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PROPÓSITO
As organizações da atualidade sabem que precisam ser cada dia mais eficientes e entregar
maior valor agregado aos seus clientes, mas de forma sustentável. Nesse contexto, SGs como
o Sistema de Gestão Ambiental e o Sistema da Gestão da Qualidade podem ser
implementados de forma separada ou integrada, e adicionados e integrados ao Sistema de
Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, podem conectar diferentes propósitos de gestão,
aumentando significativamente a capacidade da organização.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
Aplicar PDCA
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e
das unidades.
MÓDULO 1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A preocupação mundial com a preservação dos recursos naturais e com a degradação
ambiental cresceram de maneira muito acentuada nos últimos anos. É, sem sombra de
dúvidas, uma das questões mais discutidas não só no meio acadêmico e na esfera ambiental,
como no meio político e econômico.
A preocupação das organizações com o crescimento de forma sustentável tem levado à busca
por mecanismos que possam auxiliar no processo de progredir, mas sem poluir e degradar o
meio ambiente. Segundo Becker (2011), a globalização, aliada a consumidores responsáveis
sob o paradigma ambiental, trouxe às organizações vários desafios diários, e na dependência
de como os mesmos agem e reagem está o seu sucesso. Nesse sentido, a adoção de um
Sistema de Gestão Ambiental se transformou em uma ferramenta que em muito pode auxiliar
as organizações nessa difícil, mas possível jornada.
O Sistema de Gestão Ambiental, conhecido pela sigla SGA, pode ser entendido como um
conjunto de procedimentos para administrar uma organização, com o objetivo de obter
eficiência em relação ao uso dos recursos naturais, causando o menor impacto possível ao
meio ambiente. Torna possível que uma organização tenha controle sobre os impactos
provocados ao meio ambiente e possa melhorar de forma contínua suas operações e negócios.
O SGA possibilita revisões do processo de produção e sua relação não só com o meio
ambiente, mas com o meio social e econômico, ajudando na identificação das atividades que
causam poluição, ajudando na identificação do desperdício de matéria-prima e de energia, nos
processos produtivos. Em outras palavras, o Sistema de Gestão Ambiental tem como objetivo
principal promover maior entendimento, organização e planejamentos das ações de uma
indústria ou qualquer outro tipo de organização em relação aos impactos ambientais oriundos
de seus processos e produtos.
1970
Antes da década de 1970, havia uma atitude passiva em relação à gestão do meio ambiente.
Nesse período, o desenvolvimento econômico justificava a poluição, não havendo
investimento no controle ambiental.
1970 - 1980
Em uma segunda etapa, entre as décadas de 1970 e 1980, passou a haver uma atitude
reativa, na qual o controle era feito unicamente para atendimento à legislação (chamado
controle end of pipe, expressão em inglês que significa fim da chaminé, fim do tubo). A gestão
ambiental era restrita ao nível gerencial, sem integração com os trabalhadores e com os
processos produtivos.
1990
A partir dos anos 1990, iniciou-se a fase dita proativa, na qual o desenvolvimento ambiental
passou a ser considerado como fator de desenvolvimento econômico. A partir daí, passou
a haver, então, interação em todos os níveis da organização, como consequência da
consciência ambiental e de outros fatores, como a legislação ambiental e o avanço da
tecnologia da informação.
O Reino Unido, que foi o berço dos chamados sistemas de qualidade, também foi pioneiro dos
Sistemas de Gestão Ambiental, que foram normalizados por meio da elaboração da norma BS-
7750, cuja versão original foi publicada em 1992. Na ocasião, devido ao interesse cada vez
mais crescente no que diz respeito aos problemas ambientais em outras regiões, foi implantado
pela Organização Internacional para Padronização (ISO), em março de 1993, o Comitê Técnico
207. Este comitê recebeu a tarefa de elaborar uma série de normas relacionadas ao meio
ambiente, originando, assim, a Série ISO 14000. É a ISO 14001 a norma da série ISO 14000
que especifica os principais requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
A implementação da ISO 14001 deve ser buscada por aquelas organizações que desejam
estabelecer ou mesmo aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental ficando, dessa forma,
seguras em relação às políticas ambientais praticadas. Além disso, desejam demonstrar a
clientes e a organizações externas que estão trabalhando de acordo com práticas sustentáveis.
