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TRABALHO – EAEF

TRABALHO DA DISCIPLINA:
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO FORMAL

A queimada e a exploração pelas indústrias da


natureza como agentes conducentes à
destruição do ecossistema consequente meios
de desequilíbrio ambiental

Anatoli José Abel Ginga

Usuário: AOFPMME2997007

Grupo nº 2:

António Lourenço Tembo


Catomba Muiamba
José Adolfo Soares

04 de Abril de 2019

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Índice

1. Objetivo ................................................................................................................. 3
1.1. Objectivo Geral ................................................................................................... 3
1.2. Específicos ......................................................................................................... 3
2. Justificativa ............................................................................................................ 3
3. O tempo do projeto ................................................................................................ 5
4. O público destinatário ............................................................................................ 5
5. As atividades ......................................................................................................... 7
6. Avaliação ................................................................ Error! Bookmark not defined.
7. Ações futuras .................................................................................................... 10
8. Registro de evidências (mostrar o que fizemos) .. Error! Bookmark not defined.
9. Referências ......................................................................................................... 11

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1. Objetivos
1.1. Objectivo Geral
Desenvolver actividades primantes, equacionantes e empoderantes na solidariedade,
equidade, respeito, paz, justiça na interacção/relação, na convivência com o meio
ambiente através da sensibilização/consciencialização, implicação/comprometimento
da defesa humanizante da natureza, da cidadania responsável, do desenvolvimento
sustentável e de construção dum futuro promissor.

1.2. Específicos
1. Consciencializar-se acerca da fundamental importância que o ecossistema tem para
o existir, o ser e estar do ser humano e as suas relações.
2. Oportunizar actividades de interacção assente no amor, harmonia e
desenvolvimento integral que garantam um futuro promissor
3. Verificar o cumprimento das acções interactivas entre a humanidade e a natureza.

2. Justificativa
considerando que:
“para a organização de qualquer estratégia didáctica, são necessários dois
conceitos fundamentais, nomeadamente o conceito de experiência de
aprendizagem e de actividades de ensino-aprendizagem. Cabe ao professor
oferecer ao aluno oportunidades para viver as experiências desejadas,
estruturando as actividades, isto é, estabelecer ou promover situações de
ensino-aprendizagem, em que haja maior probabilidade de realização de tais
experiências” (Bordenave & Pereira, 2012).
Então, a queimada e a exploração impiedosa e agressiva da mãe natureza se ajustam,
se adequam e oportunizam este projecto uma vez que expressam e caracterizam
algumas das práticas do mundo das diversas tradições vivenciadas em África, do
mundo contemporâneo super-industrialização conducente à destruição do
ecossistema consequentemente praticas responsáveis pelos desequilíbrios
catastróficos do meio ambiente, fenómenos que fazem parte da experiencia vivida
desde a tenra idade para os habitantes da Lunda-Sul que tem a experiência da
industria exploradora de Diamante do Catoca e Luachi que recente os efeitos da
Poeira, do vibrar das maquinas e do trancamento dalgumas zonas e vias de acesso as
famílias rurais; das fortes brasas de queimadas que acontecem no cacimbo
provocando a fuga desorientada dalguns animais selvagens que sem alternativas se
precipitam para as aldeias, ou lavras em busca da sobrevivência.

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Assim, na pratica da queimada quanto na da exploração impiedosa e agressiva da


mãe natureza se expressa e se constatam interações/relações: 1. causadoras da
desertificação consequentemente a danificação e destruição do habitat, da fonte de
produtividade, sustentabilidade de diversas espécies o que provoca imigrações e
emigrações devidas a carências da água, estiagens causando fome, desnutrição,
destruição famílias e pobreza estrema; 2. Provocadoras de desmatamento, derrube do
espelho estético e do belo fundamental para a contemplação, admiração e
relaxamento factores possibilitadores dum turismo sustentável que permite o encontro
de diferentes povos, inteligências e campos de saber, intercâmbios económicos para o
enriquecimento das comunidades e consequentemente o desenvolvimento de políticas
organizativas e ambientais enriquecedoras de diferentes campos de saber; 3.
Destruição da fonte da cadeia alimentar potencial facilitador e permissor duma
agricultura salutar, fonte de medicina e terapêutica natural, da engenharia significativa
com políticas desenvolvimentistas desta mesma população.

