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SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

SUSTAINABILITY IN CIVIL CONSTRUCTION: CONSTRUCTIVE TECHNIQUES

João Victor Machado Borges1


Gerson de Marco2

RESUMO

Existem diversas técnicas sustentáveis de construção no Brasil e no mundo e estas


preocupam-se com o antes, o durante e o depois da obra, reduzindo desperdícios nos
canteiros, primando pelo uso de materiais recicláveis e ecologicamente corretos e garantindo
a preservação dos recursos naturais. Este artigo objetiva analisar estudos de projetos
referentes as técnicas construtivas sustentáveis. O recurso metodológico é de natureza
bibliográfica, através de uma revisão de artigos, teses, livros, sites e documentos relevantes
ao tema. De acordo com o estudo, a utilização de técnicas construtivas sustentáveis,
proporcionam diversos benefícios econômicos, ambientais e sociais. As técnicas
mencionadas vão desde projetos arquitetônicos, diferencial estético e ambiental, projetos de
conscientização da população quanto à importância da preservação do meio ambiente,
reaproveitamento de água, gestão de energia, reciclagem de materiais, além da reutilização
de resíduos.

Palavras-chave: Técnicas Construtivas. Sustentáveis. Construção Civil.

ABSTRACT
There are several sustainable construction techniques in Brazil and in the world and these are
concerned with the before, during and after the work, waste in the construction sites, focusing
on the use of recyclable and environmentally friendly materials and guaranteeing the
preservation of natural resources . This article aims to analyze studies of projects related to
sustainable construction techniques. The methodological resource is bibliographic in nature,
through a review of articles, theses, books, websites, and documents relevant to the theme.
According to the study, the use of sustainable construction techniques, provide several
economic, environmental, and social benefits. The techniques mentioned range from
architectural projects, aesthetic and environmental differentials, projects to raise public
awareness of the importance of preserving the environment, reusing water, energy
management, recycling materials, as well as reusing waste.

Keywords: Constructive Techniques. Sustainable. Construction

1
Graduando do Curso de Engenharia Civil da Universidade de Araraquara- UNIARA. Araraquara-SP. E-mail:
joaovictormborges@gmail.com
2
Orientador. Docente Curso de Engenharia Civil da Universidade de Araraquara- UNIARA. Araraquara-SP. E-
mail: gersondm@yahoo.com.br
2

INTRODUÇÃO

A construção civil se caracteriza pela sua enorme importância em termos


econômicos e sociais, porém, sua cadeia produtiva consome entre 20 e 50% dos
recursos naturais de todo o planeta, sendo apontado como um dos setores que mais
agride o meio ambiente. (BRASILEIRO E MATOS, 2015).
O setor também é responsável por impactos associados à geração de resíduos
sólidos, líquidos e gasosos, no qual mais de 50% do lixo gerado pela atividade humana
é proveniente da construção (CIB, 2015).
É vista como uma atividade muito impactante devido à grande geração de
resíduos, tendo como consequência enormes desperdícios de materiais naturais,
como areia, pedra, madeira, cimento, entre outros, que, em sua grande maioria, são
disponibilizados de forma indiscriminada.
Nas últimas décadas, o tema da sustentabilidade vem ganhando espaço em
diferentes setores no mercado e, consequentemente, este está se adequando às
tecnologias e às demandas emergentes. Na construção civil a sustentabilidade
garante que, antes, durante e após as construções, ações sejam realizadas para que
reduzam os impactos ambientais, potencializem a viabilidade econômica e
proporcionem uma boa qualidade de vida para as gerações atuais e gerações futuras.
Dentro deste contexto o crescimento de obras com diferenciais sustentáveis é
expressivo em todo o mundo (ETHOS, 2008)
Desta forma, as práticas sustentáveis durante a jornada construtiva passam
pela redução de resíduos gerados, menor desperdício de materiais e menor consumo
de energia, água e outros recursos naturais. Tudo isso gera grandes benefícios para
o construtor e também para o futuro morador da edificação.
Sendo assim, repensar a maneira de construir e em todo o processo de
construção é uma oportunidade de rever os problemas do setor para buscar soluções.
Além do fator ambiental, a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental
à Gestão de Negócios das empresas também traz ganhos efetivos para as empresas
que se traduzem em vantagens e benefícios como, melhoria organizacional, melhoria
do controle de custos, conscientização ambiental dos empregados, utilização racional
de energia, redução do consumo de água industrial, melhoria das relações governo e
indústria, fortalecimento da imagem e da posição da empresa no mercado, entre
outros benefícios.
3

