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Salmonella

É um gênero de bactérias que acometem animais de produção e seres humanos, podendo ser veiculada
através de alimentos contaminados como ovos e carne. A salmonelose se destaca como uma das
zoonoses de maior prevalência atualmente, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento.
O gênero Salmonella foi descoberto por Daniel Salmon (1950-1914), dando origem ao nome do gênero
bacteriano (Saif, 2008). As salmonelas são bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae,
caracterizadas como bacilos curtos e gram negativos, aeróbios e anaeróbios facultativos flagelados,
podendo ser móveis (Franco e Landgraf, 1996), que infectam diversas espécies animais – dentre elas as
aves e o homem.

Salmoneloses Aviárias
As principais formas de salmoneloses aviárias são a pulorose, o tifo aviário
e o paratifo aviário. Conheça suas características, medidas de prevenção e
formas de controleBasicamente, existem 3 formas de salmoneloses que
atacam as aves: a pulorose, o tifo aviário e o paratifo aviário. Essas doenças
podem acarretar grandes perdas econômicas para os criadores.
Contudo, as salmoneloses não são doenças exclusivas das aves. Elas podem
acometer outras espécies, como bovinos, suínos, ovinos e equinos, além
dos seres humanos. Sendo assim, diante da ameaça de contaminação
humana e das exigências dos Órgãos Governamentais de Inspeção
Sanitária, é importante conhecer as características, as medidas de
prevenção e as formas de controle dessas doenças.
A Pulorose
é causada pela bactéria Salmonella pulorum. É uma doença com alta mortalidade. As galinhas são
as hospedeiras naturais da doença, sendo as aves mais jovens as mais suscetíveis. Contudo, a
doença pode ocorrer em outras espécies de aves, como pássaros, papagaios, perus e faisões.

• A Forma de transmissão da doença pode ser horizontal, ou seja, de ave para ave, ou
vertical, que consiste na transmissão entre mãe e filho, por meio do ovo contaminado.
• Os Sintomas apresentados pelas aves jovens são apatia, anorexia, asas caídas, diarreia
esbranquiçada, perda de peso e morte.
• Nas aves jovens sobreviventes, a Pulorose pode causar cegueira e claudicação. Já nas aves
adultas, os sinais clínicos podem ser inaparentes. Porém, quando existem, apresentam-se
na forma de apatia, queda na produção de ovos, diminuição da fertilidade e eclodibilidade,
anorexia, desidratação e diarreia.
• O diagnóstico da doença pode ser comprovado por meio de exame sorológico. Já o
tratamento é feito com antibióticos, como sulfonamidas, nitrofuranos e cloranfenicol, os
quais reduzem a mortalidade, mas a ave continua sendo portadora do agente.
• A prevenção contra a Pulorose pode ser feita por meio de limpeza e desinfecção da granja,
ou ainda pelo controle de insetos e parasitas. Da mesma forma, é importante que as aves
portadoras do agente sejam eliminadas do plantel.
O Tifo Aviário
é causado pela bactéria Salmonella gallinarum. É mais comum nas aves adultas, e as galinhas são as
hospedeiras naturais, mas pode acometer outras aves. Pombos e palmípedes (patos e marrecos) são
resistentes à doença. Os índices de mortalidade da doença vão de moderados a altos: 40 a 80% das aves
infectadas não sobrevivem.

• As formas de transmissão da doença são horizontais direta e indireta, pelo contato entre as aves ou por meio de vetores,
respectivamente. Os Sintomas apresentados podem ser apatia, anorexia, anemia, perda de peso e queda na produção de ovos.
• O tratamento apenas controla a doença, que não tem cura. Entretanto, para evitar a contaminação de todo o plantel, as aves
doentes devem ser sacrificadas. O diagnóstico pode ser comprovado por meio de exames laboratoriais.
• Medidas preventivas, como a limpeza e higiene nas instalações da granja; o controle de insetos, pássaros e roedores, nas
imediações da granja; a remoção de dejetos; assim como evitar locais com águas paradas, ou ainda adquirir aves contaminadas,
podem ser bastante eficazes.
• Somada a todas as medidas preventivas citadas acima, a vacinação tambem é recomendada.

Paratifo aviário
• O Paratifo Aviário é causado por qualquer espécie de Salmonella, com exceção da Salmonella gallinarum, Salmonella pullorum e
Salmonella arizonae. As aves jovens são as mais suscetíveis à doença, mas as aves adultas também podem ser afetadas.
• • Um dos sintomas do Paratifo Aviário, em aves adultas, é a queda na produtividade de ovos.
• A transmissção da doença pode ocorrer de forma horizontal ou vertical. Os sintomas do Paratifo Aviário, em aves jovens, são
apatia, penas arrepiadas, asas caídas, amontoamento e diarreia. Já nas aves adultas, os sintomas são inapetência, diarreia e
queda na produtividade de ovos. Em alguns casos, pode ocorrer cegueira e claudicação. Os índices de morbidade e mortalidade
irão variar, de acordo com o sorotipo de Salmonella. Em aves adultas, as mortes são raras.
• O diagnóstico pode ser comprovado por meio de sorologia, e o tratamento consiste em aplicação de antibacterianos, como a
Enrofloxacina, o Trimetropin, a Danofloxacina, a Sulfa, a Furaltadona e a Gentamicina. Dessa forma, pode-se reduzir a
mortalidade, mas as aves continuam portadoras do agente. Assim como nas outras formas de salmoneloses aviárias, as aves
doentes devem ser sacrificadas, para evitar a contaminação de todo o plantel.
• Algumas medidas preventivas podem ajudar no controle do paratifo aviário, como: - Adquirir aves livres da doença; - Efetivo
controle de vetores, como insetos, pássaros e roedores; - Higiene e desinfecção das granjas; - Medidas de biossegurança; -
Aplicação de boas práticas de mane

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