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EM EDIFÍCIOS E CIDADES
AULA 6
CONTEXTUALIZANDO
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e que proteja os recursos econômicos frente à exploração realizada por
interesses específicos; e
• a sustentabilidade social se baseia no desenvolvimento da sociedade por
meio de um processo participativo, envolvendo todos e todas para o
equilíbrio entre os diversos setores da sociedade em uma convivência
pacífica.
Ecológica
Suportável Viável
SUSTENTÁVEL
Social Econômica
Equitativa
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Building Council Brasil (GBC Brasil) contém cursos, artigos, estudos de caso e
informações sobre as certificações LEED e GBC Brasil, duas das principais
certificações utilizadas no Brasil. No tópico 5, abordaremos mais algumas
certificações.
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Para saber mais sobre a temática, veja: Green Building Council (GBC
Brasil). Disponível em: <https://www.gbcbrasil.org.br/>. Acesso em: 24 jun.
2022.
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Em centros urbanos adensados, a temperatura pode variar de 5°C a 10°C
a mais em relação à temperatura em um parque na mesma cidade e no mesmo
horário. Por isso a importância de existirem áreas verdes urbanas, para além de
funcionarem como ambientes de lazer e descompressão do estresse para as
pessoas. O efeito da ilha de calor pode ser minimizado pelo uso de materiais
reflexivos ou de cor branca nas superfícies das edificações, principalmente nos
telhados.
As coberturas verdes, assim como as áreas verdes dos parques e praças,
são recursos muito interessantes para diminuir as ilhas de calor, reduz a poluição
do ar, além de servir como hábitat para a fauna local, principalmente para aves.
A presença de água eleva a umidade do ar e da vegetação, e reduz a
velocidade do vento, sombreia e absorve o ruído. Onde há vegetação com áreas
permeáveis, contribui-se para a eliminação das águas da chuva da superfície.
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2 Para acessar o documento na íntegra referente ao Plano Nacional Eficiência Energética 2021,
acesse: <https://www.gov.br/mme/pt-br/assuntos/secretarias/spe/publicacoes/plano-nacional-
de-eficiencia-energetica/documentos/plano-nacional-eficiencia-energetica-pdf.pdf/view>.
Acesso em: 25 jan. 2023.
3 O Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações – Procel Edifica – foi instituído
Fonte: EPE, Atlas da Eficiência Energética Brasil – 2021, figura 11, p. 23.
4 As usinas termelétricas são alimentadas por combustíveis fósseis como carvão mineral, gás
natural ou derivados do petróleo e as usinas hidrelétricas, apesar de ser uma fonte energética
renovável, não podem ser construídas em qualquer lugar e causam um grande impacto ao meio
ambiente onde são implantadas.
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É fundamental salientar que obter edificações energeticamente eficientes
só é possível quando incorporamos essas premissas desde a concepção dos
projetos. Em outras palavras, adaptar edificações para consumirem menos
energia é possível, mas os resultados serão sempre inferiores quando já
pensamos o projeto com essa finalidade.
Desse modo, adotando a eficiência energética como pressuposto
projetual, podemos alinhar os parâmetros de implantação e orientação solar,
formas das coberturas e componentes construtivos que já contribuam com essa
finalidade na concepção da edificação. Quanto aos componentes construtivos,
as propriedades dos materiais e das superfícies determinam a absorção,
reflexão e emissão de radiação solar em ondas curtas e longas5, tendo, portanto,
a edificação a capacidade de afetar a eficiência energética dela própria, como
também do microclima urbano em seu entorno.
Programas públicos como o Procel Edifica atuam para aumentar a
eficiência no consumo final da energia elétrica por meio de ações sobre a
demanda de energia. Definitivamente, a fonte energética mais acessível
financeira, social e ecologicamente – ou seja, sustentável – é a obtida por meio
de estratégias voltadas à eficiência energética. Na leitura indicada a seguir, você
terá acesso a muitos dados complementares a respeito da política energética
praticada no Brasil, assim como exemplos de projetos eficientes.
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5Para entender como se comporta a edificação na emissão de ondas curtas e longas ver a
apostila “transferência de calor na envolvente da edificação”, de ORDENES, LAMBERTS e
GÜTHS, 2008. Disponível em:
<https://labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Apostila_08.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2023.
