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ECOLOGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Solange Cristina Mazzoni-Viveiros

INTRODUÇÃO

O ano de 2050 tem sido considerado por especialistas ambientais como o “marco
crítico”, ou seja, o ano em que, mantido o mesmo crescimento médio da economia mundial
que já se ocupou de 83% do planeta superando sua capacidade de suporte e regeneração em
20%, haverá total colapso e esgotamento dos recursos naturais, gerando uma crise
considerada “Crise Sistêmica do Capitalismo”, pois ela é “econômico-financeira, social e
ecológica” (Dupas, 2008; Trigueiro, 2008).

O modelo civilizatório depredador e consumista adotado, resultado de uma Ética


Antropocêntrica, causou essa crise ambiental planetária, global e mundial, requerendo uma
postura revolucionária de todo cidadão, na busca pela manutenção e equilíbrio dos
componentes dos diferentes ecossistemas, garantindo a preservação da biodiversidade e de
suas relações ecossocioambientais.

Com essa revolução na forma de se relacionar com o Meio Ambiente e com a


Humanidade, confrontam-se hábitos, costumes e sistemas, criando-se uma Sociedade
Sustentável, cujo Sistema Político-Econômico adotado promove Justiça Ambiental e Social,
com Ecodesenvolvimento e democratização das informações e decisões (Governança
Ambiental) que propiciem um relacionamento consciente e solidário do Homem com a
Natureza e com os outros. Essa nova ética, a Ética da Sustentabilidade, resulta em redução dos
níveis de pobreza, redução das desigualdades e da violência (MMA, 1992; Leff, 2001; Siqueira-
Batista et al., 2009).

Nesse cenário totalmente negro, essa revolução, muitas vezes, parece ser utópica e
sonhadora, com pouca esperança que seja possível levá-la a cabo diante do sistema vigente e
do atual quadro da Terra, que corroboram com o Consumismo, o Aquecimento Global, as
Mudanças Climáticas, a Crise Hídrica/Desertificação, as Desigualdades e Injustiças Sociais, a
Extinção tanto de espécies como de ecossistemas e de povos/comunidades.

Quero, como Boff (2008), “trazer à memória o que pode nos trazer esperança” (Lm.
3.21), o que pode trazer uma nova forma de ser, capaz de eliminar a inativação diante do caos
que se instalou, a “Espiritualidade”. Segundo o Teólogo Leonardo Boff, antropólogos como
Claude Lévi-Straus e Clifford Geertz afirmam que em momentos em que um paradigma
civilizatório entra em crise, a espiritualidade emerge para que nasçam paradigmas capazes de
fazer outra história, de dar esperança às comunidades e às pessoas (Geertz, 1973).

Da mesma forma, o Teólogo John Stott (2001) afirma que o envolvimento ecológico
deve estar incluído na Missão Cristã, pois não se pode amar verdadeiramente ao próximo
destruindo o ambiente no qual ele vive e do qual depende, pois Jesus Cristo encarnou para
entrar em nosso mundo e nos ensinar que a Missão do Deus Triuno e, consequentemente, da
Igreja Cristã é, também, entrar no mundo das outras pessoas, incluindo sua realidade social e
ambiental.

Se queremos ser cristãos comprometidos com a Missão da Igreja, devemos entender


bem as palavras do Apóstolo Paulo aos Colossenses ao se referir a Jesus e sua Missão: “Este é a
imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a Criação, pois nele foram criadas todas as
coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer
principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as
coisas. Nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de
entre os mortos, para em todas as coisas ter primazia, porque aprouve a Deus que, nele
residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da cruz, por meio dele,
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (Cl 1. 15-20).

Sendo assim, o objetivo do presente texto é trazer informações relativas à Crise


Sistêmica atual do nosso planeta, a fim de que esse conhecimento resulte em sensibilização e,
posterior, envolvimento pró-ativo na Missão de Deus, a Missão Integral da Igreja Cristã,
cooperando com Deus na restauração, não só do homem, mas de tudo que a decisão do
homem degradou (espiritual, emocional, psicológica, material e ecossocialmente), para o
retorno do equilíbrio que havia no Jardim do Éden, a Sustentabilidade (Ramos, 2008;
Cavalcanti, 2010; Carriker, 2014).

CRISE SISTÊMICA AMBIENTAL, SOCIOECONÔMICA E ÉTICO-MORAL

Segundo o Economista mexicano Enrique Leff (2001), a crise ambiental não é


catástrofe ecológica e sim resultado do pensamento, da Ética com a qual o homem constrói e
destrói o mundo. O Capitalismo, associado à Ética Antropocêntrica, criou tanto a degradação
da ordem social como da ordem ambiental, fazendo com que as forças produtivas se
tornassem forças destrutivas (Silva, 2015b).

A situação, segundo a Antropóloga Iara Pietricovsky de Oliveira, é dramática, “o


Planeta está na UTI” diz ela, exigindo atuação nos planos individual e coletivo, nacional e
internacional, pois pequenos esforços não serão suficientes (Oliveira, 2014). A Secretária Geral
da WWF do Brasil, Maria Célia Wey de Brito, ressalta que essa realidade faz com que o foco da
Conservação do Meio Ambiente deixe de estar dirigido para o bem-estar das gerações futuras
para ser uma grande questão da atual geração.

Diegues (2008a, b) afirma que a atual crise é: - global, porque afeta a Biosfera como
um todo; - acelerada e crescente; - irreversível, devido à resiliência reduzida de vários
ecossistemas às condições ambientais; - ameaçadora, pela crescente capacidade de
destruição; - reforçadora das desigualdades sociais e entre nações; - causadora de impactos
socioculturais, com as camadas mais pobres sendo as mais afetadas.

Um estudo recente realizado pela NASA, associando as ciências ambientais e sociais,


prevê que o planeta está à beira de um colapso, como o ocorrido com o Império Romano e
outros mesopotâmios, uma vez que a civilização do século XXI segue o mesmo modelo de uma
sociedade organizada em torno de uma cultura sofisticada, que requer grande quantidade de
recursos naturais. Acredita-se, inclusive, que o calor extremo que atingiu a Austrália e América
do Sul e o frio rigoroso da América do no Norte, ocorridos em 2014, são sinais precursores do
colapso. A agricultura, a indústria e a tecnologia aumentaram muito a demanda por recursos
naturais, principalmente nos últimos duzentos anos, porém os cientistas afirmam que o
colapso pode ser evitado com grandes modificações que devem envolver o controle do
crescimento populacional, a redução da demanda por recursos naturais e a distribuição
igualitária dos bens (O Globo, 2014).

O “Dia da Sobrecarga da Terra” (Earth Overshoot Day), que tem sido medido por
quatorze anos pela Organização Internacional Global Footprint Network (GFN, 2014), é um
alerta quando a pegada ecológica da humanidade excede a capacidade de o planeta repor seus
recursos naturais e manter seu equilíbrio natural. Em 2000 essa sobrecarga ocorreu em 01 de
outubro, enquanto em 2013 foi em 20 de agosto e 2014 em 19 de agosto, mostrando que a
cada ano a data é alcançada mais cedo e por mais dias do ano a humanidade está em “dívida
ecológica” com o planeta. Para atingir o saldo positivo atual seriam necessários um planeta e
meio, enquanto projeções para 2030 apontam para a necessidade de dois planetas.

