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TRABALHO DE

PARTICIPAÇÃO INDIVIDUAL

Matriz

Disciplina: Sustentabilidade e Gestão de


Turma: Logística e Supply Chain
Riscos na Cadeia de Suprimentos

Nome: Monique Passos ROL escolhida: Aula 2 (15/12)

Resenha crítica sobre a reunião On-line


Para fazer este Trabalho de Participação Individual, você deverá escolher uma das três
primeiras reuniões on-line realizadas na disciplina e elaborar uma resenha crítica de até duas
páginas, contemplando:
 o entendimento do conteúdo abordado na ROL, fazendo uma análise crítica e
apresentando exemplos, relatos ou experiências, e conhecimentos próprios
relacionados à temática da reunião.

Atenção: uma resenha crítica é um trabalho que possui característica analítica e interpretativa, ou
seja, é muito mais do que um resumo e, por isso, deve trazer ideias e referências complementares.

Nesta segunda aula foi abordado o tema Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos, onde foi discutido
alguns importantes tópicos:
 Tripé da Sustentabilidade;
 Objetivo de Desenvolvimento sustentável – Agenda 2030;
 Indicadores de Sustentabilidade na cadeia de Suprimentos;
 Configurações de Cadeia de Suprimentos sustentáveis; e
 Mecanismos de governança.
Não há como falarmos de sustentabilidade, sem citarmos a conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento, mas conhecida como ECO-92, Cúpula da Terra. A ECO-92 ou RIO-
92 foi uma das principais conferências ambientais do planeta, reunindo 179 países, e sendo realizada
pela ONU, na cidade do Rio de Janeiro em 1992. O principal objetivo do encontro, foi debater o cenário
ambiental de forma global, sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável, tema tratado de forma
inovadora, considerando o período em questão.
A ECO-92 gerou importantes acordos internacionais: Convenção do clima, Convenção da
Biodiversidade, Declaração do Rio – MA, Desenvolvimneto e Principios sobre florestas, sendo o
principal documento gerado a Agenda-21. Esse documento reunia um conjunto de metas e
estratégias definidas pelos 179 países participantes do evento, para viabilizar o desenvolvimento
sustentável do planeta. A partir da ECO-92, outras conferências ambientais foram realizadas, trazendo

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por exemplo a Rio+10 (África do Sul) e Rio+20 (Rio de Janeiro).
Toda essa evolução sustentável, que hoje é percebida em muitas empresas que mudaram a sua forma
de se relacionar com o meio ambiente, foi impulsionada pelo importante empresário britânico e
autoridade em assuntos ligados a responsabilidade corportaiva e desenvolvimento sustentável John
Elkington, criador do conceito “tripé da sustentabilidade” ou triple botton line.
O tripé da sustentabilidade utiliza três aspectos fundamentais da administração empresarial sendo: o
Social, Ambiental e Financeiro. Esses três aspectos devem interagir de forma orgânica, a fim de se
garantir a integridade do planeta e da sociedade enquanto ocorre o desenvolvimento econômico-
industrial.
Em seguida foi abordado os 17 ODS, sigla utilizada para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
que estão na chamada “Agenda 2030”. Essa agenda corresponde a um pacto Global que foi firmado
durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015, assinado pelos 193 países membros. A agenda contém
17 objetivos, 169 metas, cujo principal propósito trata-se de superar os principais obstáculos de
desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo, promovendo o desenvolvimento
sustentável global até 2030. 
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável apresentam diferentes temas, envolvendo aspectos
sociais ou ambientais, todos construídos de maneira que fossem interdependentes. Ou seja, a maneira
em que um país atingir um dos objetivos, provavelmente terá alcançado outros. Abaixo seguem os 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que compõem a Agenda 2030:

Todos esses objetivos são trabalhados através de indicadores de sustentabilidade, que são a chave
para que muitas empresas monitorem o impacto ambiental causado por suas atividades. Alguns fatores
que são monitorados através de indicadores: estratégia, transporte e logística, Marketing,
relacionamento e parceria, integração da base da cadeia, aprendizado contínuo e comportamento
organizacional.
Sempre buscando uma forma de se diferenciarem de seus concorrentes, as empresas estão investindo
em novas formas de melhorar o seu desempenho ambiental, agregando valor a cadeia, porém sem
comprometer o fator econômico. Assim, surge a Cadeia de Suprimentos Verde, tendo como objetivo
adotar estratégias mais limpas direcionadas aos processos ao longo da cadeia. Algumas práticas
adotadas é utilizar:
 Gestão Ambiental Interna: Gerenciamento interno para redução do impacto ambiental, visando