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2.1 O consumo de energia no ambiente construído
Fonte: EPE, Atlas da Eficiência Energética Brasil – 2021, figura 17, p. 30.
Fonte: EPE, Atlas da Eficiência Energética Brasil – 2021, figura 20, p. 32.
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quando não consideramos o clima local para definir o desenho urbano e das
edificações, as condições de conforto ambiental obtidas naturalmente são
inadequadas, ou seja, obtemos o desconforto ambiental.
Nosso objetivo como projetistas deve ser sempre possibilitar que o próprio
ambiente construído atue como recurso para o controle das variáveis climáticas
externas o máximo possível. Isso só é alcançado quando, por meio de
especificações adequadas bioclimaticamente, definimos os componentes
construtivos (paredes, pisos e coberturas), os recursos para o lote (água,
vegetação, sombra, tipo de drenagem) e gerenciamos o uso do vento e do sol
em prol da eficiência da edificação. Na leitura indicada a seguir, você poderá
conhecer melhor como a climatologia urbana nos auxilia na prática projetual.
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8Para acesso a dados mais detalhados do consumo energético no Brasil, acessar relatório “Atlas
da Eficiência Energética – Brasil 2021”. Disponível em: <https://www.epe.gov.br/sites-
pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-
651/Atlas2021_PT_2022_02_04.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2023.
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energia gerada fica vinculada ao funcionamento da climatização, sendo que
poderia ser utilizada para outras finalidades.
Os projetos-padrão, muito utilizados pelo poder público por otimizarem
orçamento e execução, também são desenvolvidos para qualquer contexto,
demonstrando ausência de vínculos entre a solução projetual e o ambiente físico,
ambiental e social de onde serão implantados. Infelizmente, o predomínio de
soluções padronizadas e a desconsideração das especificidades climáticas
locais promove as ilhas de calor, já abordadas nesta etapa. Portanto, o
desconhecimento e a desconsideração das condições climáticas locais para o
projeto arquitetônico e urbano podem comprometer a saúde física e psicológica
das pessoas, além de causar dependência dos sistemas de climatização ativa e
elevação do consumo de energia elétrica.
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simplesmente, atender aos princípios básicos de segurança alimentar
ou de qualquer outra natureza.
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impactando cada vez mais a economia e a produtividade. Segundo a publicação
da FGV (2015), a perspectiva é que
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inteligentes e conectadas. Nas leituras a seguir, é possível encontrar diversos
artigos a respeito dos Anais do III Simpósio Internacional LAVITS: Vigilância,
Tecnopolíticas, Territórios, abordando sempre o impacto social do uso das
tecnologias inteligentes na gestão das cidades.
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Para saber mais sobre a temática, confira: Confira o ranking com as 100
cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil.
Disponível em:
<https://portal.connectedsmartcities.com.br/2022/10/08/confira-o-ranking-com-
as-100-cidades-mais-inteligentes-e-conectadas-do-brasil/>. Acesso em: 24 jan.
2023.
Anais do III Simpósio Internacional LAVITS: Vigilância, Tecnopolíticas,
Territórios. Disponível em: <http://lavitsrio2015.medialabufrj.net/anais/>. Acesso
em: 9 fev. 2023.
9 Big Data é o termo em Tecnologia da Informação (TI) que trata sobre grandes conjuntos de
dados que precisam ser processados e armazenados. Atualmente, o volume de dados gerado é
imenso e diverso, todos os dias bilhões de novas informações são geradas globalmente em todos
os Apps, Sistemas, TVs, Celulares, aparelhos com IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas)
os quais estão o tempo todo capturando, processando e armazenando novos dados.
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Opoku et al. (2021) dizem que o gêmeo digital é resultado da aplicação
de cinco dimensões: a virtual, a física, a conexão entre elas, big data e os
serviços. Ou seja, os Gêmeos Digitais são criações virtuais de uma estrutura
(uma casa, um edifício, um carro, uma máquina) exatamente igual ao objeto real,
contendo todos os seus componentes, com suas características e
comportamento físico simulados no ambiente virtual. Por esse motivo, é possível
a integração de dados físicos com virtuais resultando em informações de dados,
que, por sua vez, possibilitam análises inteligentes e avançadas, contribuindo
com a gestão do artefato durante todo seu ciclo de vida.
