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Sustentabilidade na Construção Civil: Histórico, Conceito, algumas

Técnicas e Tecnologias utilizadas no Brasil.

Ângelo Ribeiro da Silva Junior 1, Jackson Lima de Freitas


(angelojunior30@hotmail.com; jacksonjc1085@hotmail.com)

Professor orientador: Me. Paulo Ricardo Ramos Santos

Coordenação de curso de Engenharia Civil

Resumo

A industrialização e modernização dos processos, seguida da tão importante quanto,


globalização trouxe ao longo dos anos o consequente aumento populacional e uso não moderado
das matérias primas e fontes de energia. Conceber um desenvolvimento sustentável em cada
área da vida humana hoje é o objetivo das mais variadas vertentes de estudos e práticas no
mundo, e com a engenharia civil não poderia ser diferente. Dessa maneira, concentra-se este
artigo em trazer à baila um breve estudo da sustentabilidade no âmbito da engenharia civil em
seus conceitos e autores relevantes, com o objetivo de apresentar os métodos e algumas formas
de implementação das composições teóricas no campo de trabalho do engenheiro, os quais já
vem produzindo resultados há alguns anos, finalizando com o panorama apresentado pelo Brasil
neste ramo ao longo dos anos, bem como a contribuições de cunho legislativo do país nesses
aspectos.. Tudo isso a partir de uma densa pesquisa bibliográfica e análise de dados,
apresentados de maneira descritiva, tratando-se nesse caso de uma pesquisa qualitativa.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Construção Civil. Engenharia.

1. INTRODUÇÃO

Agopyan e John (2011), segundo os autores, atualmente vemos em diversos âmbitos ser
proferida a palavra “sustentabilidade”. Mas o que de fato significa esse termo? Por que a sua
crescente utilização nos mais variados meios nos últimos anos? De acordo com o dicionário da
língua portuguesa, o significado da palavra sustentabilidade se atem a: “ qualidade ou condição
do que é sustentável” e “modelo e sistema que tem condições para se manter ou conservar”.
Na visão de Correa (2009), tenta-se bem mais ao um segundo significado, podemos
inferir que sustentabilidade nada mais é que o modo de vida ou do viver de uma sociedade, um
grupo ou um sistema, no qual este mesmo possui as condições necessárias de se manter vivo,

1
Graduando em Engenharia Civil – Faculdade AGES.
ou em funcionamento utilizando seus próprios recursos. Ou seja, quando com nossas próprias
matérias primas e por assim dizer, riquezas, podemos nos manter, viver, nos alimentar, vestir,
trabalhar, garantindo a sobrevivência de toda a comunidade (SEVERIANO, 2021).
Deste fato, é indiscutível que numa visão global a sustentabilidade seja hoje uma palavra
muito mencionada, posto que as consequências climáticas da má ingerência dos recursos
naturais mundiais estão sendo sofrida por todos de maneira mais concreta e visível atualmente.
Sejam em catástrofes naturais, sejam em escassez de recursos, aquecimento global,
desaparecimento de espécies, crescimento de pragas, má qualidade do ar e alimentos imbuídos
em agrotóxicos, entre outros ( CORTES.ET., 2011).
Nesse sentido, expomos neste trabalho uma concepção acerca da sustentabilidade na
construção civil, posto que este setor é um dos mais importantes para economia mundial, sendo
de grande autoridade em todos os países do mundo tanto por impulsionar o desenvolvimento
econômico e social ou contribuição do produto interno bruto, tanto na geração de empregos,
arrecadação de impostos, urbanização, entre outros aspectos. Garantindo assim a
sustentabilidade na construção civil, ações antes, durante e depois das construções, sejam
realizadas ações que potencializem a viabilidade, reduzam os impactos e proporcione uma boa
qualidade de vida para as atuais e futuras gerações. (SEVERIANO, 2021).
Para tanto, iniciamos pelo histórico e os conceitos utilizados perante os estudiosos do
tema, os quais necessitam permear um meio interdisciplinar. Evocamos marcos teóricos das
considerações acerca de sustentabilidade, passando pelo Relatório Brundtland a agenda 21, a
fim de dar sustentabilidade referencial ao nosso projeto ( CORREA, 2009).
Em seguida, apresentamos as mais utilizadas técnicas empregadas no ramo da
construção civil para perpetuação da sustentabilidade, a exemplo dos chamados telhados
verdes, o reaproveitamento de água e resíduos sólidos, o emprego de energias renováveis na
construção, bem como findamos a trazer à tona a contribuição das novas tecnologias para o
auxílio na preservação do meio ambiente.
Damos continuidade salientando a importância das certificações e as legislações que
foram criadas ao decorrer dos anos e desde então fazem parte do dia a dia do engenheiro dentro
da construção civil. Por fim, damos uma breve retomada histórica da inserção e do emprego da
sustentabilidade na construção civil do país, trazendo dados relevantes e dando um panorama
geral em seu contexto atual.

2. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: HISTÓRICO E


CONCEITOS.
É fato que há, em todos os campos de estudos, meios para se pensar em um modo
sustentável para viver, a fim de manter a terra em pleno funcionamento para a próximas
gerações, e com a engenharia civil não seria diferente, principalmente dentro da construção
civil. Isto porque, de acordo com Agopyan e John (2011), em seus estudos sobre os desafios da
sustentabilidade na construção civil, este é um ramo responsável por transformar toda a
estrutura e o natural ao seu redor, criando assim um novo ambiente para aquele local, e,
portanto, há necessidade de prévio estudo, constatações, projetos que visem a melhor adequação
para aquele meio que cause o mínimo impacto natural possível.
Dados do Conselho Internacional da Construção davam conta que em 2014, a indústria
da construção era o setor que mais utilizava recursos naturais no mundo, dentre esses, e com
maior potência, a energia. Além disso, afirmavam ainda, que mais de 50% dos resíduos gerados
pela atividade humana na terra seriam oriundos do fazer da construção (AGOPYAN E JOHN,
2011).
O termo sustentabilidade dentro da construção civil foi publicamente discutido ainda no
fim dos anos 80, dentro do conceito de desenvolvimento sustentável vislumbrado no Relatório
Brundtland, no encontro da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das
Nações Unidas - CMMAD, o qual apresentava que a desigualdade mundial, em que existiam
total diferença entre países com grande desenvolvimento e consumismo e países de terceiro
mundo, era uma das principais geradoras das crises ambientais mundiais (CORREA, 2009).
Mesmo não trazendo medidas concretas do que deveria ser feito, esse encontro
protagonizou um pacto entre países para que o meio ambiente seja preservado e utilizado por
gerações futuras a partir de medidas de prevenção ambiental. De fato, o objetivo indicado foi
utilizar no presente, sem comprometer o futuro, com medidas de diminuição do consumo de
energia, limitação de crescimento populacional, preservação ambiental e construção de
tecnologias de energias renováveis. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO, 1988).
Já impactando diretamente na construção civil, observamos, num contexto geral
sugestões como o uso de novos materiais de construção, a reestruturação da distribuição de
zonas residenciais e industriais, o aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia,
sendo solar, eólica, geotérmica, entre outras, bem como a reciclagem e reuso de materiais
aproveitáveis. Estes podem, por assim dizer, serem pontos expressivo da concatenação dos
esforços para mudanças, as soluções encontradas naquele momento para a melhoria de um
futuro próximo e distante. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO, 1988).
Neste ponto, trechos da própria súmula do relatório externam tais afirmações sobre o
que seria o desenvolvimento sustentável:
Um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a
direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a
mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro,
a fim de atender as necessidades e aspirações humanas. (COMISSÃO
MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1988,
p.46).

