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3. Doenças infecciosas
ETIOLOGIA
Protozoários
– Filo: Apicomplexa
– Classe: Sporozoa
– Gênero: Plasmodium
Espécies que causam doença humana
– Falciparum
– P. vivax
– P. malariae
– P. Ovale
– P. Knowlesi
VECTOR
• Classe: Insecta
• Ordem: Diptera
• Família: Culicidae
• Gênero: Anopheles
As Fêmeas são hematófagas
Anopheles darlingi
• O malária é causada por parasitas da família Plasmodium e é transmitido pelo mosquito Anopheles
fêmea. Existem quarto espécies diferentes de paludismo humano (P. falciparum, P. vivax, P.
malariae e P. ovale), dos quais o P. falciparum e o P. vivax são os mais prevalecentes e o P.
falciparum o mais perigoso. O P. knowlesi é um plasmódio zoonótico que também infecta seres
humanos.
Vector
Corrente
sanguínea do
hospedeiro
Formas evolutivas do Plasmodium
Esporozoítos
Esquizontes
Hipnozoítos
Merozoítos
Merozoítos Esquizontes
Trofozoites
DURAÇÃO DO CICLO SANGUÍNEO
48 horas 72 horas
P. Vivax P. Malariae
P ovale
P. Falciparum
– Incidência mundial
– Cerca de 219 milhões de casos anualmente
– Cerca de 660. 000 mortes anualmente
– Cerca de 80% dos casos e 91% das mortes em África
– Maioria em crianças < 5 anos
A malária na gravidez caracteriza-se pela invasão do plasmodium na placenta (através dos eritrócitos
infetados). Estes eritrócitos infetados expressam uma variante do antigénio de superfície, PfVAR2CSA.
Este antigénio é específico do género feminino e dependente da gravidez: verificou-se que o género
masculino e as mulheres não grávidas não desenvolvem anticorpos para este antigénio específico.
Pensa-se igualmente que estes antigénios sejam apenas característicos do Plasmodium falciparum. Os
parasitas que originam a expressão deste antigénio na superfície dos eritrócitos levam à adesão dos mesmos
ao sinciciotrofoblasto.
Existem mais de 100 espécies de plasmódios, mas somente 4 infectam o ser humano.
A maioria dos casos e praticamente todas as mortes são causadas por Plasmodium falciparum. As
infecções causadas por Plasmodium viivax, Plasmodium ovale e Plasmodium malariae são menos
graves.
Apesar de alguns progressos, a doença continua endémica em todas as seis Regiões da OMS, sendo
mais grave a prevalência na Região Africana, onde ocorrem, aproximadamente, 90% de todas as
mortes por paludismo.
A malária durante a gravidez produz uma grande variedade de problemas para a gestante, o feto e
o recém-nascido. A infecção por VIH pode diminuir a imunidade à malária durante a gravidez.
Existem mais de 100 espécies de plasmódios, mas somente 4 infectam o ser humano.
A maioria dos casos e praticamente todas as mortes são causadas por Plasmodium falciparum. As
infecções causadas por Plasmodium viivax, Plasmodium ovale e Plasmodium malariae são menos
graves.
Apesar de alguns progressos, a doença continua endémica em todas as seis Regiões da OMS, sendo
mais grave a prevalência na Região Africana, onde ocorrem, aproximadamente, 90% de todas as
mortes por paludismo.
A malária durante a gravidez produz uma grande variedade de problemas para a gestante, o feto e
o recém-nascido. A infecção por VIH pode diminuir a imunidade à malária durante a gravidez.
SUSCEPTIBILIDADE DA GRÁVIDA
A mulher grávida tem uma maior vulnerabilidade para a infecção com malária comparativamente
com a mulher não grávida.
Uma das grandes razões para este facto é a depressão da imunidade que se verifica normalmente
durante a gravidez.
A prevalência da parasitémia periférica é maior na mulher grávida do que na mulher não grávida,
comparando mulheres da mesma idade e vivendo na mesma área geográfica (em zonas
endémicas).
A resposta aos antigénios na grávida - a resposta proliferativa dos linfócitos, em contacto com
o antigénio da malária, está diminuída, em comparação com a resposta dos linfócitos da mulher
não grávida. Além disso, constatou-se que a mulher grávida tem maior predisposição para ser
picada pelo mosquito.
Pensa-se que tal se deve ao facto de durante a gravidez a temperatura corporal estar aumentada e
ao facto de se assistir a um aumento da expiração de dióxido de carbono; dois factores que
parecem contribuir para uma maior atracção do mosquito pela mulher grávida. Para além disto,
verificou-se que as primigestas têm maior suscetibilidade à malária do que as mulheres que já
tiveram filhos. (WHO,2015 )
Uma das possíveis justificações, deve-se ao facto de a imunidade para o antigénio específico de
superfície, PfVAR2CSA, ser adquirida progressivamente com sucessivas gravidezes, estando, pois, ausente
nas primigestas. Outra das razões apontadas, é o facto de as primigestas apresentarem níveis de cortisol
mais elevados originando uma maior depressão da imunidade celular.
