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Evolução histórica da GRH no Brasil

Prof. Dr. Jefferson Rodrigues Pereira


Jefferson Rodrigues Pereira
Professor e Pesquisador do Mestrado Acadêmico em Administração do Unihorizontes
Doutor em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Mestre em Administração pelo Unihorizontes
Administrador Administração pelo Unihorizontes

Temas de pesquisa:
1. Estudos Organizacionais: diversidade nas organizações, relações de poder, relações
de gênero, precarização do trabalho, violências, trabalho escravo, resistência,
subjetividade, identidade, trabalho sujo, significados e sentidos do trabalho,
prostituição, perspectivas decoloniais de estudo.

2. Relações de Trabalho e Gestão de Pessoas: comprometimento, vínculos, valores,


função gerencial, suporte organizacional, estresse, Síndrome de Burnout, suicídio,
prazer e sofrimento, atitudes retaliatórias, justiça organizacional, dimensões temporais
nas organizações.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/0579526222653701
A GRH no Brasil

 Período anterior a 1930: período pré-jurídico-trabalhista

 Falta de áreas formais de GRH

 Participação de mulheres e crianças na mão de obra “não regulada”

 Precariedade das relações de trabalho;

 Foco em custos (período contábil);


A GRH no Brasil
 Período de 1930 a 1945: Era Vargas

 Criação do Ministério do Trabalho (1930);

 Lei de Sindicalização (1931);

 Externalização dos conflitos internos das organizações;

 Caráter assistencialista dos sindicatos paulatinamente substituído


por um viés burocrático;

 Amplo controle do Estado;


A GRH no Brasil
 Período de 1930 a 1945: Era Vargas

 Consolidação das Leis Trabalhistas (1943);

 1930 – 1950: período burocrático;

 Exigência de uma área específica dentro das organizações destinada


com registros e pagamentos e a atividade contábil;

 Processos de recrutamento e seleção;

 Padronização de políticas remuneratórias;


A GRH no Brasil
 A partir de 1945: Estado Novo

 Fim da Era Vargas;

 Fim da Segunda Guerra Mundial;

 Redemocratização em âmbito mundial;

 Consolidação de monopólios por parte do Estado – Agente


produtivo;

 Influências de práticas norte americanas de gestão;


A GRH no Brasil
 A partir de 1945: Estado Novo

 Criação do Serviço Social da Indústria (SESI) e Serviço Nacional de


Aprendizagem Industrial (SENAI);

 Projeto desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek;

 Diminuição do controle estatal;

 Desenvolvimento sindical;

 Conscientização dos trabalhadores (direitos);


A GRH no Brasil
 A partir de 1945: Estado Novo

 Fase tecnicista (anos 1950);

 Importação de técnicas e modelos gerenciais;

 Divisão sexual do trabalho fabril;

 Aprimoramento dos processos de gestão: recrutamento e seleção;


treinamento e desenvolvimento; avaliação; cargos e salários; saúde
e segurança do trabalho;
A GRH no Brasil
 Instabilidade política brasileira (1945 – 1964): renúncia, eleição
democrática e suicídio de Getúlio Vargas;

 Movimentos que culminaram no Golpe Militar de 1964;

 Preponderância do Estado em todas as esferas sociais;

 Mudanças na legislação e na organização sindical;

 Interferência nas políticas e estruturas salariais dentro das


organizações;
A GRH no Brasil
 Criado o Fundo de Garantia por Tempo de Trabalho (1966);
Segurança e estabilidade do trabalhador x Demissões e rotatividade;

 Greves de trabalhadores - 1968 - (Osasco e Betim) amplamente


divulgadas pela mídia e fortemente reprimida pelo Estado;

 Repercussão de fatores macrocontextuais repercutindo no interior


das organizações;

 Exacerbação do papel e limites da hierarquia e dos controles


internos e da tecnologia de gestão importada;
A GRH no Brasil
 Reflexos das importação de tecnologia gerencial até os dias atuais
(universalização das praticas de gestão ignorando o porte, a
natureza e outros aspectos da empresa);

 Década de 1970: reavivamento dos movimentos sindicais;

 Manipulação de índices econômicos por parte do governo na


tentativa de controlar a economia;

 1977 – Arrocho salarial refletindo no surgimento de diversas


paralisações e greves pelo país (controle de custos trabalhistas e
aumento futuro dos preços);
A GRH no Brasil
 GRH entre 1960 e 1980: abordagem sistêmica

 Emergência dos programas de qualidade total (forte impacto no


treinamento e desenvolvimento);

 Relações humanas no contexto produtivo: saúde e segurança do


trabalho;

 Início dos anos 1980: surgimento das Central Única dos


Trabalhadores (CUT) e Central Geral dos Trabalhadores (CGT);
A GRH no Brasil
 Redemocratização política;

 A década perdida;

 Promulgação da Constituição da República (1988);

 Reestabelecimento do Estado Democrático de Direito;

 Redução da produtividade nacional entre 1980 e 1990 (fase das


relações industriais integradas);

 Expansão das atividades de relações industriais;


A GRH no Brasil
 Avanços de práticas relacionadas ao comportamento humano nas
organizações (motivação, liderança, comunicação, dentre outras);

 Período Estratégico (pós 1985);

 Reformas estruturais profundas a partir de 1990;

 Estruturas mais enxutas;

 Terceirizações;

 Crise do movimento sindical;


A GRH no Brasil
 Restrições econômicas, recessão e desemprego, fragilização da
classe trabalhadora;

 Políticas e práticas de GRH menos voltadas para pessoas;

 Desemprego massivo e estrutural;

 Retração do emprego formal;

 Flexibilização e precarização dos vínculos de trabalho;

 Aumento da informalidade;
A GRH no Brasil
 Dificuldade generalizada da manutenção dos postos de trabalho;

 Inflação;

 Reestruturação econômica a partir dos anos 2000;

 Oferta de mão de obra mais ampla que a demanda;

 Inserção e manutenção da mulher no mercado de trabalho;

 Queda da natalidade.
OBRIGADO!
Prof. Dr. Jefferson Rodrigues Pereira
Jefferson.pereira@unihorizontes.br

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