Crédito: Gorodenkoff/Shutterstock.
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construção (equipamentos, materiais, pessoas e processos), em infraestruturas
(pontes, estradas, viadutos) ou em cidades inteiras, tornando esses ativos
inteligentes, no sentido do uso e da troca da informação entre as coisas e entre
o gestor humano.
O conjunto de ferramentas, técnicas e procedimentos multidisciplinares
necessários para a análise de tantos e diversos dados para o estudo das
cidades, contemporâneas e futuras, é chamado de Urban Analytics e se efetiva
principalmente pelo sistema de informação geográfica 10 (GIS), Sensoriamento
Remoto 11 e Big Data. Especialistas relacionam esse campo de atuação a uma
nova modalidade de pesquisa urbana, que explora os recursos de Big Data que
estão sendo disponibilizados nas mídias sociais, crowdsourcing 12 e redes de
sensores e utiliza os recursos da atual tecnologia computacional.
O fato é que toda essa tecnologia será a base da Cidade 5.0. As
tecnologias usarão uma quantidade crescente de Aprendizado de Máquina
(Machine Learning – ML) e Inteligência Artificial (Artificial Intelligence – AI) para
fornecer informações que permitirão aos gestores tomar decisões mais rápidas,
aumentando a eficiência dos processos.
É fundamental ressaltar que, embora a tecnologia torne possível coletar e
fornecer as informações necessárias para as decisões, são os seres humanos
que continuarão a tomar essas decisões. A primeira decisão é sobre quais
tecnologias serão necessárias para atender às crescentes expectativas para
uma melhor qualidade de vida na Cidade 5.0, na medida em que as pessoas
estarão cada vez mais conscientes das metas de desenvolvimento sustentável
10 Um sistema de informação geográfica (GIS) cria, gerencia, analisa e mapeia todos os tipos de
dados. GIS conecta dados a um mapa, integrando dados de localização (onde as coisas estão)
com todos os tipos de informações descritivas (como as coisas são lá). Isso fornece uma base
para mapeamento e análise que é usada na ciência e em quase todos os setores. O GIS ajuda
os usuários a entender padrões, relacionamentos e contexto geográfico. Os benefícios incluem
melhor comunicação e eficiência, bem como melhor gestão e tomada de decisões. Para
conhecer mais, acesse o link disponível em: <https://www.esri.com/pt-br/what-is-gis/overview>.
Acesso em: 9 fev. 2023.
11 Sensoriamento remoto é um termo utilizado na área das ciências aplicadas que se refere à
obtenção de imagens à distância, sobre a superfície terrestre. Essas imagens são adquiridas por
meio de aparelhos denominados sensores remotos, colocados a bordo de aeronaves ou de
satélites. Para conhecer mais, veja o link disponível em:
<http://www3.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm#:~:text=Sensoriament
o%20remoto%20%C3%A9%20um%20termo,de%20aparelhos%20denominados%20sensores
%20remotos>. Acesso em: 9 fev. 2023.
12 Crowdsourcing é uma forma de conseguir serviços/ajuda de forma colaborativa para geração
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d´água e solo são uma potencial fonte de poluição ao meio ambiente. Na figura
a seguir, temos uma usina completa para destinação de resíduos, desde o
tratamento, incineração e reciclagem.
TROCANDO IDEIAS
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NA PRÁTICA
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Para saber mais sobre a temática, veja: Selo Casa Azul + Caixa.
Disponível em: <http://www.pbeedifica.com.br/>. Acesso em: 24 jun. 2022.
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
EPE, Empresa de Pesquisa Energética. 2022. BEN 2022. Relatório Síntese. Ano
base 2021. Disponível em: <https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-
abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-675/topico-
631/BEN_S%C3%ADntese_2022_PT.pdf >. Acesso em: 21 jan. 2023.
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LIM, X. Os materiais super frios que devolvem calor para o ambiente (The
super-cool materials that send heat to space). Tintas, plásticos e até mesmo
madeira podem ser preparados para permanecerem frios sob a luz direta do sol.
31 dez. 2019. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/d41586-019-
03911-8>. Acesso em: 24 jan. 2023.
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