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br

DESIGN E
SUSTENTABILIDADE
Me. Renata Cristina de Souza Chatalov

INICIAR

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introdução
Introdução
No contexto desta unidade, serão estudadas as ferramentas ambientais de
apoio aos designers na concepção de um produto sustentável. Inicialmente,
será apresentado o conceito de ecoeficiência, bem como sua aplicabilidade
nas organizações e benefícios que poderá trazer.

Em seguida, será abordado o conceito e aplicação do Ecodesign. Logo após,


serão apresentados o conceito e a implementação da gestão ambiental nas
organizações e finalizaremos com a apresentação da família ISO 14000
(ambiental), com enfoque na ISO 14001, norma que implementa e certifica o
Sistema de Gestão Ambiental empresarial e que traz inúmeras vantagens
competitivas para organização, tais como: conquista de novos mercados,
diferencial de mercado e busca por novos clientes.

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Ecoeficiência

Em 1992, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, em


seu informe denominado “Mudando o Curso”, apresentou o que seriam
denominadas empresas ecoeficientes (SCHMIDHEINY, 1992, p.12):

Aquelas empresas que alcancem de forma contínua maiores níveis


de eficiência, evitando a contaminação mediante a substituição de
materiais, tecnologias e produtos mais limpos e a busca do uso
mais eficiente e a recuperação dos recursos através de uma boa
gestão (SCHMIDHEINY, 1992, p.12).

A partir de então, o conceito de ecoeficiência vem sendo aperfeiçoado e


desenvolvido pelo World Business Council for Sustainable Development
(WBCSD) e outras organizações. No ano de 1993, no primeiro workshop
ampliado sobre ecoeficiência, os participantes elaboraram a seguinte
definição (WBCSD, 2000, p. 9):

A ecoeficiência atinge-se através da oferta de bens e serviços a


preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades

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humanas e contribuam para a qualidade de vida e, por outro,


reduzam progressivamente o impacto ecológico e a intensidade de
utilização de recursos ao longo do ciclo de vida, até atingirem um
nível, que, pelo menos, respeite a capacidade de sustentação
estimada para o planeta Terra (WBCSD, 2000, p. 09).

Dessa maneira, o conceito de ecoeficiência traz três objetivos principais, a


saber:

1. Redução do consumo de recursos: com a minimização do consumo


de energias há a redução no uso de materiais, energia, água e solo.
Com isso, há o aprimoramento da reciclagem, bem como a
durabilidade do produto, fechando o ciclo dos materiais;
2. Redução do impacto na natureza: com isso, há a diminuição de
emissões atmosféricas, efluentes, resíduos sólidos e dispersão de
poluentes, assim como estimula o uso sustentável de recursos
renováveis;
3. Melhoria do valor do serviço e/ou produto: há maiores benefícios
aos clientes por meio da flexibilidade e funcionalidade do produto ao
serem ofertados serviços.

reflita
Reflita
Observe que as empresas ecoeficientes trazem vantagens
competitivas!

Fonte: Elaborado pela autora (2009).

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O WBCSD (2000) identifica sete fatores para se alcançar com êxito a


ecoeficiência:

1. Reduzir a intensidade de uso de materiais;


2. Diminuir a demanda intensa de energia;
3. Reduzir a dispersão de substâncias tóxicas;
4. Incentivar a reciclagem dos materiais;
5. Maximizar o uso sustentável dos recursos renováveis;
6. Prolongar a vida útil dos produtos;
7. Incrementar a intensidade de serviços.

Para Dias (2017), existem quatro áreas que adaptam as maneiras para
melhorar a ecoeficiência, que envolvem todo o ciclo de vida do produto ou
serviço:

A reorientação dos processos: nesse caso, os processos podem ser


reorientados, com o intuito de diminuir o uso de recursos,
aumentando o uso de materiais recicláveis;
A revalorização dos subprodutos: com isso, um subproduto pode ser
matéria-prima para outra empresa;
O redesenho dos produtos: nesse caso, o design de produtos segue
critérios de compras ambientalmente corretas;
A recolocação dos mercados: nesse caso, as inovações vão além no
design do produto, idealizam produtos com matéria-prima menos
agressiva ao meio ambiente e diminuem o uso de materiais e
energia.

