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PROPÓSITO
Compreender os desafios do desenvolvimento sustentável mediante a identificação do meio
ambiente como problema ou oportunidade para os negócios a partir do histórico desse
desenvolvimento e dos instrumentos de diagnóstico social e ambiental aplicáveis a diversos
segmentos empresariais.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
É um consenso que sustentável, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável são
termos consagrados e oportunos em nível global. No entanto, os significados advindos dessas
expressões variam em função de perspectivas e associações relativas tanto a contextos
internos e externos quanto a necessidades, expectativas, interesses e conflitos das partes
interessadas (stakeholders) envolvidas.
Até em função disso, essas questões, para algumas dessas partes interessadas, podem se
transformar em problemas ou oportunidades nesse cenário de alta competitividade.
Ao longo dos últimos anos, vêm sendo desenvolvidos e aplicados diversos modelos e
instrumentos de diagnóstico de gestão social e ambiental pertinentes a diversos segmentos
empresariais. Tais modelos e instrumentos incluem, por exemplo, certificações voluntárias,
como ISO 14001, ISO 50001, ISO 26000, SA 8000, NBR 16001 e AA 1000; modelos mais
específicos desenvolvidos por outros tipos de organizações, como o balanço social, ou pelo
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); e, por fim, modelos internacionais de
financiamentos, como os Princípios do Equador e o International Finance Corporation (IFC),
que são instituições globais que oferecem serviços de investimento, consultoria e
administração de ativos para incentivar o desenvolvimento do setor privado em países menos
desenvolvidos.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL,
SUSTENTABILIDADE E SUSTENTÁVEL
Mas, afinal, de onde surgiram as primeiras definições sobre sustentabilidade?
Na primeira metade do século XVIII, a ideia de rendimento sustentado chegou à vários países
da Europa, mais especificamente à Dinamarca, à Noruega, à Rússia e à França. Em
sequência, a evolução do processo de civilização ocidental atingiu o seu ápice entre 1750 e
1900. Nesse período, consolidou-se o desenvolvimento em conjunto com a ciência, sendo
atribuído a ela o domínio da natureza. Entretanto, já no final desse século (1798), surgiram, em
um primeiro momento, os efeitos negativos advindos da Revolução Industrial, como o
desemprego, a pobreza e as doenças.
(BROWN, 1981)
Pela abrangência de sociedade, não devemos considerar apenas a civilização humana, e sim a
consolidação complexa de aspectos ambientais, sociais e econômicos em busca de seu
equilíbrio.
MARCOS HISTÓRICOS
Dando sequência à evolução anteriormente descrita, verificamos que esses conceitos foram
utilizados, em 1987, no Relatório Brundtland. Intitulado Nosso futuro comum, ele ofereceu uma
definição para a expressão desenvolvimento sustentável. Esse relatório é seguramente uma
das principais referências nos debates sobre esse desenvolvimento.
Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, ele compôs
uma série de iniciativas anteriores à Agenda 21 que reafirmavam a visão crítica do modelo de
desenvolvimento adotado pelos países industrializados e em desenvolvimento. O Relatório
Brundtland ainda ressaltava as ameaças e os riscos decorrentes do uso excessivo dos
recursos naturais caso uma capacidade de resposta e suporte dos ecossistemas não fosse
levada em consideração.
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland (2018), uma série de medidas deve ser tomada
pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas, destacam-se as
seguintes:
AGENDA 21
A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 (ou Rio-92) ocorrida
no Rio de Janeiro em 1992. Trata-se de um documento que estabelecia a importância de
cada país se comprometer a refletir global e localmente sobre a forma pela qual
governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade
poderiam cooperar no estudo de possíveis soluções para os problemas socioambientais.
Cada país desenvolve a sua Agenda 21; no Brasil, as discussões são coordenadas pela
Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e pela Agenda 21
Nacional.
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Limitação do crescimento populacional.
Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias
ecologicamente adaptadas.
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Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento
(órgãos e instituições internacionais de financiamento).
Apesar de essa conceituação ser clara, nos últimos tempos, tem se proliferado globalmente um
estado de inquietação pública diante das revelações sobre as condições reais do meio
ambiente e das enormes desigualdades sociais geradas pelos modelos econômicos e de
produção convencionais.