Pode-se dizer, inclusive, que a persistência do modelo de produção e consumo em


vigor que caracteriza essa crise atual, faz dela uma crise ético-moral, pois ela não só degrada o
ambiente como compromete a dignidade e a existência humana (Nascimento, 2012; Silva,
2015a).

VULNERABILIDADE E ADAPTAÇÃO

Desastres naturais podem ser definidos como o resultado do impacto de fenômenos


naturais extremos ou intensos sobre um sistema social, causando sérios danos e prejuízos que
excedem a capacidade da comunidade ou da sociedade atingida em conviver com o impacto.
(Tobin & Montz, 1997 apud Marcelino, 2008).

Os desastres podem ser divididos em: - naturais, causados pela dinâmica interna e
externa da Terra e por fenômenos e desequilíbrios da natureza, que podem ou não serem
agravados pela ação humana, como terremotos, maremotos, vulcanismo, tsunamis, tornados,
chuvas intensas provocando inundação, erosão e escorregamentos; ventos fortes formando
vendaval, tornado e furacão; etc; - humanos ou antropogênicos, resultantes de ações ou
omissões humanas, como incêndios, contaminações de rios, vazamento de petróleo no
oceano, etc (Marcelino, 2008; Tominaga et al., 2009).

Os desastres naturais, segundo dados do Banco Global EM-DAT do “Centre for


Research on the Epidemiology of Disasters”, podem ser classificados em Biológicos
(epidemias, pragas, etc), Geofísicos (terremotos, vulcões, movimento de massa sem água),
Climáticos (secas, temperaturas extremas, incêndios), Hidrológicos (inundações, movimento
de massa com água, desertificação), Metereológicos, que podem ocorrer de forma súbita
(terremotos, furações e inundações), gradual (chuva, neve, vento), ou por soma de eventos
(EM-DAT, 2005; Freitas, 2011; Saito, s/d).

Desastres têm acontecido no decorrer da história, como a inundação que matou cerca
de sete milhões de pessoas afogadas na China em 1332, o terremoto de 8.6 graus na escala
Richter que atingiu Portugal em 1755 matando cerca de cinquenta mil pessoas, devido aos
tremores, tsunamis e incêndios ocorridos (Bryant, 1997; Marcelino et al., 2006). O prejuízo
mundial em 2007 chegou a US$ 74,9 bilhões, com 414 desastres naturais no mundo, 16.847
mortos, 211 milhões de pessoas afetadas. No Brasil, neste ano de 2015, o tornado ocorrido em
Xanxerê e Ponte Serrada (SC), além dos mortos, feridos e desalojados, causou um prejuízo que
ultrapassou R$ 113 milhões (Veja, 2015b).

Muitos desastres têm impactado duramente várias regiões do planeta, mas foi a partir
da década de 50 do século vinte que houve um significativo aumento de desastres em todo
globo (EM-DAT 2005). Houghton (2003), dentre outros estudiosos, acredita que o principal
propulsor dos desastres naturais têm sido as mudanças climáticas globais, principalmente
pelos impactos cada vez mais intensos, com expressivos danos e perdas de caráter social,
econômico e ambiental (Tominaga et al., 2009; Freitas, 2011).

Populações com baixo índice de desenvolvimento, com situação socioeconômica


desfavorável, são as mais vulneráveis aos eventos ambientais com alto risco de que ocorram
consequências danosas ou perdas (mortes, feridos, edificações comprometidas, etc) (UNDP,
2004; Maluf & Rosa, 2011). A Oxfam Internacional no Brasil chegou a prever que em 2015
cerca de 375 milhões de pessoas seriam afetadas pelos desastres naturais oriundos das
mudanças climáticas (Maia, 2009; Oxfam, 2009).

Os dez locais classificados como os mais vulneráveis e que possuem menor capacidade
adaptativa são: 1º Arquipélago Vanuatu (Oceania); 2º Tonga (Oceania); 3º Filipinas (Ásia); 4º
Ilhas Salomão (Oceania); 5º Guatemala (América Central); 6º Bangladesh (Ásia); 7º Timor-Leste
(Ásia); 8º Costa Rica (América Central); 9º Camboja (Ásia); 10º El Salvador (América Central)
(IMASH/UONU, 2011).

Um país ou um ecossistema estará mais vulnerável ao impacto das mudanças


climáticas de acordo com o grau de exposição às alterações climáticas e sua capacidade de
adaptação. Exemplo é a erosão marinha, causada pela elevação do nível do mar, pois a cada
milímetro de elevação a faixa litorânea regride em média 1,5 metro, colocando em risco
especialmente as Ilhas-nações e países costeiros (Eco4u, 2013).

Tal erosão tem destruído ilhas paradisíacas do Pacifico Sul, como os países de Kiribati e
Tuvalu, cujas populações estão sendo obrigadas a deixar o país e, além de perderem seus
bens, perdem também sua própria nacionalidade. A elevação do nível do mar coloca em risco a
produção de alimento na Índia, Tailândia, Vietnã, Indonésia e China, cujas plantações de arroz
estão sendo afetadas. No Brasil os estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte,
Alagoas e Sergipe têm vários municípios sofrendo com o avanço do mar, com perda de praias,
imóveis, calçadas, muros, restaurantes, empregos, com prejuízos econômicos e sociais (Vitola,
2007).

O IPCC- Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, órgão das Nações


Unidas, considera que a África, América Latina e Ásia são as que têm menor oportunidade de
adaptação e, portanto, são as mais vulneráveis a alterações e mais suscetíveis a enchentes,
secas, diminuição na produção de alimentos, perda de biodiversidade, problemas de saúde
pública, dentre outros (IPCC, 2014).

A América Latina e o Caribe estão entre as regiões com elevada vulnerabilidade aos
efeitos das alterações climáticas devido às suas características geográficas (a deficiência
política para enfrentar o fenômeno, a dependência da atividade agrícola, derretimento das
geleiras e fornecimento de água, elevação do nível do mar) e seus aspectos socioeconômicos,
já que uma boa parcela da população se encontra em condições de extrema pobreza com uma
frágil gestão ambiental (Mudanças Climáticas, 2015a).

No Brasil a região do Nordeste é a considerada mais vulnerável, devido aos problemas


socioeconômicos e a desertificação do Semi-Árido, enquanto as regiões do país de alta
produção agrícola terão que se adaptar a novas culturas, e estados de zonas costeiras deverão
se preocupar com a elevação do nível do mar (CEDEPLAR/LABES/FIOCRUZ, 2008).

Sabe-se que nações com infraestrutura socioeconômica já estão se adaptando às


alterações do clima. Um exemplo é o de Hong Kong, que após uma crise hídrica, ocorrida há
cerca de cinquenta anos, implementou um sistema que fornece gratuitamente água do mar
para descarga, atendendo hoje 80% da população e preservando a água potável para usos
mais nobres (Pensamento Verde, 2015). A Suécia, também está entre os países que se
destacam pela forma que reutilizam o lixo como fonte de energia, pois somente 1% do lixo
produzido não é utilizado para fins energéticos, mas tudo o que pode ser reciclado é
aproveitado. Com o sucesso dessa tecnologia o país, além de importar lixo de outras nações
para suprir a demanda local, resolveu seu problema de falta de espaço para o descarte do lixo
e a demanda energética (CicloVivo, 2015).