O WBCSD (2000) também considera que para uma organização ter a


ecoeficiência, isso deve ocorrer de maneira gradativa e aconselha iniciar o
processo considerando os seguintes aspectos que contribuirão para melhorar
a visão empresarial:

Cultura empresarial: é preciso que se tenha uma cultura


organizacional desde o nível mais alto gerencial. É preciso adotar a
visão da ecoeficiência nos negócios para convertê-la em ação, o que
envolve de forma corresponsável os funcionários de todos os níveis

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em cada organização, os quais, por sua vez, devem dar


conhecimento desse conceito aos fornecedores e clientes;
Capacitação: as organizações têm papel essencial ao oferecer
treinamento aos seus colaboradores, a fim de aplicar esse conceito e
se estender aos demais;
Reconhecimento: os gestores precisam compreender sobre a
capacidade de suporte do planeta e que a exploração excessiva dos
recursos naturais é limitada e, em função disso, as pressões para
mudar as formas de produção irão crescer. Isso torna necessário que
os gestores estejam alertas para identificar qualquer ameaça em
seus negócios e qualquer oportunidade que os beneficie;
Ferramentas gerenciais: os empresários precisam identificar os
sistemas disponíveis para obter a meta da ecoeficiência que melhor
se adapte às suas circunstâncias, tais como: a Avaliação de Impacto
Ambiental, o Inventário do Ciclo de Vida de Produto, dentre outros.
Pesquisa e desenvolvimento para a ecoeficiência: para identificar
oportunidades de redução na intensidade de consumo de materiais e
energia, as organizações precisam fomentar pesquisas e
desenvolvimentos tecnológicos que lhes revertam em benefício;
Design para a ecoeficiência: o design dos detalhes pode fazer uma
grande diferença em termos de utilização de materiais e energia para
a manufatura, bem como para seu uso primário e secundário;
Compra e comercialização para a ecoeficiência: com enfoque no
incremento de valor, as organizações podem influenciar tanto as
atitudes de seus consumidores como de seus fornecedores, com isso
pode-se estabelecer políticas sobre essa temática nas áreas de
compras e vendas;
Serviço pós-venda: as organizações precisam reconhecer sua
responsabilidade, a qual não termina com a venda de seus produtos
e serviços. O oferecimento de serviços pós-venda pode, inclusive,
representar um valor agregado;
Fechar o círculo: é importante fechar o ciclo de vida do produto.

O traço específico da ecoeficiência no que se refere à produção mais limpa é


procurar ir além do aproveitamento sustentável dos recursos e da

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minimização da contaminação, enfatizando a criação de valor agregado tanto


para os negócios quanto para a sociedade em geral, além de manter os
padrões competitivos.

Segundo WBCSD (2000, p.12):

Ao aumentar o valor dos bens e serviços que criam, as empresas


maximizarão a produtividade dos recursos, ganharão benefícios
profundos, com o qual gratificarão aos seus acionistas, e não
somente minimizarão a quantidade de resíduos ou contaminantes
(WBCSD, 2000, p.12).

Dessa maneira, pode-se dizer que a ecoeficiência busca produzir com menor
consumo de materiais e energia, para geração de menos resíduos e efluentes.

saiba mais
Saiba mais
Os fundamentos do negócio para a
ecoeficiência são claros, pois ser eficiente se
trata de uma prioridade para as organizações
e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos
ambientais e a utilização de recursos,
acrescentando valor substancialmente.
Fonte: Adaptado de WBCSD (2000, p. 19).

ACESSAR

ti
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praticar
Vamos Praticar
A ecoeficiência é alcançada mediante o fornecimento de bens e serviços a preços
competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e que tragam qualidade de
vida, ao mesmo tempo em que ocorre a busca da redução progressiva do impacto
ambiental e do consumo de recursos ao longo do ciclo de vida até um nível, no
mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada da Terra.

SISINNO, C. L. S.; MOREIRA, J. C. Ecoeficiência: um instrumento para a redução da


geração de resíduos e desperdícios em estabelecimentos de saúde. In: Caderno de
Saúde Pública . 2005, v. 21, n. 6.

Sobre as áreas envolvidas na ecoeficiência dentro das organizações, leia as


afirmativas e assinale aquela que envolve corretamente as áreas:

i. Pesquisa e desenvolvimento.
ii. Compras.
iii. Fornecedores.
iv. Pós-venda.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) IV, apenas.

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Ecodesign

O Ecodesign se trata de projetar produtos e/ou executar serviços


incorporando os aspectos ambientais, ou seja, reduzindo o uso de recursos
não renováveis. O Ecodesign é uma ferramenta utilizada por empresas nas
áreas de arquitetura, engenharia e design, no mercado interno e externo, que
visa atender novos mercados e novos modelos de produção (MMA, 2019).

