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PATOS DE MINAS - MG
2023
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3 - 4
REFERENCIALTEÓRICO.................................................................................................9 - 13
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.................................................................................13 - 19
ANÁLISES EM LABORATÓRIO........................................................................................29
RESULTADOS E CONCLUSÃO........................................................................................ 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................31 – 33
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INTRODUÇÃO
necessários ao bezerro de corte vem de outras fontes que não o leite materno (LEAL &
FREITAS, 1982).
A soja micronizada é uma fonte de proteína alternativa, já que possui em torno de
39% de proteína bruta, além de representar uma fonte de energia, devido ao seu conteúdo
lipídico, que chega a 21,5% (ROSTAGNO et. al, 2011). Este maior conteúdo energético,
principalmente devido à presença do óleo, torna a soja micronizada interessante na formulação
de dietas que tem como objetivo fornecer o máximo de energia por quilograma de ração.
(NEWKIRK, 2010). A redução do ingrediente a partículas muito pequenas, proporcionada pela
micronização, tem efeito sobre sua solubilidade, assim, a ação de enzimas digestivas é
facilitada, bem como a utilização dos nutrientes pelo organismo animal, melhorando,
consequentemente, o desempenho animal (MENDES et. al, 2004; SILVA et. al,2009).
A presente pesquisa teve por intento desenvolver, calcular, formular e elaborar uma
ração comercial destinada à bovinos em fase de cria, ainda junto da matriz, que contenha como
principal ingrediente o farelo de soja micronizada, para uso em creep feeding.
aplicado na dieta de bezerros e suínos na fase de aleitamento. Possui em média, 38% de proteína
bruta, 15,65% de FDN, 3,95% de FDA e 21,87% de gordura A farinha de soja micronizada
possui coloração amarelo, aparência de pó fino e boa diluição (ROSTAGNO, 2000).
O preparamento do grão de soja integral a partir da micronização, torna os fatores
antigênicos da soja eliminados e o grão fica menor, facilitando a absorção dos nutrientes pelo
animal, e desta forma, favorecendo o desempenho nesta fase antes do desmame do bezerro
(OLIVEIRA et. al, 2012; BRANCO et. al., 2006).
Por outro lado, de um modo geral cabe aos fazendeiros disponibilizar uma ração a
esses animais que seja de boa qualidade, palavra essa que contém várias abordagens conceituais
utilizadas para mencionar o termo, e em geral todas confluem para o ajuste do produto à
demanda que irá satisfazer. O conceito técnico capaz de definir qualidade é a capacidade e
características de um produto que dão suporte à sua capacidade de satisfazer requisitos
especificados nutricionalmente ou desprovimentos implícitos (PALADINI, 2008).
Segundo a Lei nº 6.198, de 26 de dezembro de 1974 a qual dispõe sobre a inspeção
e a fiscalização obrigatórias dos produtos destinados à alimentação animal; dentre elas o
Aspectos industriais o Aspectos bromatológicos o Aspectos higiênico-sanitários. Introduzindo
um pouco mais sobre os Aspectos bromatológicos, cabe ressaltar para que a soja tenha
excelência em sua qualidade é necessário dar uma atenção maior a escolha do terreno o qual é
essencial para o sucesso do empreendimento agrícola. Assim, é importante: Não cultivar a soja
em solos com menos de 15% de argila, dando preferência para solos com textura média (30%
a 35% de argila) ou argilosa, bem drenados, com boa capacidade de retenção de água e com
profundidade efetiva acima de 1,0 m. Solos rasos possuem menor capacidade de
armazenamento de água e em condições de chuvas excessivas podem apresentar problemas de
drenagem. É necessário também, um devido cuidado em relação a temperatura ideal para o
desenvolvimento da soja, já que, o solo deve estar entre 20ºC e 30ºC. Sob temperaturas menores
ou iguais a 10ºC ou temperaturas acima de 40ºC, a soja sofre redução de crescimento ou
distúrbios na floração e diminuição na capacidade de retenção de vagens (EMBRAPA, 2005).