Nações mais vulneráveis precisam, por sua vez, de apoio financeiro externo. A ONU
considera que serão necessários investir de US$ 50 bilhões a US$ 70 bilhões anuais, enquanto
o Instituto Internacional para Ambiente e Desenvolvimento (IIED/Instituto de Mudanças
Climáticas do Imperial College-Inglaterra) acredita que serão necessários valores duas a três
vezes maiores do que o estimado pela ONU e o Banco Mundial calcula que os gastos ficarão
entre US$ 100 bilhões anuais até 2050.

Segundo o Chefe da Divisão de Redução de Riscos de Desastres da Organização


Metereológica Mundial –OMM, Maryam Golnaraghi, temos que aprender com os desastres,
pois agora todos os países são vulneráveis em maior ou menor escala.

Fica claro, diante desse quadro, que se fazem necessárias estratégias globais urgentes
para reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência dessas regiões mais desfavorecidas
(IPCC, 2014).

RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA

Segundo Bauman (1999), a relação homem-natureza nos primórdios da história da


humanidade era de “Homem-coletor”, usufruindo dos recursos naturais apenas para sua
subsistência, sem comprometer o ritmo da natureza para a sua recuperação. Com o abandono
da condição nômade e a falta de recursos passou a ser “Homem-Produtor”, extraindo recursos
naturais e os transformando em bens e serviços, culminando mais tarde no “Homem-
Consumidor”, cujo valor reside em consumir (Santos, 2011; Gavazzoni, 2015a).

No século VI a V AC, essa relação homem-natureza trazia consigo a contemplação,


influenciada pela postura assumida pelos físicos naturais que consideravam que o homem e os
deuses integravam a natureza. Já na Idade Média, devido à tradição judaico-cristã,
estabeleceu-se uma dicotomia homem-natureza, já que considerava o homem como um ser
privilegiado que estava fora da natureza, pois havia sido criado à imagem e semelhança de
Deus (Soffiati, 2002).

Nos séculos XVII e XVIII o homem passa a ser visto como a razão (“o cogito”) e os
elementos da natureza, que antes eram temidos, passam a ser dominados e a ele servir. A
supervalorização das ciências naturais, ocorrida no século XIX, influencia as ciências humanas,
ocorrendo a dominação do homem para a preservação de uma determinada ordem
econômica, política e social, cuja finalidade se concentrava no bom e adequado
funcionamento de produção e reprodução capitalista, ou seja: produção, circulação, consumo
e lucro.

Com o triunfo do antropocentrismo no pensamento ocidental, surgem os sujeitos-


dominadores, proprietários dos meios de produção e os detentores do conhecimento técnico-
científico, e os objetos-dominados, aqueles que não detinham o referido conhecimento
(Ribeiro et al., 2012). O conceito de natureza foi sendo reduzido à dimensão físico-natural
tratada, no sistema capitalista adotado, como algo exterior sem vinculação com o ser humano.
Marcuse (1982) chega a dizer que a sociedade capitalista se reproduz num crescente conjunto
técnico de coisas e relações que incluem a utilização técnica também do homem.

No final do século XIX e início do XX, com as Teorias da Evolução, da Termodinâmica e


da Relatividade, o homem passa a uma posição de superioridade em relação a natureza, que é
vista como fonte inesgotável de riqueza e servindo para o progresso e desenvolvimento
ilimitados. Nessa visão, tudo e todos passam a ser mercadorias e o homem, como peça do
sistema, tem sua força de trabalho transformada em mercadoria (Homem-Produtor). Nesse
contexto surge a total liberdade do homem em interferir na dinâmica da natureza visando ao
consumo, estimulados pelo conceito de que o bem-sucedido está atrelado à lógica de
desempenho e ao progresso tecnológico (Ribeiro et al., 2012).

Esse modelo de sociedade urbano-industrial e democrático-contratual, mediada pela


ambição humana de riqueza e poder, gerou efeitos maléficos ao ambiente, como: banalização
da vida humana; - aceleração do ritmo de vida; - demanda cada vez maior por recursos e
energia não renovável; - perda de biodiversidade a partir da destruição de ecossistemas; -
mudanças climáticas; - aumento cada vez maior da utilização de aditivos químicos nos
alimentos; - aumento considerável de resíduos sólidos urbanos, incluindo lixo radioativo
(Ribeiro et al., 2012).

Foi somente na primeira metade do século XX que a degradação do ambiente


começou a ser percebida em escala geográfica global e nacional e, não mais, regional/local.
Reconheceu-se que, a crise ambiental não só era global, como o resultado das atividades
exercidas por uma só espécie, no caso, a do homem (Soffiati, 2002). As primeiras políticas
ambientais só surgiram no final da década de 60 na Europa e só na de 80 no Brasil.

Essa relação do homem moderno com o mundo natural tem causado danosa agressão
aos ecossistemas, que não conseguem revertê-la devido ao ritmo acelerado dessa agressão
que, somado ao sistema econômico, necessita de uma produção desenfreada de mercadorias
para atender ao consumismo exacerbado, resultando na degradação do meio ambiente e,
consequentemente, do esgotamento dos recursos naturais (Homem-Consumidor) (GFN, 2014).
A nossa sociedade está organizada para nos induzir a consumir cada vez mais e cada vez com
menos critérios. Importante é questionar e definir as reais prioridades no ato de consumo, pois
na forma que consumimos surgem impactos sociais e ambientais.

O Departamento de Defesa do Consumidor de Portugal declara que “A sociedade de


consumo realizou o prodígio de transformar a compra numa festa, a venda numa arte e o
consumo em um espetáculo” (Pico et al., 2007).

A medida que o consumo aumenta há, também, o aumento da produção de resíduos


sólidos (lixo), sendo que 60% do lixo produzido nas cidades são encaminhados para locais
inadequados. O Brasil teve um aumento na produção de lixo nos últimos anos e não conseguiu
eliminar os lixões, que provocam doenças, causam danos ao meio ambiente, comprometem o
lençol freático. A melhor opção para o destino do lixo é o Aterro Sanitário, com reciclagem dos
resíduos e produção de energia (Arreguy, 2015). Há, ainda, um desperdício de matéria
orgânica, com 1 bilhão de tonelada de comida lançada no lixo por ano, causando um prejuízo
de US$ 750 bilhões anuais, resíduos esses que poderiam ser utilizados para compostagem,
produzindo ótimo solo para a agricultura e evitando o dano ao ambiente (Mudanças
Climáticas, 2015b).

Resumindo, o crescimento populacional somado às Revoluções Industrial e


Tecnológica e ao sistema capitalista transformaram o homem em um consumidor alienado e
despreocupado com os impactos que podia causar à natureza, gerando uma crise de
proporções jamais vista na história (Krüger, 2001; Carriker, 2014; Oliveira, 2015). Essa crise
estrutural e sistêmica do capitalismo ocorre tanto no nível econômico-financeiro, como social
e ecológico, gerando outras crises, como a alimentar, a energética, do trabalho, a cultural, a
ética, etc. Fica claro, segundo a ONU, a urgente necessidade de mudança drástica no uso,
gerenciamento e compartilhamento de recursos, pois mantido o mesmo crescimento médio
da economia mundial haverá um déficit de 40% no abastecimento de agua até 2030 e total
esgotamento de recursos em 2050 (ONU, 2015).

