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OS BENEFÍCIOS E GANHOS AMBIENTAIS PROPORCIONADOS PELA ADOÇÃO

DE MATERIAIS SUSTENTÁVEIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL¹


Larissa Cavalcanti²
Sarah Guimarães³
Andreia Jane Câmara4

1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Desenvolvimento sustentável e seus desafios
2.2 Construção sustentável
2.3 Materiais sustentáveis
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

RESUMO
Neste trabalho procurou-se expor meios para promover a construção sustentável,
reunindo exemplos de soluções construtivas não convencionais que surgiram da
procura por alternativas sustentáveis. O presente artigo tem como objetivo avaliar os
benefícios e ganhos proporcionados pela adoção de materiais sustentáveis na
construção civil, sob uma análise de sustentabilidade e impacto ambiental,
considerando os desafios aliados à essas técnicas construtivas. Além disso, procura-
se analisar e compreender modos de construção, a fim de apresentar soluções em
edificações existentes e, então, discorrer a respeito de práticas contribuem para a
melhoria do meio ambiente e qualidade de vida da população.

Palavras-Chave: Construção. Material. Técnicas. Sustentável. Ambiente.

___________________________________________________________________
¹Paper apresentado à disciplina de Bioarquitetura, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco,
UNDB.
²Aluna do 8º período, do Curso de Arquitetura e Urbanismo.
³Aluna do 8º período, do Curso de Arquitetura e Urbanismo.
4
Professora, Orientadora.
1 INTRODUÇÃO
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Desenvolvimento sustentável e seus desafios
O grande desafio da sustentabilidade é a crença errada de que o Planeta
Terra é um meio com fonte contínua, inesgotável e infinita de energia e matéria.
Conforme Braga et al (2005) esse tipo de pensamento para ser racional e não
prejudicar a vida, certas premissas têm de ser verídicas, como: o suprimento infinito
de matéria, suprimento infinito de energia, capacidade ilimitada do meio para reutilizar
a matéria e absorver os resíduos. É reconhecido que a energia do Sol é infinita, visto
que o sol ainda será capaz de prover energia à Terra por milênios. No entanto,
temáticas que falam a respeito da matéria não são consideradas válidas. Outro
aspecto restritivo do desenvolvimento sustentável manifesta-se na divergência de agir
como se a Terra fornecesse recursos de maneira infinita, mesmo compreendendo que
não, e o aumento populacional constante, que anualmente cresce pela exploração e
demanda.
Os materiais essenciais para o desenvolvimento têm quantidade finita. Em
relação a capacidade de absorção e reutilização da matéria ou de resíduos, a raça
humana observa a existência dos limites no meio ambiente, e convivem com níveis
preocupantes e indesejáveis de poluição da água, do ar e do solo e com consequente
perecimento da qualidade de vida.
Para Braga et al (2005), ele recomenda um modelo que funcione como um
sistema fechado, possuindo como base as premissas como: a dependência do
suprimento exterior constante de energia (Sol); o uso de maneira racional da energia
e também da matéria enfatizando a conservação, em oposição ao desperdício;
promover a reciclagem e o reuso de materiais; controlar a poluição, produzindo menos
resíduos a serem absorvidos pelo ecossistema.
Ainda existe limitador essencial para ser enfrentado, e este está
centralizado na probabilidade de que as instituições sociais e os sistemas de
informação tornem-se facilitadores para um processo reforçando os argumentos da
construção para uma sociedade sustentável. Para tal é necessário criar todas as
circunstâncias a fim de facilitar o processo, suprir dados, disseminando e
desenvolvendo indicadores e os procedimentos sendo transparentes. Podendo ser
realizado através das práticas focadas na educação ambiental garantindo os meios
para criar novos hábitos e promover uma consciência ética questionando o atual
padrão de desenvolvimento que é marcado por um aspecto predatório e também pelo
reforço de desigualdades socioambientais.