Seguir essa norma significa ter que analisar quais áreas da atividade provocam maior impacto
ambiental, levando em conta inclusive a legislação em vigor e, com base nisso, criar maneiras
para reduzir os impactos, com análises críticas, de forma que a melhoria seja sempre contínua.
A Gestão Ambiental está relacionada com o uso dos recursos naturais de maneira sustentável.
Significa, de forma simples e objetiva, que haverá produção, mas sem agredir o meio
ambiente. Ou ainda, o processo ocorre de forma ecologicamente correta, mas sem que com
isso haja a redução da produtividade. Envolve todas as interfaces de uma dada organização
com o meio ambiente, seja no gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos pelos
processos, no gerenciamento dos efluentes líquidos, dos efluentes atmosféricos ou mesmo
relacionado ao consumo de água, de energia elétrica etc.
O Sistema de Gestão Ambiental, contudo, é a parte da Gestão Ambiental que inclui a estrutura
organizacional da empresa, por meio de procedimentos, atividades e recursos para
desenvolver, implementar e manter a política ambiental. Destaca-se, aqui, que, como política
ambiental, entende-se que seja um conjunto de ações ordenadas e práticas realizadas por
empresas e governos, com o objetivo de preservar o meio ambiente e garantir o
desenvolvimento sustentável do planeta.
ATENÇÃO
SERÁ QUE REALMENTE É NECESSÁRIO, JÁ QUE A
POLUIÇÃO É INEVITÁVEL?
É CARO, NÃO DÁ RETORNO. NÃO SERÁ, PORTANTO,
SOMENTE PARA AS EMPRESAS RICAS E DE GRANDE
PORTE?
SERÁ QUE VAI EXIGIR MUITO TEMPO E MUITO
ESFORÇO DA EMPRESA?
NÃO SERÁ UMA AMEAÇA PARA A EMPRESA, JÁ QUE
OS PROBLEMAS AMBIENTAIS SERÃO EXPOSTOS E,
PROVAVELMENTE, SOLUÇÕES TERÃO QUE SER
APRESENTADAS PARA SOLUCIONAR OS MESMOS?
ESSAS SOLUÇÕES DE CONTROLE AMBIENTAL NÃO
ENVOLVEM ALTOS INVESTIMENTOS?
São perguntas que, muitas vezes, só são respondidas quando a empresa toma a decisão de
implantar o sistema. Porém, se o empresariado avaliasse o custo de não ter um Sistema de
Gestão Ambiental, muito provavelmente teria uma percepção diferente e não hesitaria em optar
pela sua implementação.
Analisando a imagem anterior, percebe-se claramente que, apesar de não ser obrigatória, a
implantação do Sistema de Gestão Ambiental pode evitar, entre muitas outras coisas, a
existência de passivos ambientais, multas, processos judiciais, acidentes ambientais, danos à
imagem da empresa, perda de competitividade etc., possibilitando que a organização controle
constantemente os impactos ambientais causados pelos seus processos. Uma vez que o
Sistema de Gestão Ambiental esteja implantado e funcionando plenamente, a organização fica
comprometida a atender não só os requisitos legais, mas também outras normas de forma
voluntária, por ela definidas. Buscar de forma incessante a melhoria contínua no desempenho
de seus processos.
MÓDULO 2
Em um período no qual a governança brasileira está cada dia mais preocupada com as
questões relacionadas ao meio ambiente, desenvolver e colocar em prática um Sistema de
Gestão Ambiental, tem como resultado, entre vários outros benefícios, a melhoria da imagem
da organização, a melhoria dos processos produtivos, a redução de riscos e acidentes
ambientais, a melhoria na eficiência energética, a redução de gastos desnecessários com
matéria-prima, além da possibilidade de escapar das multas impostas pelos órgãos ambientais,
como o Ibama, por exemplo.
A obtenção de financiamentos com juros mais atrativos é uma outra característica positiva para
as empresas que possuem um Sistema de Gestão Ambiental. Caso a empresa possua um bom
histórico demonstrando respeito ao meio ambiente, as possibilidades de conseguir
empréstimos bancários, de instituições financeiras públicas, com custos menores, aumentam
de forma muito significativa.