Segundo Besserman (2014), “vivemos um período especial da história, pois nos


próximos 20 a 30 anos a humanidade terá de fazer escolhas inéditas sobre o futuro que
desejará ter, quais os valores que serão passados para as próximas gerações, como produzir e
consumir, e como deixará o planeta para a sobrevivência de seus semelhantes e
descendentes”.

A Humanidade deve buscar, segundo Leff (2006 apud Gavazzoni, 2015a), um novo
valor para as relações econômicas, éticas e estéticas entre homem-natureza modificando,
também, as concepções de democracia, justiça e convivência, pois não se trata apenas de
defender a natureza e, sim, de uma cosmovisão que leve em consideração o planeta como um
sistema de interrelações da humanidade entre si e com o meio. A nova visão deve ser holística,
ética e moral radical, reconhecendo o mundo como um todo integrado, com ampliação da
percepção, do pensamento e dos valores, rompendo com a antiga visão antropocêntrica
(Capra, 2008; Siqueira-Batista et al., 2009).

ATMOSFERA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O equilíbrio da natureza é a atual preocupação da humanidade, pois as atividades


humanas causaram sérios impactos ambientais devido ao crescimento populacional e
urbanização, o aumento da poluição (ar, solo, água, oceanos), o desmatamento, as queimadas,
a grande demanda por recursos naturais para diferente finalidades, dentre outros.

Durante a Revolução Industrial, com o aumento de produção foi havendo cada vez
mais demanda por energia, utilizando-se como fontes energéticas o carvão e os combustíveis
fosseis. A atmosfera foi, assim, recebendo uma grande carga de poluentes, principalmente de
dióxido de carbono, metano, óxidos nítricos, ozônio, que são, também, gases de efeito estufa
(GEE). Há GEE, como os aerossóis, que são de origem natural e têm um importante papel no
balanço energético entre o sistema Terra-atmosfera, como os emitidos pela atividade
vulcânica e o de sal marinho, resultado do atrito do vento com a superfície oceânica.

O Efeito Estufa corresponde à retenção do calor da radiação solar (infravermelha)


pelos GEE e, embora seja um processo natural que resulta na temperatura média da Terra de
cerca de 15 oC que é a favorável à existência da vida na forma que conhecemos, o aumento de
concentração desses gases pela atividade humana vem causando uma intensificação do Efeito
Estufa (Sampaio et al., 2008). O vapor de água é o GEE mais abundante na atmosfera, seguido
pelo gás carbônico, ambos ocorrendo naturalmente na atmosfera, com o segundo, também,
sendo o GEE antropogênico mais importante.

A poluição atmosférica matou, em 2012, 7 milhões de pessoas. Calcula-se que, nos


próximos quinze anos, até 256.000 pessoas morrerão em São Paulo por causa da poluição
atmosférica, sendo que 25% desse número ocorrerão na capital (Ferraz, 2014).

A alta concentração do ozônio troposférico que ocorre nas áreas urbanas vegetadas,
como o Parque do Ibirapuera e Parque do Estado em São Paulo, segundo a Agência de
Proteção Ambiental dos Estados Unidos pode levar à morte prematura por doenças cardíacas
ou pulmonares, ao aumento da suscetibilidade a infecções respiratórias, ao aumento de
internações hospitalares por problemas respiratórios ao aumento no número de ocorrências
em emergências e consultas, ao aumento no uso de medicamentos, a faltas escolares mais
frequentes e relacionadas a problemas respiratórios.

Tanto a Europa, América do Norte e a Ásia/Pacífico aumentaram o consumo de


energia a níveis insustentáveis podendo dobrar a quantidade de GEE nos próximos 50 anos
com elevação de 3oC e causando perdas na agricultura, danos de eventos climáticos extremos
e maiores custos de saúde que irão reduzir o PIB global.

Tem havido esforços do Peru, Chile, Colômbia e México, em relação aos impactos nas
Florestas e Oceanos; da China, Estados Unidos e Canadá, em relação ao uso do carvão; Brasil e
Colômbia, na diminuição do desmatamento. No Brasil, 75% das emissões de GEE são
provenientes do desmatamento, 21 % do setor energético, 17% do setor agropecuário, 4-7%
da indústria. Embora, entre 2005-2012, tenha havia ligeira queda do desmatamento na
Amazônia e Cerrado no Brasil, a taxa anterior não foi compensada.

Pode-se dizer que estamos vivenciando as temperaturas mais elevadas do que em


qualquer momento nos últimos 4.000 anos. Segundo Ávila (2013), o clima está sempre em
transformação, mas o que chama a atenção é a velocidade em que isso está ocorrendo,
concluindo que a direção na qual se está seguindo não faz sentido sem que seja considerada a
ação humana. Marcott et al. (2013) afirma que nem no fim da Era do gelo as temperaturas
alteravam tão rapidamente, esclarecendo que se forem levadas em consideração apenas as
condições naturais, a tendência de esfriamento deveria ter sido mantida e agora estaríamos a
caminho de uma nova Era do Gelo. Reforça, ainda, que em apenas 100 anos, depois da década
mais fria em 11.300 anos, tivemos a mais quente (2000-2010), demonstrando que em um
século passamos do fim do espectro mais frio para o fim do mais quente.

Fisher & Knutti (2015), trabalharam com 25 modelos climáticos, com simulações
históricas entre 1901-2005 e projeções para 2006-2100 (altas emissões) e concluíram que: -
75% das temperaturas extremas e 18% das tempestades brutais se devem ao aquecimento
global ; - a influência humana no aumento de temperatura equivale a 89% na África, 88% na
América do Sul, 63% na Europa, 67% na América do Norte; - no ritmo atual das emissões GEE,
os eventos extremos até o fim do século terão 93% de culpa do homem.

Dentre as atividades que mais contribuem para o aumento de concentração dos GEE
na atmosfera, estão aquelas relacionadas com a queima de combustíveis fósseis (indústria e
meios de transportes), o desmatamento, a criação de gado, os campos de arroz, as
hidroelétricas, os lixões. O aquecimento causado pelas atividades antropogênicas tem sido
denominado de Aquecimento Global e as mudanças causadas por ele de Mudanças Climáticas
(Sampaio et al., 2008; Pinto et al., 2009). Sabe-se que no Brasil o setor agrícola é responsável
por emissões significativas de CO2, óxido nitroso (N2O), além de emissões importantes de
metano, principalmente provenientes da digestão de ruminantes e das áreas de plantio de
arroz irrigado.

A China está em primeiro lugar na emissão de GEE mundiais, dentre os usuários de


carvão, como Austrália, Estados Unidos e Indonésia. O Brasil poderia hoje estar entre as
economias mais limpas do planeta, com um potencial abundante de geração renovável como
biomassa (álcool, biodiesel, bagaço de cana), eólica e solar, porém caiu para o nono lugar
porque decidiu pela volta dos combustíveis fósseis com a exploração pré-sal que, além de
exigir altos custos, é altamente arriscada e danosa (Baitelo, 2008, 2015; Pinheiro et al., 2010).