De um tempo para cá, a sociedade passou a lidar com preocupações que não existiam em
outras épocas. Entre elas, podemos citar a proteção ecológica, a defesa do consumidor, a
qualidade dos produtos/serviços, o respeito às práticas trabalhistas e aos direitos humanos,
além de outras questões sociais.
Pautado na função econômica como geradora de lucros, salários e impostos, o papel social da
organização já não é suficiente para nortear os negócios diante dos novos valores requeridos
pela sociedade e pelas demais partes interessadas.
Ela fez com que as organizações passassem por reivindicações pertinentes a mudanças em
suas práticas e comportamentos.
Sob a ótica ambiental, essas práticas de governança e gestão levaram à adoção, por exemplo,
de P+L (produção mais limpa), que também é conhecida como ecoeficiência; ecodesign de
produtos; contabilidade e valoração ambiental; avaliação de origem (cadeia de custódia) e
composição da matéria-prima; análise de alternativas de produtos recicláveis ou de menor
impacto ambiental; e desenvolvimento de provedores externos (fornecedores e distribuidores)
ambientalmente responsáveis.
Já certas questões e aspectos sociais passaram a ser considerados de forma mais diligente e
apropriada. Isso ocorreu, por exemplo, na não contratação de mão de obra infantil; na
utilização de campanha de mídia relacionada a questões corporativas e responsáveis de
interesse público; no respeito aos direitos humanos e à diversidade étnico-racial e religiosa no
ambiente organizacional; na ética empresarial; na definição de diretrizes contra qualquer tipo
de assédio; e no compromisso pela recolocação de trabalhadores demitidos.
RESPOSTA
RESPOSTA
... Segundo Savitz (2007), “gera lucro para os acionistas (shareholders) ao mesmo tempo
que protege o meio ambiente e melhora a vida das pessoas com quem mantém
relações”.
Essas novas práticas de conduta e governança por parte das organizações contribui para a
superação das crises sociais e ambientais. Dessa forma, gera-se o consenso de que a conduta
socioambiental responsável é a forma pela qual as organizações buscam o desenvolvimento
sustentável combinado da sociedade e do próprio negócio, proporcionando, com isso,
benefícios para as partes interessadas (stakeholders), como, por exemplo, uma melhor
qualidade de vida e acesso a benefícios por parte dos empregados, clientes, parceiros de
negócios e comunidades em que atuam.
Gestão responsável
Gestão sustentável
Gestão responsável e sustentável
Neste vídeo, entenderemos como o meio ambiente constitui, de fato, uma oportunidade para os
negócios – e não um problema – no contexto de uma sustentabilidade aliada à alta
competitividade requerida.
ONDAS DE INOVAÇÃO NO CONCEITO DE
SUSTENTABILIDADE
Fonte: Arthimedes/shutterstock
Alguns autores afirmam que a próxima onda da inovação estará apoiada no conceito e nas
práticas do desenvolvimento sustentável, sendo ainda incrementada pela melhoria do
desempenho produtivo e pela redução dos impactos ambientais. Pautam essa nova onda
questões estudadas na ciência dos materiais, na química verde, na nanotecnologia e no
biomimetismo.
QUÍMICA VERDE
Ciência relacionada ao meio ambiente, a química verde foi introduzida nos EUA por Mark
Harrison, um cientista da Universidade de Lehigh. Essa ciência basicamente trabalha
com o conceito de que os elementos químicos não podem degradar a natureza.
NANOTECNOLOGIA
Ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria em uma escala atômica e
molecular, lidando com estruturas entre 1 e 1.000 nanômetros. Ela pode ser utilizada em
diferentes áreas, como medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química,
biologia e engenharia dos materiais.
BIOMIMETISMO
A biomimética é uma área da ciência cujo objetivo é o estudo das estruturas biológicas e
das suas funções, procurando aprender com a natureza suas estratégias e soluções para
utilizar esse conhecimento em diferentes domínios científicos.
ATENÇÃO
Observamos nela que, apesar de diversas inovações tecnológicas terem sido percebidas
desde 1795, somente a partir da sexta onda, no século XXI, se passou a considerar, de forma
efetiva, questões relacionadas à sustentabilidade, como, por exemplo, a ciência dos materiais,
a química verde e a nanotecnologia, energias renováveis.