O conceito de Ecodesign tem como ideia central a criação de produtos que


analisem o efeito sobre o meio ambiente em que ficam incluídos a aquisição
da matéria prima, o processo produtivo, o transporte, a logística, a utilização e
o descarte.

Kazazian (2005) trata o Ecodesign como uma abordagem de


redução dos impactos ambientais de um produto e ao mesmo
tempo busca melhorar a qualidade de vida dos usuários de hoje e
de amanhã. Para Miasaki e Pougy (2006), o Ecodesign pode ser
aplicado para gerar mudanças de hábitos de consumo. Embora
seja uma expressão relativamente nova, do início dos anos 90, o
interesse pelo tema tem crescido, principalmente nas empresas

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que já desenvolviam programas ambientais e de prevenção da


poluição (FIKSEL, 1996, p.5).

Assim, o principal objetivo do Ecodesign é a criação de produtos


ambientalmente corretos, sem comprometer os custos, a qualidade e as
restrições de tempo para a fabricação. Para que sejam cumpridos esses
objetivos, é necessária a adoção de práticas sustentáveis desde a concepção
do projeto.

Algumas práticas são essenciais para o ecodesign, tais como:

Seleção de materiais que tenham baixo impacto ambiental: com


isso, esses materiais são menos poluentes, não tóxicos, que tenham
processo produtivo sustentável ou menos energia no seu processo
de fabricação;
Eficiência energética: nesse caso, tem-se a minimização do
consumo de energia para os processos de fabricação;
Qualidade e durabilidade: produtos que têm mais qualidade e
durabilidade, devendo funcionar melhor e gerar menos resíduos;
Modularidade: trata-se de objetos com peças intercambiáveis;
Reutilização/Reaproveitamento: é importante projetar produtos
que tenham o ciclo de vida completo, podendo ser reaproveitados.

Segundo Barbieri (2016), alguns objetivos estratégicos relacionados aos


produtos incorporando a variável ambiental se tem: conservação dos
recursos; reciclagem e recuperação energética; prevenção da poluição;
minimização de resíduos; entre outros. Algumas possíveis abordagens são as
seguintes:

Melhoria da eficiência do material: verificar se os impactos


ambientais podem ser reduzidos, por exemplo, com menor
quantidade de materiais e materiais de baixo impacto de fontes
renováveis ou recuperados;
Melhoria da eficiência energética: considerar a energia total
utilizada ao longo do ciclo de vida do produto, inclusive, na fase de

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uso, e verificar se o impacto ambiental pode ser reduzido pelo uso de


energia de baixo impacto ou de fontes renováveis;
Uso criterioso do solo: verificar se o produto ao longo do seu ciclo
requer o uso de infraestrutura ou materiais locais;
Projeto para uso e produção mais limpa: usar técnicas de
produção mais limpa, evitar o uso de materiais perigosos e adotar a
perspectiva de sistema global para evitar decisões com base em um
único critério ambiental;
Projeto para durabilidade: considerar a longevidade do produto, a
facilidade de reparação e manutenção, levando em conta as
melhorias ambientais que emergem das novas tecnologias;
Projeto para otimização da funcionalidade: considerar as
oportunidades para funções múltiplas, modularidade, otimização e
controles automatizados, e comparar o desempenho ambiental
desses produtos com o de produtos com funções específicas;
Projeto para reúso, recuperação e reciclagem: considerar as
oportunidades para facilitar a desmontagem e usar materiais
recicláveis nos produtos futuros;
Evitar materiais e substâncias potencialmente perigosos no
produto: verificar os aspectos ambientais, de saúde e de segurança e
menor impacto de materiais e transporte.

praticar
Vamos Praticar
O conceito de ecodesign é pautado em três princípios básicos, também conhecidos
como 3Rs, que são: reutilização, reciclagem e redução. Tais princípios têm como

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principal objetivo atender às necessidades de consumo da sociedade, porém,


respeitando os limites da preservação ambiental.

COMO o ecodesign e o design sustentável vão agregar valor à marca? Grupo


Criativo . 2018. Disponível em: < https://www.grupocriativo.com/como-o-ecodesign-
e-o-design-sustentavel-vao-agregar-valor-a-marca/ >. Acesso em: 6 ago. 2019.

