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Universidade de Cabo Verde

História do Pensamento Economico

Economia (1 ano)

Tema: Resumo dos capítulos 3 e 5

Livro: História do Pensamento Económico, uma Perspetiva Critica

Autores: E. K. Hunt / MARK LAUTZENHEISER

Elaborador: Emilio Gomes

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Professor: Raimundo Tavares

Introdução

Neste trabalho irei apresentar o resumo do capítulo 3 e o capítulo 5, referente aos


autores Adam Smith e David Ricardo presente no livro HISTORIA DO
PENSAMENTO ECONOMICO, UMA VISÃO CRITICA.

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Desenvolvimento

Capítulo 3 (Adam Smith)

Nascido em 1723 e falecido em 1790, viveu quase toda vida a sua vida na sua terra
Escócia. Adam Smith fez sua faculdade nas universidades de Glasgow e Oxford em
1737 a 1736 e foi professor em Glasgow de 1751 a 1764. Durante sua vida publicou
vários livros importantes para a economia sendo uma das principais, The Theory of
Moral Sentiments em 1759, e a mais importante Na Inquiry into the Nature and Causes
of the Wealth of Nations, que é geralmente chamada de Riqueza das Nações. Smith se
distingue de todos os economistas que vieram antes dele, não só por sua formação
académica e pelos vastos conhecimentos que ele detinha, como também porque foi o
primeiro a elaborar um modelo abstrato coerente, completo e relativo da natureza, da
estrutura e do funcionamento do sistema capitalista.

Foi o primeiro economista a influenciar diretamente no moderno pensamento


económico, através das suas ideias e conceitos importantes formulados
sistematicamente pela por ele mesmo em A Riqueza das Nações.

O Contexto Histórico da Ideias de Smith

De acordo com Smith, o modo de produção capitalista durante o período transitório do


mercantilismo, atingiu seu clímax e revelou com mais clareza as suas características
socioeconómicas na Revolução Industrial, que ocorreu primeiro na Inglaterra e na
Escocia, por volta das décadas do seculo XVIII e o começo do seculo XIX, e depois na
Europa Ocidental no século XIX e XIX. Que rapidamente houve um crescimento na
procura externa dos produtos industrializados nesses países, acabando por desencadear a
revolução industrial, determinadas transformações fundamentais na vida humana. A
indústria têxtil. teve uma grande importância porque convenceu o governo a proibir a
exportação dos sítios na índia garantindo com isso a proteção do mercado interno e os
produtores ingleses como foram já assinalados a demanda externa crescente estimulou a
mecanização da indústria. Em seguida a indústria metalúrgica também teve o seu papel

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importante na arrancada inicial para produção fabril mecanizada no início do século
XVIII A Indústria, dando início ao uso do carvão vegetal que era usado na lhfundição.
Seguiu-se toda uma série de inovações, inclusive as laminadoras, o alto-forno martelo a
vapor esteve os tornos de trabalhar metais. Todas essas invenções levaram ao uma
rápida expansão das indústrias metalúrgicas e de mineração de carvão, o que permitiu o
uso generalizado de máquinas de ferro em uma grande variedade de indústrias,
demonstrando uma grande interesse pelas inovações. contudo é inovação mais
importante adam smith foi o desenvolvimento do motor a vapor vinha facilitar na
produção de vários produtos no começo do seculo XVIII. Contudo seu uso era limitado
atravez de bombeamento de agua , e naquele seculo o vapor estava substituindo
rapidamente a água como principal fonte de energia nas indústria, o desenvolvimento da
energia a vapor levou a profundas mudanças econômicas e sociais.

Concluindo o fato de Adam Smith ter escrito a Riqueza de nações na época em que a
revolução industrial estava apenas começando é uma prova tanto do fato de que muitas
características econômicas que viriam a dominar as grandes cidades industriais no início
do século XXI estavam presente, como também do fato de que Adam Smith era, na
verdade, um cientista social, extremamente por perspicaz. Em que Smith analisava a
organização econômica e das indústrias de sua época, conseguindo claramente observar
como norma, o que muitos historiadores econômicos de hoje, com uma visão
retrospectiva da mesma época, só conseguiria observar como esceção.