Cabe destacar também que, as práticas de conservação do solo e da água podem
contribuir para diminuir as perdas por erosão, o assoreamento e a contaminação, por pesticidas
e fertilizantes, de rios e represas (corpos de água), além de proporcionar condições para um
melhor desempenho da soja. Essas práticas consistem em procedimentos como: prevenir o
processo de erosão, utilizar, preferencialmente, o plantio direto; utilizar sistemas de rotação de
culturas com a soja, visando a produção de resíduos vegetais para a proteção do solo, a
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REFERENCIAL TEÓRICO
média. Esse aumento permitiu que o Brasil se tornasse um importante participante no mercado
global de produtos agroindustriais de soja (LAZZAROTTO & HIRAKURI; CONAB, 2010). A
cultura da soja, originária da China, iniciou-se no sul do país e a partir da década de 1980
ganhou o Cerrado graças ao desenvolvimento de cultivares adaptadas para esse bioma. Os
avanços científicos em tecnologias de manejo de solos, incluindo técnicas de correção da
acidez, o processo de inoculação das sementes para a fixação biológica do transmissor e a
adubação balanceada com macronutrientes e micronutrientes, permitiram a cultura expressar a
sua potencialidade nas diversas condições edafoclimáticas do território brasileiro. Desde a
implantação da cultura da soja no Brasil, o manejo integrado de pragas desempenhou um papel
crucial em sua expansão, ao controlar os insetos que causam danos respiratórios. Além disso, é
digno de nota a introdução do uso de fungicidas a partir dos anos 90 para combater as principais
doenças, tornando-se duas tecnologias de grande importância desde o tratamento inicial das
sementes.
O setor de máquinas e implementos agrícolas também avançou de forma expressiva
nesse período, promovendo a modernização e aperfeiçoamento das operações de cultivo,
tornando-as mais eficientes. Além disso, a adoção de biotecnologia com sementes transgênicas
de soja resistente ao herbicida Roundup Ready (RR) da Monsanto, já atinge mais de 70% da
área cultivada com soja no Brasil (VENCATO et al., 2010). A soja Round up Ready (RR) da
Monsanto foi a primeira planta transgênica a ser aprovada pela Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio) para alimentação humana e animal e para cultivo no Brasil, no ano
de 1998. Entretanto, vale ressaltar, que o seu cultivo comercial só foi liberado efetivamente a
partir da safra 2006/07, após proibição ainda no ano de 1998 em virtude da alegação da
inexistência de estudos sobre impacto ambiental e de normas de segurança.
O farelo de soja pode ser uma opção econômica viável para o desmame precoce
devido à sua alta qualidade proteica e conteúdo energético elevado. No entanto, a soja crua
precisa ser processada antes de ser utilizada na alimentação de bezerros, a fim de inativar os
fatores antinutricionais presentes. Um processo de baixo custo chamado micronização é capaz
de melhorar a digestibilidade da soja, além de reduzir os componentes tolerados, como a
antitripsina. Esse método envolve o tratamento térmico da soja e a redução dos grãos em
partículas menores, aumentando a solubilidade da farinha e facilitando a assimilação de
nutrientes.
A micronização da soja é eficiente na inativação dos fatores antinutricionais e na
melhoria da digestibilidade, superando os tratamentos de expansão e extrusão (OLIVEIRA et.
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al, 2012; MENDES, et. al, 2004). Entretanto, os processamentos da soja não conseguem
inativar ou eliminar os polissacarídeos não amiláceos (PNAs), que são constituídos em
monossacarídeos ou açúcares simples unidos por uma ligação glicosídica específica e têm um
efeito negativo na digestibilidade e no desempenho (BRANCO et. al, 2006).
Ao utilizar enzimas exógenas na alimentação, é viável desfazer as ligações dos
PNAs mencionados, o que resulta em uma melhora na digestão ao reduzir a transferência dos
alimentos no sistema digestivo. A enzima b-mananase é produzida pela fermentação do Bacillus
lentus e desempenha um papel crucial na hidrólise dos b-mananos. Dietas com altos níveis de
b-mananos podem levar à redução da retenção de refeições, assim como à absorção de gordura
e energia metabolizável (SILVA JÚNIOR et. al, 2009; KRATZER et. al, 1967).