Sobre os objetivos do ecodesign, leia as afirmativas a seguir.

i. Adoção de práticas sustentáveis desde a concepção do projeto.


ii. Desconsiderar o ciclo de vida do produto.
iii. Considerar aspectos da logística reversa.
iv. Selecionar materiais mais impactantes ao meio ambiente.

É correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I e II, apenas.
e) IV, apenas.

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Gestão Ambiental

A gestão ambiental se trata da administração correta de recursos visando a


preservação ambiental. Assim, a gestão ambiental precisa buscar práticas que
garantam a preservação da biodiversidade, reciclagem de matérias-primas e
minimização dos impactos ambientais de atividades antrópicas sobre os
recursos naturais.

Para Campos (2001, p. 116), a gestão ambiental é:

A administração do uso dos recursos ambientais, por meio de


ações ou medidas econômicas, investimentos e potenciais
institucionais e jurídicos, com a finalidade de manter ou recuperar
a qualidade de recursos e desenvolvimento social. Dessa maneira,
temos uma sociedade e empresas mais preocupadas e conscientes
de suas responsabilidades frente à exploração dos recursos
naturais, assim, surgiu a necessidade de uma gestão mais
especializada, com uma visão estratégica no que diz respeito à
exploração dos recursos de maneira mais racional (CAMPOS, 2001,
p. 116).

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Já para Valle (2002, p. 39), a gestão ambiental se trata de:

Um conjunto de medidas e procedimentos definidos e


adequadamente aplicados que visam reduzir e controlar os
impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio
ambiente (VALLE, 2002, p. 39).

Enquanto para Barbieri (2016, p.18), a gestão ambiental:

Compreende as diretrizes e as atividades administrativas realizadas


por uma organização para alcançar efeitos positivos sobre o meio
ambiente, ou seja, para reduzir, eliminar ou compensar os
problemas ambientais decorrentes da sua atuação e evitar que
outros ocorram no futuro (BARBIERI, 2016, p.18).

Uma empresa pode ter vários níveis de envolvimento com as questões


ambientais e isso poderá variar em função da importância que a organização
tem com a variável ecológica, o que muitas vezes dependerá do ambiente
natural externo e próximo à empresa, dos recursos naturais de que necessita
e do grau de contaminação ambiental que seu processo poderá gerar.

Além disso, outros motivos podem influenciar o comprometimento com a


questão ambiental, tais como: a dificuldade para obter investimentos, falta de
conhecimento técnico sobre a questão ambiental e falta de
comprometimento dos colaboradores da empresa. Uma forma de classificar
as diferentes estratégias adotadas pelas empresas diante da problemática
ambiental.

Diante disso, Barbieri (2016) classifica em três tipos diferentes de abordagem


que as organizações têm para lidar com os problemas ambientais sendo:
controle da poluição, prevenção da poluição e estratégica.

O controle da poluição se refere às práticas que têm como objetivo impedir os


efeitos da poluição gerada por determinado processo produtivo. Trata-se de
uma postura reativa da organização.

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Nesse caso, as empresas podem buscar soluções tecnológicas para controlar


a poluição: tecnologia de remediação e controle no final do processo. A
tecnologia de remediação busca remediar problemas ambientais que já
aconteceram, por exemplo, o uso de uma tecnologia para remediar um solo
contaminado. As tecnologias end-of-pipe ou “fim de tubo” visam captar e
tratar a poluição de seus processos produtivos, por exemplo, em um processo
produtivo que gera efluentes, uma planta de tratamento faz a captação e
tratamento.

A prevenção da poluição abrange ações organizacionais que visam atuar


sobre os produtos e processos produtivos com o objetivo de evitar, reduzir,
modificar a geração da poluição, isso requer mudanças em processos
produtivos a fim de reduzir ou eliminar os rejeitos na fonte, ou seja, antes que
eles sejam produzidos e lançados ao ambiente. As ações organizacionais têm
como prioridades (nesta ordem): reduzir na fonte, reciclagem (ou reuso),
recuperação energética, tratamento e disposição final.

Na abordagem estratégica, os problemas ambientais são tratados como uma


das questões estratégicas da empresa, sendo relacionadas à busca de uma
situação vantajosa no futuro, tais como: lucratividade, melhoria na imagem no
mercado, entre outras.

A Tabela 4.1 apresenta resumidamente as abordagens da gestão ambiental


empresarial.

