incluídas as infecções intestinais, a malária, esquistossomose
e outras, cujos agentes causais incluem-se as bactérias, vírus, protozoários (amebas), nematóides
(lombrigas) entre outros e entre os transmissores observa-se insetos ou outros vetores favorecidos
pela água.Algumas medidas como tratamento da água, uso de adequado da água de acordo com o
grau de contaminação pode contribuir para minimizar as contaminações diretas, por outro lado à
drenagem para facilitar o runoff (escoamento superficial), além da cobertura dos canais e o aumento
da velocidade do fluxo podem também ser necessárias para reduzir o excesso de água acumulada
(inibindo a ação de alguns vetores).
são tratadas antes de voltarem para os corpos d’água como os rios e mares. Isto significa que
próximo a 400 m3 / s de águas contaminadas poluem o meio ambiente e constituem um vector de
transmissão de parasitas, bactérias e vírus patogênicos.
Por outro lado, devido à carência atual e a crescente demanda por água potável em várias
regiões do planeta à utilização racional de águas residuárias tem se tornado uma necessidade
indispensável para sobrevivência do próprio homem.
No Nordeste do Brasil de acordo com o IBGE (1996) mais da metade das famílias vivem em
situação de pobreza crítica, englobando uma população de 22 milhões de habitantes, existindo
necessidade de se aumentar à produção de alimentos.
Na realidade existem dois requerimentos antagônicos: a necessidade inevitável de se utilizar
às águas e os possíveis perigos da reutilização destas águas para as comunidades. Pois, a utilização
direta de águas residuárias em piscicultura e campos agrícolas pode propagar enfermidades
gastrointestinais. Havendo necessidade de alguma forma de tratamento capaz de reduzir ao mínimo
os riscos para saúde pública.
A importância do reuso de águas associado à engenharia sanitária normalmente não tem
sido adequadamente valorizada. Segundo OMS, (1989) a integração entre o tratamento de águas
residuárias e sua posterior reutilização no ciclo produtivo reduz os custos dos serviços sanitários
básicos na ordem de 30-90% para os municípios.
A Organização Pan-americana de Saúde (OPS) recomenda lagoas de estabilização para o
tratamento de águas residuárias domésticas, devido à remoção de patógenos. A transformação da
matéria orgânica em lagoas permite liberar nutrientes e gerar biomassa de algas, elementos
aproveitáveis para a agricultura e aquicultura.
Trabalhos publicados pelo Banco Mundial e o International Development Research Centre,
no Canada relatam que a cultura do peixe, algas, produção de plantas aquáticas e produção de
energia tem sido identificadas como promissoras tecnologias que podem mudar radicalmente o
contexto da engenharia sanitária nas cidades.
Podem-se tomar quatro medidas principais para proteger a saúde ao aproveitar-se de águas
residuárias, a saber: o tratamento destas, restrições de cultivos, controle das classes de emprego das
águas residuárias e da exposição das mesmas e aumento da higiene. Destas, o tratamento de águas
residuárias e a restrição do cultivo tem sido as mais amplamente adotadas nos sistemas de
aproveitamento controlado. No futuro com um método de planificação melhor integrado, se espera
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Diretrizes recomendadas sobre a qualidade microbiológica das águas residuais usadas na agricultura
Nematóides Coliformes Tratamento das águas
intestinais fecais (nº/ 100 necessário para obter
Condições do Grupo exposto (lombrigas) ml) qualidade exigida
Categoria aproveitamento (nº de ovos / 100 ml)
A Irrigação de cultivos que se Serie de tanques de
consomem crus, campos de Trabalhadores, estabilização que
esportes e parques públicos. consumidores e <1 < 1000 permitem obter qualidade
público. microbiológica indicada
B Irrigação de cultivos de
cereais, forragens, arbóreas, Trabalhadores <1 Não se Retenção em tanques de
cultivos, para industrias. recomenda estabilização por 8 a 10
nenhuma dias para eliminação de
norma helmintos e coliformes
fecais
C Irrigação localizada de
cultivos da categoria B Não se recomenda Não se Tratamento prévio de
quando os trabalhadores Ninguém nenhuma norma recomenda acordo com a tecnologia
nem o público entram em nenhuma de irrigação (filtragem)
contato com a água norma
6 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.
CAVALLINI, J. M. Reuso de águas residuáriaes en Perú. Taller Regional para América sobre
Aspectos de Saúde, Agricultura e Ambiente. Instituto Mexicano de Tecnologia del Agua
(IMTA) , Jiutepec, Morelos, México. Nov 1993.
BRANCO, S. M. Água – origem, uso e preservação; Editora moderna. São Paulo, SP. 1993