No Brasil a pecuária de corte sempre foi caracterizada pelo atraso, resistência às
inovações tecnológicas e gestão arcaica, e isto, ao longo de muitas décadas, marcou
negativamente a atividade. Entretanto, a bovinocultura de corte se contrapõe intensamente a
essa situação e passa a usar inovações importantes na gestão e uso de tecnologias
(BARCELLOS et. al, 2004). Com a alta demanda na cadeia produtiva de carne, o Brasil precisa
produzir animais de qualidade e em grande número, e isto, só se tornou possível com o avanço
das biotecnias de reprodução e através destas é possível fazer com que a meta imposta pelo
mercado seja atingida (SOUSA FILHO et. al, 2008).
Com a alta demanda na cadeia produtiva de carne, o Brasil precisa produzir animais
de qualidade e em grande número, e isto, só se tornou possível com o avanço das biotecnias de
reprodução e através destas é possível fazer com que a meta imposta pelo mercado seja atingida
(SOUSA FILHO et. Al, 2008).
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Revisão de literatura X X
Preparo da ração X
Análises laboratoriais X
Apresentação X
Tabela 1. Calendário de atividades.
A pesquisa bibliográfica foi feita pelo grupo com objetivo de conhecer melhor as
propriedades dos ingredientes – principalmente a soja micronizada e seu processamento, – as
normas de rotulagem e fabricação de rações e o funcionamento do sistema de cocho privativo.
Foram usadas fontes científicas de literatura para esta consulta e feita uma revisão literária.
A escolha da embalagem foi baseada nos produtos semelhantes disponíveis no
mercado atual, logo, optou-se pelo saco de ráfia. Foi feito sob encomenda uma embalagem
menor, de apenas 1 quilograma, peso da amostra fabricada para apresentação. A rotulagem foi
feita em conjunto baseando-se nas normativas vigentes, constando: nome comercial do produto,
indicação, modo de usar, ingredientes presentes, possíveis substitutos, modo de conservação,
níveis de garantia baseados na formulação, informações do fabricante, data de fabricação e
validade, selos obrigatórios (uso de transgênicos e selo de inspeção do Ministério da Agricultura
e Pecuária).
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a entrada do ar quente e apressar a secagem. Para cada amostra deve-se fazer pelo menos duas
determinações, paralelamente, para a comparação entre os pesos das amostras. Ao término de
dois a três dias, retira-se o material da estufa, deixando-o esfriar sobre balcões ou mesa do
laboratório durante uma hora, ou seja, até que a umidade da amostra entre em equilíbrio com a
umidade do ar, fazendo-se, a seguir, a pesagem. Chamamos esse procedimento de amostra seca
ao ar (ASA). A seguir, faz-se a moagem final guardando a amostra em vidros fechados com
tampas de polietileno, para a determinação das análises subsequentes. Para análises mais
aprimoradas como a de aminoácidos e de ácidos graxos, por exemplo, são necessários processos
especiais de secagem para preservar a verdadeira forma química dos componentes.
Dentre esses processos destacam-se a secagem a vácuo com ou sem elevação de
temperatura e a secagem pelo frio (liofilização). A ocorrência de compostos voláteis, como a
amônia, encontrada em silagens e cama de galinheiro, exige cuidados especiais durante a
secagem da amostra; a pré-secagem não deve ser superior a 55ºC, e, em muitos casos, as
determinações devem ser feitas no material natural.
