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Adam Smith

Participantes: Ana Beatriz Antonelli, Izabela Helito e Lara Letícia


Andrade

 Adam Smith nasceu em 1723, em Kirkcaldy, cidade localizada na Escócia. Fez


seu colégio em “Burgh School of Kirkcaldy”, e em 1737 entrou na Universidade
de Glasgow, onde estudou humanidades
 Ao terminar seus estudos em Glasgow, Smith se pós graduou na Universidade
de Oxford, se dedicando aos estudos filosóficos. Adam Smith ainda se
estabeleceu como conferencista de ética em Edimburgo
 Já 1751, de volta à Universidade de Glasgow, começou a lecionar lógica e
filosofia moral. Já em 1758, com 35 anos, se tornou reitor da universidade,
convivendo em seu meio com James Watt, inventor da máquina a vapor e com
David Hume, também filósofo, que teve grande influência nos pensamentos de
Smith
 Em 1759, publicou sua primeira obra “Teoria dos sentimentos morais”, em que
aborda questões acerca da natureza humana, seu egoísmo e suas paixões. Já
em 1763, Adam Smith se tornou tutor do Duque de Buccleuch, o levando para
estudar em diversas cidades da Europa. Durante a jornada, em Paris, o filósofo
teve contato com as teses iluministas, influenciando seu pensando liberal. Nos
anos seguintes, Smith se dedicou a investigar o motivo da riqueza dos países,
vindo, em 1776, a publicar o livro “Riqueza das nações”. Por fim, foi nomeado
comissário da alfandega em Edimburgo, onde passou o resto de sua vida,
vindo a falecer em 1790 com 67 anos.

 Adam Smith foi fortemente influenciado pela Revolução Industrial visto que o
surgimento das máquinas ocorreu rapidamente e tal mudança exigia um novo
modelo de organização econômica
 Além disso, após passar alguns anos residindo em território francês, foi guiado
pelos princípios do Iluminismo o qual foi considerado o movimento intelectual
de maior importância da história da França, sendo caracterizado por ideais de
liberdade e igualdade entre os indivíduos
 O autor criticava o Antigo Regime e suas práticas mercantilistas, pois os
privilégios e a vida extremamente supérflua dos monarcas e a política externa
desordenada prejudicavam a imposição de aspectos mais igualitários na
sociedade como um todo
 O liberalismo econômico é uma corrente econômico-ideológica que possui
como conceito básico a não-intervenção do Estado na economia, deixando que
o próprio meio comercial se autorregule. Ademais, pode-se também
caracterizá-lo pela defesa da propriedade privada, livre-concorrência e o
estabelecimento da vantagem comparativa e do câmbio-livre
 Adam Smith foi considerado o pai do liberalismo econômico, por ser pioneiro
na organização e síntese das ideias abordadas em questão
 O paradoxo “Das Adam Smith Problem”, desenvolvido pela Escola Histórica
Alemã, alega que entre as duas maiores obras do autor “Teoria dos
sentimentos morais” e “Riqueza das nações” há a possibilidade de enxergar
discordâncias entre os instintos humanos descritos, gerando um debate
ideológico entre os que concordam com tal pensamento e os que acreditam na
união dessa formatação do “eu”
 Trazendo o liberalismo econômico para a contemporaneidade, pode-se afirmar
que, como qualquer outro movimento ideológico, possuem vantagens e
desvantagens no seu funcionamento prático
 Entre as suas inúmeras vantagens, é indispensável citar o melhor
funcionamento da máquina pública e dos serviços privatizados, fluxo livre de
capital internacional, e a possibilidade do crescimento individual das nações
 Já pelo aspecto negativo, o aumento das desigualdades socioeconômicas e o
crescimento drástico das divergências entre os interesses individuais e
coletivos tornam-se os maiores impasses do modelo ideológico em análise.

