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A Escola Romântica Alemã

As reacções contra o liberalismo iniciaram-se com os economistas alemães, logo em


princípios do século XIX. E certo que nos estados alemães, tal como em Franca e outros
países, também se tinham reconhecido os excesso de o intervencionismo estadual. Por
isso ao ser reconhecido a obra de Adam Smith, o liberalismo encontrou seguidores
nalguns autores alemães. Mas rapidamente se chegou a conclusão generalizada, nos
estados alemães, de que o liberalismo económico, ao menos tal como fora concebido
por Adam Smith, servia sobre tudo, os interesses da Grã-Bretanha em consequência do
desenvolvimento relativo das industrias britânicas, obtido precisamente na base das
medidas proteccionistas adaptadas no decurso dos séculos XVI e XVII.

O cosmopolitismo económico de Adam Smith condenaria os estados alemães a uma


vida económica muito limitada, assente predominante na agricultura, sem que as
respectivas industriam ainda pouco desenvolvidas fossem concedidos incentivos
adequados.

A primeira reacção alemã contra os clássicos coube à escola romântica cujo a figura de
maior relevo se encontra em Adam Muller ao domínio da vida económica. pelo egoísmo
nacionalista e pelo princípios hedonista, os românticos alemães procuraram opor os
valores representados pela religião e o nacionalismo, entenderam que o homem não
obedece, através dos seus comportamentos, apenas a princípios racionais, mas também a
sentimentos e móbeis que escapam inteiramente aos esquemas da racionalidade.

Adam Muller criticou vigorosamente a obra de Adam Smith, rejeitando a sua concepção
de individualista da propriedade privada, extraída do direito romano e contraria as
tradições germânicas, segundo as quais os direitos individuais se subordinam ao
interesse comum. Adam Muller não aceitou o isolamento dos fenómenos económicos
concebidos pelos liberais todos os aspectos da vida teriam de ser apreciados
unitariamente, dentro dessa unidade se haviam de enquadrar os fenómenos económicos.

Também Muller rejeitou a cisão entre o capital e o trabalho que só contribuiria sem
fundamentos para criar, ou agravar, hostilidades entre os grupos sociais que concorrem
para o a produção. Segundo Muller a riqueza não residiria nos bens produzidos, mas nas
forcas susceptíveis de assegurar essa produção.
Os valores imateriais também se incluiriam na riqueza. E dai Muller ter ido mesmo ao
ponto de enunciar factores de produção dos quais: a terra, o trabalho, o capital material,
e o capital espiritual. Quanto a liberdade do comercio entre os países foi rejeitado
firmemente, por incompatível com a defesa da economia nacional.

A escola romântica alemã apresenta-se efectivamente como a primeira escola de


economia nacional, Oposta aos princípios cosmopolita de liberalismo. A contribuição da
escola romântica para o desenvolvimento do pensamento económico, em razão de
oposições varias não foi muito ampla. A não ser através da influência por ela exercida
em List, na escola histórica e indirectamente nos institucionalistas.

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