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marrylucia2011@gmail.com lidianogueira.ag@hotmail.com
Abstract: The disharmony between the accelerated urbanization process, the insufficient
investments in infrastructure and the lack of planning to meet the needs of the population,
caused severe damage to urban society, such as the construction of unsustainable buildings,
congested traffic, high production of waste, Depletion of natural resources, etc. Due to the
sum of these elements, linking green architecture to urban management is essential for
sustainable city progress. Green architecture projects from the perspective that the city must
meet social and environmental goals, in this way, architecture professionals play a prominent
role. The purpose of this research is to address issues related to urban sustainability. The
methodological procedure was based on a bibliographical review.
INTRODUÇÃO
Desde o século XX, a ideia de consciência ambiental tem ganhado força de forma
significativa no Brasil e no mundo. Modelos de crescimento econômico, que se apropriam de
recursos ambientais começaram a ser questionados devido ao aumento de pressão popular
face aos graves e constantes acidentes ambientais que ocorreram em variados locais do
planeta e devido ainda ao esgotamento de recursos naturais não renováveis e fundamentais
para as gerações futuras. Esses fatos levaram governos e empresas a normatizar ações que
visem preservar ambientes naturais, assim como construir ambientes urbanos que sejam
sustentáveis. Como resultado desse impulso ambiental, no começo do século XXI, um
pequeno grupo de arquitetos, que desenvolviam projetos comprometidos com o meio
ambiente, fez surgir o conceito de “Arquitetura Sustentável” (VIEIRA E FILHO, 2009).
Sabe-se que o tema sustentabilidade abrange aspectos socioeconômicos e ambientais,
trazendo a necessidade de novas pesquisas, práticas e ensinos. A primeira definição de
desenvolvimento sustentável foi desenvolvida por Brundtland Report em 1987
(BRUNDTLAND, 1987), que descrevia desenvolvimento sustentável como o que contempla
às necessidades do presente, sem prejudicar o atendimento às necessidades das gerações
futuras.
Nos anos seguintes, aconteceram grandes conferências mundiais, como a Rio’92, no
Rio de Janeiro, em 1992, e a Rio+10, em Johannesburgo, em 2002. Nessas conferências,
foram debatidas soluções para o desafio de minimizar os impactos ambientais dos
aglomerados urbanos, no entanto houve grandes conflitos ideológicos e econômicos e as
ações que se seguiram ficaram aquém das expectativas e grande parte das questões ambientais
não foram solucionadas. Em 1997, o Earth Council afirmou que o uso de recursos da
humanidade já era superior em 20% a capacidade de suporte global e que o planeta foi
sustentável até a década de 80 (MEADOWS, 2004).
Entre o final de 1980 e início de 1990, as questões de sustentabilidade atingiram a
arquitetura internacional de forma definitiva, construindo parâmetros atuais. O tema ganhou
destaque devido a discussões internacionais, de 1970, que previam uma crise enérgicas, de
dimensões mundiais, causada pelo crescimento populacional, que resultaria no crescimento
dos aglomerados urbanos e aumentariam a demanda por recursos naturais, somado ao alto
consumo de energia de base fóssil (GONÇALVES e DUARTE, 2006)
Compreende-se “Arquitetura Sustentável” como a concepção e execução de
empreendimentos que almejam o aumento do bem-estar do ser humano e do ambiente
construído ao seu entorno, adaptado às características da vida e do clima locais, além de um
emprego mais consciente e eficaz dos recursos naturais. Com o desenvolvimento da
Arquitetura Sustentável, ou Arquitetura Verde, houve uma popularização de
empreendimentos “ecologicamente corretos”, que criaram métodos de avaliação de
desempenho e eficácia destes empreendimentos. O objetivo principal desses métodos é
classificar as obras em diversas categorias, como: o relacionamento com o entorno; o uso
eficiente da água; o uso eficiente de energia; a utilização de matérias-primas; entre outras.
(CORBELLA e YANNAS, 2003).
No contexto das edificações, o estudo dos precedentes arquitetônicos revela que houve
uma vulgarização da arquitetura verde, a partir de 1945, impulsionado pela convicção de que
a modernização de sistemas prediais possibilitaria controlar as condições ambientais de
qualquer edifício, o resultado foi a repetição das caixas de vidro e o gasto exagerado de
energia nos anos que se seguiram, popularizado em diversas cidades pelo mundo. Contudo, o
tempo em que as premissas fundamentais de projeto e seu impacto nas condições de conforto
ambiental e no consumo de energia não eram considerações decisivas foi curto. A arquitetura
bioclimatica cresceu interiormente a definição de sustentabilidade, isso foi possibilitado pela
ligação entre conforto ambiental e consumo de energia, inerente a utilização dos sistemas de
condicionamento ambiental artificial e de iluminação artificial (GONÇALVES e DUARTE,
2006).
1) transporte;
2) energia;
3) água;
4) resíduos;
5) microclima, paisagem natural e ecologia; e
6) materiais, construções e edifícios.
Os autores salientam que as medidas de alteração de cada um desses ciclos, tendo por
finalidade reduzir o impacto ambiental, são particulares da região, no entanto sofre
interferência de assuntos econômicos, sociais e culturais de contextos regionais, nacionais e
globais.
Seguindo essa linha de pensamento, inicialmente os limites para o consumo energético
devem ser definidos, bem como de onde serão captados os recursos, como água e energia;
após deve-se buscar a definição para eleger a tecnologia e a definição da capacidade dos
processos de consumo desses recursos (na operação dos edifícios); e, por fim, metas e
tecnologia para o gerenciamento da consequente geração de resíduos, incluindo a poluição
atmosférica, devem ser determinadas. A fração desses recursos que serão produzidos,
reaproveitados e reciclados no interior do perímetro urbano da cidade, irão indicar o
engajamento da sociedade urbana com questões imediatas de impacto ambiental.
Com essa perspectiva sobre o ambiente construído, a procura pela sustentabilidade
urbana concorda com os seguintes propósitos:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIRARDET, Herbert. Cities, people, planet: liveable cities for a sustainable world.
Chichester: Wiley Academy, 2004.
JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.