As Teorias de Historia e Sociologia, de Smith

Smith tinha como análise a origem e desenvolvimento do conflito de classes na


sociedade e da maneira pelo qual o poder era exercido na luta dessas classes. Nessa
teoria estava apresento um tema que se me discutia com mais detalhes em sua teoria
econômica que era A forma em que os indivíduos pudessem agir de forma egoísta,
estritamente em proveito próprio ou de classe, a qual pertencesem. Contudo, Smith
criava a “mão invisível” que era o funcionamento sistemático leis naturais que visava
Harmonia benevolente do todos os indivíduos na sociedade, criando assim um
equilíbrio, um bem estar para todos.

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Smith, analisava a maneira pelo qual os seres humanos produziam e distribuíam as
necessidades materiais da vida e também o papel determinadas instituições sociais de
qualquer sociedade, bem como das relações pessoais e de classe entre os membros. Ele
acreditava que havia 4 estágios distintos de desenvolvimento econômico e social: A
caça, o pastoreio, agricultura e o comércio, incline entendia os métodos de produção e
distribuição das necessidades econômicas do uma sociedade. Era chave para a
compreensão das suas instituições sociais e governos.

- O estágio da caça foi definido pelo smith como o estado mais baixo e rude da
sociadade , onde a sociadade, a pobreza e a precariadade da existencia envolvia uma
igualdade, ou seja , não existia lideres , donos ou soberanos a um bem comum.

- O estagio mais elevado era o do pastoreio, que era considerado o mais avançado da
sociadade . Nesse estagio, a economia permitia maiores agrupamentos sociais, e
permitia uma forma de riqueza acumulada que era o gado. A propriedade do gado
tprnou-se, então, a primeira forma de relação de propriedade , tendo surgido a
necessidade de criar uma proteção institucionalizada, que era exercida pelo governo no
meio social.

- O terceiro estagio denominada de agricultura, era identificado com a economia


medieval, feudal, em que as sociedades se fixavam permanentemente em uma área, e a
agricultura passava a ser a atividade economica mais importante. Com tudo isso a
sociadade passouna ser dividida em governantes e governados .

O crecimento das cidades para smith, transformou a agricultura rural e criou o estagio
comercial da sociadade, o capitalismo, porque a agricultura mediaval era muito
insuficiente, e a demanda por mais produtos levou-lhes a aumentar a eficiciencia da
produção.

Contudo, numa sociedade de mercado em que a terra e o capital não eram de classes
separadas, quereria dizer que em uma sociadade em que os proprios trabalhadores
controlavam os meio de produção. Smith não tinha duvidas que das 3 classes sociaias, o
trabalho era o único criador de valor e riqueza.

Teoria de Valores , de Smith

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Saindo do ponto de partida teoria é o reconhecimento de que em todas as cidades, o
processo de produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos, os seres
humanos em geral não conseguem sobreviver sem se esforçar para transformar o
ambiente natural de uma forma que lhe seja conveniente. Para Smith o pré-requisito
para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse o produto do trabalho humano.

Já a teoria dos preços de semente baseava no custo de produção. Não Visa, vai explicar
os flutuações concretas e diárias dos preços no mercado. Ele estabeleceu uma distinção
entre preços de mercado e o preço natural em que o preço do mercado era o verdadeiro
preço da mercadoria em determinado momento e em determinado mercado. E o preço
natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar aos
proprietários das terras, ao capitalista e aos trabalhadores, termos sociais. Com isso
Surge o preço de equilíbrio em torno do qual os preços de mercado variavam de 1 dia
para o outro e eram as forças da oferta e da demanda que tendiam a impelir o preço do
mercado para junto do preço natural. Se a demanda fosse grande comparado com a
oferta, e se preço do mercado estivesse mais alto que o preço natural, os lucros
ultrapassariam, a taxa média socialmente aceitável do lucro. Esses lucros, elevados
atraírem outros capitalistas que estivessem sempre procurando encontrar indústrias nas
quais pudessem ter mais lucros à medida que esses novos capitalistas começam a
produzir e a vender a mercadoria, sua oferta. Aumentarei com isso preço bem cheria.