Contudo, de acordo com Meadows et.al. (1972), ainda nos anos 60 já era possível
afirmar e identificar que a utilização de recursos naturais, por meio da construção civil, seria
inviável ao longo dos próximos anos, isto porque, a construção civil, em seus primórdios não
se atentava ao emprego de técnicas e gerência de recursos, mas sim, de apresentar o quanto fora
solicitado, atendendo as necessidades do momento e ao lucro, sem uma conjecturação de
paradoxo futuro. Ou seja, em sua criação e desenvolvimento inicial não foi preocupação da
construção civil a finitude dos recursos e nem mesmo os impactos ambientais causados pela
desproporcional utilização desses.
Assim, tidas como iniciadas as discussões oficiais acerca do tema por todas as nações
no final da década de 80, no início da década de 90 essas tratativas foram continuadas a partir
da chamada Rio 92 ou Eco 92 e a criação da Agenda 21. A primeira, a Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, e a segunda o
documento com as mais diversas indicações para um melhor relacionamento entre os 178 países
participantes, com os recursos naturais, relações entre eles próprios e seus setores econômicos
(SILVA & MENEZES, 2000).
Destarte, a agenda fora o maior tratado de cunho ambiental, diplomático, político e
também científico, trazendo vinte e sete princípios a serem seguidos pelos países do mundo,
dentre eles o direito ao desenvolvimento sustentável. É o que Correa (2009) chama de “Agenda
para o desenvolvimento sustentável”, onde o meio ambiente e sua preservação é colocado em
primeira demanda a todos. Tal acontecimento serviu ainda para a criação de comissões para o
acompanhamento de agendas nacionais, e para diretrizes orientadas a países em
desenvolvimento.
Agopyan e John (2011), em seu livro já mencionado, leva a nos atentarmos que, mesmo
sendo o ramo da construção civil, uma das indústrias que mais consome recursos naturais e
geram resíduos no mundo, a discussão quanto ao enfrentamento dos problemas de
sustentabilidade demoraram a ser pautas no setor. Toda essa maior preocupação passou a ser
revelada ao final da década de 90, a partir de movimentos ambientalistas e estudos sistemáticos
dos impactos associados à atividade de construção.
Assim, em 1998 o Congresso Mundial da Construção Civil do CIB, fomentou um plano
estratégico para a entidade, que ia além da discussão de eficiência energética dos anos 70 e
permanece vigente até os dias de hoje. Já em 1999, fora publicada a Agenda 21 em
Sustentabilidade na Construção Civil – Agenda 21 on sustainable Construction, o qual expunha
como desafios da construção sustentável o processo de gestão, execução, consumo de materiais,
energia e água, impactos no meio ambiente urbano e no meio ambiente natural e, por fim
questões sociais, culturais e econômicas (AGOPYAN, 2011).
O autor afirma ainda que é visível o crescimento vertiginoso nos últimos 20 anos dos
estudos e ações acerca da importância da indústria da construção voltada ao meio ambiente.
Portanto, o tripé ambiente-economia- sociedade deve ser considerado de maneira indissociável
para a continuidade das atividades de construção civil em todo o mundo, sendo esse um
caminho a ser tomado imperiosamente (AGOPYAN E JOHN, 2011).
Neste sentido, Correa (2009) corrobora ao pensamento de Agopyan e John (2011), pois
aponta que o uso da sustentabilidade dentro da construção civil é um caminho sem volta e que
o setor deve estar engajado cada vez mais e mudando a maneira como fazem a gestão e produção
das obras. O ideal seria que as empresas passassem a começar aos poucos na inserção desses
métodos, criando uma agenda de progressividade ao ímpeto da sustentabilidade até chegar a
um patamar tido como aceitável de ações. Nesse ensejo, ele apresenta algumas condições para
que um empreendimento seja sustentável, sendo elas a adequação ambiental, a viabilidade
econômica, a justiça social e a aceitação cultural (CORREA, 2009)
Outro relevante ponto atentado pelo autor condiz na afirmação de que a ciência de
sustentabilidade deve estar presente em todas as partes do processo da construção civil, seja do
projeto até mesmo na demolição (CORREA, 2009). Para este aspecto, afirma:
A noção de construção sustentável deve estar presente em todo o ciclo
de vida do empreendimento, desde sua concepção até sua re-qualificação,
desconstrução ou demolição. É necessário um detalhamento do que pode ser
feito em cada fase da obra, demonstrando aspectos e impactos ambientais e
como estes itens devem ser trabalhados para que se caminhe para um
empreendimento que seja: uma ideia sustentável, uma implantação sustentável
e uma moradia sustentável. (CORREA, 2009, p.24)

Por fim, cabe-nos aqui afirmar, a partir da ideia dos autores que há pelo menos cinco
décadas as discussões e estudos a respeito da sustentabilidade dentro da construção civil vem
tendo grande destaque para fins de arguição da manutenção do planeta. Assim, foram criadas
também alternativas e técnicas que conduzem a diminuição desses impactos e algumas serão
aqui apresentadas.
2.1 Técnicas: Principais métodos para Sustentabilidade na Construção Civil

Neste ponto iremos apresentar algumas das principais técnicas sustentáveis utilizadas
dentro construção civil. Iniciando pela técnica primordial do telhado verde, emprega em seus
primeiros moldes ainda na década de 80 e aprimorada ao decorrer dos anos. Nesse ímpeto
passaremos a tratar de técnicas de energias renováveis, passando pelas técnicas de
reaproveitamento de resíduos sólidos, até chegar em técnicas empregadas com o uso de novas
tecnologias e projeções para o futuro.

2.2 Telhados Verdes

Criado na década de 80, ainda na conjectura do início das discussões mundiais acerca
da sustentabilidade, o telhado verde é um telhado ecológico com uma cobertura de plantas,
constituído por camadas. Esse projeto é uma das alternativas para o escoamento de áreas
pluviais dentro dos grandes centros urbanos, locais em que o grande crescimento demográfico
e consequente urbanístico, planejado ou não, trazem à tona a necessidade de soluções
sustentáveis.
Nos estudos de Tassi, et. al. (2014), os autores evidenciam que os telhados podem ser
concebidos de diversas formas, a depender do tipo de uso e da vegetação que irá comportar.
Desse ponto, os estudiosos afirmam que existem duas categorias de telhados verdes, os sistemas
intensivos e os extensivos. O primeiro tem profundidade de solo mais significativa, indo de 15
a 90 cm, assim permite a utilização de plantas maiores que podem ser arbustos e arvores, estes
podem ser destinados aos fins e lazer, recreação e até desportivos. Assim seguem o mesmo
conceito do projeto dos extensivos, mas possuem camada de retenção mais profunda,
necessitando de um sistema de irrigação, além disso as plantas podem ser irrigadas com a agua
retida na drenagem.
Já sobre os telhados extensivos, explicam os autores que são destinados a comportar
plantas resistentes a severas situações climáticas (secas, geadas e ventos fortes), e por isso são
coberturas leves. Nesse sentido servem para a redução dos efeitos das ilhas de calor urbanas e
aumentam a umidade do ambiente. Em sua estrutura física, possuem 5 a 15 cm de profundidade
de solo, e agua, nessa estrutura, fica armazenada no substrato, sendo a camada de retenção
suficiente para necessidade das plantas, podendo ser implementado um processo de irrigação
para períodos de intempéries em climas extremos.
Figura 1: Exemplo de Espécies Telhados Verdes