(NIELSEN, 2019)
Com base no resultado da pesquisa e em tudo que foi apresentado ao longo deste tema, fica
claro e evidente que o desenvolvimento sustentável, por meio de seus conceitos e práticas,
pode – e deve – ser considerado uma oportunidade para os negócios nesse contexto de alta
competitividade, e nunca como um problema que atrasa ou dificulta o desenvolvimento
ambientalmente responsável, socialmente justo e economicamente viável.
Fonte: Rawpixel.com/shutterstock
Considerada a grande questão que pauta as discussões centrais no mundo corporativo e com
o potencial de afetar a economia das nações, esta recente prática de governança refere-se aos
três temas centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento em
uma organização ou um negócio. Monitorar tais parâmetros permite a determinação do
desempenho financeiro futuro das empresas, possibilitando ainda as mensurações de retorno
sobre o investimento e seus riscos associados.
Vale ressaltar o papel relevante desempenhado pelas instituições financeiras (IFI) nesse
processo, tendo o BID e demais processos conduzidos com base nos Princípios do Equador e
na International Finance Corporation (IFC) como exemplos significativos.
Em situações nas quais os custos implicados na gestão dos problemas socioambientais são
elevados, existe a possibilidade de a relação custo-benefício geral do projeto/empreendimento
ser considerada inaceitável por não atender aos requisitos financeiros estipulados.
Por fim, fica evidente que a prática de governança ESG veio para ficar; portanto, as
organizações deverão incorporar cada vez mais as questões socioambientais em suas
decisões estratégicas a fim de se manterem competitivas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Análise de ciclo de vida (ACV); economia circular (EC); balanço social e ISO 26000 —
diretrizes sobre responsabilidade social.
B) ISO 14001 — sistema de gestão ambiental; química verde; SA 8000 — sistema de gestão
de responsabilidade social.
GABARITO
1. Assinale a alternativa que indica algumas das medidas estabelecidas pelo Relatório da
Comissão Brundtland. Emitido em 1987, ele é considerado um dos marcos mais
importantes do desenvolvimento sustentável.
A alternativa A caracteriza exatamente práticas antigas e não mais recomendadas, pois elas
são ações reativas que não combinam bem as três dimensões que compõem a
sustentabilidade (ambiental, social e econômica). As demais alternativas mostram benefícios
alcançados pela prática adequada da governança corporativa.
MÓDULO 2
MOTIVAÇÕES INICIAIS
Desde as últimas décadas, as intenções e os discursos das organizações relacionadas ao
presente e ao futuro vêm enfatizando a necessidade tanto de agir quanto de demonstrar as
práticas e os resultados pertinentes à sustentabilidade. Como resultado disso, houve um
aumento do engajamento das organizações nacionais e internacionais nesse assunto,
refletindo, assim, sua relevância graças à substituição de modelos de gestão tradicionais por
outros que reconheçam políticas e práticas socioambientais – e sem deixar de se preocupar
com os resultados econômicos e financeiros das organizações.
Nessa linha, as organizações passaram a enxergar seus negócios de forma mais ampla,
contemplando os principais temas globais em suas práticas de governança e políticas de
gestão.
Redução de resíduos.
Assegurar uma boa integração entre toda a cadeia produtiva por intermédio da conciliação de
processos, da coordenação de decisões e da garantia de que tanto os recursos quanto as
responsabilidades e as atividades se tornem solidários a fornecedores, prestadores de serviços
e outros componentes da cadeia é cada vez mais significativo para:
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Garantir consistência, transparência e credibilidade às ações implementadas.
Incrementar a eficiência, eficácia e a produtividade.
Existe o prognóstico de que, em uma projeção temporal próxima, as cadeias produtivas já terão
superado as conexões clássicas. Conhecida como simbiose industrial, essa abordagem tem o
propósito de internalizar suas externalidades por meio de um fluxo de materiais e energia.
Essas novas redes simbióticas poderão se transformar em modelos para reduzir a carga
ambiental do homem sobre o planeta de forma substancial. Além disso, elas poderão propiciar
uma sinergia industrial e oportunizar a colaboração entre novas áreas e potenciais
oportunidades de negócio.
Além do viés econômico e do negócio, pesquisas revelam que as razões para a adoção de
práticas socioambientais não se limitam às exigências de legislação. Na verdade, elas estão
ligadas principalmente às seguintes questões:
A normalização pode ser definida como a organização sistemática das atividades pela
aplicação de regras comuns. Esse processo ganhou importância a partir da Revolução
Industrial, pois, em decorrência da transformação da produção artesanal em uma fabricação de
grandes lotes de forma seriada, foi necessária a utilização de normas que permitissem a
produção de peças intercambiáveis.