Contudo, pela teoria de Smith, o valor de todas as mercadorias seria maior


simplesmente porque a medida do valor numerico (moeda) teria mudado . Smith não
apresentava argumento algum em defesa da noção de que o aumento do preço de um
bem diminuiria o valor relativo da moeda.

Concluindo nosso pensar sobre a teoria do valor, de Smith, devemos dizer que aqui,
como em muitas outras partes de suas teorias sociais e econômicas, existem
ambiguidades que nos deixam perplexos com a complexidade do valor trabalho.

A Teoria do Bem-estar Economico de Smith

Teoria econômica dos Smith era, acima de tudo, uma teoria normativa ou orientada para
as políticas. Sua principal preocupação era identificar as forças sociais e econômicas
que mais promoveu o bem-estar humano e, com base nisso, recomendar políticas que

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melhor promovessem a Felicidade humana. Pera Smith é definição de bem-estar
económico era bastante simples e direta, porque dependia simplesmente da quantidade
do produto, do trabalho anual e do números dos que deveriam consumi-lo. O bem-estar
poderia ser aumentado à medida que a composição do produto a ser consumido,
correspondência mais às necessidades e aos desejos dos que comprassem e usasseu o
produto.

O nível de produção no qualquer sociedade depende, em sua opinião, do número de


trabalhadores produtivos e do nível da sua produtividade. Ela, por sua vez, depende da
especialização dos trabalhadores. O grau de divisão do trabalho era governado por 2
circunstâncias. Primeiramente, tinha de haver um mercado bem desenvolvido e uma
economia de trocas comerciais, a fim de que houvesse uma especialização generalizada.

Se me também dizia gol capital era mais produtivo em alguns empregos do que em
outros. O capital empregado na agricultura era mais produtivo. O aplicado na indústria
vinha logo a seguir e depois vinha o capital empregado, comércio interno e por fim, o
empregado no comércio externo.

Para Smith o governo era peça-chave pelo regulamento da sociedade para o equilíbrio
obtido nela. Por isso, concluiu que as intervenções regulamentas. Ações as concessões
do monopólio e os seus especiais do governo. Tudo isso tende a alocar mal o capital e a
diminuir esta contribuição pelo bem-estar econômico. Além do mais, esses atos do
governo tem de restringir os mercados, reduzindo assim a taxa de acumulação de
capital. E diminuindo a extensão da divisão do trabalho e, com isso, o nível de produção
social.

Conflito de Classes e Harmonia Social

Como já sabemos o sistema de Smith prevalecia a harmonia, mas é claro que Smith
tinha a consciência de que os motivos egoístas e aquisitivos levavam a conflitos
individuais e a conflitos de classe. Grande parte da análise de Smith, porém, deriva de
sua perspectiva da teoria do trabalho. Assim, ele conseguiu argumentar que o trabalho
era o único criador original de valor, que os trabalhadores tinham de dividir o produto
de seu trabalho.

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Além disso, como vimos, Smith acreditava que os salários fossem determinados por
uma luta econômica, social e política entre trabalhadores e capitalistas, na qual os
capitalistas, quase sempre, levavam a melhor. Também sabia que os empresários
usavam de todos os meios disponíveis para evitar a concorrência e garantir monopólios,
como Smith esperava que se alcançasse o “sistema de liberdade natural”, no qual o
governo só tivesse três deveres e a “mão invisível” dirigisse todos os atos egoístas e
gananciosos para um todo harmonioso e mutuamente benéfico.

Capítulo 5 (David Ricardo)

Nascido em 1772 e falecido em 1823, filho de um rico capitalista inglês, que tinha feito
fortuna na bolsa de valores, após ter migrado da Holanda para a Inglaterra. David
Ricardo teve ainda mais êxito na bolsa de valores do que seu pai, tendo se transformado
em um homem muito rico antes dos 30 anos de idade. Apos a leitura do livro A Riqueza
das Nações, de Adam Smith em 1799, passou o tempo estudando e escrevendo sobre
questões de Economia Política e aumentando a sua fortuna. Sua capacidade de construir
um modelo asbtrato de como funcionava o capitalismo e dele deduzir as sua
implicações lógicas foi insuperável, em sua época. A principal questão social em que
suas opiniões diferiam era o conflito entre os capitalistas e os proprietários de terras.
Ricardo sempre defendia os interesses da classe capitalista. As principais questões
teóricas em que suas ideias diferiam eram a teoria do valor e a teoria da superprodução
de Malthus.