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Abordagem
Abordagem da Abordagem
Características do controle
poluição estratégica
da poluição

Cumprir a
legislação e
Preocupação responder Uso eficiente
Competitividade.
básica às pressões dos insumos.
da
comunidade.

Reativa e Reativa e
Postura Reativa.
proativa. proativa.

Corretivas;
uso de
tecnologias
Corretivas e
de
preventivas;
remediação
conservação e Corretivas,
e fim de
Ações típicas substituição de preventivas e
tubo;
insumos; antecipatórias.
aplicações
tecnologias
de normas
limpas.
de saúde e
segurança
do trabalho.

Redução do
Percepção dos Custo custo e aumento Vantagens
empresários adicional. de competitivas.
produtividade.

Envolvimento Esporádico. Periódico. Permanente e


da alta sistemático.

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administração

Atividades
Crescente
ambientais
envolvimento de
disseminadas
outras áreas,
Áreas pela organização
Áreas como produção,
geradoras e ampliação das
envolvidas compras,
da poluição. ações
desenvolvimento
ambientais para
de produto e
a cadeia de
marketing.
suprimentos.
Quadro 4.1 - Abordagens da gestão ambiental empresarial
Fonte: Adaptado de Barbieri (2016).

Pode-se observar que a incorporação da gestão ambiental nas organizações


depende de um conjunto de fatores, Dias (2017) afirma que nos últimos anos
a gestão ambiental tem alcançado cada vez mais uma posição destacada em
termos de competitividade, devido aos benefícios que traz ao processo
produtivo como um todo e a alguns fatores em particular que são
potencializados. Entre as vantagens competitivas da gestão ambiental,
podemos identificar as seguintes:

O cumprimento das exigências normativas: há melhoria na questão


ambiental empresarial, com isso, há uma maior chance de inserção
no mercado que está cada vez mais exigente com a variável
ambiental incorporada ao negócio;
Ao adotar um design do produto segundo as exigências ambientais, é
possível torná-lo mais flexível do ponto de vista de instalação e
operação, com um custo menor e uma vida útil maior;
Redução do consumo de recursos energéticos, com isso ocorre
diminuição dos custos de produção;
Ao se reduzir ao mínimo a quantidade de material utilizado por
produto, há minimização dos custos de matéria-prima e do consumo
de recursos;

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Quando se utilizam materiais renováveis, empregando-se menos


energia pela facilidade de reciclagem, melhora-se a imagem da
organização;
Com a otimização das técnicas de produção, pode acontecer
melhoria na capacidade de inovação da empresa;
Com a otimização do uso do espaço nos meios de transporte, ocorre
a redução de combustível e as emissões de gases na atmosfera.

De acordo com Dias (2017), a gestão ambiental contempla aspectos como:

A política ambiental, que se trata do conjunto de princípios


doutrinários que conformam as aspirações sociais e/ou
governamentais no que diz respeito à regulamentação ou
modificação no uso, no controle e na conservação do meio ambiente;
O planejamento ambiental, que se refere ao estudo que tem por
objetivo a adequação, o uso, o controle e a proteção do meio
ambiente às aspirações sociais ou governamentais;
O gerenciamento ambiental, que se trata de ações que visam
regulamentar o uso, o controle e a proteção do meio ambiente,
analisando a conformidade e política ambiental.

A prática da gestão ambiental tem por intuito inserir a variável ambiental no


planejamento empresarial e, se bem aplicada, pode permitir a redução de
custos diretos (por meio da redução do desperdício de matérias-primas) e de
custos indiretos (representados por indenizações ocasionadas por danos
ambientais).

Um exemplo prático de introdução da gestão ambiental é a criação de leis


que tratam da responsabilidade pós-consumo que, nesse caso, pode ser
ilustrada com a logística reversa aplicada às embalagens de agrotóxicos,
lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias.

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praticar
Vamos Praticar
Segundo a Resolução CONAMA (2002) nº 306/02, o Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) é a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional,
atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos
e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a
política ambiental da instalação.

CONAMA. Resolução CONAMA, nº 306, de 5 de julho de 2002. Disponível em: <


http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=306 >. Acesso em: 6
ago. 2019.

Sobre o que o SGA deve abordar, leia as afirmativas a seguir:

i. Deve abordar a identificação da legislação aplicável e seu cumprimento


para produtos, processos e instalações.
ii. Deve abordar o gerenciamento das emissões atmosféricas, resíduos
sólidos e efluentes líquidos quanto à sua geração, à sua minimização e ao
seu tratamento.
iii. Deve abordar considerações ambientais no projeto de novos produtos,
processos ou instalações.
iv. Deve abordar planos de emergência e de proteção ambiental em casos de
emergência.

É correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.

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e) I e IV, apenas.

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Fundamentos da ISO
14000

As normas ISO são normas ou padrões criados pela International Organization


for Standardization (ISO), organismo internacional não governamental com
sede em Genebra, na Suíça. Aqui, no Brasil, a representante da ISO é a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).

As normas ISO 14000 são um conjunto de regras que visam estabelecer


ferramentas e sistemas para a administração ambiental de uma organização
(Tabela 4.2) (DIAS, 2017). Buscam formar um padrão para algumas
ferramentas-chave de análise, tais como: a auditoria ambiental e a análise do
ciclo de vida.

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Norma Referente:

Ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA) - Requisitos com


ISO 14001
orientações para uso.

Ao Sistema de Gestão Ambiental - Diretrizes Gerais


ISO 14004
sobre princípios, técnicas e sistemas de apoio.

Às Diretrizes para Auditoria Ambiental e Procedimentos


ISO 14010
para Auditorias.

Às Diretrizes para a Auditoria Ambiental - Critérios de


ISO 14012
Qualificação.

ISO 14020 À Rotulagem Ambiental - Princípios Básicos.

ISO 14021 Rotulagem Ambiental - Termos e Definições.

ISO 14022 À Rotulagem Ambiental - Simbologia para Rótulos.

À Rotulagem Ambiental - Testes de Metodologias para


ISO 14023
Verificação.

À Rotulagem Ambiental - Guia para Certificação com


ISO 14024
Base em Análise Multicriterial.

ISO 14031 À Avaliação da Performance Ambiental.

À Avaliação da Performance Ambiental dos Sistemas de


ISO 14032
Operadores.

ISO 14040 À Análise do Ciclo de Vida - Princípios Gerais.

ISO 14041 À Análise do Ciclo de Vida - Inventário.

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ISO 14042 À Análise do Ciclo de Vida - Análise dos Impactos.

ISO 14043 Análise do Ciclo de Vida - Migração dos Impactos.


Tabela 4.2 - Família de Normas ISO 14000
Fonte: Adaptada de ABNT (on-line).

Para Seiffert (2011), a família ISO 14000 tem como eixo central a norma que
estabelece os requisitos necessários para implementação de um Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) à ISO 14001 que tem por intuito conduzir a
organização dentro de um SGA certificável, estruturado e interligado à
atividade geral de gestão, especificando o que deve apresentar e que seja
aplicável a qualquer tamanho e tipo de organização.

De uma forma simplificada, para Dias (2017), o SGA deve cumprir requisitos
quanto:

À Política Ambiental;
Ao Planejamento;
À Implementação e Operação;
À Verificação e Ação Corretiva;
À Revisão pela alta administração.

A ISO 14001 pode ser implementada e aplicada a qualquer tipo de


organização - de todos os portes, segmentos E localização geográfica - e tem
por intuito equilibrar as ações de proteção ambiental e as necessidades
socioeconômicas da empresa. Essa norma aplica-se às empresas que desejam
(ROBLES JÚNIOR, 2003, p. 136):

Implantar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental;


Assegurar-se do atendimento a sua política ambiental;
Demonstrar tal conformidade a terceiros;
Buscar certificação/registro de seu SGA por uma organização
externa;
Realizar autoavaliação e emitir declaração de conformidade à
norma (ROBLES JÚNIOR, 2003, p. 136).

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Na implementação dessa norma, podem ocorrer vários problemas - antes ou


durante a implantação - e estes, em sua maioria, estão relacionados com a
resistência das pessoas em relação às mudanças que a implementação e
certificação do SGA implicam, para isso, é preciso criar uma cultura com a
gestão ambiental na qual todos os envolvidos estejam engajados.

Para que sejam atingidos esses objetivos, é preciso investir na sensibilização


dos colaboradores por meio de treinamentos permanentes, que tenham
temáticas voltadas à área ambiental, apresentando as inúmeras vantagens na
implementação de um SGA, bem como sua certificação por meio da ISO
14001.