Partindo de todo o entendimento, este artigo tem como objetivo analisar


estudos de projetos referentes as técnicas construtivas sustentáveis. Possui como
objetivos específicos analisar benefícios econômicos e ambientais e investigar os
temas das mais novas visões construtivas sustentáveis mundialmente.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Construção civil e a sustentabilidade

Sustentabilidade é a característica de um sistema que responde às


necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
responder às suas necessidades (MATTAR, 2012)
De acordo com Conselho Internacional para a Pesquisa e Inovação em
Construção – CIB, a construção sustentável é aquela comprometida com o
desenvolvimento sustentável. Seus conceitos e práticas são usualmente relacionados
a ações e metas previstas nos meios decisórios do desenvolvimento sustentável,
devendo ser uma resposta a estas. As Agendas 21, incluindo a definida pela ONU e
as diferentes iniciativas nacionais, regionais, locais e setoriais, são o principal meio
decisório destas ações e metas. E estas são normalmente entendidas a partir da
integração das dimensões ambientais, sociais e econômicas (triple bottom line).
(MOTTA, 2009)
Segundo dados obtidos da IPCC (Intergovernmetal Panel on Climate Change),
a construção civil é a atividade que consome 75% de todos os recursos naturais e
30% das emissões de gases de efeito estufa são oriundas da indústria da construção.
As edificações são responsáveis por mais de 40% da demanda de energia mundial e
estima-se que até 2025 está previsto um aumento do consumo de materiais e recursos
de 45%. É também o setor responsável por produção de grandes quantidades de
entulho (IPCC, 2016)
De acordo com Furukawa e Carvalho (2011), uma construção sustentável, seja
ela de pequeno ou grande porte, leva em consideração o processo na qual o projeto
é concebido, quanto tempo terá sua vida útil, quais materiais serão empregados e, se
esses, poderão ser reaproveitados no futuro, quem irá usufruir a edificação e qual o
impacto que este causa em seu entorno.
4

Dessa forma, os principais conceitos relacionados ao processo de construção


sustentável são:
• Eficiência energética das edificações;
• Gestão sustentável da água;
• Reuso de materiais e elementos de construção;
• Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas;
• Conforto e qualidade interna dos ambientes;
• Gestão do canteiro de obras de baixo impacto ambiental (FURUKAWA E
CARVALHO, 2011, P. 8).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização desta pesquisa optou-se pela metodologia de cunho


bibliográfico, e como procedimentos metodológicos foram analisados livros,
dissertações, teses, artigos científicos, que enfocam o tema proposto. Para o
levantamento de dados foram utilizadas bases de pesquisas Scielo e Google
Acadêmico.
O levantamento bibliográfico foi realizado no período de 2001 a 2020. Utilizou-
se os descritores:
O método de exclusão foi realizado com base na descrição das palavras-chave,
dando preferência aos que continham ao menos 3 descritores.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Reciclagem e reutilização de resíduos

De acordo com Addis (2010), a indústria de resíduos da construção civil tem


tentado incentivar a redução da massa de resíduo descartado. O reaproveitamento e
a reciclagem dos materiais de construção civil e demolição trazem inúmeros
benefícios e deve apresentar progresso nos próximos anos, devido à redução do
impacto ambiental.
Ressalta-se que uma obra que reutiliza e recicla tem maior facilidade na
obtenção de alvarás de construção e, consequentemente, há uma significativa
redução dos custos de projeto ao final da obra; um profissional engajado em projetos
5

de reutilização, reciclagem, possui maior respeitabilidade e credibilidade no seu


