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PILARES DA SUSTENTABILIDADE

A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do conceito de


ecodesenvolvimento, proposto durante a Primeira Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia, em 1972. O
conceito em si, foi publicado no Relatório de Brundtland (1987), durante a Comissão
Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento, como:

“(…) desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem


comprometer a capacidade das gerações vindouras satisfazerem as suas próprias
necessidades”.

Definição essa que estabelece um compromisso da gestão inteligente


de recursos com o intuito de prover o necessário para atual e futuras gerações
quanto à economia, ao meio ambiente e às questões sociais.
Contudo, a integração dessas três áreas foi definida na Cúpula Mundial
sobre o Desenvolvimento Sustentável (2002) em Joanesburgo, África do Sul, onde
foram definidas metas e compromissos a serem cumpridos de forma global. Na
prática, se não houver a conscientização e o reconhecimento da importância do
desenvolvimento sustentável, sua complexidade e o inter-relacionamento de seus
pilares, econômico, ambiental e social, em um período curto poderá haver ainda
mais miséria, escassez de recursos, poluição, entre outros males.

Para evitar que isso ocorra, os estilos de vida das nações ricas e a
economia mundial tem de ser reestruturadas, visando a preservação de recursos,
ainda que questões como essas esbarrem nos interesses de poderosos grupos
econômicos.
A imagem do tripé é ideal para o entendimento da sustentabilidade, o
conceito não está ligado somente ao meio ambiente. Nele estão contidos os
aspectos econômicos, ambientais e sociais, que devem interagir, harmoniosamente,
para garantir a integridade do planeta e melhorar a qualidade de vida.

É importante verificar que esses conceitos podem ser aplicados tanto de


maneira macro, para um país ou o próprio planeta, como micro, uma casa ou uma
pequena vila agrária. Desta maneira, podemos avaliar a sustentabilidade de uma
empresa, identificando o quão próximo ou não uma organização está de ser
sustentável.

Uma empresa sustentável é aquela que no final de sua avaliação


manteve o seu nível anterior de desenvolvimento ou promoveu atividades no sentido
de melhoria do nível ocupado nas três áreas mais especificamente definidas a
seguir.

Social – Trata-se do capital humano de um empreendimento,


comunidade, sociedade como um todo. Além de salários justos e estar adequado à
legislação trabalhista, é preciso pensar em outros aspectos como o bem-estar dos
funcionários, propiciando, por exemplo, um ambiente de trabalho agradável,
pensando na saúde do trabalhador e da sua família. Além disso, é imprescindível ver
como a atividade econômica afeta as comunidades ao redor. Nesse item, está
contido também problemas gerais da sociedade como educação, violência e até o
lazer. É necessária a participação da população, com intuito de fortalecer as
propostas de desenvolvimento social, acesso à educação, cultura e saúde, tanto no
aspecto individual quanto coletivo.

Ambiental – Refere-se ao capital natural de um empreendimento ou


sociedade. Aqui assim como nos outros itens é importante pensar no curto, médio e
longo prazo. A princípio, praticamente toda atividade econômica tem impacto
ambiental negativo. Nesse aspecto, a empresa ou a sociedade deve pensar nas
formas de amenizar esses impactos e compensar o que não é possível amenizar.
Assim, uma empresa que usa determinada matéria-prima deve planejar formas de
repor os recursos ou, se não for possível, diminuir o máximo possível o uso desse
material, causando o menor impacto possível ao meio ambiente.

Econômica – a palavra economia, no dicionário, é definida como


organização de uma casa, financeira e materialmente. Com o passar dos anos,
séculos, a palavra economia foi direcionada apenas à vertente dos negócios ou no
sentido de poupança, economizar. Este pilar traz o retorno do significado de cuidar
da casa, afincado pelos gregos na Antiguidade. São analisados os temas ligados à
produção, distribuição e consumo de bens e serviços e deve-se levar em conta os
outros dois aspectos. Ou seja, não adianta lucrar devastando, por exemplo. A área
financeira se beneficia muito de atitudes sustentáveis, pois elas reduzem materiais,
energia e água, reduzindo a sua conta no fim do mês, ou seja, há um processo
cíclico de benefícios entre sustentabilidade e economia.

Ainda são discutidos novos pilares, como a questão cultural, tecnológica,


política, empresarial, para complementar a sustentação da questão como um todo.
REFERÊNCIAS

DECICINO, R. Desenvolvimento sustentável – Como surgiu esse conceito?. UOL


Educação, Disponível em <
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografua;desenv
olvimento-sustentavel-2-como-surgiu-esse-conceito.htm>. Acesso em 20 de
setembro de 2020.

LASSU – Laboratório de Sustentabilidade. Pilares da Sustentabilidade.


Departamento de Engenharia da Computação e Sistemas Digitais da Escola
Politécnica Universidade de São Paulo, 2019. Disponível em <
http://www.lassu.usp.br/sustnetabil
idade/pilares-da-sustentabilidade/?doing_wp_cron=1600724192.9499349594116210
937500>. Acesso em 20 de setembro de 2020.

MAGALHÃES, L. Sustentabilidade: o que é, tipos e exemplos. Toda Matéria, 2018.


Disponível em <https://www.todamateria.com.br/sustentabilidade/>. Acesso em 20
de setembro de 2020.

MEU RESÍDUO. Entenda os Três Pilares da Sustentabilidade. Meu Resíduo.


Disponível em < https://meuresiduo.com/categoria-1/entenda-os-tres-pilares-da-
suste
ntabilidade/>. Acesso em 20 de setembro de 2020.

SILVA, J. B.; PASQUALETTO, A. O desenvolvimento sustentável sob a ótica dos


pilares: ambiental, social e econômico. Estudos, v. 41, n. especial, p. 107-118, 2014.

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