Olhando para o quadro nefasto e desolador provocado pela queimada e exploração


impiedosa e agressiva da mãe natureza, concorda-se com Plautus (254-184)
popularizado e divulgado por Thomas Hobbes (2002) “Lupus est homo homini lupus” a
quem neste projecto se traduziu nestes termos: “a queimada e exploração impiedosa e
agressiva da natureza são lobos da nossa casa comum”. Pelo que importa e urge
buscar e compreender como fomentar o dinamismo e expansão tecnológica da cultura
científica e tecnológica com o ser-se fiel a viva herança tradicional sem se deixar
perder, destruir, desequilibrar o ecossistema?

Por outro, os dois mundos contrastam-se. Tanto a queimada feita na época de


cacimbo com propósito de se “manter viva, unido com o preceito cultural religiosos
tradicional da continuidade e preservação da corrente vital que vivifica, uno, põe em
comunhão a comunidade dos vivos com os ancestrais e herança tradicional; dá
sustento e sustentabilidade aos hábitos alimentares” (Altuna, 1985) (a caça e
fertilização da terra) como as explorações impiedosas e agressivas com pretensão “de
desenvolvimento humano e busca de melhores condições políticas, sociais,
económicas para a humanidade” (Caeiro & Carvalho, 2001), ao devastarem a flora e a
fauna preocupam porquanto condicionam e prejudicam a casa comum de todos nós.

Desta feita, ambos mundos constituem-se em problema quando com particularidade


acuidade se busca harmonizar uma cultura nascida dum grande progresso das

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ciências e técnica e a que se alimenta e vive de tendências clássicas das diversas


tradições vivências da África Bantu particularmente as angolanas com a natureza com
as questões ambientais.

No meio deste confronto-antinómico, dai desafio, urge encontrar, permitir/implementar


acções e compreensões que conciliem as pretensões dos dois mundos na sua
interacção/relação com a natureza, buscar a rápida e progressiva especialização das
várias disciplinas com a necessidade de construir a síntese e ainda conservar e
conscientizar no homem as capacidades de contemplação e admiração que conduzem
à sabedoria ou seja, é preciso que a cultura humana progrida hoje de tal modo, que
desenvolva em harmonia e de forma integral a pessoa humana com o seu habitat e
ajude os homens (no desempenho das tarefas e busca do melhor a que todos estão
chamados), a um desempenho, convivência corresponsável, fraternalmente unidos
numa única família humana-cósmica equacionando um futuro promissor.

3. O tempo do projecto
O projecto necessita de três momentos para sua realização/implementação: Iº-
sensibilização e consciencialização formativa com duração de 7 dias implicando
professores, alunos e direcção da escola que promovem semana ecológica, com
aulas, reuniões debates para o estudo de caso dos fenómenos queimada e a
exploração impiedosa e agressiva da mãe natureza. O IIº acções futuras
perspectivadas para serem realizadas em 3 meses, sendo o primeiro de encontro
entre a comunidade académica com a sociedade em geral, realizando actividades de
activistas com toda a comunidade passando mensagens através de reuniões
comunitárias, teatros, divulgação de panfletos; o segundo será de aplicação da
interacção positiva com o meio como plantação de árvores, transformação de capim
em estrume ao ser capinado e enterrado em sítios concentrados, por ultimo no terceiro
mês de verificação do cumprimento e desenvolvimento comunitário na interação
positiva sem intoxicação e prejuízos para o meio ambiente; IIº de Autoavaliação e
sustentabilidade do projecto.

4. O público destinatario
O projecto tem como público destinatário: duas comunidades rurais bantu da África
subsariana, uma habitando junto da margem da nascente do Rio Luachimo na
Província da Lunda-Sul Municipio do Dala/Angola, a outra junto a foz do mesmo rio na
Província da Lunda-Norte no Município do Chitato/Angola comunidades cuja base de

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sobrevivência é a caça, pesca, agricultura e exploração de diamante e por fim A


comunidade académica da escola do IIº ciclo do ensino secundário geral São Kizito.