Possuir um sistema de gestão ambiental implantado traz consigo inúmeras vantagens, dentre
as quais estão destacadas a seguir as cinco que são consideradas principais e, portanto, de
extrema relevância:
CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO
Estar em conformidade com a legislação ambiental evita penalidades, processos criminais,
indenizações civis, paralisação das atividades da empresa, evita a possibilidade de mudança
de local de funcionamento, além de evitar a menor tolerância das autoridades competentes. Se
pararmos para pensar, evitando todos esses problemas, a empresa também está evitando
prejuízos econômicos.
MELHORIA NA COMPETITIVIDADE
O comprometimento com as questões ambientais tornou-se prática comum no comércio
internacional. Para ter acesso a esse tipo de comércio são utilizados padrões bem rigorosos. O
cuidado com o meio ambiente se transformou em fator estratégico e as organizações que se
apresentam preocupadas com as questões de proteção ao meio ambiente acabam ganhando
vantagens no mercado, ficando à frente na concorrência com outras empresas que não
demonstram essa preocupação.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Apesar de muitas empresas relutarem quando se trata da implantação do Sistema de Gestão
Ambiental, por acharem que terão muitos gastos e que, portanto, somente as grandes
organizações possuem condições de fazê-lo, acabam percebendo que isso não condiz com a
verdade. Uma vez tendo implantado o Sistema de Gestão Ambiental, percebem que os custos
são minimizados, pois ocorre a diminuição dos desperdícios com matérias-primas e insumos
para a produção, ocorrendo também a eliminação de riscos de passivo ambiental e,
consequentemente, despesas decorrentes desse passivo. Vale a pena destacar que o
gerenciamento dos resíduos industriais pode ser muito caro, dependendo do tipo de resíduo
gerado. Embora não seja o objeto do nosso estudo, é importante ressaltar que os resíduos
industriais precisam ter a destinação final ambientalmente correta, gerando custos adicionais
ao processo. Quando não há desperdício de matéria-prima, há menos geração de resíduos e,
como consequência, diminuição de custos com essa etapa do processo também.
Auditoria e certificação.
Dessas quatro etapas, é necessário esclarecer que a certificação ambiental, embora não seja
obrigatória, tem se tornado imprescindível para as organizações, devido ao aumento da
conscientização ambiental e a busca pela sustentabilidade.
ATENÇÃO
Uma vez que o Sistema de Gestão Ambiental tenha sido implementado, certamente outros
desafios surgirão. De uma forma geral, esses desafios estão relacionados ao pessoal envolvido
e aos novos procedimentos de rotina e aspectos financeiros. A seguir, estão relacionados estes
principais desafios:
O AMBIENTE DA ORGANIZAÇÃO
De acordo com a norma ISO 14001, precisam ser observados e verificados todos os fatores
que possam ameaçar que as metas sejam atingidas. Não é uma tarefa muito fácil e necessita
de envolvimento de todas as partes da organização. É fundamental que todos tenham a
compreensão do passo importantíssimo para a empresa que é a implantação do SGA.
TRATAMENTO DE PROCESSOS
Determinar os procedimentos relevantes para o negócio e ainda conferir indicadores-chave de
sucesso que assegurem a sua eficiência. Esse desafio pode ser identificado em todas as
versões da ISO 14001, inclusive, na versão mais recente, que é a versão de 2015.
VERIFICAÇÃO DE REQUISITOS
Com o auxílio de um profissional que tenha experiência no assunto, devem ser indicados os
aspectos e as espécies de efeitos ambientais – consequentes da sua empresa e a legislação
cabível.
PLANEJAMENTO
Nessa fase, definem-se as metas e os planos de ação, bem como a adição de descrições das
atividades ambientais, pesquisas de itens legais, objetivos do sistema.
CAPACITAÇÃO
A nova rotina deve ficar bem clara e definida para todos aqueles que têm influência na
organização. Assim, é necessário que seja feita a capacitação de funcionários, pois isso
assegura que todos estejam cientes sobre os novos itens e ajam de acordo e com o mesmo
objetivo.