Fonte: UGREEN, 2020

2.3 Recursos Renováveis e Reutilização de Resíduos Sólidos

Mais uma alternativa viável a projeção da sustentabilidade na construção civil é a técnica


do emprego dos recursos renováveis. Isto porque, como já sabido, sendo um dos ramos que mais
dispende recursos naturais (água, energia, matérias primas), existe a alta demanda no consumo
de energia como também a maior dispensa de resíduos. Nesse ímpeto, para diminuição desses
índices é necessária a criação de diversos métodos que viabilizem a utilização de fontes, por
assim dizer, inesgotáveis, a exemplo da energia solar.
Para Severiano (2021), o grande consumo energético de fontes poluentes pelos
maquinários, além do desperdício de água e materiais e alta poluição são os vilões dentro da
construção. O autor explica que os sistemas fotovoltaicos são grandes aliados na diminuição
dos impactos ambientais, e por isso foi estabelecida uma cota mínima para a utilização desse
tipo de energia na construção, assim acabou o setor sendo o responsável por um considerado
consumo dessa fonte.
Desse fato, o infere ainda que a energia solar não agrega apenas no ato da construção
civil em si e execução de obras mais sustentáveis, mas também acarreta valor econômico nos
imóveis que contam com o sistema fotovoltaico. Assim diversas são as formas de emprego
desta energia renovável, podendo ser utilizada tanto em novas quanto em antigas construções,
e para as empresas, ainda contam com o chamado Marketing Verde, onde, são empresas com
responsabilidade ambiental, as quais ultilizam de estratégias que miniminizam os impactos ao
meio ambiente, respeitando uma conciência ecológica (SEVERIANO, 2021).
Outro modelo de recurso renovável, este está ligado ao uso da agua, a qual não é uma
fonte inesgotável, e hoje está entre as principais, senão a principal preocupação dos ativistas e
população mundial, no que tange a preservação do meio ambiente. A gestão de água em
canteiro de obras já é uma realidade em todo o mundo e a busca por economia dessa fonte, é
latente, passando a ser necessária à sua reutilização em diversos modais.
Severiano (2021), afirma que as aguas reutilizadas são divididas em três grupos: as
aguas cinzas, negras e as pluviais. As cinzas são provenientes do uso de chuveiros, banheiros,
maquinas de lavar, pias de cozinha, do uso doméstico em geral. Já as aguas pluviais são oriundas
das chuvas, captadas por calhas e ralos. Assim, para as aguas cinzas a reutilização dessas aguas
após um tratamento, pode ser grande fator de minimização do problema de escassez de agua
urbana, diminuindo o uso de agua potável.
Dentro do canteiro de obras, o reuso das águas cinzam sinalizam economia de 30% a
50% do consumo de água e diminuem de 30% a 60% o uso de água potável, além de diminuir
também a produção de esgoto. Esta água também pode ser utilizada nas lavagens de jardins e
até mesmo descarga de banheiros sociais. Tal ponto é de suma importância para aqueles
empreendimentos que buscam a certificação de edifício verde, construção sustentável
(SEVERIANO, 2021).
Por fim, e tão importante quanto, trazemos a reutilização dos resíduos sólidos. Este
acaba sendo um campo um tanto quanto abrangente, sendo tratado aqui de maneira sucinta, mas
não menos imprescindível, posto sua relevância. Isto porque, dados do IPEA (Instituto de
Pesquisas Econômicas Aplicadas), dão conta de que só no Brasil os resíduos gerados pela
construção civil pesam 31 milhões de toneladas por ano.
Costa (2020), realiza um estudo diagnóstico da gestão dos resíduos da construção civil,
trazendo à baila a lei Nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Neste estudo o autor afirma que, ainda de acordo com o IPEA, os resíduos de construção civil-
RCC, representam 61% dos resíduos sólidos urbanos em massa, e estes são gerados das
construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, abrangendo ainda os
resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis.
Desse modo, assim como instituído pela resolução 307/2002 do CONAMA, o
responsável pela destinação do resíduo sólido é aquele que o produz, a gerência desse setor
dentro da construção civil é importante a todos. De tal modo, Severiano (2021), explica que o
reuso do entulho, visto por muitos como algo descartável, pode ser visto como material dentro
da construção civil, a exemplo do uso tradicional em aterros ou como matéria prima para
componentes da construção, tendo qualidade que se compra aos tradicionais materiais.
Convém o ressaltado pelo pesquisador que apenas 30% dos resíduos sólidos na
construção tem um destino de reutilização, fato que poderia chegar aos 95%, trazendo uma
economia de 50% no decorrer da obra (SEVERIANO, 2021). Destarte, elencando a esses dados.
os tijolos ecológicos também são uma outra alternativa no contexto de reutilização de recursos
de resíduos sólidos, sendo compostos por solo-cimento, não precisam de queima, evitando
assim a emissão de poluentes e gases no meio ambiente, economizando energia e materiais
(BORBA et al., 2014)
Merece ser citado também o concreto ecológico, e sobre ele Barbosa et.al. (2018),
define:
A indústria da construção civil busca, de maneira constante e
insistente, materiais alternativos oriundos de subprodutos que venham a
atender a: redução de custos, agilidade de execução, durabilidade e melhoria
das propriedades do produto final, visando, principalmente, à redução da
extração de materiais naturais, mediante o emprego de resíduos recicláveis,
solucionando, também, os problemas de estocagem do material.
Dentro desse contexto, verifica-se que o emprego de rejeitos em
substituição os materiais tradicionais (areia de rio e brita) para a produção de
concreto possibilita, além da proteção do meio ambiente, a redução do custo
do material de construção. (p.8)