A vegetação tem um importante papel na redução da concentração de carbono na


atmosfera, pois sua principal fonte de carbono é o gás carbônico atmosférico que ela usa nos
processos fotossintéticos, transformando-o em compostos poliméricos e liberando o oxigênio
(Buckeridge et al., 2008). Se esses compostos - como amido, lignina e celulose - mantiverem o
carbono retido na planta por um longo tempo, fala-se em “sequestro de carbono”. As árvores
são as plantas consideradas as melhores sequestradoras de carbono, visto que elas mantêm
muita lignina e celulose em seus troncos retendo, assim, boa quantidade de carbono durante
toda sua vida.

Pela importância das árvores e, consequentemente, das florestas para o sequestro de


carbono atmosférico e redução na concentração de GEE, o desmatamento e as queimadas são
grandes vilões, pois além de devolverem o carbono armazenado nas árvores para a atmosfera
essas deixam de sequestrar o carbono.

A Floresta Amazônica é o maior reservatório biológico da Terra, ocupa nove países e


tem, também, grande importância para o resto do mundo pelo seu papel no ciclo do carbono,
pois dos bilhões de toneladas de carbono absorvidos por vegetação tropical em todo o mundo
35% são pelas árvores amazônicas, sendo a floresta de maior relevância quando se fala em
efeito estufa e aquecimento global (Painter, 2008).

O desmatamento da Amazônia, com subsequentes queimadas, atingiu 55,3 milhões de


hectares de áreas verdes em 11 anos, entre 1999 a 2010, dando ao Brasil o título de campeão
em desmatamento (Marengo, 2011; FAO, 2013). Entre agosto de 2012 a fevereiro de 2013
uma área maior que a cidade de São Paulo desapareceu na Amazônia, correspondendo a cerca
de 237 mil campos de futebol (1.695 Km2), principalmente nos Estados do Mato Grosso,
Maranhão e Tocantins (Greenpeace 2013). No período de agosto de 2013 a julho de 2014
houve uma redução do desmatamento em 18% em relação ao de agosto de 2012 a julho 2003,
que atingiu 4.848 km2, dos quais 1.829 km2 no Estado do Pará, não havendo nenhum motivo
de comemoração (MMA, 2014).

A Amazônia, ao mesmo tempo, é a segunda área do planeta mais vulnerável à


mudança climática e sujeita a outras ameaças, como a extração inadequada de madeira nas
áreas de várzea, plantações de soja e pecuária, o manejo inadequado de recursos pesqueiros,
uso inadequado de pesticidas (Painter, 2008).

A Floresta Amazônica fornece a maior parte das partículas que atuam como núcleos de
condensação de nuvens (NCN), efetivamente controlando os mecanismos de formação de
nuvens e precipitação (Artaxo et al., 2005). As raízes de suas árvores (entre 20-30 m)
bombeiam para a atmosfera 20 bilhões de toneladas de água por dia. Essa umidade é contida
pela Cordilheira dos Andes, não se dissipando para o Oceano Pacífico e se deslocando para o
Sul do continente. Há períodos do ano que a Amazônia é responsável pela metade de toda
chuva que cai no Sul e Sudeste do Brasil. O desmatamento da Amazônia causa, portanto,
redução na umidade que acaba por alterar a geração de chuvas para as regiões Centro-Oeste,
Sudeste e Sul do Brasil, bem como para outros países, como Bolívia, Paraguai, Argentina,
Uruguai e sul do Chile (Greenpeace, 2014; Opinião & Notícia, 2014). Nobre (2015) reforça que
retirar floresta é retirar umidade, que o clima é um juiz que sabe contar árvores e nunca se
esquece e não perdoa.

Brienen et al. (2015) publicaram recentemente os resultados de uma pesquisa


realizada durante 30 anos na Amazônia, com 200.000 árvores em 321 plots sem ocorrência de
desmatamento, envolvendo vários países, inclusive o Brasil. Observou-se que, desde meados
da década de 1980, a absorção do carbono pelas árvores caiu pela metade e a mortalidade
cresceu mais de 1/3. A absorção de carbono que era de 2 bilhões de toneladas de carbono por
ano passou para 1 bilhão de tonelada. Os autores concluíram que o aumento de concentração
de carbono na atmosfera causou, inicialmente, um aumento de crescimento nas árvores na
Amazônia com aumento no sequestro de carbono, mas com esse estímulo de crescimento
excessivo as árvores passaram a morrer mais cedo e, com isso, o carbono nelas contido está
voltando para a atmosfera. Segundo esses autores, a saturação da Floresta Amazônica,
diagnosticada nesse estudo, pode ser um alerta sobre o futuro das demais florestas.

O desmatamento, provocado principalmente para conversão da floresta em áreas de


uso comercial (agropecuária), causa um prejuízo anual global de cerca de R$ 3,5 trilhões,
correspondendo a 44% do prejuízo ambiental total. Entre 2001 -2010 foram desmatados 130
mil km2 ao redor do mundo, sendo a América do Sul e África que apresentaram a maior perda
líquida de florestas nos últimos dez anos. O desmatamento da Amazônia ao longo da história
equivale a um prejuízo ambiental de R$ 231 trilhões (Proença, 2015).

O desmatamento traz consigo: -perda irreparável de variadas espécies e de recursos


genéticos; - erosão, aterramento, assoreamento; - riscos aos mananciais; - estiagem; - redução
umidade do ar; -aumento temperatura; - efeito estufa; - alteração na qualidade da água
(erosão e lixiviação); - desertificação; - perda econômica; - redução do turismo (ColegioWeb,
2014).

As espécies exóticas e invasoras, por sua vez, estão ameaçando progressivamente os


ecossistemas, como consequência do desmatamento e fragmentação florestal e,
consequentemente, causando danos ao equilíbrio do ambiente em questão, uma vez que
diminuem a biodiversidade nativa e competem com as nativas pelo solo e nutrientes, podendo
causar extinção da espécie nativa (Gurevitch et al., 2009). O prejuízo causado pelas plantas
invasoras no mundo é de R$ 2,5 trilhões, enquanto o desgaste do solo, pesca excessiva e
extinção de espécies causam um prejuízo anual de R$ 2 trilhões. Exemplo no Brasil de prejuízo
ocorrido por espécie invasora foi o que houve entre 1995 e 2005, quando a gramínea “capim-
chorão” (Eragrostis plana - Poaceae), causou R$ 51 milhões em prejuízos à agricultura gaúcha.
A sobrepesca é um problema tão grave que já atinge 80% dos estoques pesqueiros mundiais. É
preciso gastar 5 vezes mais tempo e dinheiro para pescar a mesma quantidade de 40 anos
atrás (Proença, 2015)

Dados dos relatórios do IPCC têm demonstrado que, de fato, a temperatura média da
Terra tem aumentado e que as alterações nos últimos mil anos se devem a causas antrópicas.
No relatório de 2007 considerou-se que 90% das alterações ambientais se deviam à ação
humana, suspeita essa confirmada no relatório de 2013, que apontou para 95% de
probabilidade de que mais da metade da elevação média da temperatura da Terra (1951-2010)
tenha sido causada pelas atividades humanas, relacionadas ao aumento da poluição, queima
de combustíveis fósseis, queimadas, desmatamento, urbanização (IPCC, 2007; IPCC, 2013). O
aquecimento das cidades, em função do concreto e asfalto, somado ao aquecimento global,
causa o que se denomina de ilha-de-calor, que tem como efeito o aumento das chuvas na área
urbana, causando inundações, raios, queda de árvores (Lettenmaier apud Veja, 2015a).

