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CURSO DE FILOSOFIA
Quelimane
2023
RITA NOVO MUNDAI
Quelimane
2023
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4
Objectivos específicos............................................................................................................... 4
Metodologia ............................................................................................................................... 4
Equidade na sustentabilidade.................................................................................................... 7
Conclusão................................................................................................................................. 10
Introdução
O conceito de construção sustentável é resultado de um longo processo de
reavaliação da relação existente entre a sociedade civil e seu meio natural. Foi a partir do
aparecimento da crise ambiental e, consequentemente, da emergência da consciência
ambiental, que as sociedades contemporâneas começaram a se defrontar com a ideia de
limites ao crescimento.
A crise ambiental veio questionar a racionalidade e os paradigmas teóricos que
impulsionaram e legitimaram o crescimento económico, negando a natureza.” Contrapondo-
se ao pensamento preservacionista, em que comunidades consideravam que o meio ambiente
deveria ser “intocado”, sem qualquer intervenção humana, excepto quanto à sua subsistência,
o pensamento desenvolvimentista radicalizava quanto à inobservância de práticas ecológicas.
Objectivo geral
Conhecer múltiplos saberes para a construção da sustentabilidade.
Objectivos específicos
Falar das concepções da sustentabilidade em vários autores;
Explicar sobre a construção da sustentabilidade;
Identificar a sustentabilidade no ambiente educacional.
Metodologia
Para realizar este trabalhofoi necessario a consulta de dados bibliográficos, quanto ao
método usando foi o hermenêutico, que ajuda na compreensão e interpretação de autores em
destaque.
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.Construção Sustentável
A incorporação de práticas de sustentabilidade na construção é uma tendência crescente no
mercado. Para tanto, o sector da construção precisa se engajar cada vez mais. As empresas
devem mudar sua forma de produzir e gerir suas obras.
Araújo (2006) afirma que a construção sustentável promove intervenções no meio ambiente,
de forma a atender as necessidades de edificação e habitação do homem moderno sem
esgotar os recursos naturais e preservando o meio ambiente para as futuras gerações. Faz uso
de eco materiais e de soluções tecnológicas e inteligentes para promover o bom uso e a
economia de recursos finitos, a redução da poluição e o conforto de seus moradores e
usuários.
Segundo Colaço (2008), construção sustentável é o termo usado para descrever a
responsabilidade da construção civil no que diz respeito ao conceito e aos objectivos da
sustentabilidade. Esse conhecimento existente e o diagnóstico da indústria da construção em
termos de impactos ambientais revelam que é necessária uma mudança de postura e de
mentalidade para se atingir os objectivos de uma construção sustentável.
Contudo, há uma dificuldade de pensar que ela dispõe de um modelo que seja
único e uniforme globalmente. Sendo assim, esse termo é um vasto campo de
debate onde a governabilidade e justiça ambiental co-participam tanto na
distribuição dos custos e benefícios dos recursos naturais quanto dos bens e
serviços ambientais (Leff, 2010).
Equidade na sustentabilidade
A equidade aparece como elemento intrínseco para o desenvolvimento de atitudes
que buscam alcançar a sustentabilidade. Enfim, a sustentabilidade indica um futuro com
solidariedade transgeracional e comprometida com as futuras gerações. Contudo, ela não está
garantida pela atribuição de valor económico à natureza, nem no horizonte restrito de tempo
em que se traduz em taxas de desconto econômico; não será também em decorrência
exclusivamente da internalização de uma racionalidade ecológica dentro dos processos
económicos (Leff, 2009).
“A sustentabilidade encontra sua razão e sua motivação não nas leis objectivas
da natureza e do mercado, mas no pensamento e no saber; em identidades e
sentidos que mobilizam a reconstrução do mundo” (Leff, 2009, p. 413).
Existe a necessidade de uma transformação do valor para a humanidade; não apenas no
sentido económico, mas também social, político e cultural, de forma a “respeitar e realçar a
capacidade de autodepuração dos ecossistemas naturais” (Sachs, 2008, p. 85-86).
Ou seja, é uma pretensão de que os modos de produção e de consumo
considerem e garantam que os ecossistemas sejam capazes de manter seus
processos de auto recuperação e sua habilidade de resiliência (Nascimento,
2012).
Isto implica numa maneira de usufruir dos recursos naturais, respeitando o tempo necessário
para a recomposição natural. Portanto, do ponto de vista objectivo, a sustentabilidade se
mostra uma alternativa ética àquilo que era compreendido como desenvolvimento
desenfreado, ou seja, sem limites.
Dimensões da sustentabilidade
Para esta discussão, sobre as dimensões da sustentabilidade, toma-se como base as seis
dimensões elaboradas por Sachs (1993), sendo que a dimensão política foi posteriormente
acrescentada pelo próprio autor:
Sustentabilidade ecológica: preservação dos recursos naturais na produção de
recursos renováveis e na limitação de uso dos recursos não-renováveis; limitação do
consumo de combustíveis fósseis e de outros recursos esgotáveis ou ambientalmente
prejudiciais, substituindo-os por recursos renováveis e inofensivos; redução do
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Conclusão
A sustentabilidade é toda acção destinada a manter as condições energéticas,
informacionais, físico-químicas que sustentam todos os seres, especialmente a Terra viva, a
comunidade de vida e a vida humana, visando sua continuidade e ainda atender as
necessidades da geração presente e das futuras, de tal forma que o capital natural seja
mantido e enriquecido em sua capacidade de regeneração, reprodução e coevolução.
Os autores citados nos movem a pensar o cenário actual das 'sociedades', pois é, em
meio a diversas realidades, que precisamos discutir, orientar, pesquisar e rever nossas acções
diariamente, a fim de aplicar práticas educativas mais efectivas e que aqueçam os espaços
formativos. É complexo o papel da escola nos dias actuais, bem como o papel do professor
em desempenhar um acto educativo que valorize a interação entre diversos saberes, a não
fragmentação do conhecimento, na perspectiva de formar indivíduos que possam actuar de
forma efectiva sobre a problemática sócio ambiental enfrentada.
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Referência bibliográficas
Almeida. Arcanjo. (2002). Concepções da economia ecológica: suas relações com a economia
dominante e a economia ambiental. Estudos Avançados
Boff, L. (2012). Sustentabilidade Ambiental: o que é, o que não é. Petrópolis, RJ: Vozes.
Colaço, L. M. M., (2008). A Evolução da Sustentabilidade no Ambiente Construído Projecto
e Materiais dos Edifícios.
Correa, bilder. (2009). Direito ambiental brasileiro. 22. Ed. São Paulo: Malheiros.
Sachs. (1997). Economia ambiental, ecológica e marxista versus recursos naturais.Revista da FAE,
v.7. Curitiba.