Dessa forma, a gestão de resíduos sólidos no âmbito da construção civil é essencial para
a continuidade dos projetos e a sustentabilidade não só do meio ambiente, mas do próprio ramo.
E nessa conjuntura, todas as formas, técnicas e métodos que agreguem a essa condição são bem-
vindas a esse contexto.

2.4 Novas Tecnologias

A tecnologia é algo que não pode ser desassociado da vivência no mundo atual. Desse
modo, é importante salientar o quanto o emprego desse conhecimento e dos seus resultados
pode ser determinante para o setor da construção civil. Tal fato já vinha sendo vislumbrado há
no mínimo dez anos, entretanto, no Brasil, no ano de 2022, o uso dessas tecnologias é apontado
como tendência para o ramo no país, isto porque o mercado se manteve em alta durante a
pandemia, o que foi positivo também para o setor imobiliário, o qual está diretamente ligado.
De acordo com a Confederação Nacional de Indústria, em estudos publicados em 2021,
a modernização e investimento em inovação foram os fatores que levaram a não decadência
esperada durante a crise mundial de saúde. Ademais, o emprego de uma agenda sustentável em
empresas que querem se manter no mercado são essenciais, e por isso 80% das empresas que
mantiveram esse perfil cresceram no mercado nos últimos dois anos.
Nesse contexto, técnicas empregadas com a utilização tecnológica, são essenciais para
que seja otimizado o tempo, garantindo também a qualidade das construções. Dessas,
destacamos a realidade aumentada ou RA, que de acordo com Silva (2015) nada mais é que a
criação de uma percepção de que o objeto virtual está presente no real a partir da dimensão 3D,
através da utilização de softwares que tem como características a interatividade em tempo real
e a mostra em três dimensões do projeto/objeto.
Figura 2: Exemplo de utilização de Realidade Aumentada em Tecnologia 3D

Fonte: UFSC, 2019

Dentre os programas mais utilizados para este fim estão o: EquipAR, Augment, Barcod
Scaner, AuginApp, Daulux, Morpholio e Hollolens;. Estes podem ser utilizados, a depender da
tecnologia, com óculos, aplicativos de celulares e sensores de manipulação, a fim de melhorar
a percepção do cliente, realizar treinamentos nos canteiros de obras, agregar valor do início ao
fim do projeto apresentando-o por partes, desde o planejmento até mesmo a finalização e
decoração de interiores, se for o caso.
O programa Hollolens, por exemplo realiza, inclusive, simulações de problemas que
podem vir a acontecer nas construções em plano virtual, a fim de possam ser melhor estudadas
as soluções para o plano real. Tudo isso, acarreta numa economia de recursos consideráveis, a
partir de um grande planejamento todo vislumbrado no ambiente virtual para ser posto em
prática no real.
Outra tecnologia bastante usada dentro dos projetos de construção civil e encontrado em
nossas pesquisas se trata do BIM (Building Information Modeling). Este exemplar é o chamado
de modelagem de informações das construções, que procura dar mais precisão aos passos a
serem tomados nas construções. Evoluindo atualmente para um modelo 4D é comumente usado
pelos profissionais de engenharia e arquitetura.
Ballarotti e Cunto (2018), em seu estudo sobre o uso do BIM pelos arquitetos e
engenheiros na cidade de Londrina no Paraná, afirmam que tal modelo possibilita uma completa
interação entre os profissionais, no sentido de que mesmo a distância eles podem se comunicar,
acessar o projeto, identificar erros, soluções e melhorias em conjunto. Isto porque, se utiliza de
desenhos em 3D, e uma biblioteca de objetos os quais os autores identificam como
paramétricos, a exemplo de portas, janelas, paredes, vigas, pilares, entre outros, que são
interativos e trazem características geométricas comportamentais, dando um bom panorama
para todo o processo construtivo.
Para as vantagens trazidas pelo uso dessa tecnologia, os autores afimam com base em
outros estudiosos:
Uma das grandes virtudes do sistema BIM, segundo Smith (2007), é
ser possivel simular toda a construção de um edifício antes de construí-lo
fisicamente, com a finalidade de resolver possíveis problemas e simular e
analisar os seus potenciais impactos. O projeto em BIM possibilita assim uma
representação fiel do edifício. Kymmel (2008) acrescenta ainda que com a
criação de um edifício virtual implica em ser possível experimentar e fazer
ajustes no projeto, atualizando-o e corrigindo-o. Para o autor, falhas virtuais
geralmente não têm consequências graves desde que sejam identificadas e
corrigidas antes da construção real do edifício (BALLAROTTI E DE
CUNTO, 2018, p.04)

