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Gestão ambiental

e responsabilidade
social
SUSTENTABILIDADE
EMPRESARIAL

Atualmente, muitas organizações têm caráter reativo do ponto de vista ambiental e procuram, dentro
dos componentes de suas atividades, identificar meios para prevenir e reduzir as consequências de
seus impactos ambientais.

Um dos motivadores para a sustentabilidade empresarial foi o sistema de gestão ambiental,


instituído pela norma ISO 14000 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). Em
decorrência disso, os conceitos de sustentabilidade industrial, ecologia industrial e metodologia de
análise do ciclo de vida (ACV) ficaram mais evidentes e são de extrema importância para o incentivo
de práticas sustentáveis em âmbito corporativo.

Dessa forma, nesta unidade, você vai analisar os aspectos ambientais envolvidos na cadeia produtiva
e considerá-los na tomada de decisão. Além disso, vai conhecer o conceito de ecologia industrial e
identificar as etapas da ACV.
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COM O
PÉ DIREITO

Para iniciar seus estudos com o pé direito, acesse este link ou escaneie
o QR Code ao lado e assista ao vídeo desta unidade.

Além disso, na atividade “O que eu pensava”, aproveite para deixar as


suas primeiras percepções da situação descrita no vídeo.

Sustentabilidade empresarial
Desde o início da história humana, a indústria tem
sido um sistema aberto de fluxo de materiais.
As pessoas transformaram materiais naturais,
plantas, animais e minerais em ferramentas,
roupas e outros produtos. Quando se
desgastavam, esses materiais eram descartados,
e, quando o acúmulo de lixo se tornava um
problema, os moradores mudavam de local,
o que era fácil na época, devido ao pequeno
número de habitantes e às vastas áreas de terra. Figura 1. Sustentabilidade empresarial
Com base nesse contexto, percebe-se que os
objetivos da indústria devem ser a preservação
e a melhoria do meio ambiente.

Com o aumento da atividade industrial no


mundo, novas formas devem ser desenvolvidas
para melhorar as interações industriais com
o meio ambiente. Fica evidente, então, no
ambiente competitivo em que as empresas
estão inseridas, a procura por um diferencial em
relação aos seus concorrentes. Assim, torna-se
cada vez mais importante encontrar diferenciais
para que as organizações mantenham uma boa
posição no mercado. Esse diferencial pode ser Figura 2. Aumento da atividade industrial
alcançado por meio de práticas que contribuam
para o desenvolvimento sustentável.
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PENSO,
LOGO REFLITO
O ramo empresarial não é o único ao se falar sobre ecologia. Pode-se citar: a ecologia da família, que
mostra como os membros da família são moldados por suas interações; a ecologia organizacional,
que aplica modelos de dinâmica populacional aos nascimentos e mortes de empresas e indústrias
e examina como a evolução da estrutura organizacional é moldada por interações competitivas
e cooperativas; e a economia ecológica, em que se observa que os ecossistemas naturais não
influenciados pela atividade humana não existem mais – contando tanto economistas quanto
ecologistas entre seus números, ela tenta integrar os dois domínios profissionais (DUCHIN; LEVINE,
2014). Em todos os casos, a intenção é sugerir que o campo em questão constitui um sistema
complexo, em alguns casos com relações diretas com ecossistemas biológicos. Como você enxerga
a ecologia? Algum dos conceitos faz mais sentido para você? Reflita.

Várias definições foram estabelecidas na literatura para explorar o termo sustentabilidade


corporativa ou empresarial. O conceito do tripé da sustentabilidade ganhou ênfase no final da
década de 1990. Nessa abordagem, as empresas passaram a analisar seus resultados com base em
três fatores: econômico, ambiental e social. É o que chamamos de sustentabilidade empresarial.

A implementação de práticas de sustentabilidade corporativa no negócio é vital para analisar


sistematicamente o conceito de sustentabilidade corporativa. Entretanto, além dos custos iniciais
para investimentos em práticas de sustentabilidade, ainda não está claro como esses três domínios
(econômico, ambiental e social) podem ser inseridos como estratégias nos modelos de gestão
organizacional, porém eles oferecem uma maneira de pensar sobre como as empresas devem agir.

