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CURSO DE FILOSOFIA
Quelimane
2023
JULECA MOISÉS RAÚL
Quelimane
2023
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4
Objectivos específicos............................................................................................................... 4
Metodologia ............................................................................................................................... 4
Conclusão................................................................................................................................. 12
Referências bibliográficas....................................................................................................... 13
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Introdução
O presente trabalho fundamenta a construção da sustentabilidade que deve abranger também
as identidades culturais de cada povo, onde a representatividade social desempenha papel
importante no gerenciamento dos recursos ambientais, evitando ou minimizando os efeitos
da degradação, alcançando a satisfação das necessidades para além do alcance da economia.
A sustentabilidade surge como uma ruptura da premissa existente que instiga a construção de
uma racionalidade produtiva com suas bases nas capacidades ecológicas e nas concepções de
diversidade cultural existentes na civilização. Ela exige também uma nova mentalidade com
outro modo de ser e de existir. Neste contexto, embora o consu mo de recursos naturais
pareça inevitável, faz-se necessário limitá-lo. Nesta discussão, para o conceito sobre
qualidade de vida, entende-se como aquele que deve abordar uma diversidade de
temas específicos, entre eles: saúde, lazer, habitação, economia, pobreza, educação e
tantos outros aspectos que interferem directamente na dignidade da vida humana. Isto
implica dizer que mudar o modo de desenvolver-se exige mudança em várias esferas
da vida comum, e não apenas na questão económica, como já foi apresentado acima.
Mesmo tendo seus fundamentos nas bases da ecologia, a sustentabilidade deve
abranger também as identidades culturais de cada povo, onde a representatividade
social desempenha papel importante no gerenciamento dos recursos ambientais,
evitando ou minimizando os efeitos da degradação, alcançando a satisfação das
necessidades para além do alcance da economia. Objectivo geral
Compreender as diversas áreas do saber para a construção da sustentabilidade
Objectivos específicos
Falar das dimensões da sustentabilidade;
Explicar sobre os saberes que justificam a sustentabilidade;
Metodologia
Para a realização do trabalho foi preciso o uso do método de pesquisa bibliográfico que
consiste em consulta em obras bibliográficas que abordam sobre a temática em destaque.
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Silva (2017, p. 8), tem uma definição mais simples de sustentabilidade que pode ser
entendida da seguinte maneira: “Consumir os produtos sem que haja um esgotamento dos
recursos naturais dos quais esses produtos são oriundos”. Nos dias actuais a palavra
sustentabilidade é uma expressão que permeia todos os segmentos económicos e todas as
camadas da sociedade globalizada. “Apesar disso ou, talvez, por isso mesmo são
encontrados, diferentes conceitos de sustentabilidade”.
Diz respeito, portanto, às circunstâncias em que este direito pode ser posto em prática,
garantindo e considerando as identidades, tanto individuais quanto colectivas, além da
dignidade e autonomia das pessoas (Leff, 2010).
solidariedade transgeracional e comprometida com as futuras gerações. Contudo, ela não está
garantida pela atribuição de valor econômico à natureza, nem no horizonte restrito de tempo
em que se traduz em taxas de desconto económico; não será também em decorrência
exclusivamente da internalização de uma racionalidade ecológica dentro dos processos
económicos (Leff, 2009).
“A sustentabilidade encontra sua razão e sua motivação não nas leis objectivas da natureza e
do mercado, mas no pensamento e no saber; em identidades e sentidos que mobilizam a
reconstrução do mundo” (Leff, 2009, p. 413).
Dimensões da sustentabilidade
Observando que o tema da sustentabilidade não pode ser tratado de forma isolada do
contexto social e ambiental, Sachs (1993), elaborou cinco dimensões de sustentabilidade para
melhor compreendê-la. Acreditamos que as mesmas contribuam para uma compreensão
acerca dos princípios do que é sustentabilidade em suas diferentes dimensões.
São elas:
Sustentabilidade social: o processo deve acontecer de maneira que reduza
substancialmente as diferenças sociais, e considerando o “desenvolvimento” em sua
multidimensionalidade, abrangendo todo o espectro de necessidades materiais e não–
materiais.
Sustentabilidade econômica: define-se pela “alocação e gestão mais eficientes dos
recursos e por um fluxo regular do investimento público e privado”.
Sustentabilidade ecológica: compreende o uso dos potenciais inerentes aos variados
ecossistemas compatíveis com sua mínima deterioração. Deve permitir que a natureza
encontre novos equilíbrios através de processos de utilização que obedeçam a seu
ciclo temporal. Implica, também, preservar as fontes de recursos energéticos e
naturais.
Sustentabilidade espacial/geográfica: pressupõe evitar a excessiva concentração
geográfica de populações, de actividades e do poder. Busca uma relação
cidade/campo mais equilibrada.
Sustentabilidade cultural: significa traduzir o “conceito normativo de eco-
desenvolvimento em uma pluralidade de soluções particulares, que respeitem as
especificidades de cada ecossistema, de cada cultura e de cada local”. (Sachs, op. cit.,
p. 25 - 27).
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Em 1983, a onu cria a comissão mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento como
um organismo independente. Em 1987, a comissão sobre a presidência de gró harlem
brundtland, primeira-ministra da noruega, materializa um dos mais importantes documentos
do nosso tempo o relatório nosso futuro comum, responsável pelas primeiras conceituações
oficia, formais e sistematizadas sobre o desenvolvimento sustentável - ideia-mestra do
relatório.