Dentre os softwares BIM citados pelos autores e que hoje estão pleno funcionamento,
estão o Revit, Bentley, Architecture, ArchiCad, Digital Project e o Tekla Structures.

Figura 2: Interface do Software Tekla

Fonte: Tekla, 2021

Não menos relevante a ser citado trazemos à tona breve considerações a respeito da
Internet das coisas, a chamada IOT, que a cada dia está mais presente no ramo da construção
civil. De acordo com dados dos setores de pesquisa e tecnologia, Juniper Research, desde 2018
até o corrente ano, são mais de 50 bilhões de dispositivos IOT espalhados no mundo. Assim, a
utilização da realidade virtual dentro da construção civil passa a ser a cada dia mais um fato,
bem como seu monitoramento a partir de drones e a gestão a distância.
Outro ponto importante, e que acarreta em investimento para economia futura, a
partir da internet das coisas, se dá na projeção de sistemas integrados, em que,
tecnologicamente se pode ascender e apagar luzes e aparelhos eletrônicos, acionar e
desligar ligações de água, climatização do local, processos esses que auxiliam dentro do
âmbito da sustentabilidade.
Por fim, salientamos aqui a tendência tecnológica, considerada a evolução do
BIM, ou que seja, a sua utilização em sua total contribuição, que é o Metaverso.
Ampliando ainda mais o parâmetro entre o real e o virtual ainda havemos de descobrir
muito mais de suas potencialidades em sua utilização em larga escala dentro do nosso
âmbito da construção civil, de fato, assim como os outros meios tecnológicos, este
também será ambiente propício a economia de recursos naturais, reuso, reciclagem e
promoção da sustentabilidade. Levando-se em consideração que a aplicabilidade do
sistema BIM evita o retrabalho, pois esse compatibiliza todos os projetos, estruturais,
elétricos e hidrossanitários, evitando assim conflitos de tubulações, pilares, vigas e das
instalações elétricas, que possam estarem locados em um mesmo lugar, sendo assim
discultidas e sanadas todas as possíveis falhas, ainda em fase de projeto, evitando o
consumo desnecessário de insumos e recursos naturais na execução da obra, promovendo
assim a sustentabilidade.

3. METODOLOGIA

O método para desenvolver uma pesquisa com a temática que apresentamos, dá-
se, inicialmente, assim como todos os projetos, a partir de um estudo e revisão
bibliográfica, a fim de se obter conhecimento e ter subsídios teóricos para o
desenvolvimento do trabalho. A partir desse momento é que passamos a planejar o que
vamos fazer, como e com quais recursos.
Nesse contexto, Andrade (2010) explica a importância da pesquisa bibliográfica
para as atividades acadêmicas:
A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de
graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades
acadêmicas. Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente,
a pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos
críticos, monográficas não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória
nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa,
no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das conclusões.
Portanto, se é verdade que nem todos os alunos realizarão pesquisas de
laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que todos, sem exceção, para
elaborar os diversos trabalhos solicitados, deverão empreender pesquisas
bibliográficas (ANDRADE, 2010, p. 25)

Dessa forma, analisando materiais já publicados, livros, periódicos, revistas,


artigos científicos, matérias jornalísticas, dissertações, teses, trabalhos de conclusão de
cursos/ monografias e todos os outros materiais disponíveis e publicamente acessíveis é
que fora desenvolvida a temática e esqueleto desse trabalho, para posteriormente compô-
lo em sua parte
escrita, com amplo embasamento teórico oriundo de tantos pesquisadores do assunto.
Trata-se aqui também de uma pesquisa de cunho qualitativo, já que busca a
interpretação de fenômenos e seus significados sem o uso de métodos ou técnicas
numerárias, tendo o ambiente natural como fonte na coleta de informações e o
pesquisador como instrumento para se chegar ao ponto pretendido (SILVA &
MENEZES, 2000).