DE OLHO
NO PROFESSOR
No vídeo “De olho no professor”, você vai conhecer os três
posicionamentos que uma empresa pode adotar dentro da
sustentabilidade empresarial. Para isso, acesse este link ou escaneie o
QR Code ao lado.
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Além dos perfis de abordagem vistos no vídeo,


tem-se a empresa sustentável. Essa empresa
incorpora princípios de sustentabilidade em
cada uma de suas decisões de negócios, fornece
produtos ou serviços ecologicamente corretos
que substituem a demanda por produtos e/
ou serviços não verdes, é mais verde do que
a concorrência tradicional e assumiu um
compromisso duradouro com os princípios
Figura 3. Princípios de sustentabilidade nas decisões de negócios
ambientais em seus negócios operações.

Nesse contexto, o termo ESG vem sendo bastante abordado, e há quem diga que ele substitui o
conceito de “sustentabilidade empresarial”. Acesse o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e
explore o conceito dessa sigla.

Acesse o conteúdo no AVA

O ESG é visto como um conceito universalmente utilizado por investidores do mercado de capitais
para avaliar o comportamento corporativo e o desempenho financeiro futuro das corporações,
medindo sua sustentabilidade. O ESG é formado por alguns fatores que podem ser adotados pelas
empresas. Confira esses fatores a seguir.

Glossário

Empresa sustentável: Uma empresa sustentável é uma organização que pode antecipar e atender às
necessidades das gerações presentes e futuras de clientes e partes interessadas. Isso é feito por meio da
criação e da inovação de novas estratégias e atividades de negócios que aceleram mudanças sociais positivas
e protegem e preservam a integridade ambiental enquanto aprimoram o desempenho dos negócios.
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PAUSA PARA
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UM CAFÉ

Até o momento, foram apresentados vários pontos essenciais sobre a sustentabilidade empresarial.
Chegou a hora de se aprofundar ainda mais no tema, e nada como uma “Pausa para um café” para
debater o assunto. Então, acesse o AVA, aperte o play e ouça o podcast com a professora Ana Carla
Fernandes Gasques e a convidada, Luana Karoline.

Como resultado, são esperados impactos positivos, como redução de custos e melhoria da
lucratividade devido à melhor eficiência energética. Além disso, precisa-se “considerar que os aspectos
socioambientais exercem influência crescente nas decisões das empresas e que o desenvolvimento
sustentável é a ideia de não esgotar os recursos para o futuro” (VERAS, 2001, p. 67).

PENSO,
LOGO REFLITO
Você sabia que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou um Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE)? Trata-se de uma importante ferramenta de análise e comparação das empresas
que mantém ações na Bolsa de Valores, visando a esclarecer os investidores sobre como essas
corporações estão adotando práticas de desenvolvimento sustentável.

No setor empresarial, a gestão ambiental ganha importância pelas condições cada vez mais exigentes,
pelas pressões dos órgãos de controle ambiental ou da comunidade do entorno, por organizações não
governamentais (ONGs), por consumidores e até por acionistas.

A etapa inicial para que uma empresa caminhe rumo à sustentabilidade é a implantação do planejamento
ambiental, que se associa à gestão ambiental, conforme apresentado no modelo a seguir.
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Nas últimas duas décadas, tem havido um


desenvolvimento contínuo de estruturas de
relatórios de sustentabilidade corporativa
para aumentar a conscientização sobre
questões relacionadas com a sustentabilidade
de várias partes interessadas da empresa. A
relação entre as estruturas de relatórios de
sustentabilidade corporativa e as corporações
continua desde a criação da Global Reporting
Initiative (GRI), em 1997. Figura 4. Relatório de sustentabilidade corporativa

Veja a seguir quais estruturas e diretrizes foram criadas para apoiar os compromissos de
sustentabilidade das empresas.

Sustainability Accounting Standards Board (SASB) é uma organização


independente de definição de padrões que promove a divulgação de
SASB
informações materiais de sustentabilidade para atender às necessidades
dos investidores.

International Integrated Reporting Council (Conselho Internacional para


IIRC Relato Integrado) é uma coalizão global de reguladores, investidores,
empresas, definidores de padrões, profissionais do setor contábil e ONGs.

Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD), criado pelo


Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) em 2015, consiste em um grupo
TCFD de trabalho que se encarrega de fomentar que as empresas informem seus
investidores sobre os riscos relacionados com a mudança climática e o modo
como eles são gerenciados.

Grande definidor dos parâmetros de sustentabilidade empresarial, trata-se


de uma organização sem fins lucrativos que busca desenvolver uma
GRI
estrutura de relatórios envolvendo sustentabilidade, que serão utilizados
em todo o mundo.