A versão atual da ISO 14001 foi publicada no dia 06 de outubro de 2015, que
teve várias modificações. Essas alterações ocorreram para adaptar a norma à
estrutura imposta pelo Anexo SL, que tem por objetivo criar uma estrutura
padrão para todas as normas que orientam a implantação e a certificação dos
sistemas de gestão. A estrutura da norma é (ABNT, 2015):

Introdução;
Escopo;
Referência normativa;
Termos e definições;
Contexto da organização;
Liderança;
Planejamento;
Apoio;
Operação;
Avaliação de desempenho;
Melhoria.

Segundo Carpinetti e Gerolamo (2016), os requisitos nas cláusulas da ISO


14001:2015 são:

A Cláusula 4 refere-se ao contexto da organização, que deve determinar


questões internas e externas pertinentes ao seu propósito e que afetem sua
capacidade de alcançar resultados pretendidos do seu SGA (ABNT, 2015). No

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item 4.2, a norma trata do escopo de gestão ambiental, o qual a organização


deve considerar (ABNT, 2015, p. 7):

a) As questões externas e internas referidas em 4.1;


b) Os requisitos legais e outros requisitos referidos em 4.2;
c) Suas unidades organizacionais, funções e limites físicos;
d) Suas atividades, produtos e serviços;
e) Sua autoridade e capacidade de exercer controle e influência.

Após a definição do escopo, todas as atividades precisam ser incluídas no


SGA.

Na Cláusula 4.3, a norma esclarece que o escopo do sistema deve ser definido
em função da ponderação de várias questões, pois certamente o SGA tem de
incluir em seu escopo aqueles aspectos de gestão relacionados ao
atendimento de exigências legais. Além disso, a organização deve considerar
as unidades e instalações físicas e outros aspectos relacionados ao contexto
da organização (CARPINETTI; GEROLAMO, 2016).

A Cláusula 5 refere-se a liderança , estabelecendo que a alta gerência da


organização deve assumir a responsabilidade pela eficácia do SGA
(CARPINETTI; GEROLAMO, 2016).

Referente à Política Ambiental , aplicam-se as mesmas exigências da política


de qualidade, em que deve ser incluído o comprometimento da organização
com a questão ambiental. Além disso, a norma exige que a política seja
mantida de forma documentada, seja comunicada internamente à
organização e disponibilizada às partes interessadas. É preciso que a Política
Ambiental, dentro do escopo, definido em seu SGA:

a) Seja apropriada ao propósito e ao contexto da organização,


incluindo a natureza, escala e impactos ambientais das suas
atividades, produtos e serviços;
b) Proveja uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos
ambientais;
c) Inclua um comprometimento com a proteção do meio ambiente,

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incluindo a prevenção da poluição e outro(s) compromisso(s)


específico(s) pertinente(s) para o contexto da organização;
d) Inclua um comprometimento em atender os seus requisitos
legais e outros requisitos;
e) Inclua um comprometimento com a melhoria contínua do
sistema de gestão ambiental para aumentar o desempenho
ambiental (ABNT, 2015, p. 8).

A Cláusula 6 estabelece que a organização deve determinar riscos e


oportunidades que precisam ser contemplados para assegurar que o sistema
de gestão consiga atingir os resultados esperados, aumentando a chance de
resultados desejáveis e prevenindo ou reduzindo a chance de efeitos
indesejáveis (CARPINETTI; GEROLAMO, 2016).

A Cláusula 7 apresenta os requisitos de suporte ao SGA, mais


especificamente sobre a provisão de recursos, competências, conscientização,
comunicação e documentação da informação.

A Cláusula 8 traz requisitos de operação que focam nas operações de


produção, entrega e pós-entrega; na operação das ações; e nos controles para
gestão ambiental.

Assim, a empresa precisa controlar as mudanças e planejar ações para mitigar


os possíveis impactos (ABNT, 2015). Coerentemente com uma perspectiva de
ciclo de vida, a organização deve:

a) Estabelecer controles, como apropriado, para assegurar que o(s)


requisito(s) ambiental(is) seja(m) tratado(s) no processo de projeto
e desenvolvimento do produto ou do serviço, considerando cada
estágio do seu ciclo de vida;
b) Determinar seu(s) requisito(s) ambiental(is) para a aquisição de
produtos e serviços, como apropriado;
c) Comunicar seu(s) requisito(s) ambiental(is) pertinente(s) para
provedores externos, incluindo contratados;
d) Considerar a necessidade de prover informações sobre
potenciais impactos ambientais significativos associados com o

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transporte ou entrega, uso, tratamento pós-uso e disposição final


dos seus produtos e serviços (ABNT, 2015, p. 15).