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Em 1992 no rio de Janeiro, na conferência das nações unidas sobre meio ambiente e
desenvolvimento, reconheceu-se à importância de assumir a ideia de sustentabilidade em
qualquer programa ou actividade de desenvolvimento. Nesse aspecto as empresas têm um
papel extremamente relevante. Através de uma prática empresarial sustentável, provocando
mudança de valores e de orientação em seus sistemas operacionais, estarão engajadas à ideia
de desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente.
A sustentabilidade, com suas múltiplas implicações, deve ser buscada em todas as
esferas das acções correlatas ao sistema da construção civil. A abordagem que se fará a seguir
busca aproximar o conceito amplo da sustentabilidade na construção civil.
O desenvolvimento sustentável, além de equidade social e equilíbrio ecológico,
segundo Donaire (1999), apresenta, como terceira vertente principal, a questão do
desenvolvimento económico. Induz um espírito de responsabilidade comum como processo
de mudança no qual a exploração de recursos materiais, os investimentos financeiros e as
rotas do desenvolvimento tecnológico deverão adquirir sentidos harmoniosos. Neste sentido,
o desenvolvimento da tecnologia deverá ser orientado para metas de equilíbrio com a
natureza e de incremento da capacidade de inovação dos países em desenvolvimento, e o
progresso será entendido como fruto de maior riqueza, maior benefício social equitativo e
equilíbrio ecológico.
Neste novo paradigma, Almeida (2002) diz que a ideia é de integração e interacção,
propondo uma nova maneira de olhar e transformar o mundo, baseada no diálogo entre
saberes e conhecimentos diversos. No mundo sustentável, uma actividade – a económica, por
exemplo – não pode ser pensada ou praticada em separado, porque tudo está inter-
relacionado, em permanente diálogo.
Os princípios da sustentabilidade
Para Guimarães (2003), os princípios da sustentabilidade de uma sociedade assim
definida, seriam: obter uma taxa de exploração igual ou menor que a taxa de regeneração dos
recursos naturais (como água, animais, vegetais, solo, etc.); substituir os recursos não
renováveis ou que têm um estoque limitado (como o petróleo), por renováveis; recursos não
renováveis utilizados devem ser aqueles que possam ser reciclados e reutilizados para que se
diminua a taxa de extracção e de dispersão dos resíduos; aqueles contaminados que podem
ser bio degradados e reintegrados aos ciclos naturais devem ter sua taxa de emissão igual ou
menor que a sua taxa de assimilação; contaminações que não são biodegradáveis nem se
reintegram aos ciclos de matéria e que se acumulam indefinidamente (como contaminação
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De acordo com Araújo (2006), para que seja considerada sustentável, uma construção
deve empregar tecnologias modernas, que além de atenderem as necessidades dos usuários,
também evitem a geração de problemas sócio ambientais.
Conclusão
A sustentabilidade é toda acção destinada a manter as condições energéticas,
informacionais, físico-químicas que sustentam todos os seres, especialmente a Terra viva, a
comunidade de vida e a vida humana, visando sua continuidade e ainda atender as
necessidades da geração presente e das futuras, de tal forma que o capital natural seja
mantido e enriquecido em sua capacidade de regeneração, reprodução e coevolução.
Segundo Caldas (1999), a poluição produzida no meio ambiente pode causar danos à saúde
humana, aos demais seresvivos e aos sistemas ecológicos, além de comprometer o uso dos
recursos naturais no futuro.
Desta forma, As mudanças climáticas observadas ao longo dos anos, o aumento de
queimadas, o risco futuro de escassez de água e a extinção de biomas e espécies têm alertado
a população da importância de adotar práticas sustentáveis em todos os âmbitos
sociais,políticos e econômicos. A crescente demanda mundial por bens de consumo tem
estimulado a exploração exacerbada dos recursos não renováveis e ocrescimento da
agricultura, resultando em perda de biodiversidade e acúmulo de poluentes na atmosfera.
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Referências bibliográficas
Araújo, Márcio Augusto. (2006). A moderna Construção Sustentável. São Paulo.
Boff, L. (2012). Sustentabilidade Ambiental: o que é, o que não é. Petrópolis, RJ: Vozes.
Guimarães, R. P. & Feichas, S. A. Q. (2009). Desafios na construção de indicadores de
sustentabilidade. Ambiente & Sociedade.
Donaire, D. (1999). Gestão ambiental na empresa. 2.ed. São Paulo: Atlas.
Jacobi, P. R.; Raufflet, E.; Arruda, M. P. (2011). A educação para a sustentabilidade nos
cursos de Administração: reflexão sobre paradigmas e práticas. Revista de Administração
Mackenzie, v. 12, n. 3, p. 21-50,
Lima, G. F. da C. (2002). Educação e sustentabilidade: Possibilidades e Falácias de um
Discurso. In: Encontro da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e
Sociedade, Indaiatuba-SP.
Rodrigues, K. F.; Rippel, R. (2015). Desenvolvimento Sustentável e técnicas de mensuração.
Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 4, set/dez.
Sachs, I. (1993). Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio
ambiente. São Paulo: Nobel / FUNDAP.