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reduzir o consumo e proporcionar uma melhora na sustentabilidade da empresa.
 Compras Verdes: Efetuar parcerias com fornecedores que atendam aos requisitos de
sustentabilidade. Apesar do custo ser geralmente maior, a seleção deste tipo de fornecedor agrega
valor ao produto/serviço final, o que equilibra o financeiro, apesar do aumento do investimento.
 Cooperação com cliente: Enfoca todo o processo de fornecimento de informações técnicas e
operacionais de modo que se torne possível planejar e estabelecer metas ambientais. Como por
exemplo, demonstrar aos clientes a reutilização das embalagens ou materiais que antes eram
descartados, e os benefícios adquiridos a partir deste novo processo.
 Ecodesign: Produtos criados de forma sustentável, durante todo seu processo de produção.
 Logística reversa: Reutilização de materiais após ser efetuado a entrega, muito comum na área de
logística. Como por exemplo o uso de paletes de madeira e embalagens que possuem grande
potencial de reutilização.
Percebemos então, que a ideia de sustentabilidade e de promover um desenvolvimento sustentável
começa a ocupar um lugar dentro das empresas e governos, de forma a se tornar um assunto cada vez
mais frequente. Outro aspecto que também ganhou força, foi a Responsabilidade Social, que nasceu do
desejo das empresas de alcançarem o respeito e a admiração das pessoas e comunidades que são
influenciadas por suas atividades. No início, a obrigação das empresas era reduzida a gerar empregos,
produzir riquezas, realizar o pagamento de impostos, mas em seu processo de evolução, outros valores
foram incorporados as organizações, sendo transmitido através de sua responsabilidade social, fatores
esses como: ética, comunidade, cidadania, força de trabalho, saúde pública, segurança, entre outros.
Assim, cada vez mais a organizações buscam mecanismos para atingirem a máxima eficiência
operacional, buscando um papel de destaque em relação aos seus concorrentes, em paralelo tentam se
manter socialmente responsáveis, transmitindo uma imagem positiva e que resulte numa melhor
reputação, de forma a promover os seus valores sociais e não somente os econômicos. Com base
nessa ideia, as organizações são levadas a incorporar processos de melhoria contínua como forma de
se tornarem sustentáveis a nível econômico-financeiro. Isso significa colocar em prática uma série de
procedimentos com o objetivo de melhorar a qualidade de seus produtos, serviços e dos processos
internos, ocorrendo de maneira contínua. E, desta forma, entregar mais valor ao cliente final, utilizando
a menor quantidade possível de recurso. O processo de melhoria envolve quatro importantes etapas:
 Planejar: Identificar os pontos que necessitam de melhorias.
 Fazer: Implementar as ações definidas no planejamento.
 Controlar: Conferir a execução do plano de ação, de modo que tudo ocorra de acordo com o
esperado.
 Agir: Efetuar as correções necessárias e solucionar os problemas identificados.
Todas essas ações devem estar alinhadas a política ambiental, que visa justamente a preservação do
meio Ambiente. Atualmente quase todos os govermos e importantes empresas possuem políticas
ambientais. Além de mostrarem aos seus consumidores os seus princípios ambientais, as políticas
ambientais funcionam como uma espécie de freio, minimizando os impactos ambientais gerados pelo
crescimento econômico e urbano. O quadro abaixo exemplifica agumas atitudes que sofreram um
processo de evolução nas organizações:

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As empresas que se adaptam a esse novo cenário evolutivo e incluem a Responsabilidade Social como
uma poliítica, obtem resultados como: redução de custos, melhoria na produtividade, crescimento da
receita, valorização da imagem, fidelização do cliente, retenção de talentos, capacidade de adaptação,
longevidade, redução de conflitos, inovação, entre outros benefícios.
Falando um pouco sobre as certificações de qualidade ISO, que são normas que garantem a qualidade
e aprimoramento do processo produtivo, de forma a promover uma padronização na produção e
prestação de serviço. Qualquer empresa pode obter certificação ISO. Porém, ela deve passar por uma
série de fases que confirmem a adequação às regras, garantindo ao cliente que naquele ambiente
produtivo há qualidade certificada de produto ou serviço. Por isso, cada ISO corresponde uma área
diferente em uma empresa. Sendo elas:
ISO 9000: Certificação mais conhecida, voltada para o processo de Gestão da Qualidade das
empresas. Seu foco está no processo.
ISO 9001: Foco está na otimização dos processos das empresas, com atenção a ampliar a satisfação
dos clientes.
ISO 14001: Voltada para gestão ambiental eficaz da empresa. A ISO 14001, ajuda as corporações a
se adequarem as legislações ambientais, sem que isso prejudique seu crescimento.
ISO 45001: Norma voltada para Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional (SGSSO), ou
seja, para trazer melhoria na Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Essa norma foi desenvolvida,
devido aos inúmeros acidentes de trabalho que ocorriam nas empresas, além das mortes ocasionadas
por doenças e tragédias laborais.
ISO 26000: Norma voltada para instruir as empresas em como podem operar de de maneira
socialmente responsável. Isso significa agir de maneira ética e transparente, de forma a que contribuir
para a saúde e o bem-estar da sociedade. Assim como há outras normas voltadas para a
responsabilidade social como: ISE BM&F Bovespa, BM&F Bovespa e Selo Abrinq amigo da criança.
ISO 27001: Essa certificação está ligada à segurança da informação. Essa norma propõe melhoria e
desenvolvimento na gestão e segurança das informações que são processadas e armazenadas.
Além das ISOS, temos a norma AS 8000. Essa norma fornece uma estrutura para que qualquer
organização ou indústria possa fornecer seus serviços ou produtos de forma justa e decente. Ela
estabelece melhorias para os direitos dos trabalhadores, em suas condições do local de trabalho e um
sistema de gestão eficaz.
Podemos dizer que todas essas práticas abordadas estão ligadas ao sistema de Governaça Corporativa.