2.2 Construção sustentável


Sustentabilidade foi tema de debate iniciado na década de 80 com o
Relatório de Brundtland (1987) e era, enquanto definição geral: "suprir as
necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de
suprir as suas". Daí, pesquisas e estudos em todo o mundo levariam a tópicos
relevantes para que se tenha uma construção sustentável nos parâmetros vigentes
quanto às questões ambientais.
Qualquer observador, mesmo o maior leigo em construção civil, pode
claramente constatar quesitos de insustentabilidade, pois o problema salta aos olhos
de todos que circulam pelas ruas.
Ao nos reportarmos aos tempos atuais, através de uma simples observação
aos prédios de qualquer cidade brasileira – e aqui se ressalta que não é nenhuma
crítica, pois na época em que foram construídos atendiam plenamente ao fim a que
foram propostos - é fácil perceber que até o presente momento obras ecologicamente
corretas são postas em segundo plano, para tanto e somente como exemplo, é só
atentar para nossas fachadas envidraçadas. Num país de clima tropical quente e
úmido, isto seria coerente?

A preocupação com os impactos causados ao meio ambiente e o consumo


de recursos naturais e não renováveis atingiu maiores proporções. Diversos
países se mobilizaram no ideal de desenvolver metodologias para o
desempenho ambiental das edificações, uma vez considerado que a
construção civil é o setor que além de consumir grande quantidade de
recursos naturais também gera impactos ambientais durante as atividades
relacionadas à construção, operação e demolição. A quantidade estimada de
recursos destinados à construção civil varia entre 14% a 50% da totalidade
dos recursos naturais extraídos (CSILLAG e JOHN, 2008).

As cidades e seu metabolismo são as grandes responsáveis pelo consumo


de materiais, água e energia, sendo assim razoável pensar que, em um futuro
próximo, continuarão a produzir grande impactos negativos sobre o meio natural.
A construção sustentável visa o ciclo fechado, que descreve um processo de
manutenção de materiais em uso produtivo, a reutilização e a reciclagem, em
que os produtos não são descartados como resíduos no final do ciclo de vida
do produto ou do edifício (KIBERT, 2008).

Ainda segundo Kibert (2008), a definição do termo “Green Building” refere-


se as instalações concebidas e construídas utilizando de maneira eficiente os
recursos, utilizando os princípios ecológicos. A construção de alto desempenho usa
uma concepção integrada de edifícios para alcançar bom desempenho energético,
econômico e ambiental. Ambos os termos incorporam gradualmente os princípios da
construção sustentável ao projeto, porém, esta aborda as questões ecológicas, sociais
e econômicas de um edifício no contexto da sua comunidade. A sustentabilidade
assume, gradualmente, uma posição de cada vez mais importância.

2.3 Materiais sustentáveis


A elaboração de obra sustentável sofre diversos processos ao longo da
mesma. É durante a fase projetual, aquela na qual se define, em grande porcentagem,
a quantidade dos produtos e dos procedimentos construtivos em uma obra, a sua
escolha é um dos processos significativos para a definição da construção em termos
sustentáveis. Com o intuito de que tal aconteça, é essencial ter o conhecimento dos
materiais.
Os produtos que utilizam as matérias primas de maneira ambientalmente
adequada, eles respeitam o padrão de ciclos do meio ambiente e também interagem
com o ecossistema de forma conscientemente. Não sendo tóxicos, podem ser
fabricados por meio dos materiais reciclados e serão recicláveis futuramente, e
igualmente, eficazes em questões energéticas e no consumo de águas. Dessa forma,
são caracterizados como produtos sustentáveis, aqueles que são verdes como de
maneira como são produzidos, usados e recuperados depois de serem utilizados.
A relevância dos materiais construtivos na fase da concepção para a
sustentabilidade da edificação é indiscutível. É possível dividir o impacto da edificação
de duas maneiras: o impacto em razão da fabricação, do processamento, do
transporte, da construção, da demolição e da reciclagem e também a influência da
escolha dos materiais construtivos sobre o desempenho ambiental da edificação como
um todo.
Tem que levar em consideração o ciclo de vida dos materiais que serão
usados na edificação e isso deve acontecer na fase projetual, pois, as oportunidades
de melhoramento energético-ambiental são enormes durante esta fase (TORGAL et
al, 2010). A adoção dos materiais com baixo impacto ambiental mantém a estratégia
sustentável da construção, faz com que o efeito ecologicamente correto seja sentido
antes do começo da construção e indo até bastante depois de sua finalização.
Logo, materiais sustentáveis podem ser de origem artesanal ou
industrializados, que não sejam poluentes nem tóxicos e que beneficiem o meio
ambiente e á saúde dos usuários e dos trabalhadores. Embora se pareçam em
conceito, um material sustentável não é necessariamente igual a um material
ecológico, enquanto que o primeiro analisa todo o ciclo econômico e socioambiental,
o segundo a preocupação é somente com o impacto ao meio ambiente. Tendo em
vista que o setor da construção civil é um dos principais responsáveis pelos impactos
ambientais, consumindo 75% dos recursos naturais e gerando 80 milhões de
toneladas/ano de resíduos, escolher materiais sustentáveis para construir é
fundamental.
Características a serem observadas na escolha de um material sustentável:
• Origem da matéria-prima - Observar principalmente se é oriunda de
recursos renováveis e extraída de maneira legal. Podem ser recicladas ou recicláveis,
sempre que o processo e reciclagem seja seguro.
• O processo produtivo - Saber como se produz o material é um dos
fatores mais importantes a se levar em consideração. Observar a eficiência energética
da produção, se consome muita água e ou energia, também se o processo é poluente,
que tipo de resíduos é gerado e qual destino é dado a esses resíduos.
• Legalidade e Responsabilidade Ambiental e Social da empresa
fornecedora (caso houver) - A empresa deve possui CNPJ e ter todos os
funcionários dentro da legalidade. Verificar também a licença ambiental da fábrica e
analisar o perfil socioambiental da empresa.
• Qualidade e durabilidade - O produto deve atender as normas técnicas
que garantam a qualidade. Saber se existem dados de análise da durabilidade do
produto. Um material mesmo sendo produzido com baixo impacto ambiental pode não
ser a opção mais sustentável se a sua vida útil for curta, causando repetidas
substituições e reparações.
• Certificação e selos. Selos e certificados são importantes para atestar
os benefícios sócio ambientais, de um material sustentável. No caso da madeira, por
exemplo, o FSC atesta que o produto não está sendo extraído de áreas de
desmatamento. Já o Inmetro certifica a qualidade de diversos produtos da construção
civil, entre eles, tijolos maciços cerâmicos, blocos e telhas de cerâmica e de concreto,
porcelanatos, torneiras, sifões e misturadores de água, entre outros.