mercado de atuação.
Morand (2016) realizou um estudo de caso feito na obra da Linha 4 do metrô
no Rio de Janeiro, que ligou a Barra da Tijuca à Ipanema. Essa obra foi planejada
para as Olimpíadas 2016, afim de transportar, em média, 300 mil pessoas por dia,
além de retirar 2 mil carros das ruas por hora/pico.
De acordo com o autor, os principais resíduos gerados foram o solo/rocha
proveniente da escavação dos tuneis, resíduos de construção (entulho), madeira,
papel/papelão, plástico e metais.
De acordo com o estudo, foi feita a reutilização de resíduos na fabricação de
tijolos usados na própria obra. Um exemplo do reaproveitamento de resíduos foi o de
tijolos feitos a partir do refluxo do Jet Grouting, no qual, a água que sobrou desse
serviço, composta de cimento e areia que, ao invés de descartar esse material, foram
fabricados tijolos de solo-cimento. De acordo com o Engenheiro Enrico Pedroso, da
Estação Antero de Quental, a fabricação dos tijolos é feita a partir da coleta dos últimos
3 metros de injeção. Esse material coletado é depositado em formas de madeira e,
após seu endurecimento, é cortado como tijolos. As formas produzem 152 tijolos por
dia, utilizando 0,3m³ por dia de refluxo. Esses tijolos foram utilizados no canteiro para
pavimentação, alvenaria aparente, na construção das guaritas de segurança,
contenções de áreas para estacionamento, etc (MORAND, 2016).
Além da utilização na própria obra, foi inaugurada no canteiro da Praça Antero
de Quental, no Leblon, a Biblioteca Rubem Fonseca, construída pelos próprios
operários com materiais reciclados da obra da Linha 4. Os tijolos foram feitos pelo
mesmo método dos utilizados nas estações (com o refluxo do Jet Grouding), as
cadeiras de leitura e venezianas foram feitas com madeira reaproveitada e, para
diminuição da poeira dentro do canteiro e nos arredores, foi utilizada água proveniente
do rebaixamento do lençol freático. Foram produzidos 3000 tijolos para o uso na
estação Antero de Quental e na construção da biblioteca, ou seja, cerca de 6m³ de
refluxo foram reaproveitados.
O processo gerou também uma economia de R$26,75 por metro quadrado
construído. Ou seja, além de aproveitar um material que seria jogado fora, também
houve diminuição dos custos com a compra de blocos de concreto usinados. Além da
reutilização desses materiais, uma importante iniciativa sustentável na obra foi a
reutilização da água, onde, toda água contaminada proveniente do Jet Grouting era
6

tratada e reutilizada no próprio processo. Com esse processo, foi possível economizar
e reaproveitar cerca de 100.000 litros de água por dia, gerando uma grande economia
(MORAND, 2016).
De acordo com Diniz et. al. (2019) uma das formas de aproveitamento dos
resíduos de construção e demolição, consiste na substituição, em pavimentação de
vias não pavimentadas. A pesquisa de campo dos autores buscou analisar o uso do
RCD como material reciclado aplicado em bases e sub-bases para estruturas de
pavimento de estradas vicinais, na cidade de Matipó (MG). Segundo o estudo, os
resíduos gerados nas obras podem ser utilizados como agregado reciclado tendo
potencial adequado para ser utilizado em camadas (base e sub-base) de pavimentos
de estradas vicinais.
O emprego dos agregados reciclados na pavimentação não só proporcionou
uma redução considerável na extração da matéria – prima provenientes de jazidas,
como também apresentaram soluções para destinação dos resíduos sólidos da
construção civil (DINIZ ET. AL., 2019).
De acordo com os estudos apresentados a utilização de reciclagem e resíduos
apresentam os benefícios:
Benefícios de Utilização de RCD
Redução do impacto ambiental
Facilidade na obtenção de alvarás de construção
Redução dos custos de projeto ao final da obra
Melhor trabalhabilidade
Menor desperdício

Cabe destacar a Resolução no 307 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio


Ambiente), que, define as diretrizes, normas, critérios e procedimentos para que os
resíduos da construção civil (RCC), se estendam as reformas e as demolições, dando
ênfase e importância ao gerenciamento e a reutilização estrutural destes resíduos.
Destaca-se também a ABNT NBR 15112:2004 – Resíduos da construção civil
e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes, que, orienta como
projetar, implantar e operar uma área de transbordo e triagem, sendo fundamental
para a gestão correta dos resíduos sólidos, reduzindo os impactos no ambiente.
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3.2. Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas

De acordo com De Souza et. al (2017) a produção de tijolos ecológicos de solo


cimento pode ser avaliada uma das melhores práticas e alternativas de reduzir os
impactos ambientais na área da construção civil. Também conhecido como tijolo de
solo-cimento – BTC (bloco de terra comprimida), possui em sua composição: cimento,
água e terra. É considerado um produto mais ecológico porque sua produção não
utiliza a queima da madeira, como os tijolos cerâmicos. Sua produção é realizada
através da prensagem hidráulica. Segundo os autores a utilização do tijolo ecológico
proporciona benefícios como:

Benefícios do Tijolo Ecológico


Consumo de recursos naturais nulo
Material de menor impacto
ambiental
Economicamente viáveis
Seis vezes resistente que o tijolo
cerâmico
Conforto interno
Menor trabalhabilidade

São muito eficazes na construção de alvenarias estruturais externas, pois


depois de secos adquirem uma alta resistência e ótimas propriedades acústicas.
Economicamente viáveis, os benefícios da utilização vão desde a fabricação do tijolo
até a fase final da edificação. No método produtivo são usados equipamentos e
maquinários simples de pequeno porte e de baixo custo.
Em estudo de De Souza et. al (2017) a sua utilização não causa poluição ao
meio ambiente, pois não geram resíduos. No seu procedimento de cura, ou
endurecimento, não foi utilizada queima de árvores ou fornos em nenhuma fase de
formação, confrontando a queima imposta na produção dos tijolos cerâmicos popular.
De acordo com os autores, o procedimento de cura a frio restringe barbaramente o
impacto ambiental e a emissão de gases de efeito estufa quanto aos tijolos cerâmicos,
aos quais vale enfatizar exigem a queima de cinco árvores para a produção de 1000
unidades.
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Ainda de acordo com o estudo, outra vantagem é que, o tijolo ecológico chega
a ser até seis vezes resistente que o tijolo cerâmico (1Mpa), e por Norma Técnica
Brasileira, é necessário possuir no mínimo o dobro da resistência (2Mpa). Os tijolos
são milimetricamente precisos e suas superfícies são correspondentes, não tendo as
alterações vistas nos tijolos cerâmicos. A matéria prima concede ao tijolo uma face
bonita e desobriga o acabamento podendo ficar como tijolo aparente sendo
fundamental apenas impermeabilizante nas paredes externas. Não é preciso reboco
para deixar as paredes lisas, pois, a massa corrida ou gesso podem ser sobrepostos
exatamente sobre os tijolos dando-se argamassa colante direto em sua superfície (DE
SOUZA ET. AL., 2017).
Outros benefícios apontados pelos autores são que, a tubulação é embutida
em seus furos desobrigando o quebra-quebra de paredes. Para as instalações
elétricas pode-se optar uso ou furos nos módulos ao invés de conduítes e caixas para
tomadas e interruptores. Para os autores, pode-se diminuir em até 4x (80%) o
consumo de cimento na elevação de alvenaria, pois, cada graute de concreto (pilarete)
em paredes de 2,7m de altura, utiliza apenas 20 litros de concreto e as cintas de
amarração posicionadas na horizontal utilizam apenas 3 litros de concreto por metro
linear de parede. As vantagens do tijolo solo-cimento contam também com a redução
dos custos como transporte, energia, mão de obra e impostos. Proporciona mudanças
de temperaturas entre o interior e exterior da construção, o que leva a um estimado
conforto interno.
De acordo com o estudo, havendo toda a economia em cimento, ferro, redução
de perdas e especialmente mão de obra, pode-se atingir uma economia de 30% a
50% no custo total da obra (DE SOUZA ET. AL., 2017).
Um estudo realizado por De Faria (2015) contribui para a diversificação de
matérias primas e comprova a viabilidade no uso de insumos naturais para
revestimentos na construção civil relatando um material que vem sendo comumente
utilizado nas edificações novas, as tintas de terra. O estudo apresenta os resultados
de variação de cor de quatro amostras de tintas naturais e uma amostra de tinta
imobiliária industrializada, submetidas ao ensaio de envelhecimento acelerado com
base na ABNT NBR 15380, a fim de comparar estas amostras quanto ao
comportamento frente ao intemperismo (radiação solar e água da chuva).
De acordo com o estudo, os resultados foram satisfatórios e, apesar de
apresentarem menor resistência quando comparadas à amostra de tinta
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industrializada, as tintas naturais obtiveram poucas variações de cor, comprovando a