Com base nessa definição, podemos separar as normas por tipos e relacioná-los ao
contexto do nosso tema. Assim sendo, as que definem regras são conhecidas como
certificáveis ou contratuais, contendo cláusulas (também chamadas de requisitos). Tais normas
permitem, entre outras aplicações, que as organizações busquem certificações ou que façam
as próprias declarações em conformidade com os requisitos delas.
ISO
Isso tende a facilitar a comercialidade de bens e serviços entre países, pois, se os produtos e
serviços de um grupo de países seguirem os mesmos padrões, não haverá barreiras técnicas
que impeçam sua comercialização naquele grupo. Por outro lado, a adoção de normas e
padrões específicos ou mais rígidos por parte de nações também pode dificultar a
comercialização, gerando, assim, uma proteção em relação aos produtos do mercado externo.
EXEMPLOS DE INSTRUMENTOS DE
DIAGNÓSTICO DE GESTÃO SOCIAL E
AMBIENTAL
A partir da revisão de 2015, essa norma passou a incorporar requisitos mais abrangentes e
diretamente relacionados ao negócio, contemplando questões estratégicas com contexto
interno e externo, necessidades e expectativas de partes interessadas e ações para abordar
riscos e oportunidades. Em certa medida, essa nova abordagem aproxima o sistema de gestão
de qualidade das questões socioambientais, especialmente quando se destacam os riscos e as
oportunidades associados a contextos interno e externo.
Na área socioambiental, vem se desenvolvendo, nos últimos anos, muitos padrões, normas e
certificações relativos a diversos temas e suas especificidades, como as ambientais, sociais,
de gestão com stakeholders e de local de trabalho.
Neste vídeo, falaremos sobre os instrumentos de diagnóstico de gestão social e ambiental,
além da aplicabilidade deles a diversos segmentos empresariais e suas interfaces.
Emitida inicialmente em 1996 e revisada em 2004, a norma ISO 14001 se encontra atualmente
na versão atualizada 2015. Tendo como estrutura básica o ciclo PDCA (planejar ‒ executar ‒
verificar ‒ atuar) e contemplando requisitos mais estratégicos relacionados ao negócio, ela
pode ser utilizada tanto para a certificação de uma terceira parte quanto para que as
organizações implementem seus requisitos e se declarem em conformidade com eles
(autodeclaração).
A figura a seguir mostra como a estrutura apresentada nessa norma está integrada ao ciclo
PDCA, o que pode ajudar os usuários novos ou existentes a entenderem a importância de uma
abordagem de sistemas.
Fonte: (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015)
Ciclo PDCA da ISO 14001.
São definidos nesse ciclo os critérios (requisitos) para um sistema de gestão ambiental, sendo
delineada a estrutura que a organização pode seguir para estabelecer um sistema de gestão
ambiental eficaz. Ele é concebido para ser aplicado em qualquer tipo de organização
independentemente de:
Atividade ou setor;
Isso pode garantir aos gestores e colaboradores da empresa e aos stakeholders externos que
o impacto ambiental é monitorado e melhorado. De acordo com informação disponibilizada no
site da ISO (2020), existem atualmente mais de 300.000 certificações ISO 14001 em 171
países ao redor do mundo.
Fonte: mentatdgt/Shutterstock
Fonte: petrmalinak/Shutterstock
Norma certificável que também permite autodeclaração, a ISO 50001 está na sua versão 2018.
Ela possui os requisitos para estabelecer, implementar, manter e melhorar um sistema de
gestão da energia (SGE).
Fonte: GoMixer/Shutterstock
O resultado pretendido é permitir que uma organização siga uma abordagem sistemática para
alcançar a melhoria contínua do desempenho energético e do SGE. Vale destacar que o tema
energia é bem central e engloba questões extremamente relevantes e associadas aos temas
socioambientais.
Espera-se que uma adequada implementação do SGE por essa norma gere a melhoria da
competitividade e as reduções das emissões de gases de efeito estufa, do custo de energia e
de outros impactos ambientais associados por meio de gestão sistemática da energia.