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A Teoria da Renda da Terra e Primeiro Abordagem dos Lucros

A teoria da renda da terra, de Ricardo, em seus princípios, era uma elaboração coerente
da ideia presente em seu Ensaio, de 1815. Ricardo Definir a renda da Terra como a par
do produto da Terra em que é paga ao proprietário pelo uso de mesma. Sua teoria da
determinação da renda baseava-se em 2 hipóteses: A primeira era de que a Terra era
diferente em sua fertilidade, de que todas as terras podiam ser ordenadas a partir do
mais fértil pelo menos fértil; A segunda era é de que concorrência sempre igualava a
taxa do lucro dos fazendeiros capitalistas que arrendassem Terra dos proprietários. O
produto líquido era a quantidade total do capital usado na produção e os salários dos
operários.

Ricardo acreditava que, em geral, a concorrência tenderia a igualar a taxa do lucro de


todos os capitalistas perante a vontade constante de todos os empregadores do capital,
de seguir de um negócio menos lucrativo para entrar num negócio mais lucrativo tem
uma grande tendência a igualar a taxa de lucro de todos. A teoria da renda de Ricardo
era tão importante para as conclusões do seu modelo econômico que definiu que o
produto líquido é formado pelo lucro mais a renda da terra,quer dizer, que é igual ao
produto total, menos os salários e a reposição do capital usado na produção.

Base Economica do Conflito entre Capitalis

No modelo de Ricardo, a renda da terra não era diretamente responsável pela


compressão do lucro. Representava, isso sim, os aumentos do custo do trabalho,
provocados pelo aumento do custo dos cereais – o principal produto para a subsistência
dos trabalhadores. Ricardo teve de mostrar como o aumento dos salários redistribuía
uma parcela cada vez maior do produto líquido do lucro para a renda da terra. A queda
dos lucros significava uma queda da taxa de acumulação e, com isso, um atraso do
crescimento econômico e uma diminuição do bem-estar social geral. Com base nesses
argumentos, Ricardo se opunha às leis dos cereais. Proibindo a importação dos cereais,
o governo britânico estava fazendo com que o setor agrícola usasse terras cada vez
menos férteis. Esse processo estava diminuindo os lucros e acabaria interrompendo o
progresso econômico, se fosse mantido por muito tempo.

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Logo Ricardo percebeu que, para defender seu modelo dessa crítica, precisava elaborar
uma teoria dos preços mais adequada.

A Teoria do Valor-Trabalho

A teoria do valor-trabalho permitiu que Ricardo se concentrasse nas forças que


influenciavam a acumulação de capital. A teoria da utilidade nunca contribuiu para que
essas forças fossem entendidas . Por isso, Ricardo não ficou impressionado com o fato
de a teoria da utilidade poder explicar os poucos preços dos produtos de luxo que não
podiam ser reproduzidos, ao passo que a teoria do valor-trabalhoa é usada para explicar
a estrutura exata dos preços relativos em determinado momento e só podia explicar os
preços das mercadorias que podiam ser reproduzidas livremente.

Ricardo formulou a teoria, apresentando-a, primeiro, como a hipótese simplificada de


que os preços das mercadorias eram estritamente proporcionais ao trabalho nelas
empregado, durante o processo produtivo. Depois, descreveu com algum detalhe como
esse princípio simples teria de ser modificado, devido a uma série de circunstâncias
especiais. Acreditava que essas modificações eram inteiramente explicáveis de modo
sistemático e coerente e que, portanto, não constituíam argumentos contra a teoria do
valor-trabalho, mas que mostravam, isso sim, a complexidade e o realismo da teoria.
Diversamente de Smith, Ricardo achava que sua afirmativa era tão válida para uma
sociedade capitalista quanto para o estado “primitivo e rude” da sociedade.