viabilidade em seu uso na construção civil.
De acordo com Furukawa e Carvalho (2011), estas tintas ecológicas são
produzidas sem a utilização de insumos derivados do petróleo, formuladas com
matérias-primas naturais, de forma a minimizar os impactos ao meio ambiente.
Possuem como seu principal componente a terra crua. É um material atóxico, ao
contrário da maioria das tintas convencionais, preservando dessa forma o meio
ambiente e a camada de ozônio.
De acordo com os autores, podem ser aplicadas em fachadas ou nas paredes
interiores de uma edificação, com as seguintes vantagens:

Locais de Aplicação Resultados


Paredes Internas Proporcionada um ambiente mais
saudável por não fechar os poros
das superfícies
Paredes Externas Auxilia no isolamento térmico da
construção, diminuindo dessa
forma os gastos com aparelhos
climatizadores

O produto é disponível no mercado atual em sete cores: terracota, cerâmico,


amarelo, verde, chocolate, preto e branco. O rendimento é de um m² por litro com
duas demãos. Não desbotam.
De acordo com De Faria (2015) ao considerarmos questões como a salubridade
dos ambientes internos, impacto ambiental, energia embutida e saúde humana,
confirma-se a viabilidade no uso das tintas naturais para revestimentos, além de
contribuir para o resgate cultural de técnicas vernaculares e diversificação de
matérias-primas para a indústria da construção civil.

3.3. Gestão sustentável da água

Em edifícios residenciais, sempre existirá o sistema de abastecimento de água


potável, condição que reforça a importância das ações para o uso eficiente, ou seja,
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interferir tecnicamente no sistema de água potável para favorecer a obtenção do


menor indicador de consumo possível, garantido o desempenho da atividade
consumidora (CBIC, 2017).
A concepção de um novo edifício ou o planejamento da reforma de um edifício
existente, sob a ótica do uso eficiente da água, permite a obtenção de indicadores de
consumo menores do que os atuais. Em 1997, a ABNT NBR 13969:1997 – Tanques
sépticos –, já trouxe o alerta: “de modo geral, em um sistema de tratamento de
esgotos, os custos de implantação e de operação são proporcionais ao volume de
esgoto a ser tratado”. A redução do consumo de água promove, automaticamente,
também a redução do volume de esgoto produzido, o que impacta, diretamente, nos
custos dos sistemas de tratamento de esgotos sanitários (CBIC, 2017).
Em 1998, a ABNT NBR 5626 – Instalação predial de água fria, trouxe a
exigência para o projeto dos sistemas hidráulicos prediais: “promover economia de
água e energia (CBIC, 2017).
Requisitos de desempenho associados ao uso eficiente da água foram apre
sentados no documento Gestão de Recursos Hídricos na Indústria da Construção –
uso eficiente da água em edifícios residenciais, publicado pela Comissão de Meio
Ambiente – CMA – da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC –, em
maio de 2016. A principal ferramenta para tomada de decisão referente aos tipos de
sistemas de abastecimento de água viáveis ou interessantes para determinado
edifício é o estudo de viabilidade técnica e econômica, que deve ser realizado ainda
na etapa de concepção do edifício a produzir ou de concepção de uma reforma a ser
realizada em um edifício existente (CBIC, 2017).
Botelho, presidente do Sinduscon-DF, na divulgação do Adasa/ANA - 8º Fórum
Mundial da Água (89º ENIC, Brasília – 2017) ressalta algumas medidas de uso
racional da água que podem ser facilmente convertidos em compromissos de
sustentabilidade por parte do setor da construção dentre as quais se destacam:
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Medida Método Benefícios