AUDITORIA INTERNA
Após o término da instalação, é preciso que seja realizada uma auditoria para a verificação dos
requisitos. Essa auditoria tem por objetivo garantir que o processo do negócio esteja de acordo
com a lei e com os outros aspectos necessários à sua manutenção.
AUDITORIA EXTERNA
Nessa etapa, serão verificadas as possíveis não conformidades por instituição certificadora.
Apesar de não ser obrigatória, ter a certificação agrega valor à organização.
Porém, apesar de serem desafios diversos, a experiência tem demonstrado que o principal
desafio ao se ter um Sistema de Gestão Ambiental implantado está, de fato, relacionado com a
equipe, que, muitas vezes, mostra-se contrária às modificações, apresentando falta de
compromisso e de engajamento com as novas rotinas. Torna-se necessário, nesses casos, que
a empresa sugira atividades de incentivo e de treinamento aos funcionários, a fim de que
assumam uma postura de respeito ambiental, garantindo práticas assertivas na realização de
suas tarefas. Dessa forma, é essencial a responsabilidade dos cargos de liderança e a
divulgação da política ambientalista.
Além do custo do produto final acabar se tornando maior, devido aos insumos utilizados nas
embalagens, ainda havia a questão relacionada ao processo em si, que por utilizar tintas e
outros materiais com potencial para provocar maiores impactos sobre o meio ambiente,
precisava ter os seus resíduos gerados descartados de forma especial, encarecendo ainda
mais o processo e dificultando, inclusive, a possibilidade da sua reciclagem.
SAIBA MAIS
Sabe-se que os órgãos ambientais têm especial atenção com o setor industrial quando o
assunto em questão é a preservação ambiental, visto que as indústrias são, de forma geral,
consideradas as maiores causadoras de impactos ambientais. Assim sendo, ter um Sistema de
Gestão Ambiental devidamente implantado, apesar de seus obstáculos e desafios iniciais,
agrega valor e reconhecimento para as organizações que o possuem, além de garantir a
economia em longo prazo como consequência, entre outros fatores, da melhor organização e
do posicionamento no mercado como empresa com responsabilidade ambiental.
Competitividade
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
Aplicar PDCA
PDCA
PDCA
Ciclo PDCA.
Criado na década de 1920 pelo estatístico estadunidense Walter Andrew Shewhart, o Ciclo
PDCA é uma importante ferramenta administrativa para melhoria contínua. O modelo de
Shewhart baseia-se na execução cíclica e sistemática de um processo em quatro etapas:
planejar (plan, P), executar (do, D), examinar (check, C) e ajustar (act, A).
Porém, foi a partir da década de 1950 que o acrônimo PDCA foi difundido pelo físico e
estatístico, professor William Edwards Deming (1900-1993). Discípulo de Shewhart, Deming
prestou consultoria às empresas norte-americanas na implantação de sistemas de controle da
qualidade durante a Segunda Guerra. Logo após a Segunda Guerra, Deming aceitou o convite
para ir ao Japão e lá disseminou os conceitos de melhoria contínua e de controle estatístico de
processos com objetivo de prestar apoio à recuperação da indústria daquele país. Cabe
destacar que os conceitos de Deming tiveram grande influência na aplicação do controle da
qualidade em todas as áreas da organização e do envolvimento e liderança do nível estratégico
da empresa para a melhoria da qualidade.
PLAN (PLANEJAR)
DO (FAZER)
CHECK (CHECAR)
ACT (AGIR)
PLAN (PLANEJAR)
DO (FAZER)
CHECK (CHECAR)
Monitorar e medir os processos em relação à política ambiental, incluindo seus compromissos,
objetivos ambientais e critérios operacionais, e reportar os resultados.
ACT (AGIR)
O ciclo acontece porque parte do pressuposto de que o planejamento não é uma etapa
absoluta, que só acontece uma única vez, e sempre deverá ter ajustes e melhorias. Esses
ajustes garantem que as metas e os objetivos sejam alcançados mais facilmente, com mais
efetividade e mais qualidade.
PLANEJAR (PLAN)
FAZER (DO)
VERIFICAR (CHECK)
AGIR (ACT)
PLANEJAR (PLAN)
Inicia com os requisitos gerais e política ambiental. Os requisitos dessa NBR destacam a
importância do planejamento para um SGA bem-sucedido.