Diante do que foi estudado até aqui, você pode perceber que a responsabilidade social e ambiental
será um assunto cada vez mais discutido entre as pequenas e médias empresas brasileiras, pois
envolve lucro, custo e produtividade.
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Ecologia industrial
Outro termo em destaque no contexto da
sustentabilidade empresarial é a ecologia
industrial. A economia linear convencional
e comum atual (a abordagem tomar-fazer-
descartar) baseia-se na transformação de
recursos naturais em resíduos por meio da
conversão. A sua filosofia é baseada nos recursos
ilimitados da natureza e nos locais de despejo
inofensivos. Não há resíduos na natureza, em
vez disso, o que é liberado como resíduo por Figura 5. Ecologia industrial
uma espécie é naturalmente absorvido como
nutriente por outras (sem qualquer influência ou
força externa).

Nesse cenário, um sistema industrial aberto – aquele que absorve materiais e energia, cria produtos,
desperdiça materiais e depois joga a maioria deles – provavelmente não continuará indefinidamente
e terá de ser substituído por um sistema diferente.

Veja mais sobre sistema industrial aberto e redes industriais no AVA.

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Um sistema em que os resíduos de uma unidade industrial se tornem essencialmente úteis em outra
unidade contribuiria para maximizar o uso de recursos materiais e minimizar os desperdícios. O
campo da ecologia industrial (EI) foi criado para informar a tomada de decisão humana intencional
sobre os processos de produção industrial, especialmente como eles impactam o meio ambiente,
aproveitando o conhecimento sobre o funcionamento de ecossistemas saudáveis.

Como o termo “ecologia industrial” traz diversos aspectos, cabe ressaltar mais algumas características
desse tipo de ecologia. Confira diretamente no AVA.

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Glossário

Ecologia industrial: Nova abordagem para análise da sustentabilidade. Trata-se do estudo de sistemas
industriais que operam mais como ecossistemas naturais. Um ecossistema natural tende a evoluir de tal forma
que qualquer fonte disponível de material útil ou energia será utilizada por algum organismo do sistema.
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TIRANDO A
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PROVA DOS NOVE

Chegou o momento de testar os conhecimentos adquiridos até aqui. Acesse o AVA e tire a prova
dos nove.

Com base no apresentado, entende-se que um forte impulsionador do EI é que, na natureza, não
existe desperdício. Dessa forma, todos os materiais de um ciclo podem ser utilizados em outros
ciclos. Nesse sentido, a ecologia industrial contempla ferramentas que podem atuar em três níveis
diferentes, de acordo com o nível de desempenho e a amplitude. Confira esses níveis a seguir.

Dentro da Produção mais limpa; projeto para meio ambiente; SGA; ecodesign;
companhia/
química verde; contabilidade verde.
indústria

Fora da empresa/ Avaliação de ciclo de vida; simbiose industrial; iniciativas do setor;


indústria parques ecoindustriais.

Análise de fluxo de matéria e energia; economia circular; ecoefetividade;


Regional/global
planejamento estratégico regional.

A ecologia industrial é motivada por sua


preocupação com o bem-estar do meio ambiente.
Como a inclusão da ecologia em seu nome indica,
ela dá ênfase especial ao desenvolvimento e
à implementação de soluções e políticas no
nível do sistema, incluindo o sistema global.
Desse modo, um aspecto fundamental para a
perspectiva do sistema é o conceito de que o
comportamento de componentes individuais
não pode ser totalmente compreendido sem Figura 6. Preocupação com o meio ambiente
referência ao sistema no qual eles interagem.
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A ecologia industrial reconhece que as atividades industriais humanas no mundo industrializado


moderno são caracterizadas pela interdependência de indústrias, que muitas vezes realizam muitos
processos de produção interconectados, dependentes de insumos de energia e materiais e descarte
de resíduos.

Como visto, à medida que a consciência ambiental aumenta, as indústrias e empresas avaliam como
suas atividades afetam o ambiente. As primeiras preocupações com a poluição surgiram na década
de 1960 nos Estados Unidos e se espalharam pelo mundo. Contudo, a velocidade com que esse
conceito se difunde varia de país para país.