O ciclo global do carbono, o principal GEE, está intimamente relacionado com a


ecologia das plantas, como visto acima. Conforme houver mudança de condições para o
crescimento das plantas, outras mudanças drásticas poderão ocorrer nos sistemas agrícolas e
ecossistemas naturais, como mudança na distribuição dos seres vivos afetando e modificando
a composição dos ecossistemas, a extinção de espécies, o desaparecimento de comunidades
naturais, o surgimento de novas comunidades (Gurevitch et al., 2009).

As principais consequências do Aquecimento Global detectadas, que correspondem às


Mudanças Climáticas, são: o derretimento das calotas polares, causando aumento no nível do
mar e inundações de regiões baixas, alteração nos padrões de chuva e ventos, desertificação,
perda da biodiversidade, inundações, desastres, problemas de saúde pública, moradia,
alimentação. Porém, essa mudança global abrange muito mais do que alterações
metereológicas e as consequências da mudança do clima, envolve também as mudanças nos
padrões de uso da terra e contínua perda da biodiversidade (Gurevitch et al., 2009).

A Antártida, continente cercado de oceano e chamado de “cidadela de gelo” (90% do


gelo do mundo), tem sofrido aquecimento de suas bordas causando elevação no nível global
do mar em alguns metros e alteração na circulação oceânica global. O Ártico, oceano cercado
por continentes que moderam o clima polar, tem seu gelo diminuindo rapidamente, incluindo
o Permafrost do Alasca, a Escandinávia e a Sibéria, liberando Carbono 40 vezes mais rápido e
podendo elevar até 3oC a temperatura global (Leahy, 2013).

Atualmente a população consegue associar as mudanças climáticas com os impactos


do cotidiano e estão cada vez mais reivindicando o uso de energias renováveis (Baitelo, 2015).
Dissocia-se, ainda, o aumento de GEE com o crescimento econômico, uma vez que na China
houve um crescimento econômico de 7% com redução das emissões em 4%. Com a ocorrência
do furacão Sandy em Nova York, o tufão Haiyan nas Filipinas, ondas de calor na Austrália e
Índia, enchentes no Paquistão e Brasil, seca na América Central, tornados no México e Brasil,
colapso das geleiras no oeste da Antártida, dentre outros desastres, não se pergunta mais
sobre custos das medidas, mas quais medidas devem ser tomadas.

Analistas financeiros europeus têm identificado tendência de crescimento e uma


capacidade de recuperação maior nos negócios que envolvam a “Economia Verde”. Cada
tonelada de CO2 que emitimos provoca danos no valor de pelo menos US$ 85, mas as emissões
podem ser reduzidas com um custo de menos de US$ 25/ton. Mudar o mundo para um baixo
teor de carbono poderia, eventualmente, beneficiar a economia em U$ 2,5 trilhões por ano.
Até 2050, os mercados de tecnologias de baixo carbono poderão valer pelo menos US$ 500
bilhões. No século 21 o “ouro é verde”, pois vencerá a corrida quem gerar energia segura,
barata, de baixa emissão de carbono para atender a uma população global crescente
(Mudanças Climáticas, 2015b).

O ano de 2015 será decisivo na busca de soluções na 21ª Conferência das Partes da
Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas que ocorrerá em Paris em
dezembro. Nessa ocasião serão estabelecidos compromissos para 2020, 2030 e 2050,
considerando-se aspectos específicos dos países ricos, dos emergentes e dos pobres.

Estima-se que até 2100 o Brasil apresentará um aumento gradativo da temperatura


entre 1 e 6 oC, causando: - secas e estiagens prolongadas na Amazônia, Cerrado e Caatinga; -
savanização da Amazônia, com uma mudança drástica do ciclo hidrológico e prolongamento
do período de seca; - desertificação da caatinga, com aumento de meio a um grau na
temperatura e diminuição das chuvas de 10-20% até 2040 nos biomas Cerrado, Pantanal, Mata
Atlântica; - um aumento de um grau de temperatura nos Pampas com aumento da ocorrência
de chuvas (Alisson, 2013).

Os desmatamentos, a poluição, a ocupação irregular das margens de rios e represas,


os dejetos industriais, a agricultura intensiva, o esgoto doméstico e o desperdício têm
contribuído consideravelmente para a redução na disponibilidade ou na qualidade da água.

Segundo Rebouças (2001), enquanto a população do mundo duplicou na última


década do século vinte, a demanda total de água para uso doméstico, industrial e agrícola
cresceu 6 vezes, ressaltando que como alternativa mais barata e viável para abastecer a
crescente população mundial deve-se aprender a usar a água disponível no mundo de forma
cada vez mais eficiente.

Além do desperdício da água, tanto na agricultura como de forma geral pela


sociedade, muita água é consumida de forma indireta, ou seja, a água que é utilizada na
produção de alimentos e bens de consumo, denominada “água que não se vê”. A carne bovina
é uma das que mais consome água, sendo necessários 17.100 litros de água para um quilo de
carne, em seguida vem a de porco com 4.800 litros para um quilo e a de frango com 3.700 por
quilo. O Brasil, desde 2001, é o maior exportador de carne e, consequentemente, o maior
exportador de água.

Dados da ONU salientam que os seres humanos não precisam mais do que cem litros
de água por dia, mas o que temos constatado é que o uso direto da água tem ultrapassado em
muito esse valor, com uma média de 150 litros no Brasil, 221 litros em São Paulo, 236 litros no
Rio de Janeiro e 400 litros em bairros nobres da capital de São Paulo.

A ONU alerta que a seca causa mais mortes e deslocamentos que furacões, enchentes
e terremotos juntos. Hoje mais de 1 bilhão de pessoas no mundo continuam utilizado água
imprópria para consumo, uma criança de país pobre consome trinta a quarenta vezes menos
água do que aquelas de um país rico. Calcula-se que em 2030 cerca de 47% da população
viverá em condições de estresse hídrico. Se nada mudar, mais de 600 milhões de pessoas
ficarão sem água potável em 2015, causando problemas de saúde e desigualdade social. Essa
Exclusão Hídrica se transformou no mais perigoso e destrutivo fenômeno natural. O IPCC
afirma que no século XXI a água será o que o petróleo foi no século XX, ou seja, razão para
conflitos e guerras (IPCC, 2014).

O Brasil é considerado o “país da água”, pois possui a maior concentração de água


doce do planeta (12%). Embora a oferta de água seja maior do que a demanda, problemas
ocorrem por mal distribuição dessa água, com 70% concentrados na região Norte, onde há
menor taxa populacional, e somente 6% na região Sudeste com a maior população do país
(Ferreira, 2012; Domingos, 2013). Segundo Rocha (2014), a falta de água nas regiões Nordeste
e Norte e em Minas Gerais ocorre pela falta de chuva, enquanto que em São Paulo, Belo
Horizonte, Porto Alegre e Goiânia pelo adensamento populacional.
A agricultura no Brasil utiliza 4,5 quatrilhões de água por ano, com 60% sendo
desperdício. O IPCC alerta para o fato de que a produção de alimentos em todo mundo poderá
sofrer um impacto dramático, devido à falta de água causada pelas Mudanças Climáticas. Isso
já é possível constatar no Brasil, em que secas e geadas têm arruinado safras.