Ainda pelo fato de utilizar recursos ambientais, os atores econômicos vêm buscando padrões
para investimento no uso sustentável da energia, incluindo seu ciclo de vida desde a busca
por matérias-primas ambientalmente mais responsáveis, passando pelo processo de
geração e transmissão e chegando até ao consumo final da energia gerada. Com isso, eles
buscam a melhoria do desempenho energético na racionalização dos recursos naturais
explorados, na redução do consumo e em sua otimização.
Porém, baseado nos altos preços vinculados à sua produção em um mercado sensível e
instável, implantar uma gestão de energia mostra ser uma boa solução para as organizações
que queiram se manter competitivas, aliando suas práticas a ações mais sustentáveis.
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Eficiência energética;
Consumo consciente;
Produção renovável;
Por se tratar de uma norma de diretrizes, ela não pode ser usada para fins de certificação ou
de autodeclaração. A norma ISO 26000 fornece orientações para todos os tipos de
organizações independentemente de porte ou localização, de modelo de negócio, se ela é
pública ou privada, se possui operações em países desenvolvidos ou em desenvolvimento etc.
Fonte: GoMixer/Shutterstock
A norma está estruturada com base nos seguintes temas centrais: direitos humanos, práticas
trabalhistas, meio ambiente, práticas leais de operação, questões relativas ao consumidor e
envolvimento com a comunidade e seu desenvolvimento. Estabelecendo questões referentes à
responsabilidade social, ela busca a obtenção de:
Comunicação de compromissos, de desempenho e outras informações referentes à
responsabilidade social.
Mostraremos a seguir a visão geral esquemática da ISO 26000. Nela, podemos observar a
estrutura em seções e os temas centrais considerados fundamentais para o desdobramento
das diretrizes de responsabilidade social:
A ênfase inicial da responsabilidade social era direcionada para atividades filantrópicas, como
doações a instituições beneficentes. Entretanto, temas como práticas trabalhistas e práticas
leais de operação já existem há mais de um século. Outros tópicos, como os direitos humanos,
o meio ambiente, o combate à corrupção e a defesa do consumidor, foram acrescidos ao longo
do tempo à medida que demandavam mais importância.
Capacidade de atração e
Obtenção de
retenção de trabalhadores ou
vantagem Melhoria da reputação.
membros, clientes, clientes e
competitiva.
usuários.
Percepção dos
Relações com organizações,
Manutenção da investidores, dos
governos (órgãos
moral dos acionistas
regulamentadores), mídia,
funcionários, (shareholders), dos
provedores eternos, pares,
comprometimento, proprietários, dos
clientes, sindicatos, órgãos
engajamento e mantenedores, dos
representativos do setor e a
produtividade. patrocinadores e da
comunidade na qual se opera.
comunidade financeira.
Diferentemente da ISO 26000 (e na mesma linha da ISO 14001 e da ISO 50001), as normas
NBR 16001, SA 8000 e AA 1000 são certificáveis e podem ser utilizadas para fins de
certificação e estão estruturadas com base no ciclo PDCA.
Fonte: ananaline/Shutterstock
Ela o faz tendo por base um elemento referente ao sistema de gestão que impulsiona a
melhoria contínua em todos os domínios da norma. São estes os seus elementos:
Trabalho infantil;
Discriminação;
Práticas disciplinares;
Horário de trabalho;
Remuneração;
Sistema de gestão.
Ela inclui a avaliação da extensão em que uma organização aderiu aos princípios de
inclusividade, materialidade e capacidade de resposta da accountability. Também pode incluir
uma avaliação da confiabilidade de certos elementos de sustentabilidade e informações de
desempenho, como emissões de carbono ou dados de saúde e segurança.
ATENÇÃO
Um dos conceitos básicos para a AA1000 é saber que a informação é realmente importante
para a capacidade da organização de criar valor privado e público – e não apenas se as
informações forem precisas. No entanto, essa garantia tem seus limites. A declaração de
garantia não fornece uma opinião sobre o fato de a empresa estar tendo um bom desempenho
em sustentabilidade. Isso não significa que todas as questões importantes para todas as partes
interessadas sejam relatadas. Isso tampouco fornece uma garantia absoluta de que tudo está
correto; afinal, isso seria muito demorado (e, em alguns casos, impossível).
OUTROS MODELOS NÃO ASSOCIADOS A
NORMAS ESPECÍFICAS
O balanço social é uma excelente forma de demonstrar essas ações corporativas tanto para os
stakeholders (público interno, clientes, fornecedores, consumidores, órgãos regulamentadores,
sindicatos, governo, acionistas etc.) quanto para, em especial, as comunidades no entorno e as
potencialmente afetadas pelo funcionamento e desempenho da organização.