Determinação de Preços com Diferentes Composição de Capital

De acordo com Smith, para os preços serem proporcionais às quantidades de trabalho


incorporadas às mercadorias, era necessário que a razão entre os lucros e os salários
fosse igual para todas as mercadorias. Como, porém, a concorrência tendia a igualar a
taxa de lucros sobre diferentes capitais, uma razão igual entre lucros e salários
implicava, necessariamente, uma razão igual entre capital e trabalho na produção de
cada mercadoria. Ele tinha percebido que a quantidade de capital por trabalhador diferia
bastante de um setor para outro e que era provável que tais diferenças sempre
existissem. Portanto, abandonou a noção de que a quantidade de trabalho incorporado à

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mercadoria determinava o seu valor. Ricardo então usou uma teoria simples dos preços,
baseada no custo de produção que era a teoria do valor-trabalho e a teoria do valor-
utilidade (que serão discutidas em outros capítulos) são as únicas teorias coerentes que
chegaram a soluções para esse problema. Contudo Ricardo tinha, então, que mostrar
que, mesmo com diferentes razões entre capital e trabalho, a teoria do valor-trabalho
poderia ser modificada para mostrar uma relação sistemática entre o trabalho
incorporado a uma mercadoria e seu valor de troca.

Surgiram três possibilidades relativas à variação do preço da segunda mercadoria.


Primeiramente, o menor aumento dos custos salariais pode mais do que compensar o
declínio de seus custos, causado pela menor taxa de lucro. Nesse caso, seu preço subirá,
mas a uma porcentagem muito menor do que o aumento do preço da primeira
mercadoria. Em segundo lugar, seus custos salariais mais elevados podem ser
exatamente iguais aos seus custos do lucro mais baixo e, nesse caso, o preço
permanecerá inalterado. Em terceiro lugar, a diminuição dos custos do lucro pode ser
maior do que o aumento dos custos salariais e, nesse caso, o preço baixará. (A título de
simplificação, ignoramos quaisquer mudanças dos preços que a segunda firma teria de
pagar por sua maquinaria, em decorrência da variação dos salários.)

A tarefa de Ricardo era explicar sob que condições uma variação dos salários levaria a
uma variação dos preços relativos, muito embora as quantidades de trabalho
incorporado às mercadorias permanecessem inalteradas. I sso era particularmente
importante para Ricardo, porque ele tinha argumentado que o aumento da margem de
cultivo agrícola aumentaria os preços dos cereais; que os preços mais altos dos cereais
exigiriam salários mais altos para manter os operários no nível de subsistência e que
salários mais altos sempre diminuiriam a taxa geral de lucro e o nível médio de preços
dos produtos industrializados. Ele teve de usar a teoria do valor-trabalho para
demonstrar como todos esses efeitos eram fruto de um aumento da margem de cultivo.

Distribuição de Renda e a Teoria do Valor-Trabalho

David Ricardo simplesmente, tentava persuadir os legisladores a aceitar o fato de que os


interesses dos proprietários de terras se opunham a ambas as fontes de melhoria do bem-
estar social e econômico da I nglaterra. A oposição dos legisladores à livre importação
de alimentos era óbvia. Ele também argumentou que os aperfeiçoamentos da tecnologia
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agrícola teriam o efeito imediato de diminuir o trabalho incorporado aos cereais e baixar
os preços agrícolas. O efeito imediato seria uma redução da renda da terra, mesmo que
outros aumentos da área cultivada pudessem acabar recuperando ou superando essa
renda. Os proprietários de terras, de modo geral, se opunham a qualquer coisa que
baixasse imediatamente a renda. Ricardo concluiu que o interesse do proprietário de
terras é sempre oposto ao do consumidor e do fabricante… As relações entre o
proprietário de terras e o público não eram como as do comércio, em que se podia dizer
que tanto o vendedor quanto o comprador ganhavam: naquele tipo de relação, a perda
era somente de um dos lados e o ganho ficava todo para o outro.

A impossibilidade de Superprodução

Ricardo se opôs a essa teoria inicialmente. Ele argumentou que o fato de o capitalista
subsidiar o consumo improdutivo do proprietário de terras lhe daria tanto lucro quanto
um incêndio em seu depósito, que destruísse parte de suas mercadorias. Em segundo
lugar, Ricardo argumentou que as forças da oferta e da demanda ajustariam
automaticamente os preços e a composição do produto agregado, de modo que uma
superprodução geral seria impossível. Nesse último argumento propôs uma análise que
era, em seus elementos essenciais, idêntica à proposta pelo economista francês J. B.
Say.