Reuso de àgua Vasos com caixas Redução de


cinza em acopladas foram aproximadamente 29% na
edificações desenvolvidos para essa captação de águas, o que, em
finalidade: integrar a pia ao tempos de escassez, pode
vaso, para que a chamada representar uma alternativa
de água cinza da pia fosse viável
estocada e reusada na
descarga. Mas atualmente
caixas acopladas estocam
água tratada e muito acima
do necessário para o fim de
destinação sanitária

Economia de Realizada com a mesma Viabilidade técnico e


água no água que alimenta a obra, econômico; conservação do
canteiro de como insumo no preparo recurso hídrico
obras de argamassa, concreto e
outros produtos

O reuso de água cinza, de acordo com Zappe, Oliveira e Callai (2015) é um


sistema que tem sido muito utilizado por indústrias no Brasil e, mais recentemente,
começou a ser implantado em novos condomínios.
Os autores destacam que, apesar de serem menos contaminadas do que o
esgoto sanitário bruto, as águas cinzas necessitam de tratamento adequado visando
seu reuso com segurança para a população, devendo ser feito um tratamento com
objetivo principal de reduzir a demanda bioquímica de oxigênio, sólidos em suspensão
e turbidez de forma a facilitar a desinfecção.
A reutilização é algo que precisa ser corrigido, em nível industrial e educacional,
para que resulte em uma economia de escala (ANA, 2017).
Se tratando de gestão de água na fase de construção em canterio de obra,
estudo realizado por Lessa (2019) afim de avaliar a viabilidade técnica e econômica
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de um sistema de aproveitamento de água da chuva no canteiro de obra, observou


que o sistema de aproveitamento de água de chuva, junto à práticas de gestão
eficiente podem representar retornos econômicos, além do principal benefício que é a
conservação do recurso hídrico.
De acordo com o estudo, foram levados em consideração a sua demanda de
água para descarga de bacias sanitárias, bem como os índices pluviométricos da
região de implantação e área de captação disponível. Em relação ao custo, foi
estimado um valor de investimento inicial baseado nos principais componentes do
sistema. Foi calculada também a potencial economia nos custos de água gerada pelo
sistema e o tempo de retorno do investimento.
Além de possuir demanda considerável para as descargas das bacias, esse
volume poderia ter sido parcialmente abastecido pela água da chuva, gerando
economia de água e custos com o seu serviço. O potencial de economia com os
custos de água que se poderia alcançar supera o custo estimado para aplicação do
sistema. Esse valor seria retornado em forma de economia nas contas de água, e
pagaria no quarto semestre de obra o investimento inicial com a implantação do
sistema de aproveitamento de água da chuva. Os autores ainda ressaltam que, os
equipamentos do sistema poderão ser utilizados novamente em futuras obras, o que
reduziria o investimento necessário nas seguintes obras.
Outro ponto que merece destaque é quanto à capacitação e conscientização
dos usuários. Eles serão os principais consumidores de água no canteiro de obra, e
portanto são peças fundamentais no sistema de gestão eficiente. Se possível, também
é indicada a realização de testes em amostras da água coletada para verificação se
os parâmetros das águas captadas atendem aos especificados na NBR 15.527,
garantindo assim a sua qualidade ou a necessidade de tratamento da mesma (LESSA,
2019).

3.4. Eficiência energética em edificações

De acordo com Palladini (2016), as edificações são responsáveis por


aproximadamente 48% do consumo de energia no Brasil, e uma grande parcela da
população aprova equipamentos e soluções consideradas sustentáveis em imóveis e
inclusive está disposta a pagar mais por imóveis considerados sustentáveis.
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Para Goulart (2008) quando se trata de qualidade e conforto termoacústico e