Material necessário
a) Saco de papel perfurado (5 kg) ou bandejas metálicas;
b) Estufa de secagem de ar forçado (Temperatura = 65ºC);
c) Estufa de esterilização (Temperatura = 105ºC);
d) Balança analítica com precisão mais ou menos 0,1 mg;
e) Moinho Wiley (peneira de 1 mm) de facas;
f) Redutor de Jones
Procedimento
a) Tarar o saco de papel; 28 Métodos de análises bromatológicos de alimentos:
Métodos físicos, químicos e bromatológicos
b) Pesar a amostra, cerca de 250 g por repetição (modificação implantada no
Laboratório de Bromatológia e Nutrição Animal);
c) Colocar em estufa de ar forçado a 60ºC+ 5ºC por 48 a 72 horas, a depender de
estágio de secagem da mesma;
d) Retirar da estufa e deixar por 1 hora em contato com a temperatura ambiente;
e) Pesar e fazer as devidas anotações das amostras, anotando-se o peso em ficha;
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Material necessário
a) Cápsula metálica ou porcelana (cadinho);
b) Estufa de secagem e esterilização (Temperatura = 105ºC);
c) Dessecador a vácuo, com luva, tampa e fundo, em vidro borossilicato,
equipado com placa de porcelana e sílica gel azul;
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Procedimento
a) Colocam-se as cápsulas metálicas ou cadinhos de porcelana em estufa para secar
durante 12 horas, a uma temperatura de 105ºC;
b) Retiram-se as cápsulas metálicas ou cadinhos de porcelana da estufa e coloca-se
em dessecador, para esfriar por 1 hora
c) Retiram-se as cápsulas metálicas ou cadinhos de porcelanas do dessecador (uma
a uma), tara-se e anota-se o peso em ficha adequada;
d) Pesa-se de 2,500 g a 2,510 g da amostra
e) Coloca-se em estufa para secar a 105ºC por 4 horas (podendo se deixar de um
dia para o outro);
f) Retira-se da estufa a cápsula metálica ou porcelana (cadinho), e colocase em
dessecador para esfriar durante 1 hora;
g) Pesam-se as amostras, anotando-se o peso em ficha
Material necessário
a) Cápsula de porcelana;
b) Forno de mufla com controlador de temperatura;
c) Dessecador a vácuo, com luva, tampa e fundo, em vidro borossilicato, equipado
com placa de porcelana e sílica gel azul;
d) Balança analítica com precisão mais ou menos 0,1 mg;
e) Bandeja de alumínio;
f) Pinças.
Procedimento
CÁLCULO FINAL
GRANULOMETRIA:
É o ramo da física que estuda a forma e o tamanho das partículas sólidas, tendo
como objetivo dividir essas partículas em grupos pelas suas dimensões (frações) e determinar
suas proporções relativas ao peso total da amostra.
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Amostra 1
Peso do cadinho: 1654,79
Peso do cadinho com a amostra: 1815,99
Peso final da amostra: 161,10
DGM = 950 µm
DPG = 2,14
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Amostra 2
Peso do cadinho: 1582,65
Peso do cadinho com amostra: 1768,66
Peso final da amostra: 186,10
DGM = 937 µm
DPG = 2,05
Amostra 3
Peso do cadinho: 1531,77
Peso do cadinho com amostra: 1707,27
Peso final da amostra: 175,50
DGM = 897 µm
DPG = 2,08
ANÁLISES EM LABORATÓRIO
No primeiro dia para análise de granulometria foi feita a mistura da amostra sobre
a bancada e posteriormente separadas em três partes para serem colocadas em cada cadinho.
Pesamos as amostras e levamos para o agitador. Porém na segunda amostra foi encontrado um
erro logo depois de ser retirada ( derramamento externo) do agitador e pesada, sendo incapaz
de obter um resultado de precisão sobre a amostra.
Remarcamos um horário no laboratório de solos para refazer novamente as análises
das amostras, seguimos o passo a passo até serem levadas no agitador e em seguidas pesadas
as peneiras com cada amostra desejada. Selecionamos as pesagens das peneiras juntamente das
amostras e jogamos no aplicativo GRANUCALC onde obtivemos o resultado mais preciso afim
de concluir nossa analise de granulometria da ração. A apresentação dos processos realizados,
resultados obtidos e discussão deram realizados em sala de aula no dia 15 de junho de 2023.
RESULTADOS E CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VENCATO, A. Z., et al. Anuário Brasileiro da Soja 2010. Santa Cruz do Sul. RS:
Grupo Gazeta. Ed. Gazeta Santa Cruz, p. 144, 2010.
VIRTALA, A. M. K.; MECHOR, G. D.; GRÖHN, Y. T.; ERB, H. N. The effect of
calfhood diseases on growth of female dairy calves during the first 3 months of life in New
York state. Journal of Dairy Science, v. 79, p.1040-1049, 1996.