FAZER (DO)
AGIR (ACT)
Etapa final da norma na qual é realizada a análise crítica das informações coletadas nos
processos de verificação. Isso é conhecido como análise crítica pela direção.
POLÍTICA AMBIENTAL
A Política Ambiental é definida por Barbieri (2016) como uma declaração da empresa expondo
as suas intenções e seus princípios relacionados ao seu desempenho ambiental global, ou
seja, é o estabelecimento da estrutura que propõe as ações e definições de seus objetivos e
metas ambientais. De acordo com a norma NBR IS0 14001:2015, é “um conjunto de princípios
declarados como compromissos, em que a alta direção descreve as intenções da organização
para apoiar e aumentar o seu desempenho ambiental”. A Norma estabelece três compromissos
básicos para a Política Ambiental:
Proteger o meio ambiente.
O item que trata do tema Política Ambiental na referida Norma determina que a alta direção
deve estabelecer, implementar e manter uma política ambiental que, dentro do escopo definido
em seu sistema de gestão ambiental:
SAIBA MAIS
Outro(s) compromisso(s) específico(s) para a proteção ambiental pode(m) incluir uso
sustentável de recursos, mitigação e adaptação à mudança climática, e proteção da
biodiversidade e dos ecossistemas.
PLANEJAMENTO
Planejar significa programar, projetar. É considerada uma etapa crítica da implantação do SGA,
pois define em quais aspectos ele será centralizado. De extrema relevância, o planejamento é
a fase na qual ocorre a análise da organização e dos processos com a política ambiental.
Segundo a NBR ISO 14001, ao planejar o Sistema de Gestão Ambiental, a organização deve
considerar que:
QUESTÕES EXTERNAS E INTERNAS
A organização deve determinar questões externas e internas que sejam pertinentes para o seu
propósito e que afetem sua capacidade de alcançar os resultados pretendidos do seu Sistema
de Gestão Ambiental. Essas questões devem incluir as condições ambientais que afetam ou
são capazes de afetar a organização.
PARTES INTERESSADAS
A organização deve determinar as partes interessadas que sejam pertinentes para o Sistema
de Gestão Ambiental; as necessidades e expectativas pertinentes (ou seja, requisitos) dessas
partes interessadas; quais dessas necessidades e expectativas se tornam seus requisitos
legais e outros requisitos.
ESCOPO
O escopo do seu Sistema de Gestão Ambiental.
IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
Barbieri (2016), ressalta que as funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas,
documentadas e comunicadas a fim de facilitar uma Gestão Ambiental eficaz. Para tal, a
organização deve elaborar mecanismos de apoio com o objetivo de atender ao estabelecido
em sua política, e nos seus objetivos e metas ambientais.
Quando comunicar.
Com quem se comunicar.
Como comunicar.
MONITORAMENTO E VERIFICAÇÃO
Nesse item da NBR, são determinadas as condições para verificar se a organização está
empregando o que foi estabelecido no planejamento. Essa fase visa tratar das medidas
preventivas, assim como identificar as não conformidades e a mitigação dos impactos
negativos. É fundamental que a empresa mantenha os seus procedimentos devidamente
documentados, objetivando monitorar e medir de forma periódica as características de suas
operações e atividades que possam vir a causar significativo impacto ambiental. Sendo assim,
é de extrema importância que a organização estabeleça procedimentos formais e padronizados
para a elaboração e disposição dos registros ambientais.
Ainda de acordo com a NBR, o Sistema de Gestão Ambiental da organização deve incluir:
SAIBA MAIS
AVALIAÇÃO E ANÁLISE
É a fase da revisão e reflexão de todo o processo de gestão, identificando a efetividade do
desenvolvimento das ações, assim como o progresso das atividades ambientais. Essa etapa
visa à avaliação e análise crítica dos resultados obtidos. Para tal, a administração da empresa
deve analisar o Sistema de Gestão Ambiental, em intervalos predefinidos, com o objetivo de
identificar a necessidade de possíveis modificações na sua Política Ambiental ou, ainda, nos
seus objetivos e metas, e elementos do sistema. Cabe ressaltar que as análises devem incluir
as oportunidades para melhoria contínua ou, ainda, a necessidade de um novo alinhamento no
Sistema de Gestão Ambiental.