Calcula-se que com o aumento da temperatura o Brasil terá: - uma redução na


produção de grãos, com perda de R$ 7,4 bilhões em 2020 / 14 bilhões em 2070; - as culturas
de café se deslocarão para o Sul, pois terão pouca chance de sobreviver na região Sudeste; a
cultura de mandioca poderá desaparecer no semi-árido e a soja na região Sul (Deconto, 2008).
Os autores ressaltam, ainda, que na América Latina haverá perda da produtividade e
problemas de segurança alimentar devido à aridificação do semi-árido e savanização do Leste
da Amazônia.

Como soluções para a Agropecuária no Brasil, com redução de impactos ambientais,


tem-se sugerido: - a utilização dos cem milhões de hectares de pastos degradados para
abrigar a expansão agrícola sem desmatamento; - o uso adequado do solo com redução de
fertilizantes, uso do cultivo direto, incremento dos sistemas agroflorestais, agropastoris e
agrossilvopastoris, para que a agricultura passe a ser sumidouro de carbono; - novas técnicas
de cultivo do arroz e no cultivo de gado para redução de emissão de metano; - transformação
dos dejetos animais em biogás; - arborização de cafezais para redução da temperatura e
vento; - substituição da queimada na Amazônia pela trituração da vegetação que pode reduzir
em cinco vezes a emissão de carbono, aumento da produção de cana-de-açúcar para produção
de etanol (Deconto, 2008).

Os Aquíferos, fontes renováveis de água, fornecem água para um quarto dos


habitantes do mundo, sendo que no Brasil existem vinte e sete deles. O uso dos Aquíferos para
o abastecimento de água é uma importante estratégia futura, apesar de suas águas já se
encontrarem contaminadas, especialmente por postos de combustíveis, lixões, efluentes
industriais e poços clandestinos.

O Aquífero Guarani, com 1,2 milhão de km, ocupa quatro países, Brasil (840 mil km),
Paraguai (58,5 mil km), Uruguai (58,5 mil km) e Argentina (255 mil km). Em 2010 os quatro
países estabeleceram um Acordo para seu manejo, pois 15 milhões de pessoas dependem
desse Aquífero (Ribeiro, 2008). No Brasil beneficia oito estados das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste.

Os Oceanos Pacífico, Índico, Atlântico e Ártico somam 70% da superfície do planeta e


concentram 97% da água existente, com 41% altamente impactados pela ação humana. A
proteção dos oceanos é questão de sobrevivência da espécie humana, pois sua saúde afeta o
planeta inteiro. Os Oceanos são objeto de interesse da ecologia, economia, política e âmbito
sociocultural, devido à sua biodiversidade, ao seu estoque de alimento e às suas reservas
minerais. Porém, menos de 1% dos Oceanos é protegido no mundo (Greenpeace, 2008).

Todo potencial contido nos Oceanos é denominado de “Economia Azul”, pois gera
muitos empregos e negócios. As atividades humanas têm provocado, no entanto, vários
problemas aos Oceanos, como a acidificação da água causada por poluentes, morte e
desaparecimento dos recifes de coral, diminuição da biodiversidade (estoques de peixes e
demais espécies marinhas), aumento do nível do mar com erosão costeira e ações prejudiciais
às comunidades litorâneas e aos países-ilhas, pesca excessiva e redução do recurso, poluição
por vazamento de petróleo (Mendonça, 2014; Pensamento Verde, 2014b, c).
O Brasil contém uma das mais extensas costas do mundo, com 9.200 km se forem
consideradas as saliências e reentrâncias, porém somente 1,5% desse litoral é protegido por
APMs e 9% das áreas consideradas prioritárias para conservação já foram concedidas a
companhias petroleiras para exploração. As costas altamente povoadas dos Estados de São
Paulo e Rio de Janeiro concentram a maioria das reservas de petróleo, sendo alvos de
exploração e, consequentemente, de impactos ambientais.

A humanidade tem acelerado em mil vezes a extinção da biodiversidade, com o


desaparecimento de espécies, atualmente, mil vezes mais rápido que se a extinção fosse
provocada por fatores naturais (Araújo, 2014).

A América Latina e o Caribe são considerados cruciais para a saúde do planeta, devido
à biodiversidade encontrada em seus países, em especial no Brasil. A maior parte dos governos
latino-americanos está buscando criar infraestrutura regulatória e financeira para desenvolver
a indústria dos biocombustíveis na região, reduzindo os impactos ambientais. Na liderança, o
Governo Brasileiro tem firmado parcerias de transferência de tecnologia e cooperação na
produção e comercialização de biocombustíveis (Lessa et al., 2009).

A ONU propõe aos países dessas regiões que intensifiquem políticas de preservação e
alcancem modelos de desenvolvimento sustentável para ser possível combater desafios como
a pobreza, a desigualdade social e o desaparecimento de comunidades e povoados.

O espaço degradado influencia na degradação do cotidiano e dos estilos de vida, o que


comprova a relação de reciprocidade entre vida social e o ambiente. A violência é uma questão
que se manifesta como ameaça desterritorializada e generalizada que está presente no
cotidiano social e tem como base relações no plano doméstico ou mesmo no espaço público
(Adorno, 1998). Malecki (2015), através de entrevistas com 2,5 mil habitantes americanos,
distribuídos entre 229 bairros, demonstrou que o aumento da vegetação nas cidades reduz em
10% a ocorrência de depressão, estresse e ansiedade, que pessoas que vivem em espaços
verdes são mais felizes.

SUSTENTABILIDADE

O estilo de desenvolvimento adotado pela humanidade tem sido insustentável, pois


tem se mostrado ecologicamente predatório na utilização dos recursos naturais, socialmente
perverso com geração de pobreza e extrema desigualdade social, politicamente injusto com
concentração e abuso de poder, culturalmente alienado em relação aos seus próprios valores,
eticamente censurável no respeito aos direitos humanos e aos das demais espécies.

A proposta da Sustentabilidade, por sua vez, é: - Ecológica, transformando a visão


antropocêntrica da relação homem-natureza em visão biocêntrica, fundamental para a
manutenção de uma vida sustentável, que respeite as pessoas e o meio ambiente; - Social,
baseada na construção de um processo de desenvolvimento orientado por uma outra visão do
que seja uma sociedade justa; - Econômica, com alocação e gestão eficiente de recursos e por
um fluxo regular de investimentos públicos e privados; - Espacial, com configuração rural-
urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição geográfica da população e das atividades
econômicas; - Política, com a evolução da democracia, construção de espaços públicos
comunitários, maior autonomia dos governos locais e descentralização da gestão de recursos; -
Cultural, com pluralidade de soluções particulares, que respeitem as peculiaridades dos
ecossistemas, das localidades e das culturas (Sachs & Sthoh, 2002; Nascimento, 2012).