Análise do ciclo de vida


A análise do ciclo de vida (ACV) é uma abordagem
holística para verificar as consequências
ambientais resultantes de produtos e processos.
Além disso, é uma metodologia aplicada pelas
organizações para avaliar os impactos ambientais
decorrentes de toda a cadeia produtiva de um
produto ou serviço no decorrer de toda a sua
vida – desde a extração da matéria-prima até o
descarte final ou retorno ao processo produtivo
(BRAGA et al., 2005; CALIJURI; CUNHA, 2013). Figura 7. Análise do ciclo de vida

Segundo a ISO 14040 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2001), a ACV é uma
técnica para avaliar aspectos ambientais e impactos potenciais associados a um produto, mediante
a compilação de um inventário de entradas e saídas pertinentes de um sistema de produto. Além
disso, ela envolve a avaliação dos impactos ambientais potenciais associados a essas entradas e
saídas, a interpretação dos resultados das fases de análise de inventário e a avaliação de impactos
em relação aos objetivos dos estudos.

Glossário

ACV: De acordo com a ISO 14001 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015), a análise do ciclo
de vida (ACV) é formada por etapas sequenciais e ligadas de um sistema de produto ou de um serviço. Isso ocorre a
partir do momento de aquisição ou de criação da matéria-prima, vinda de recursos naturais, até o resultado final.
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A análise, ou avaliação, do ciclo de vida (ACV)


ambiental desenvolveu-se rapidamente nas
últimas três décadas, mas começou a ser
comentada apenas no final da década de 1980,
quando os inventários do ciclo de vida da
energia e da massa dos sistemas de produtos
começaram a ser realizados. Em 1990, a
Sociedade de Toxicologia e Química Ambiental
realizou workshops de ACV e identificou as
várias etapas de sua estrutura. Figura 8. Avaliação do ciclo de vida da energia

No entanto, a ACV ficou mundialmente conhecida somente depois que a ISO desenvolveu padrões
de gestão, a partir da estruturação de um comitê técnico encarregado de desenvolver uma estrutura
padrão para ela. O ponto culminante desse esforço foi um padrão internacional voluntário que
permanece hoje como regra para a realização de uma ACV.

Acesse o AVA para conhecer as quatro fases da abordagem metodológica da ACV.

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Cada etapa da extração de recursos até o descarte de resíduos está associada a diferentes necessidades
de recursos e emissões ou outras formas de dano e seus impactos, que são experimentados em
momentos e locais específicos. A ACV é frequentemente utilizada para comparar os impactos
ambientais de produtos ou processos de produção alternativos e tem sido aplicada a substâncias
como cloro e alumínio, em toda a indústria de mineração, em materiais industriais, como PVCs,
além de ter usos alternativos em terras agrícolas.

O desenvolvimento de uma ACV é interativo, onde estas fases


possuem relações, ou seja, conforme dados e informações
são coletados, outros aspectos do escopo podem demandar
alterações buscando-se atender ao objetivo original do estudo”.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2009a, p. 12)

Nenhuma das fases é verdadeiramente completa até que todo o estudo esteja finalizado.
Os principais pontos envolvendo essas fases são apresentados a seguir (BRAGA et al., 2005, p. 296).
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O estudo pode envolver, de maneira adequada e sistemática, os aspectos


Estudo ambientais de um sistema de produção de um produto, desde a aquisição das
matérias-primas até a disposição final do produto.

A profundidade de detalhes e o intervalo de tempo de um estudo de análise


Profundidade do ciclo de vida podem variar de maneira substancial, em função das
de detalhes
definições dos objetivos traçados e da definição de seu escopo.

O escopo, os princípios, os parâmetros de qualidade dos dados, as


Interpretação metodologias e as variáveis de saída de um estudo de análise do ciclo de
vida devem ter interpretação clara e apropriada.

Podem ser feitas provisões, dependendo da intenção da aplicação do estudo,


Provisões
respeitando-se a confidencialidade e a propriedade industrial.

Metodologias As metodologias de análise do ciclo de vida deverão ser responsáveis


de análise do pela inclusão de novas descobertas científicas e melhorias do estado da
ciclo de vida arte da metodologia.

De modo a extinguir ou tornar mínimos os aspectos e impactos ambientais não somente na produção,
mas em todas as fases do ciclo de vida de um produto – desde a extração e o beneficiamento da
matéria-prima, passando por transporte, produção, distribuição, consumo e pós-uso até a disposição
final –, a gestão ambiental empresarial, principalmente a partir do final da década de 1990, ampliou
a sua visão para o ciclo de vida do produto. Acesse o AVA e conheça!

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Inicialmente, a solução era substituir a matéria-prima utilizada ou modificar a forma de usar


determinado produto, ou, ainda, retornar o produto ao processo produtivo, sem considerar a fase
de fabricação dele. Entretanto, a partir da abordagem de ACV, entende-se que a problemática da
poluição ambiental envolve todo o ciclo de vida de um produto.