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5. As actividades
Titulo da Objectivos Conteúdo/disciplina Actividade
actividade

1.Consciencializar a Química: substâncias Antes da excursão o subdirector administrativo contacta: Administração, os moradores do
comunidade académica orgânicas e inorgânicas percurso da actividade, solicitando a devida autorização. Dias depois, a Direcção da
sobre a importância e e dos combustíveis; Escola reúne e convida os professores e a comissão de pais a participarem da excursão e
as interacções Biologia: Biodiversidade a providenciarem mantimentos para os filhos. No dia seguinte, pessoal administrativo
Excursão dinâmicas, profundas e e a cadeia alimentar; decoram os autocarros com dísticos ecológicos, a Direcção da escola reúne com os
Turístico/ac complexas que Geografia: Devastação estudantes e apresenta os objetivos, o percurso da excursão e indica os professores
adémica na ocorrem no dos solos, a tutores. Durante a excursão a professora de música ensina o Hino ao Irmão Sol, o
semana ecossistema através do desertificação agente de professor de Língua Portuguesa ajuda a interpretar, analisar o Hino. Em cada paragem o
ecológica contacto directo com a transformação da professor tutor explica assuntos referentes a formação e diversidade de terreno, clima,
natureza; biosfera; flora e fauna. Faz-se anotações em Notebook, tiram-se fotografias para o jornal ecológico
Filosofia: O homem e a posteridade. O ponto auge da excursão é o rio Luachimo rico em recursos minerais,
2. Formar/informar a como animal político hídricos, com uma fauna e flora encantadoras, com cascatas admiráveis e com um solo
beleza e encantos da (habitantes da Polis); fértil. Desperta atenção aos excursionistas, o facto de a sua nascente ter águas cristalinas
natureza provocando e a sua foz águas turvas, o que gera debates ecológicos, buscando a causa desta
contemplação Educação Moral e diferença, pelo que se descobre que é a intervenção humana a causadora de tal
solidariedade, respeito, Cívica: A relação do ser problemática. Pois entre um lado e outro existe uma mina de exploração de diamante
comunhão para um humano com a natureza fixada sem prévia consulta aos moradores mina esta que em nada beneficia a
desenvolvimento comunidade pelo contrário sofre danos ambientais (poeira provocada pelas explosões de
sustentável e promissor dinamites, são impedidos de circular, de ter acesso as suas lavras e aos rios fonte de
subsistência); sofrem ainda: harmonia entre os contrários, uso indevido dos combustíveis
naturais, morte de espécies animais e vegetais, quebra a biodiversidade e a cadeia
alimentar, estes factos junto com as queimadas provocados pelos moradores, são os
principais agentes da desertificação e causa dalgumas doenças, pobreza extrema na vida
do homem, das catástrofes naturais e do desequilíbrio ambiental deixando a casa comum
sem um futuro promissor.

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6. Avaliação
É uma das pretensões deste projecto Identificar/reflectir, regular, optimizar,
oportunizar as actividades com objectivo de facilitar a determinação do grau em que se
registe a capacidade de mudanças de comportamentos e atitudes, de buscar
estratégias, competências e qualidades e de tomada de decisões ante o
relacionamento/interacção, convívio homem/meio ambiente na solidariedade,
equidade, paz, harmonia, justiça, construção dum projecto sustentável e promissor
para as gerações vindouras.

Tal pretensão resulta do entendimento de que, referenciando González e Wagenaar


(2003) citado por Estrella (2018), “à avaliação de conhecimentos soma-se uma
avaliação baseada nas competências, capacidades e processos estreitamente
relacionados com o trabalho e com as actividades que conduzam ao progresso do
estudante”, no caso concreto das interações/relações convivências entre a
humanidade/natureza; porém, a esta compreensão há que se acrescer que “a
avaliação (...) tem por função prioritária regular e optimizar(...)” (Ensino-Geral, 2012)
função esta que deve, sempre que possível, coincidir com as tarefas/actividades,
competências, capacidades, processos e objectivos.

Pelo que:

1. Se Examinará e reexaminará problemas vitais do relacionamento e interação


do homem/ambiente, seu desenvolvimento e propostas de acções inovadoras,
concretas e realistas que se formularam, bem como sua implementação.

