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Uma crítica social: Thomas More

 As ideias mercantilistas suscitam à época uma crítica social muito viva.

 Uma destas críticas é a obra A Utopia, em 1516, século XVI, de Thomas


More, que foi chanceler do rei inglês Henrique VIII, antes de ser capitado
por sua ordem por ter recusado prestar-lhe juramento na altura de sua
rutura com o papa.

 Thomas More denuncia veemente a política dita dos enclosores, que


expulsa dezenas de milhares de camponeses das suas terras e substitui a
agricultura pela criação de ovelhas e pela produção de lã em bruto
destinada à industria lanífera que se desenvolvia.

 Denuncia as consequências sociais desta política, que transforma os


camponeses em vagabundos, mendigos e ladrões.

 Denuncia a exploração das pessoas pobres pelos ricos, que tiram delas o
máximo trabalho e lucro possíveis, para as deixarem depois morrer à fome
quando já não são capazes de trabalhar.

 Ele diz que o Estado defende o interesse das classes ricas.

 Thomas More pensa que todos os males estão ligados à propriedade


privada.

 Apresenta assim um projeto de sociedade comunista no qual descreve uma


ilha bem-aventurada chamada Utopia.

 Utopia, que vem do grego e significa ”sem lugar”, ou seja, que só existe na
imaginação.
Outras críticas: Adam Smith
 Para os Mercantilistas, Balança comercial favorável é um gerador de
prosperidade nacional.

 Adam Smith critica, dizendo que se se baseia em falácias protecionistas,


impingidas a um parlamento corrupto pelos mercadores e manufatureiros,
que se baseiam que a riqueza consiste no dinheiro.

 O dinheiro era erradamente identificado como capital, e a balança de


comércio favorável com o excedente anual do rendimento sobre o
consumo.

 A riqueza de um país consiste não só no ouro e prata que possui mas


também nas suas terras, casas e bens para o consumo de todos os tipos.

Outras críticas: William Petty


 William Pety estimou o valor da propriedade em Inglaterra nos finais do
século XVII.

 Concluiu que a quantidade de moeda representava menos de 3% do valor


da propriedade total.

 Opôs-se à acumulação contínua de metais preciosos.

 Considera que existe uma medida certa e uma proporção exata


necessárias para conduzir o comércio de uma nação.

 Qualquer desvio dessa proporção prejudica o país.

Crítica ao Mercantilismo: Séc. XVIII


 A difusão de ideias liberais e as novas necessidades económicas da
Europa pré-industrial, passaram a questionar a validade das “receitas”
mercantilistas;
 A burguesia da França e de Inglaterra, principais potências da Europa,
procuravam alternativas às “receitas” empíricas do mercantilismo,
adoptando novos métodos de análise económica;

 Os monopólios reais de controle sobre muitos ramos da produção e


comércio de mercadorias, prejudicavam a livre iniciativa do capital e o
desenvolvimento da indústria.

 As regulamentações existentes, em particular as regras de funcionamento


das corporações, prejudicam consideravelmente a iniciativa económica.

 As teses mercantilistas são cada vez mais contestadas.

 Surge então a ideia de que a economia é regida por mecanismos naturais.

 Desenvolve-se assim a doutrina do liberalismo económico, que se impõe


ao intervencionismo estatal dos mercantilistas em matéria de política
estatal industrial ou de comércio externo.

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