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Diante do conteúdo pesquisado, nos deparamos, segundo os autores, em um


acentuado crescimento globalizado. Gerando grandes problemas no nosso ecossitema, com
a utlização de insumos não renováveis, onde, cerca de 61% dos Resíduos Sólidos são
gerados da Construção Civil, inflando ainda mais a degradação do nosso meio ambiente.
Apresentando no Brasil, por muito tempo, um país considerado em escala econômica,
como nação de terceiro mundo, hoje é considerado um país em desenvolvimento.
Mostrando nesse contexto imperioso, o quão atrasado, em relação ao crescimento nas mais
diversas áreas foi durante muitos anos e ainda necessitando desenvolver a sustentabilidade
em diversas aréas, principalmente na construção civil, nos tempos atuais (COSTA, 2020).
Dentro do contexto de sustentabilidade, sabemos que o próprio atentar-se para
essa realidade foi tardio por nações de grande poder econômico, quiçá para países que na
época tinham pouco desenvolvimento, e nesse contexto cabe o Brasil.
Dessa realidade, Cortes et al. (2011), infere:
No Brasil, a Indústria da Construção Civil apresenta um
quadro de atraso quanto à responsabilidade socioambiental, que se
revela, por exemplo, nos investimentos pouco expressivos na formação
e qualificação dos profissionais e na destinação inadequada dos
resíduos sólidos. Entretanto, iniciativas mais recentes que começam a
surtir efeito, como as determinações do Ministério do Meio Ambiente:
as Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.
(p.2)
Nos estudos de Agopyan e John (2011), um dos pontapés iniciais para a
sustentabilidade na construção civil no país foi o Simpósio do CIB sobre Construção e
Meio Ambiente, organizado pelo Departamento de engenharia de Construção Civil da
Escola Politécnica da USP, em 2000, que alavancou as preocupações dessa indústria e a
necessidade de projeções e estratégias para o futuro. Contudo, desde os anos 90 existem
empresas pioneiras nesse sentido, as quais se norteavam pelos processos sustentáveis já
implementados em outros países.
Segundo Correa ( 2009), foi a partir dos anos 2000 que no Brasil se intensificou a
busca pela inserção da sustentabilidade na construção civil. Nesse contexto, é que em
2002 se apresentou a Resolução 307 do CONAMA – Conselho Nacional do Meio
Ambiente, que são diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de resíduos sólidos
na construção civil. Na própria letra de lei estão definidos o que são ações de reciclagem,
reutilização, gerenciamento de resíduos e beneficiamento, classificando também as
espécies de resíduos e as etapas que devem ser seguidas por esses projetos.
Nesse sentido, como fonte de busca por sutentabilidade, foi apresentado a
importância das certificações, que são os processos em que se avaliam as construtoras, a
saber se as mesmas estão adequadas em todos os requisitos definidos para tal certificado.
Onde foi dado ênfase as certificações verdes, que por sua vez, foram criadas para avaliar
se as industrias estavam seguindo diversos critérios para minimizar seu impacto no meio
ambiente, se tornando cada vez mais sustentáveis (SEVERIANO, 2021).
Cortes et al. (2011), afirma que as certificações nacionais e internacionais geram
competitividade entre as empresas além de proporcionar benefícios a sociedade. Nesse
sentido, as normas da ABNT como a ISO 9001, a ISO 14000, ISO 14001, ligadas
respectivamente a busca pela otimização de diversos processos dentro da organização, a
gestão ambiental e a melhoria de imagem ligada a gestão ambiental, são exemplos de
direcionamento para a sustentabilidade nas empresas.
A certificações ambientais, são meios de aferir se as construções são de fato
saudáveis para o meio ambiente, ainda mesmo em seus planejamentos. No Brasil, se
destacam três certificações ligadas a construção sustentável, a LEED, a AQUA e a
PROCEL. A primeira desenvolvida nos Estados Unidos, sendo um sistema que observa
o desempenho do impacto ambiental de um edifício, a partir de áreas como o local, o uso
de recursos hídricos, energia, materiais, além da qualidade do ar e a inovação trazida por
tal projeto (CORTES ET AL., 2011).
Já a AQUA, usada na Europa desde 2002, traz quatorze critérios de avaliação que
vão desde a gestão ambiental das obras até as especificidades técnicas e arquitetônicas.
E, por fim a PROCEL que se trata do plano de ação do governo em busca da Eficiência
energética em projetos residenciais, públicos e de serviços, o qual se tornou obrigatório
desde 2012 (CORTES ET AL., 2011)
Ainda apresentado como uma das soluções sustentáveis, o uso de dados, do Centro
de Tecnologia de Edificações - CTE, existiam no Brasil, ainda em 2020, cerca de 1800
projetos de empreendimentos saudáveis certificados ou em processo de certificação. Em
matéria jornalística veiculada pelo jornal folha da região, em 2021, existe a informação
de que, a partir de números do USGBC (United States Green Building Council¸criador
do sistema LEED, o Brasil é o 5º país do mundo com maior número de certificações de
edifícios sustentáveis, dentre os 180 países, porém ainda pouco, compardo com o grande
volume de RCC descartados de formas inrregular (CORREA, 2009).
Ademais, existem também iniciativas e incentivos do governo brasileiro, como a
própria construção de casas do projeto Minha Casa Minha Vida, que a partir de 2011,
passou a inserir projetos foltovoltaícos (energia solar) em suas construções, visando
habitações mais sustentáveis. Bem como, projetos de Lei como a PL 252/2014, em que
são deliberados incentivos fiscais para imóveis construídos com medidas à redução do
consumo de agua e maior eficiência energética. Visualizamos, ao ler estas linhas que o
Brasil, por assim dizer, em linguagem popular, corre atrás do prejuízo no que se atenta a
sustentabilidade na construção civil no país há pelo menos vinte anos, e que tende a ter
melhores respostas futuras com o investimento em novas tecnologias e maiores incentivos
governamentais, mas de certa forma falta ainda o pensamento globalizado da estrutura ou
do empreedimento, pensando desde seu projeto ( construção) até o fim de sua vida útil,
ou seja, sua demolição (SEVERIANO,2021).