O item que trata desse tema na NBR ISO 14001 especifica que a alta direção deve analisar
criticamente o Sistema de Gestão Ambiental da organização a intervalos planejados, para
assegurar sua contínua adequação, suficiência e eficácia. Essa análise crítica pela direção
deve considerar:
Mudanças em: questões internas e externas que sejam pertinentes para o Sistema de
Gestão Ambiental; necessidades e expectativas das partes interessadas, incluindo os
requisitos legais e outros requisitos; seus aspectos ambientais significativos; riscos e
oportunidades.
A suficiência de recursos.
Ainda de acordo com a referida norma, as saídas da análise crítica pela direção devem incluir:
CONCLUSÕES SOBRE A CONTÍNUA ADEQUAÇÃO,
SUFICIÊNCIA E EFICÁCIA DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL.
DECISÕES RELACIONADAS ÀS OPORTUNIDADES
PARA MELHORIA CONTÍNUA.
DECISÕES RELACIONADAS A QUALQUER
NECESSIDADE DE MUDANÇAS NO SISTEMA DE
GESTÃO AMBIENTAL, INCLUINDO RECURSOS;
AÇÕES, SE NECESSÁRIAS, QUANDO NÃO FOREM
ALCANÇADOS OS OBJETIVOS AMBIENTAIS.
OPORTUNIDADES PARA MELHORAR A INTEGRAÇÃO
DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM OUTROS
PROCESSOS DE NEGÓCIOS, SE NECESSÁRIO.
QUALQUER IMPLICAÇÃO PARA O DIRECIONAMENTO
ESTRATÉGICO DA ORGANIZAÇÃO.
A ORGANIZAÇÃO DEVE RETER INFORMAÇÃO
DOCUMENTADA COMO EVIDÊNCIA DOS RESULTADOS
DAS ANÁLISES CRÍTICAS PELA DIREÇÃO.
Política Ambiental
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
Fundamentos e vocabulário.
Requisitos.
ISO 9004
ISO 19011
Elaborada pelo Comitê Técnico Quality Management and Quality Assurance, a ISO 9001 é uma
das normas internacionais mais utilizadas no mundo. A NBR ISO 9001 é uma filosofia na qual
se incentiva a qualidade dos processos, por meio da aplicação de requisitos como:
planejamento dos processos, definição de metas, implementação de planos de ação e
relacionamento com os stakeholders. A NBR tem como princípio garantir padrões de qualidade
que sejam mundialmente aceitos. É um conjunto de normas técnicas cujas diretrizes garantem
a qualidade de um produto ou serviço.
Foco no cliente.
Liderança.
Abordagem de processos.
Melhoria contínua.
Gestão de relacionamentos.
ISO 14001
ISO 14004
ISO 14010
ISO 14031
ISO 14020
ISO 14040
Corresponde à norma sobre Aspectos Ambientais nos Produtos, destinando-se àqueles que
elaboram normas técnicas para produtos.
ISO 14001:2015
A norma ISO 14001 trata dos Sistemas de Gestão Ambiental orientando e fornecendo
subsídios para sua implantação. É considerada a norma mais importante da série e, ainda, a
única norma da série ISO 14000 auditável. Dessa forma, a ISO 14001:2015 exige que as
empresas foquem alguns pontos específicos, como melhoria contínua, ciclo de vida de seus
produtos, comunicação efetiva com todas as partes interessadas, comprometimento da
liderança e com a Gestão Ambiental.
A ABNT NBR ISO 14001:2015 é composta por uma estrutura que visa à integração do Sistema
de Gestão Ambiental aos demais sistemas de gestão presentes dentro das organizações; a
estrutura da norma é dividida da seguinte maneira: Introdução, Escopo, Referências
Normativas, Termos e Definições, Contexto da Organização, Liderança, Planejamento, Apoio,
Operação, Avaliação de Desempenho e Melhoria.