2. Se avaliará o modo e a relevância de como se informa/forma, se sensibiliza/


consciencializa, se implica a comunidade académica e comunidade em geral,
através da interdisciplinariedade e trabalhos transversais na aplicação das
medidas de prevenção e proteção do meio ambiente.

3. Avaliará o impacto da acções humanas na protecção e prevenção da


diversidade biológica

4. Avaliará o empenho de cada cidadão na problemática de resolução e


transformação das interacções e relações e ainda o grau de iniciativas para
construção dum futuro promissor, para o desenvolvimento sustentável e
educação ambiental harmoniosa e integral da pessoa humana.

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7. Acções futuras
Titulo das acçõs futuras Objectivos Conteúdo/disciplina Actividade
Activistas ecológicos: Implicar a comunidade em 1.Informações acerca No fim de cada semana ou de cada mês, dedicar um dia a causa
Encontro-escola- causas ecológicas das grandes questões e ecológica: os alunos, professores, famílias envolvem-se como activistas
comunidade-natureza Consciencializar, conflitos ambientais e em campanhas de sensibilização/consciencialização da comunidade,
responsabilizar as das interacções entregando panfletos, cartilhas, dísticos informativos e educativos de
comunidades sobre a /relacionamentos prevenção, transmissão e tratamentos, ora fazendo palestras em zonas
importância e as interacções humanidade /natureza de plausibilidade como as Igrejas, praças públicas, nos mercados, nas
dinâmicas, profundas e 2.Formação e implicação escolas, ora através dum roadshow, ou dramatizam em forma de teatro,
complexas que ocorrem no da comunidade na pelos debates de auscultação em grupos, associações e em casas de
ecossistema através do resolução, famílias para a educação comunitária, sobre as atitudes que se devem ter
contacto directo com a transformação de em relação ao meio ambiente, que devem ser de protecção e preservação
natureza; conflitos ambientais para o bem da humanidade.
8. Registro de evidências (mostrar o que fizemos)
Titulo do Registro de Objectivos Conteúdo/discipli Actividade
evidências na

Desenvolver Estudo e propostas Um programa de educação ambiental extra curricular onde a comunidade e a
actividades de de novas formas escola interage, implica-se com constante criatividade e iniciativas individuais e
Implementação projectista e interacção assente de cooperação e colectivas que levam para a redução de pobreza extrema, desertificação,
futurista da comunidade e no amor, harmonia e convivência que permitindo uma convivência de comunhão e solidariedade entre espécies, a
escola das actividades e acções desenvolvimento permita mudanças humanidade e natureza através:
integral que necessárias Iº Da criação de 1- lavras comunitárias ou escolar;
garantam um futuro 2. um poligno ambiental em locais de queimada;
promissor 3. uma estufa como reserva de plantas em extinção caso Muxie /pau ferro com
custo 365usd que os 82 usd do barril de petróleo
https://pt.investing.com/commodities/lumber acessado em 02 de Abril de 2019 )
IIº combate ao fenómeno ravinas e desertificação com o planteio de árvores
IIIº aconselhamento de não lavagem de carros e deitar lixos nos rios
IVº Cuidados a ter com óleos e combustíveis para não contaminar o lençol freático.
Vº Cursos de protectores de floresta e fauna

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9. Referências
Altuna, R. R. (1985). Cultura Tradicional Bantu. Luanda: Secretariado Arquidiocesano
de Pastoral.
Bordenave, J. D., & Pereira, A. M. (2012). Estratégias de ensino-aprendizagem. Rio de
Janeiro: Vozes.
Caeiro, S., & Carvalho, T. N. (2001). Grandes Problemas ambientais. Lisboa:
Universidade Aberta.
Ensino-Geral, D. d. (2012). Programa de Filosofia 12ª classe: 2º ciclo do ensino
secundário. Luanda: INIDE.
Estrella, Á. M. (2018). Teorias da aprendizagem e bases metodológicas na formação.
Espanha: FUNIBER.
Hobbes, T. (2002). Os elementos da lei natural e política. São Paulo: Ícone Editora.

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