3 METODOLOGIA
Em relevância, as informações serão obtidas através de livros, artigos,
internet, citações, teses, pesquisas em geral, dentre outros. De início, será
apresentado e conceituado cada tópico exposto e quando necessário haverá um
breve histórico para ampliar o entendimento sobre o assunto, de tal modo que possa
ser contextualizado.
Logo após, será feito um estudo para melhor compreensão dos meios de
promover a construção sustentável, reunindo alguns exemplos de soluções
construtivas não convencionais que surgiram da procura de soluções mais
sustentáveis para a construção. Para que seja atingido, será feito o levantamento de
construções e projetos com uso de materiais que proporcionem o crescimento
sustentável, tanto no seu uso, quanto na preservação. Além disso, será abordada a
temática da construção segundo o vetor do impacto ambiental. Por fim, serão
identificadas as possíveis soluções que permitam amenizar o impacto ambiental dos
edifícios.
Durante essa etapa serão feitas seleções das informações fundamentais
para o término do artigo, de acordo com seus objetivos pretendidos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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5 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. SANEAMENTO BÁSICO


E SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE PÚBLICA. 2010.
Disponível em: <http://www.ufjf.br/analiseambiental/files/2009/11/TCC-
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PAC Cidades Históricas. 2017. Disponível em:


<http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/235>. Acesso em: 12 mar. 2019.

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KRONEMBERGER, Denise Maria Penna et al. Saneamento e meio ambiente. 2011.


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A PROMESSA da reforma do Mercado Central é consumida pelos anos. 2018.


Disponível em: <https://portalguara.com/a-promessa-da-reforma-do-mercado-central-
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O SANEAMENTO AMBIENTAL E A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO. 2016.


Disponível em: <https://www.eosconsultores.com.br/saneamento-ambiental-e-
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BRAGA, Benedito et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O Desafio do


Desenvolvimento Sustentável. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 318 p.
TORGAL, Fernando Pacheco. A Sustentabilidade dos Materiais de Construção. 2.
ed. Vila Verde: Tecminho, 2010. Disponível em:
<http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/28852/3/Livro_2a_edicao.pdf>.
Acesso em: 20 abr. 2019.

BARBOSA, Gisele Silva. PERSPECTIVAS SUSTENTÁVEIS: Desafios para o


Desenvolvimento Urbano-Ambiental. 2008. 173 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de
Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
2008. Disponível em: <http://livros01.livrosgratis.com.br/cp078995.pdf>. Acesso em:
20 abr. 2019.

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