A organização deve manter informação documentada na extensão necessária


para ter confiança de que os processos sejam realizados conforme
planejados. A cláusula 8.2 refere-se a planejamento e controle das operações,
determinando:

a) Preparar-se para responder pelo planejamento de ações para


prevenir ou mitigar impactos ambientais adversos de situações de
emergências;
b) Responder a situações de emergências reais;
c) Tomar ações para prevenir ou mitigar as consequências
decorrentes de situações de emergência, apropriadas à magnitude
da emergência e ao potencial impacto ambiental;
d) Testar periodicamente as ações de resposta planejadas, onde
viável;
e) Periodicamente, analisar criticamente e revisar o(s) processo(s) e
as ações de resposta planejadas, em particular, após a ocorrência
de situações de emergência ou testes;
f) Prover informações pertinentes e treinamento relacionado à
preparação e resposta a emergências, como apropriado, para as
partes interessadas pertinentes, incluindo pessoas que realizam
trabalho sob o seu controle (ABNT, 2015, p. 15).

No que se refere às respostas a emergências, a ISO 14001:2015 estabelece


que a organização deve manter informações documentadas, demonstrando
que os processos foram realizados conforme planejado, porém, novamente,
fica a critério da organização definir o que precisa ser documentado.

Agora, abordaremos os requisitos da Cláusula 09 - avaliação de desempenho


- e Cláusula 10 - melhoria. Na Cláusula 9, temos um requisito específico da
ISO 14001:2015 sobre a avaliação de obrigações legais. A ISO 14001:2015
determina que a organização deve estabelecer e manter procedimentos para
avaliar o atendimento às obrigações legais. A organização deve criar
procedimentos determinando (CARPINETTI; GEROLAMO, 2016):

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A frequência com que serão feitas as avaliações requeridas para o


atendimento das obrigações legais;
A implementação de ações, se necessário, para atender às
obrigações legais.

praticar
Vamos Praticar
A Política Ambiental pode ser considerada como um conjunto de ações que são
ordenadas e praticadas por organizações ou governos com o intuito de preservar o
meio ambiente. Referente à política ambiental proposta pela ISO 14001, leia as
afirmativas a seguir.

i. A Política Ambiental deve ser implementada pelo setor de Pesquisa e


Desenvolvimento de uma organização.
ii. A Política Ambiental deve ser documentada.
iii. A Política Ambiental pode incluir aspectos, como inclusão de uso
sustentável dos recursos naturais, mitigação e adaptação às mudanças
climáticas, proteção à biodiversidade e aos ecossistemas.
iv. A Política Ambiental não precisa ser atualizada e, também, não há a
necessidade de estar disponível para as partes interessadas.

Assinale a alternativa correta:

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Desafios do Design Brasileiro


Waldick Jatoba
Editora: Versal
ISBN: 978-8589309615
Comentário: essa obra traz criações de mais de 40
profissionais do design brasileiro que estão
trabalhando com projetos e produtos sustentáveis.

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FILME

“Cowspiracy: o Segredo da
Sustentabilidade”.
Ano: 2018
Comentário: esse filme é um documentário ambiental
que aborda a indústria de criação animal e os impactos
ambientais decorrentes dessa atividade. Para conhecer
mais sobre o filme, assista ao trailer.

TRAILER

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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, foram apresentadas importantes ferramentas de gestão
ambiental, nas quais designers devem estar pautados para implementação da
variável ambiental em seus produtos, desde planejamento, concepção e
processo até transporte, uso e descarte. Teve seu início com os benefícios da
ecoeficiência na concepção de produtos, com o uso sustentável de matéria-
prima, minimização de resíduos e redução de gasto energético.

Em seguida, foi abordada a questão da ecoeficiência ou produto para o meio


ambiente, apresentando suas vantagens. Logo após, foram abordadas a
implementação de um Sistema de Gestão Ambiental e as normas da família
ambiental ISO 14000, abordando aspectos de política e escopo de um SGA.

referências
Referências
Bibliográficas
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14001:2015 . Sistemas de Gestão da Ambiental- Requisitos com orientações
para uso. 3 ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

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COMO o ecodesign e o design sustentável vão agregar valor à marca? Grupo


Criativo. 2018. Disponível em: < https://www.grupocriativo.com/como-o-
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WBCSD. A eco-eficiência: criar mais valor com menos impacto. Lisboa:


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IMPRIMIR

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