Assim como a Norma da Qualidade ‒ ISO 9001, a abordagem que sustenta um Sistema de
Gestão Ambiental é também fundamentada no conceito PDCA, dessa forma, as empresas que
visam à implementação do Sistema de Gestão Ambiental devem atender aos requisitos dessa
importante ferramenta de gestão.
ISO 45001:2018
Baseando-se em dados coletados pela Organização Internacional do Trabalho ‒ OIT, a ISO
45001 é o novo padrão ISO para Saúde e Segurança no Trabalho (OH&S), no qual propõe a
melhoria das organizações em relação a Saúde e Segurança do Trabalho ‒ SST. É uma norma
internacional para o Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional ‒ SGSSO.
A ISO 45001 tem como foco auxiliar as organizações a repensarem nos seus processos
visando diminuir as doenças ocupacionais bem como os acidentes no trabalho. Assim, a norma
tem como objetivo viabilizar o gerenciamento dos riscos e identificar as oportunidades do
Sistema de Gestão de SSO fazendo uso de ações preventivas, proporcionando ambientes de
trabalho seguros e saudáveis a fim de que seja possível prevenir lesões e problemas de saúde
ocupacional.
Cabe destacar que a norma ISO 45000:2018 entrou em vigor em substituição a OHSAS
18001:2007 com o propósito de melhorar sua abrangência, eficácia e integração com outras
normas dos Sistemas de Gestão, tais como: Gestão da Qualidade ‒ ISO 9001:2015 e Gestão
Ambiental ‒ ISO 14001:2015.
Portanto, juntas, essas três normas de Sistemas de Gestão fazem com que a organização
tenha controle de itens como: qualidade do produto ou serviço, eficiência nos processos,
redução no impacto ambiental, preocupação com a saúde e segurança dos colaboradores,
tornando mais eficiente a implantação das políticas, objetivos, processos, procedimentos e
práticas. Assim, possibilitam a realização de um trabalho de Sistema de Gestão Integrado e
com foco no processo de melhoria contínua.
Sistema de Gestão Integrada.
Comprometimento da direção.
PLANEJAMENTO
PREPARAÇÃO
IMPLANTAÇÃO
DETALHAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO
PLANEJAMENTO
É nessa fase que é realizado o plano de implantação, a partir dos objetivos da organização.
Esse plano deve contemplar as ações necessárias, sua sequência, inter-relação, recursos e
cronograma. É fundamental a discussão com todos os envolvidos, a fim de que haja um
consenso e se obtenha o comprometimento e o apoio essenciais à realização do projeto.
PREPARAÇÃO
Nessa fase, deve-se obter o apoio e o comprometimento de todos aqueles que estiverem
envolvidos na implantação do SGI, além de treinar os colaboradores.
IMPLANTAÇÃO
É a fase na qual são elaborados os procedimentos do SGI, incluindo o manual do SGI. Além
disso, essa fase compreende:
DETALHAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO
É a fase na qual são realizadas as auditorias internas com objetivo de verificar a adequação do
sistema.
2. Referência
3. Termos e definições
4. Contexto da organização
5. Liderança
6. Planejamento
7. Apoio
8. Operação
9. Avaliação e desempenho
10. Melhoria
O modelo do Sistema de Gestão Integrada possibilita obter tudo que é necessário em um único
ambiente. Isso gera informação de qualidade, otimização do tempo e, consequentemente,
processos mais eficientes e menos burocráticos. Com isso, as empresas possuem uma maior
facilidade na integração ao certificar duas ou mais das normas de Sistemas de Gestão.
Conceito Stakeholders
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O novo cenário comercial mundial, no qual uma das principais características propostas é a
livre concorrência, tem levado as organizações a voltarem ainda mais a sua atenção para
questões ambientais, sociais e econômicas. Dentre os vários benefícios decorrentes da
implementação de uma SGA, pode-se destacar, por exemplo, a demonstração aos clientes do
comprometimento da organização com as questões ambientais.
PODCAST
Agora, a especialista Vânia Valéria Ferreira fará um resumo sobre o conteúdo abordado.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 9001.
Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Brasília, DF: 1981.
ISO. ISO 45001. Occupational health and safety management systems: requirements for
guidance use. 1. ed. Geneva: ISO, 2018a.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, pesquise:
CONTEUDISTA
Rosangela Amado