Sinais e sintomas
Calor intenso
Dor de cabeça
Náusea e vômito
Temperatura Alta (39-41°C)
Sudorese intensa
Prostração e sono
MANIFESTAÇÕES CLINICAS DA MALÁRIA NA GRÁVIDA
As manifestações clinicas da malária na grávida são inespecíficas e variáveis. O início dos sintomas
é agudo, 7 a 30 dias após a picada do mosquito, e são sintomas semelhantes a uma vulgar “gripe”.
De uma forma geral, ocorrem: febre (que pode ou não ser flutuante), arrepios, mialgias, cefaleias,
náuseas, dor abdominal, diarreia e vómitos.
A malária severa geralmente apresenta-se com um ou mais dos seguintes: coma (malária cerebral),
acidose metabólica, hipoglicémia, anemia severa, edema pulmonar agudo ou lesão renal aguda. Nas
grávidas com malária grave a mortalidade chega aos 50%.
As manifestações clinicas da malária na grávida são inespecíficas e variáveis. O início dos sintomas
é agudo, 7 a 30 dias após a picada do mosquito, e são sintomas semelhantes a uma vulgar “gripe”.
De uma forma geral, ocorrem: febre (que pode ou não ser flutuante), arrepios, mialgias, cefaleias,
náuseas, dor abdominal, diarreia e vómitos.
A malária severa geralmente apresenta-se com um ou mais dos seguintes: coma (malária cerebral),
acidose metabólica, hipoglicémia, anemia severa, edema pulmonar agudo ou lesão renal aguda. Nas
grávidas com malária grave a mortalidade chega aos 50%.
Todas as gestantes das regiões com transmissão estável de malária devem receber duas doses de
tratamento preventivo intermitente. Essas doses devem ser administradas durante as consultas realizadas
depois da 20ª semana de gravidez.
I Trimestre I Trimestre
Artesunato + Amodiaquina ou
Dihidroartemisinina+Piperaquina
Quinino Oral
Desta forma pode-se garantir que uma proporção alta de mulheres receberá pelo menos duas
doses.
Actualmente a droga mais eficiente para o TPI é a sulfadoxina-pirimetamina (Fansidar)
devido à segurança de seu emprego durante o 2º e 3º trimestres de gravidez, sua eficácia em
mulheres em idade reprodutiva e a viabilidade de seu emprego em programas de saúde, pois o
tratamento pode ser feito como dose única supervisionada por um profissional de saúde. Nas
áreas de transmissão baixa ou estável de malária ainda não se conhecem os resultados da
utilização de TPI associado a um manejo rápido e efetivo dos casos e ao uso de mosquiteiros
tratados com inseticidas (MTI).
CONDUTA DE ENFERMAGEM CONDUTA DE ENFERMAGEM
A consulta de enfermagem é privativa e tem como objectivo melhorar a qualidade de vida
da gestante, promovendo sua saúde.
Seu papel é de grande importância na escuta qualificada além de criar um vínculo de
confiança, contribuindo assim para mudanças concretas e saudáveis para sua família e toda a
comunidade, efectivamente em um papel de educador, prestando, assim, uma assistência
qualificada e humanizada.
Na primeira consulta é necessário realizar o exame físico específico e geral da mulher,
incluindo verificar sinais vitais, fazer inspeção de pele e mucosas, palpar tireoide e cervical, axilar
e supraclavicular a fim de identificar algum nódulo ou anormalidade, auscultar pulmão e coração,
examinar abdomém e membros e aferir dados antropométricos.
Deve-se também realizar a coleta da história clínica, que consiste na identificação, dados
socioeconómicos, antecedentes familiares e pessoais, ginecológicos, sexualidade, antecedentes
obstétricos e gestação actual. Além disso, é importante verificar altura uterina, movimentos fetais
(se já houver), auscultar os batimentos cardiofetais, fazer o exame das mamas e o ginecológico.
Também deve ser questionada a existência de náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação,
cefaleia, síncope, sangramento ou corrimento vaginal, disúria, polaciúria e edemas.
Já nas demais consultas, deve-se realizar controles maternos e fetais, analisar resultados de
exames, verificar edema, realizar exame físico direcionado, proceder com a revisão e a actualização
do cartão de pré-natal, com a verificação das vacinas e anamnese, com sintomas e alterações
actuais. Verificar também os sinais vitais e pesagem, orientando quanto à alimentação, ganho de
peso, repouso e demais cuidados que forem necessários.
EXAMES COMPLEMENTARES
REFERÊNCIAS
1. Aldámiz-Echevarría LT, López-Polín A, Norman FF, et al: Delayed haemolysis secondary to treatment
of severe malaria with intravenous artesunate: Report on the experience of a referral centre for tropical
infections in Spain. Travel Med Infect Dis 2016. pii: S1477-8939(16)30166-1. doi:
10.1016/j.tmaid.2016.10.013. [Epub ahead of print]
Estratégia Técnica Mundial para o Paludismo 2016–2030. World Health Organization . 2015.
MINSA. Direcção Nacional De Saúde Pública Programa Nacional De Controlo Da Malária. Directrizes E
Normas De Conduta Para O Diagnóstico E Tratamento Da Malária. ANGOLA 2014.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Malaria Report 2015. França: WHO, 2016.
Disponível em: <http://www.who.int/malaria/publications/world-malaria-report-2016/report/
en>.