de iluminação das edificações, existem algumas medidas alternativas a serem
tomadas que são eficazes e ambientalmente corretas tais como, o uso da vegetação
como sombreamento, favorecendo a presença da umidade no ambiente; o uso de
cores claras em pinturas de paredes para menor absorção de temperaturas quentes;
o emprego da ventilação cruzada sempre que possível; aproveitar ao máximo a
presença da luz solar natural; o uso racional da iluminação; a utilização da energia
solar para aquecimento de água e o uso de proteção solares em aberturas.
Uma primordial ação é a adoção de códigos de energia para novas construções
com baixos limites e uma estratégia de retrofit (reforma) para o estoque já construído.
Outra grande oportunidade está na redução do uso de energia para aquecimento ou
resfriamento, e nesse sentido a energia solar é uma alternativa fundamental (CBIC,
2017).
O relatório Rethinking Energy 2017 (IRENA, 2017) ressalta que, para além do
setor de energia elétrica, é necessário dar mais ênfase à utilização de energias
renováveis para aquecimento e resfriamento das edificações, reconhecendo que as
soluções térmicas baseadas em energias renováveis desempenharão um papel crítico
no futuro sistema energético.
Para a utilização de aquecimento e resfriamento renováveis nas edificações
podem ser utilizadas:
–– Concentrar-se na eficiência como um primeiro passo para reduzir a
demanda por aquecimento e resfriamento, de modo que a mesma quantidade de
energia renovável atenda tanto a demanda quanto possível.
–– Utilizar aquecedores solares de água e bombas de calor.
–– Projetar novas edificações para aquecimento e resfriamento a baixa
temperatura.
–– Maximizar a fotovoltaica integrada nas edificações.
–– Utilizar sinergias entre a demanda de resfriamento e a disponibilidade de
energia solar (CBIC, 2017).
O Acordo de Paris realizado com 88 países (incluindo a União Europeia)
mencionaram especificamente as ações relacionadas às edificações e construção nos
seus NDCs, sendo que nesse caso são feitas apenas referências a ações gerais sobre
melhorar a eficiência energética das edificações ou reduzir as emissões de GEE
ligadas à energia nas construções. Mais de 30 países comprometeram-se com metas
14

ou ações políticas específicas, incluindo a adoção de novos códigos e políticas de


energia para as edificações ou aprofundamento da promoção dos já existentes
através de programas de avaliação e divulgação. Mais de 60 países já introduziram
códigos de energia para as edificações, sejam voluntários ou mandatórios. Esses
códigos estabelecem requerimentos mínimos de eficiência energética ou uso de
fontes renováveis de energia nas construções, observando-se uma tendência em
abordagens baseadas nos resultados, o que exigiria um desempenho específico a ser
alcançado e, em seguida, verificado durante a operação da edificação por
determinado período. Reconhece-se que os códigos são críticos para as novas
construções, dado o longo ciclo de vida das edificações, que poderia resultar em
bloqueios dos volumes de emissões (lock-in) (CBIC, 2017).
De acordo com CBIC(2017), um caminho alternativo é a certificação energética
das edificações. Enquanto os códigos de energia para as edificações definem
requisitos mínimos de desempenho energético, a certificação permite o
reconhecimento do maior desempenho.
De acordo com CBIC(2017) é que é necessário fazer mais esforços para
reforçar ainda mais a base de dados existentes, evidenciando os ganhos de
desempenho energético e o consequente retorno dos investimentos. Faz-se
necessário, portanto, o levantamento mais preciso e a gestão mais sistemática da
qualidade dos dados para dar aos investidores a confiança necessária para duplicar
os atuais níveis de investimento até 2030.
A Plataforma Excellence in Design for Greater Efficiencies (EDGE) foi
desenvolvida pelo International Finance Corporation (IFC) e consiste de um sistema
de certificação de sustentabilidade na construção civil, concentrando-se na eficiência
do uso dos recursos. É um software gratuito, que se propõe a demonstrar como reduzir
a intensidade do uso de recursos na etapa de construção de uma edificação. A
certificação EDGE é composta de cinco passos, de acordo com a CBIC (2017):
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Passos para aquisição da Certificação EDGE


1º Criação De um perfil na plataforma e
definição do tipo de projeto
2º Registro Do projeto na plataforma e
pagamento da taxa de registro
3º Seleção seleção e contratação de um auditor
aprovado pela plataforma para
auditar o projeto em relação aos
requisitos do programa

4º Pedido Envio do pedido e da taxa de


certificação à entidade certificadora
para avaliação do projeto.

5º Certificação Recebimento do certificado preliminar


EDGE pela entidade certificadora

Cinco tipos de construção são contemplados: residências, hotéis, escritórios,


hospitais e lojas de varejo. A CBIC (2017) considera a pontuação as seguintes
medidas em residências:

• Relação janela/parede reduzida.