 Na cidade de Adam Smith, na Escócia, a única atividade industrial existente


era uma pequena fábrica de alfinetes. Foi lá onde ele iniciou seus estudos
sobre a organização e funcionamento das indústrias, por isso o autor inicia o
volume 1 de “A riqueza das nações” utilizando esta fábrica como exemplo
 Durante a obra, ele explica que um funcionário não treinado para esse tipo de
atividade e não familiarizado com as máquinas lá utilizadas, teria grande
dificuldade em produzir alfinetes, pois não conseguiria fabricar mais de vinte,
visto que a falta de especialização, juntamente com a pausa entre as etapas do
processo produtivo, tornou-o lento
 No entanto, Adam Smith defende que quando há divisão do trabalho, a
produção torna-se mais rápida e prática
 Nas palavras de Smith: “A divisão do trabalho, na medida em que pode ser
introduzida, gera, em cada ofício, um aumento proporcional das forças
produtivas do trabalho” e “É a grande multiplicação essa decorrente da divisão
de trabalho – que gera, em uma sociedade bem dirigida, aquela riqueza
universal que se estende até as camadas mais baixas do povo”
 Portanto, pode-se afirmar que esta divisão só traz vantagens: além de diminuir
o desemprego, gera uma maior produtividade, capaz de deixar o produto mais
barato. O tal, tendo preço inferior, permite que mais pessoas o comprem, fato
que aumenta o lucro do dono da fábrica
 Dessa forma, os salários dos trabalhadores também sofrerão aumento. Não à
toa que a divisão do trabalho, atrelada à liberdade econômica, é considerada a
base da riqueza das nações para Adam Smith
 Por fim, ele explica que o grande aumento da produção, consequência desta
divisão, pode ser explicado através de três fatores: destreza/agilidade dos
trabalhadores, diminuição do tempo perdido, e, por fim, a utilização de
máquinas que facilitem seu trabalho
 De acordo com Adam Smith, “No caso de quase todas as outras raças de
animais, ao atingir a maturidade, é totalmente independente e, em seu estado
natural, não tem necessidade da ajuda de nenhuma outra criatura vivente. O
homem, entretanto, tem necessidade quase constante da ajuda dos
semelhantes, e é inútil esperar esta ajuda simplesmente da benevolência
alheia. Ele terá maior probabilidade de obter o que quer, se conseguir
interessar a seu favor a autoestima dos outros, mostrando-lhes que é vantajoso
para eles fazer-lhe ou dar-lhe aquilo que ele precisa”
 A partir disso, podemos criar um exemplo entre açougueiros, cervejeiros e
padeiros. Na analogia feita, é possível por um padeiro que fornece pão ao
açougueiro e, em troca, recebe carne. Ambos não tomam atitude por bondade,
mas sim para satisfazer seus próprios interesses. Com isso, partem do
pressuposto de garantir a concretização de suas vontades individuais, mas,
mesmo que de forma não intencional, passam a ajudar um ao outro, gerando o
estabelecimento do bem comum
 De acordo com Adam Smith, o valor de um produto está relacionado com o
tempo e trabalho colocado em sua produção, e não com a sua utilidade. De
acordo com suas palavras: “... o valor superior do seu produto muitas vezes
não pode consistir em outra coisa senão numa compensação razoável pelo
tempo e trabalho despendidos na aquisição dessas habilidades”. Em uma
sociedade primitiva, todo o fruto do trabalho pertence ao trabalhador, que
também é o dono dos meios de produção
 Já em uma sociedade evoluída, ao trocar-se um produto por dinheiro, este
deve ser suficiente para pagar o preço dos materiais, salário dos trabalhadores
e o lucro do empresário, pelo seu trabalho e risco que assume ao empreender
um negócio
 O valor da mercadoria deverá ser superior ao trabalho empregado. Se esta for
vendida exatamente pelo preço de custo (valor natural), o proprietário terá
prejuízo em seu negócio
 Preço de mercado é o valor real ao qual um produto é vendido. Ele pode ser
superior, inferior ou coincidir ao seu preço natural, e é calculado a partir da
quantidade e da demanda de determinado produto
 A água é infinitamente mais útil que um diamante. Ela é indispensável para a
vida humana. O diamante, por sua vez, trata-se de uma espécie de luxo, algo
supérfluo. Evidentemente é algo supérfluo para a vida humana. No entanto,
seu preço é extremamente superior ao da água. Isso ocorre porque o valor de
uso não determina o valor de troca
 De acordo com o pensamento do autor, as coisas que possuem maior valor
para uso cotidiano, quase sempre, têm valor de troca mínimo ou nulo, ou seja,
as coisas de menor utilidade costumam valer mais
 Situações hipotéticas para a lei da oferta e da procura:
1- Se um produto estiver no mercado em quantidade inferior à sua demanda
efetiva (quem deseja e possui condições de pagar por determinado
produto), ou seja, não será suficiente para abastecer todos que o desejam,
as pessoas estarão dispostas a pagar mais por ele. Logo, seu preço subirá.
Seu preço de mercado será superior ao seu preço natural
2- Se sua quantidade for semelhante à sua demanda efetiva, o seu preço de
mercado coincidirá com seu preço natural. Os vendedores não conseguirão
vender por um preço superior, mas não serão obrigados a aceitar um preço
inferior ao natural
3- No entanto, se a quantidade ultrapassar sua demanda efetiva, o preço de
mercado será inferior ao seu preço natural, sendo assim, as crises geradas

 Em suma, Smith acreditava que o mercado se autorregulava, não necessitando


da intervenção estatal na economia. Cabe ressaltar, que ele não era um
anarquista. Estes defendem a ausência de um Estado e qualquer outro tipo de
hierarquia e dominação. Adam, por sua vez, defendia apenas o Estado mínimo
no âmbito econômico, mas atuante em outros setores, como proteção,
segurança, justiça e na realização de obras públicas
 Ademais, ele era a favor da livre concorrência. O próprio mercado ajustaria
seus valores e taxações por meio do que hoje chamamos de Lei da oferta e da
procura. A livre concorrência forçaria as empresas a melhorarem sua qualidade
e produção. Consequentemente, as que não oferecerem um bom produto ou
não conquistassem o público seriam retiradas do mercado.

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