Como integrar questões sociais a projetos de desenvolvimento nos dias de hoje: É possível
fazer isso graças a uma visão geral das melhores práticas internacionais em AIS que estejam
associadas à descrição dos requisitos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
para a avaliação de impactos sociais tanto em termos de passos a serem seguidos durante o
ciclo de projeto quanto de requisitos específicos das políticas do banco.
2. Avaliação do contexto social incluindo a compreensão dos grupos sociais locais, categorias
e instituições, com particular ênfase na pobreza, exclusão social e vulnerabilidade.
10. Monitoramento, gestão adaptativa e avaliação por meio de planos (documentos vivos) que
precisem ser revisados e atualizados em resposta a mudanças nas circunstâncias.
A AIAS também é conhecida como avaliação ambiental, social e do impacto na saúde (ESHIA,
sigla em inglês).
O enfoque adotado para a AIS é promover sua coordenação com uma avaliação de impacto
ambiental (AIA) ou uma análise ambiental e social. Cada vez mais, isso tem sido feito como um
enfoque de forma integrada, ou seja, uma avaliação combinada de impacto ambiental e social.
Por exemplo, isso pode ser feito por meio da escolha de modelos normativos de certificações
(ISO 14001, ISO 50001, NBR 16001, AA 1000 e SA 8000) somada à apresentação do balanço
social e à AIAS de forma integrada. A metodologia do BID ou outro análogo, como outra
instituição financeira, caso, por exemplo, dos Princípios do Equador ou do IFC, pode se traduzir
em uma estratégia robusta de demonstração de boas práticas de governança corporativa
demonstráveis para os stakeholders, já que está alinhada às exigências desse mercado
altamente competitivo.
Na lista de fatores pertinentes para a escolha acertada, devem ser levados em consideração os
seguintes:
Fonte: LeoWolfert/Shutterstock
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) ISO 9001; ISO 19600; ISO 31000; ISO 45001; rotulagem ambiental; produção mais limpa;
FSC; ISO 37001 e ISO 22000.
B) EIA-RIMA; auditorias ambientais; análise de riscos; FMEA; HAZOP; ISO 27001; OHSAS
18001; DSC 10000; ISO 55000 e ISO 22301.
C) ISO 14001; ISO 50001; ISO 26000; NBR 16001; SA 8000; AA 1000; balanço social;
Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS); Princípios do Equador e International Finance
Corporation (IFC).
D) PMI/PMBOK; MRP-II; 6 Sigma; 5 S; WCM; VSM; KAIZEN; Just in Time; PNQ e GMP.
A) Acabar com a pobreza; acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da
nutrição e promover a agricultura sustentável; assegurar uma vida saudável e promover o bem-
estar; assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, além de promover
oportunidades de aprendizagem; alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as
mulheres e meninas; assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento.
GABARITO
A única alternativa que aponta para os temas globais que motivaram as organizações a
pensarem os seus negócios de forma mais completa e sustentável é a letra B. As demais
alternativas apresentam os ODS que, mesmo sendo fundamentais, não refletem os tópicos
abordados nesse contexto.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatamos neste tema que o meio ambiente deve ser classificado como uma oportunidade
para os negócios – e não como um problema no contexto de sustentabilidade. Por conta disso,
apresentamos o histórico do desenvolvimento sustentável.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14001:2015. Sistemas
de gestão ambiental - requisitos com orientações para uso.
NIELSEN. Brasileiros estão cada vez mais sustentáveis e conscientes. Publicado em meio
eletrônico em: 19 jun. 2019.
EXPLORE+
Para aprofundar seu conhecimento sobre a gestão ambiental, pesquise e assista a vídeos
sobre o tópico no site do Sebrae.
Consulte sites como o do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e leia a respeito da governança
ambiental para entender como as instituições empregam o planejamento racional em benefício
das gerações atuais e futuras.
Pesquise artigos sobre o termo "sustentabilidade" para saber como ele surgiu e qual foi a sua
trajetória até ser incorporado nos meios político, empresarial e de comunicação de massa de
organizações da sociedade civil.
CONTEUDISTA
Vanilson Fragoso Silva
CURRÍCULO LATTES