5. CONCLUSAO

Com o intuito de entender a sustentabildade na Engeharia Civil, o contexto atual


ambiental em que vivemos, observando a necessidade de ações, não só para preservar bens
naturais, mas também para reverter os danos e impactos causados pelo uso desgovernado
dos recursos oriundos da natureza. São visíveis as consequências sentidas pelo mau uso
de tais recursos em todos os cantos do mundo. No Brasil, observamos e vivenciamos a
cada dia com notícias sobre catástrofes naturais veiculadas nos variados meios de
comunicação, nas mudanças climáticas sentidas diariamente pela população, no próprio e
já tão debatido aquecimento global.
Nesse sentido, esforços de todos os lados estão sendo realizados para que esses
impactos possam ser diminuídos e atrasados os efeitos negativos e consequências dessas
ações, dentre esses ramos que empreendem esforços ao fluxo de preservação ambiental
está a construção civil atrelada ao profissional de engenharia. E isto não poderia ser
diferente, visto ser uma profissão que busca o equilíbrio entre a inovação, a segurança
nas construções e a utilização benéfica dos recursos naturais, perpassando pelas mais
diversas atividades desenvolvidas na área, desde a construção, administração e gerencia
de projetos.
Sabemos que, de fato, o ramo da construção civil demorou a observar os
impactos causados por suas intervenções em todo mundo, trazendo consequências
negativas para todos, e, sendo o setor de construção civil fundamental ao crescimento
e economia dos países, principalmente aqueles em desenvolvimento como o Brasil, é
imprescindível que a sua prática esteja revestida de medidas que garanta o pleno
desenvolvimento econômico-social- ambiental.
Desse modo, ainda que percebemos uma resitência, em aceitar novas tecnologias
ecológicas, por parte da sociedade e dos profissionais da área, podemos inferir, que não
há outro caminho para a construção civil que não a sua total integração com o meio
ambiente a partir da sustentabilidade, seja no desenvolvimento de novas técnicas para
utilização consciente dos recursos naturais, seja no planejamento, execução, finalização
e gerenciamento das obras e canteiros de obras, desde a construção até a sua demolição,
analisando de forma holística, todos os processos construtivos.

AGRADECIMENTOS

O autor Ângelo Junior, agradece a Deus pelo dom da vida, pelas oportunidades,
coragem e força de vontade para superar todos os desafios.
A sua família, esposa Rosa, filhas Yasmin e Thaís, pela compressão e paciência,
a seus pais Ângelo Ribeiro e Alzira, minhas irmãs Alzirângela e Eluziram, pelo apoio e
incentivo.
Agradece a todos que de alguma maneira colaboraram com a elaboração deste
trabalho. Aos docentes da faculdade, na pessoa do coordenador do curso de Engenharia
Civil, Paulo Ricardo, que os direcionaram na caminhada da construção do conhecimento
nesta trajetória. Por fim, aos amigos e colegas de turma pelos anos de convivência que serão
lembrados sempre.
O autor Jackson Lima agradece a Deus, criador dos Céus e da Terra, pois sem ele
nada seria, tendo lhe sustentado debaixo da palma de sua mão.
A sua querida mãe, Iraildes Ferreira Lima, costureira, que mesmo com pouca
instrução Acadêmica, criou 04 filhos sozinha, sendo pai e mãe, onde, lhes repassou
valores morais e éticos essenciais para caminhada.
A sua querida esposa e filho, que lhe apoiaram sempre e são a sua motivação
diária para prosseguir esse longo caminho.
A colegas de curso, onde alguns se tornaram amigos e parceiros. Também a todos
grandes mestres, que passaram pela Faculdade, em especial aos professores(a) :Roberto
Alves de Oliveira, de Introdução a Engenharia e Fundações, Jancleide Teixeira Góes, em
Produção Textual, Jobson Júnior da Silva, de Resistência dos Materiais, Alexandro dos
Anjos Silva, em Calculo I,II e III, Paulo Bezerra, em Madeiras entre outras, e, por fim,
agradece ao Professor Coordenador do Curso e Orientador, Paulo Ricardo Ramos Santos,
que desde 2019, no nosso 5º Período vem agregando em nossa formação.

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