O argumento é relativamente simples. Ele afirma que os capitalistas só produzem aquilo


de que eles mesmos não necessitam, porque pretendem trocá-lo por algo de que
realmente necessitam. A moeda faz a intermediação na troca, mas não é desejada por si
mesma. Uma pessoa produz uma mercadoria apenas para poder obter uma mercadoria
diferente. Quando troca sua mercadoria por moeda, tem a intenção de trocar a moeda
por outra mercadoria. Como a própria moeda não tem qualquer propriedade útil, que
não o fato de poder comprar outra mercadoria, ninguém quer entesourá-la. Portanto, a
produção cria sua própria demanda. Para cada dólar de mercadorias produzidas por um
capitalista, esse mesmo capitalista tem um dólar de demanda por outras mercadorias.
Ricardo apresentou esse argumento de modo bastante sucinto. Explicou, então, as
depressões de sua época simplesmente como o ajuste necessário aos padrões anormais
de oferta e demanda durante os anos de guerra que a precederam.

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A Maquinaria como Causa do Desemprego Voluntario

Nesse capítulo, ele discutiu a possibilidade de a nova maquinaria que deslocava o


trabalho do processo de produção poder ser prejudicial aos trabalhadores. No primeiro
capítulo, ele discutira os efeitos da introdução de novos tipos de maquinaria que
poderiam diminuir os custos de produção do capitalista. Supusera que isso levaria a
maior produção e a menores preços das mercadorias produzidas por essa maquinaria.
Portanto, concluíra que toda a sociedade se beneficiaria com a maquinaria. Sua crença
de que o público sempre se beneficiaria com a introdução de maquinaria baseava-se no
pressuposto de que os preços de mercado diminuiriam sem problemas e rapidamente e
que o trabalho seria realocado sem problemas e rapidamente para aumentar o volume da
produção. Sua crença de que o público sempre se beneficiaria com a introdução de
maquinaria baseava-se no pressuposto de que os preços de mercado diminuiriam sem
problemas e rapidamente e que o trabalho seria realocado sem problemas e rapidamente
para aumentar o volume da produção.

Ricardo afirmou, depois, que ainda achava que os capitalistas e os proprietários de


terras se beneficiariam com essa mudança na tecnologia de produção, mas “que a
substituição de trabalho humano por maquinaria é, frequentemente, muito prejudicial
aos interesses da classe operária”. 55 I sso ocorria porque os trabalhadores seriam,
inicialmente, desviados da produção de bens-salários para a produção de bens de
capital.

Ricardo concluiu “que a opinião da classe trabalhadora de que o emprego de máquinas


era, muitas vezes, prejudicial aos seus interesses, não se baseava em preconceito ou
erro, mas estava de acordo com os princípios corretos de Economia Política”.

A Teoria das Vantagens Comparativas e Comercio Internacional

Ricardo foi o primeiro economista a argumentar coerentemente que o livrecomércio


internacional poderia beneficiar dois países, mesmo que um deles produzisse todas as
mercadorias comerciadas mais eficientemente do que o outro. Também foi um dos
primeiros economistas a argumentar que, como o capital era relativamente imóvel entre
as nações, era preciso elaborar uma teoria separada do comércio internacional,
diferenciado do comércio interno do país. Ricardo argumentava que um país não precisa
ter uma vantagem absoluta na produção de qualquer mercadoria, para que o comércio
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internacional entre ele e outro país seja mutuamente benéfico. Vantagem absoluta
significava maior eficiência de produção ou o uso de menos trabalho na produção. Dois
países poderiam beneficiar-se com o comércio, se cada um tivesse uma vantagem
relativa na produção, ou seja que cada um deles poderia ter, pelo menos, uma
mercadoria na qual a quantidade relativa de trabalho incorporado seria menor do que a
do outro país.

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Conclusão

Neste trabalho conclui que Adam Smith e David Ricardo foram grandes influenciadores
económicos nos vastos métodos económicos existentes. Tiveram um grande impacto na
sociedade através de livros e métodos partilhados no mundo económico.

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