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O ESG que nos últimos anos vem sendo muito discutido e adquirindo destaque no país, devido ao
crescimento das empresas, investimentos e uma maior preocupação com formas de se evitar a
corrupção. Ou seja, a governança corporativa é o sistema que direciona uma organização, trabalhando
através de práticas, regras e processos que regem a empresa para que ela alcance os seus objetivos e
seus negócios sejam bem sucedidos. Seu foco não se restringe a seguir o que está nas leis e normas,
mas sim em criar todo um ambiente para atingir uma boa reputação, garantindo a integridade e a
longevidade do negócio. Seus principais objetivos são promover a sustentabilidade, longevidade,
clareza e transparência, combate à corrupção, atendimento aos direitos trabalhistas, combate ao
trabalho infantil e práticas de responsabilidade social.
Agora trazendo um exemplo da organização na qual trabalho, Nova oi/V.tal – empresa so ramos de
Telecomunicações, ela está incentivando os seus colaboradores a levarem projetos de melhoria para
empresa, que promovam a qualidade com foco em redução de custo. Um dos projetos que foi
apresentado ao presidente da empresa foi o Conector em Campo, este projeto envolve justamente o
tema que foi abordado nesta aula. O projeto teve foco na sustentabilidade e na redução de
desperdícios da nossa cadeia produtiva, criando oportunidade de inovação e busca de soluções
para otimizar o consumo de materiais de rede com escalabilidade em âmbito nacional. 
 Qual era nossa necessidade? O projeto surgiu através da necessidade de diminuir o desperdício
de drop óptico nas instalações de Fibra (cabo de fibra). O técnico de home connect faz a
instalação do drop da caixa/poste até a casa do cliente. Neste trecho é que surge o problema
de sobras de drop óptico na rede - um material não reciclado, composto de arame, borracha e
fibra óptica. Em média a sobra era de 20%.
 Na prática: A casa do cliente fica a 80m do poste e o técnico é obrigado a usar um drop de
100m. Isso causa desperdício de 20m de drop e o descarte comum, sem nenhum tipo de
reciclagem.
 Solução Encontrada: Fomos buscar no mercado um fornecedor que fabricasse o drop sem essa
limitação, ou seja, um drop sem o conector instalado. Nossa proposta era que o próprio técnico
tivesse essa autonomia de reproduzir em campo o que é feito em fábrica. Nossa ideia era
também ter uma bobina de drop, de 500m, que o técnico pudesse cortar o tamanho
necessário e evitar desperdício. Para isso, precisariamos capacitar toda força de trabalho - mais
de 3.000 técnicos em 27 UFs - sem impactar a produtividade.
 Quais foram os benefícios? Redução de 20% do Drop, Customização no cumprimento
necessário no momento da instalação com a montagem do kit em campo e obtenção de um
processo mais eficiente sem impacto na produtividade de campo.

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De mãos dadas com:
 ESG: O objetivo inicial do projeto era focado na sustentabilidade e meio ambiente e hoje eles
alcançaram frentes na parte ambiental, social e governança, abraçando a linha ESG.
 Ambiental: Evita sobras de Drop’s que seriam descartadas, implementação do projeto de Drop
e Redução do impacto ambiental (- 20 Toneladas/mês).
 Social: Maior eficiência na aquisição e utilização do drop.
 Governança: Desenvolvimento e customizações do modelo operacional, capacitaçãovolvimento
e customizações do modelo operacional e menor consumo de Drop’s por reparo/instalação
(20% de redução).
Por fim, esse foi o resultado do projeto:

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