Bodnar (2011) considera que a sustentabilidade, nesse contexto, deixa de ser um valor
para ser uma idealidade, para ser um princípio jurídico. Segundo a ONU (MMA, 1992), a
Sustentabilidade não significa apenas usar de forma consciente e eficiente os recursos
naturais, é também a redução dos níveis de pobreza, a criação de emprego e renda, a redução
das desigualdades e da violência e a democratização das informações e decisões.

Para que haja, de fato, um comportamento sustentável e um ecodesenvolvimento, faz-


se necessário combater o anafalbetismo ambiental, com a educação ambiental reorientando
as premissas do agir humano em relação ao meio ambiente, criando um novo paradigma
sócio-político-espiritual-filosófico e econômico de desenvolvimento sine qua non à convivência
fraterna e solidária entre homens e extremamente necessária para a garantia do futuro do
planeta. Campanhas educativas de sensibilização e redução de consumo, promovendo
mudanças de hábitos pessoais, ecólogos envolvidos na estruturação econômica
(Ecoeconomia), atuando de forma a promover o manejo sustentável dos recursos naturais,
beneficiando sua preservação ao mesmo tempo que promove o Ecodesenvolvimento social e
econômico (Soffiati, 2002; Capra, 2008; SMA/CEA, 2008; SMA, 2010; Pensamento Verde,
2014a).

A Governança, entendida como parceria entre governo e sociedade, deve ser


implementada, havendo o empoderamento das pessoas e comunidades, dando poder local e
incrementando processos de descentralização, com a valoração dos movimentos comunitários
e religiosos, associações, ONGs, etc (Siqueira, s/d).

A Justiça Ambiental, em que nenhum grupo, seja ele definido por raça, etnia ou classe
social, deve arcar de maneira desproporcional com as consequências ambientais negativas de
determinada obra, política ou projeto. Segundo PNUD (2015), no Brasil o acesso à justiça é
muito mais desigual que a distribuição de renda, sendo necessário o acesso à justiça para
todos na agenda pós-2015. É urgente a intensificação de políticas públicas de preservação e
modelos de Ecodesenvolvimento para a América Latina e Caribe para combate à pobreza e
desigualdade social.

O incremento no uso de energia renovável/limpa e a busca por tecnologias de


aproveitamento dos recursos hídricos (dessalinização, reúso, etc) devem ser incentivadas,
assim como a aplicação das leis ambientais existentes nas nações que abrigam a floresta
amazônica para mitigação das mudanças climáticas. O planejamento urbano deve responder
aos desafios da moradia e proteger os moradores das mudanças climáticas.

Deve-se buscar a mitigação do efeito estufa na Floresta Amazônica, evitando sua


mortalidade catastrófica prevista para 2080, e a regularização fundiária da Amazônia, para que
não haja comprometimento de futuros projetos de redução das emissões oriundas de
desmatamento e degradação.

Boff (2008) afirma que “estamos diante de um momento crítico da história da terra,
numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro... ou formar uma aliança global
para cuidar da terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da
vida”. Lembra, ainda, que nesse contexto dramático é que surge a espiritualidade, pois só ela
pode trazer um novo modo de ser que poderá nos salvar. É da espiritualidade que nascem
paradigmas civilizacionais capazes de fazer outra história e suscitar a esperança.
CRIAÇÃO E MISSÃO

Diante da atual crise e ciente que o homem é o grande responsável por ela, cabendo a
ele a reversão da mesma, ressalta-se o papel dos cristãos, das igrejas e das instituições cristãs
na conscientização e mudança de conduta da sociedade que promova a qualidade de vida de
todos os seres viventes, desta geração e das futuras.

A teologia cristã testifica que a Terra pertence ao Senhor (Sl 24.1, Jó 41.11), que ela
está repleta de Sua glória (Sl 19.1, Is 6.3), reflete sua bondade e justiça (Sl 50.6, Rm 1.20), bem
como que Ele ordenou ao homem que lavrasse e guardasse o Jardim do Éden (manejo e
proteção), mesmo antes da queda (Gn 2.15). O maior mandamento é amar a Deus, e amá-lO
significa valorizar o que Ele também valoriza (Jo 14.15).

Deus, após ter criado todas as coisas, declarou que tudo era bom e descansou no
sétimo dia, pois havia perfeito equilíbrio na Criação, havia sustentabilidade (Gn.1.31, Gn 2.2).

No entanto, em Gênesis capítulo 3, a Bíblia descreve a Queda do Homem e sua


consequência, mostrando que a partir daquele momento o relacionamento do homem com a
natureza seria à base de fadigas, quebrando-se o equilíbrio que havia e demonstrando que a
Queda não atingia apenas o homem, mas toda a Criação (Gn 3.17). A Criação ficou sujeita à
vaidade humana, à cobiça, não havendo limites nesse relacionamento homem-natureza, que
deixou de ser jardineiro para ser um predador voraz (Rm 8.20-23, Tg 1.14-15, Pv 30.15).

Deus, a partir da Queda, entrou em Missão para derrotar quem promoveu a derrota
do ser humano, para acabar com a degradação causada pela decisão humana, ou seja, para
que Seu plano inicial pudesse ser retomado e todos elementos da Criação pudessem ser
restaurados através de Seu Filho Jesus (Gn 3.15; Cl 1.15-20).

Deus declara que Sua Missão, em Jesus, não é apenas salvar ao homem, mas de
resgate de toda a Criação. Uma Missão Integral, onde nenhum elemento da Criação é deixado
de lado e sem que haja nenhum elemento prioritário, pois todos fazem parte da Missão de
Deus de salvar tudo o que Ele criou.

Romanos 8.20-22 diz “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade,
mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será
libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque
sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”. Se as
dores são de parto, fica claro que o seu destino, assim como da humanidade reconciliada, é de
vida e não de morte, não de destruição no sentido de aniquilação.

Cooperar com Deus em Sua Missão é estar em missão com Ele, é se envolver com tudo
que foi criado e gerado a partir da Criação. Se Deus está trabalhando para que haja um novo
céu e uma nova terra, essa também é nossa missão... Reconciliação não é aniquilação,
portanto, cabe a quem está em Missão com Deus continuar obedecendo Sua ordem de “cuidar
e guardar” do jardim (Harris, 2001; Mazzoni-Viveiros, 2006; Jones, 2008; Bontempo, 2011;
Carriker, 2014).

A Queda cósmica de Gênesis fez com que a humanidade passasse a ter uma relação
com a natureza de predador, de consumista desenfreado, causando desequilíbrios que têm
trazido problemas ambientais que aumentam as tragédias, os desastres, as extinções, a
pobreza, a fome, a morte... Se amamos a Deus, se somos discípulos de Jesus, devemos “andar
no Espírito e não satisfazer as concupiscências da carne” (Gl 5.16), cooperando com a Missão
de Deus no cuidado com o ser humano e com toda Sua Criação (Reis, s/d; Rogers & Kostigen,
2009; Carriker, 2014) .

Cuidar da Criação, de todas as coisas que existem na terra e nos céus, é antes de tudo
uma atitude de adoração e honra ao Criador, é obedecer Sua ordenança (Is 11.1-9, 1 Sm
15.22b). O destino e o bem-estar da Criação estão entrelaçados com o destino do homem e,
por isso, Deus nos desafia a uma vida simples e comunitária, pois conforme afirma o Teólogo
Dietrich Bonhoeffer, “a igreja só é igreja quando existe para os outros”.

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