• Pintura reflexiva para telhado – refletividade solar.
• Pintura reflexiva para muros externos – refletividade solar.
• Dispositivos externos de sombreamento.
• Isolamento de telhado.
• Isolamento de paredes externas.
• Vidraças revestidas de baixa emissividade.
• Vidro de alto desempenho.
• Ventilação natural.
• Ventiladores de teto em todos os quartos habitáveis.
• Bomba de calor para geração de água quente.
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• Sistema de ar-condicionado – coeficiente de desempenho maior que


3,51.
• Refrigeradores e máquinas de lavar roupas eficientes.
• Lâmpadas eficientes (FLC, LED ou T5 em 90% dos espaços) – espaços
internos.
• Lâmpadas eficientes (FLC, LED ou T5) – espaços externos.
• Controles de iluminação para corredores e áreas externas.
• Coletores solares de água quente.
• Energia solar fotovoltaica.
• Medidores inteligentes (CBIC, 2017).

Como forma de categorizar edificações o Selo Procel Edificações foi


estabelecido em novembro de 2014, como um instrumento de adesão voluntária que
tem por objetivo principal identificar as edificações que apresentem as melhores
classificações de eficiência energética em uma dada categoria, motivando o mercado
consumidor a adquirir e utilizar imóveis mais eficientes
Para obter o Selo Procel Edificações, recomenda-se que a edificação seja
concebida de forma eficiente desde a etapa de projeto. A metodologia de avaliação
da conformidade está descrita no Regulamento para Concessão do Selo Procel de
Economia de Energia para Edificações, bem como nos Critérios Técnicos específicos
e baseiam-se no Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência
Energética em Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) e no
Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética em
Edificações Residenciais (RTQ-R) do Programa Brasileiro de Edificações – PBE
Edifica (CBIC, 2017).
Cabe ressaltar que, o normativo brasileiro visa principalmente a estabelecer a
isonomia técnica e a segurança jurídica relacionadas com a etapa de produção da
edificação, embora normas técnicas como NBR 15575 promovam alguns avanços no
sentido de induzir uma melhoria da qualidade das construções, reforçando novos
conceitos, tais como desempenho acústico, desempenho térmico e vida útil. A NBR
15575 foi a primeira norma a definir como um edifício deve se comportar ao longo da
vida útil, para atender as expectativas dos usuários, em termos de conforto e
segurança no uso (CBIC, 2017).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para adequar aos padrões de sustentabilidade desenvolvidos ao longo dos


últimos anos, diversos projetos e técnicas construtivas sustentáveis no setor da
construção civil tomam maior importância e ganham evidência no setor.
O objetivo deste artigo foi concluído, pois, foi demonstrado de maneira prática
a implementação dos conceitos de sustentabilidade na construção civil, suas
vantagens e benefícios.
De acordo com o estudo, a utilização de técnicas construtivas sustentáveis,
proporcionam diversos benefícios econômicos e ambientais e sociais. As técnicas
mencionadas vão desde projetos arquitetônicos, diferencial estético e ambiental,
projetos de conscientização da população quanto à importância da preservação do
meio ambiente, reaproveitamento de água, reciclagem de materiais, além da
reutilização de resíduos que, a princípio, seriam descartados.
Cabe ressaltar que a gestão de resíduos é de extrema importância e está de
acordo com a legislação e é executado diariamente, garantindo uma obra limpa e
organizada. A destinação final deve ser feita de forma correta com destinatários com
documentação em dia, assim como os transportadores. É de suma importância que
se proceda a esclarecimentos sobre o tema junto aos profissionais da construção civil
que não foram devidamente treinados ou orientados acerca dos resíduos e de sua
gestão.
Apesar do entendimento quase consensual sobre a importância e o impacto
ambiental das edificações em termos de geração de resíduos, uso do espaço urbano
e da água, consumo de energia, emissões de GEE, etc., as iniciativas mandatórias
relacionadas com o desempenho energético nas edificações são voluntárias e ainda
pouco significativas no Brasil, exceto para as novas construções de prédios públicos
federais, para as quais o Selo Procel Edifica é obrigatório (CBIC, 2017).
18

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