A partir de agora, você poderá explorar mais sobre esse assunto e


testar os seus conhecimentos em mais um vídeo. Para isso, acesse
este link ou escaneie o QR Code ao lado.

A ACV tem o potencial de fornecer um novo modelo de regulamentação, baseado em uma visão
holística dos impactos ambientais, em vez de focar na gestão de riscos químicos.

PENSO,
LOGO REFLITO
Você deve estar se perguntando, toda ACV engloba todas as fases do ciclo de vida? Não. O
limite do sistema é determinado com base no objetivo do estudo. Se esse é o objetivo, quais
etapas são necessárias?

Sendo assim, fica a reflexão: é preciso entender o impacto ambiental das matérias-primas, o
processo e os componentes até a concepção do produto final.

Diante do exposto, entende-se que a ACV é uma metodologia de gestão ambiental sistemática
que visa a soluções ambientalmente adequadas. Além disso, organizações que se antecipam na
consideração dessas novas exigências podem obter inovações em seus processos, produtos e
padrões de negócios, assim como um gerenciamento mais integrado entre fornecedores e clientes.

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Pronto para mais um teste sobre os seus conhecimentos até aqui? Acesse o AVA e confira.
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O QUE
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EU PENSO

Que tal retomar a situação-problema do início desta unidade e realizar um comparativo do que
você pensava e o que pensa agora? Acesse o AVA e deixe sua resposta final.

SE LIGA!
A unidade está acabando, mas há materiais extras que vão complementar ainda mais os seus
estudos. Eles trazem o conteúdo e a teoria vistos nesta unidade, de modo que você pode identificar
a aplicabilidade dos conceitos estudados. Confira a seguir.

Contribuição para Desenvolvimento A ecologia industrial


a avaliação de sustentável como instrumento
ciclo do vida na empresarial: práticas na busca pela
quantificação de e concepções sobre sustentabilidade
impactos ambientais sustentabilidade
de sistemas na cadeia produtiva
construtivos do plástico verde

Este artigo consiste em Este artigo analisou sete O artigo em questão busca
uma aplicação da ACV empresas que aderiram ao aplicar o conceito de ecologia
em uma edificação de plástico verde no contexto industrial ao sistema de
ensino localizada na região nacional, mediante gestão de uma empresa
Centro-Oeste do Brasil. Foi entrevistas semiestruturadas do setor eletroeletrônico.
identificada a contribuição realizadas com gestores Os autores avaliaram o
de: sistemas construtivos de ao longo dos anos de 2014 impacto dessa prática
fundação e superestrutura, e 2015. Foi constatada a para a sustentabilidade.
ambos em concreto armado, representação de validade
vedações compostas de tijolos do valor de sustentabilidade
cerâmicos e argamassas, entre empresas que
cobertura com telhas investiram no plástico verde,
termoacústicas, esquadrias e sua transformação em
em alumínio e revestimentos ações compreende o sentido
cerâmicos nas categorias disputado e atribuído pelos
de impacto ambiental. agentes no interior de uma
ordem considerada legítima.

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Você chegou ao final de mais uma unidade, parabéns! Acesse o conteúdo no AVA
Aproveite para aplicar o conteúdo estudado em situações do dia a dia, além de ir em busca de novos
conhecimentos para se aprofundar na temática de sustentabilidade empresarial. Acesse já seu AVA
para responder as questões de estudo.

Nos vemos na próxima etapa. Até lá!

REFERÊNCIAS

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ALVES, R. Sustentabilidade empresarial e mercado verde: a transformação do mundo em que


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Sistema de gestão ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001:2015 – Sistema de gestão


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14015:2004 – Auditoria ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14040:2001 – Gestão ambiental.


Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14040: Gestão ambiental – avaliação
do ciclo de vida – princípios e estrutura. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 45001: Sistemas de gestão da saúde e


segurança ocupacional (SGSSO). Rio de Janeiro: ABNT, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 9001: Sistemas de gestão da qualidade –


requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

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inteligentes – teoria e prática. São Paulo: Editora Appris, 2017.

BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável.


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Brasília, DF: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2017.
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BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Brasília, DF:
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BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
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CALIJURI, M. C.; CUNHA, D. G. F. Engenharia ambiental: conceitos, tecnologia e gestão. Rio de


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DUCHIN, F.; LEVINE, S. H. Industrial ecology. Encyclopedia Of Ecology, p. 352-358, 2014.

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SAGAH, 2022

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