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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO - PROGRAD


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - DCET
CURSO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO – CAU

KETHELEN REGINA TORRES DO NASCIMENTO


LAIS LORENA DE OLIVEIRA RODRIGUES
NATHÁLIA RENATA SOARES RODRIGUES

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Macapá – AP
2023
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: Aspectos e aplicações na Arquitetura e
Urbanismo

Kethelen Regina Torres do Nascimento¹; Laís Lorena de Oliveira


Rodrigues²; Nathália Renata Soares Rodrigues³.

Resumo
O presente trabalho tem como pesquisa teórica em demonstrar as aplicações e aspectos da
eficiência energética e seu desenvolvimento no âmbito da arquitetura e urbanismo, visando
apresentar melhores condições para um bom consumo energético diante das normas de
desempenho de edificações. A Proposta de análise tem como ideal de uma edificação que
apresente um bom desempenho e conforto térmico para os usuários e com redução de energia
e sendo a alternativa mais adequada para o uso racional e propor desempenho eficiente de
energia. A metodologia aplicada consta conceitos e objetivos no dia a dia, as condições que
viabilizam a modificação do espaço térmico, serviços de eficiência e sua sustentabilidade
arquitetônica ajudando a compreender e fundamentar a razão e necessidade do benefício vital
diante de rotinas e manuais que se relacionam na arquitetura.

Palavras-chaves: arquitetura; sustentabilidade; eficiência energética

1. Introdução
Diante dos conhecimentos, quando falamos de Eficiência energética,
entendemos que seu conceito em forma geral é sobre energia do seu
consumo, dentro disso temos as aplicações e o que leva a discussão para
debater a sua importância. Arquitetura tem por seu principal objetivo projetar
usando benefícios que levam a realizar a adaptação da sociedade nela,
portanto o conceito de eficiência para arquitetura é uma questão primordial
para os serviços de projetar um edifício para melhor uso da sustentabilidade
para a realização das atividades. A maneira racional de se usar energia de
modo efetivo para conseguir um resultado benéfico é gerando qualidade e
mantendo o conforto fazendo uso de menos gastos para fazer mais eficiência,
como exemplo as lâmpadas de modelo incandescente consome 8% de energia
luminosa perdendo-se em forma de calor, o que difere das lâmpadas
fluorescente que temos maior resultado de
aproveitamento por 32%, os dados permitem dizer que a lâmpada fluorescente
possui eficiência energética maior em comparação a lâmpada incandescente. A
relação entre sustentabilidade e eficiência energética na arquitetura tem por
seu meio de viabilizar melhor ergonomia, através do conforto térmico, um
estado total de bem-estar físico e mental que satisfaz o ambiente ao seu redor,
o resultado é aplicado nos projetos arquitetônicos como forma de promover a
arquitetura sustentável desde elaboração até sua construção, fazendo melhor
aproveitamento dos recursos e desempenho do edifício.

A habitação é um espaço para morar e exercer uma série de


atividades humanas, diferenciado do espaço externo. O arquiteto é o
criador da modificação desse espaço, e o faz pensando na satisfação
dos desejos do usuário, baseado nos conhecimentos oferecidos pela
tecnologia da construção na sua cultura sobre a estética, a ética e a
história. (CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma
Arquitetura sustentável para trópicos, 2003, p.18)

2. Histórico e Aplicações na Arquitetura e Urbanismo

O impacto da revolução industrial trouxe novos elementos de materiais


como o Aço e o Concreto Armado, que desafiaram a tradição a construir em
alvenaria de pedra por todo o ocidente, persistindo até a segunda guerra
mundial em decorrência causou grandes transformações sociais, econômicas e
técnicas que mudou veemente o cenário da arquitetura no mundo.

Neste período, surgiu o estilo internacional que moldou os conceitos da


arquitetura, O arquiteto Le Corbusier lançou ideias como o esqueleto estrutural,
o terraço-jardim, a planta livre, os pilotis e o MODULOR que relaciona as
proporções entre o homem e o espaço arquitetônico. Portanto poucos
possuíam as habilidades que Le Corbusier estabeleceu, os profissionais da
época se propuseram a delimitar a arquitetura em concreto armado. Mies Van
de Rohe, pioneiro do movimento moderno criou as cortinas de vidro, trazendo
um novo
conceito estrutural que permitindo o espaço a serviço da luz natural com vista,
o seu idealismo vindo de uma fachada altamente eficiente. A luta das
conquistas de Corbusier e Van de Rohe para época foi em vão em
consequência do ‘Edifício Estufa’ que foi exportado como símbolo de poder,
com sistemas ar-condicionado e mega estruturas de aço e concreto. Devido a
isso o sistema de iluminação e climatização artificial passaram a ser bastante
utilizados, dando aos projetistas uma posição bastante cômoda perante aos
problemas dos edifícios em prol de energia e clima. Assim surgindo uma
espécie de declínio na arquitetura e agravando adequação do clima e a
economia perante ao edifício, a situação ocorrida com a crise do petróleo de
1973 e o aumento da população nos centros urbanos pela década de 80. Para
superar a crise, a produção de eletricidade se expandiu trazendo o impacto
ambiental causado pelas novas usinas, como inundações e deslocamento da
população e os riscos da segurança pública. Os grandes investimentos dos
governos nesses projetos implicaram na redução de modo agravante em
ambientes como habitação, saúde, educação, consumo que por vias sofreram
o impacto, a alternativa mais adequada para o problema é aumentar a
eficiência energética.

CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma


Arquitetura sustentável para trópicos (2003, p.38) Um bom
projeto de arquitetura bioclimática devera levar em conta todos
os aspectos que foram discutidos. O projetista deve trabalhar
tendo como referência tudo o que acontece no meio do
ambiente externo.

A construção de uma edificação tem seu consumo de energia através da


fabricação de materiais que ocasiona um alto impacto ambiental que devido a
razão do aumento na operação das edificações implica os efeitos colaterais
como gases estufas. A energia incorporada nos materiais é consumida tanto na
fase de construção e até o final da edificação, sendo assim os países estão
buscando uma redução de consumo energético nas edificações, pois elas
representam cerca de 51% de consumo de energia elétrica e a tendência é
aumentar por conta de diversos fatores entres eles, o modo de vida, maior
conforto, as mudanças climáticas e a solução é garantir desde o conceito de
edifícios de energia zero.

Os princípios da eficiência energética na arquitetura é ligada tanto como


cidade e como edifícios, em sua finalidade reduzir o consumo energético das
edificações nos seus diferentes ciclos de vida como proposta para a
sustentabilidade na arquitetura. A sustentabilidade é de suma importância, de
modo que a energia produzida pode causar danos a fauna, contaminação da
água, sendo para preservação de recursos ambientais, suprir as necessidades
sem prejudicar o meio ambiente para que não haja escassez dos recursos
naturais, o sistema de desenvolvimento sustentável é uma das formas de se
colocar em prática a economia de recursos energéticos.

Para investir a eficiência energética na arquitetura é por meios de


investimentos seja em qualquer tipo de edificação, as medidas vão por
implementação de fontes alternativas de energias para melhor benefício
ambiental que reduz danos e impactos menores que tecnologias convencionais
de energia com base de combustíveis fosseis, a energia alternativa contribui
para a manutenção de bom desempenho energético. Planos de planejamentos
na construção para favorecer a ventilação natural e a luz solar para redução de
desperdícios e consumo consciente de energia, uma obra que tem por
capacidade de reduzir os custos acaba gerando melhor economia financeira e
ao melhor aproveitamento de energia.

3. Principais Características

Sendo o motivo principal como redução de custos, acaba por existir


maneiras que levam a caracterizar o que seria as formas de utilizar a energia
de forma mais eficiente, para evitar processos de desperdícios como redução
dos impactos ambientais para conscientização de futuras gerações, redução de
custos e economias para a contribuição dos recursos naturais. Toda atenção
está voltada para a questão ambiental, fator essencial que promove a
qualidade de vida através do ar, o uso de vida útil. Os recursos da eficiência
são monitoras através de gestão. A energia tem 4 fases distintas: geração
transmissão, distribuição e consumo quanto maior for o desempenho dos
componentes de cada uma dessas fases menores serão as perdas de energia
do processo.

No Brasil contém as seguintes fontes: Hidráulica, gás, petróleo, óleo


diesel e combustível. A eletricidade ofertada em 2011 foi de 531,76 twh, sendo
que 428,33 twh vieram de geração de hidrelétrica, o que equivale a 80% no
total. (EPE,2012)

Figura 1 – Divisão dos setores de consumo de energia elétrica em edificações no Brasil. Fonte:
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando. Eficiência Energética na
Arquitetura.(3.ed, 2014, p.32)

4. Técnicas e Aplicações

Em concepção arquitetônica, o arquiteto deve ver possibilidades


inteligentes para projetar tendo eficiência como aliado desde o conforto dos
usuários e o uso racional de energia. Com toda a visão sobre os benéficos da
eficiência energética, em sua pratica é possível projetar em torno e ter
resultados de menor de recursos energético em seu projeto arquitetônico. A
busca por
ambientes mais sustentáveis tendo baixo consumo é crucial para o arquiteto
minimizar os gastos de redução, a notícia de novas tecnologias implementadas
é as lâmpadas LED que por proveito tem o menor consumo enquanto tem seu
preço elevado, tem outras variadas soluções como ventilação natural,
isolamento térmico sendo estratégias bioclimática para economizar energia. O
projetista consegue desenvolver e proporcionar conforto em uma edificação
controlando o ambiente e a vida útil do edifício, segundo LAMBERTS, DUTRA,
PEREIRA, 2014 p.275 as ideias a serem visadas para projetar uma arquitetura
bioclimática é usar sistemas naturais de condicionamento e iluminação sempre
que possível, usar sistemas artificiais eficientes e a integração do Natural com
o artificial.

5. Estudo de Caso

A Casa eficiente foi um projeto inaugurado em 29 de março de 2016,


sendo um espaço destinado à sensibilização pública com objetivo de
demonstrar as soluções como favorecer o uso eficiente de energia elétrica,
reduzindo impactos e desperdícios. Os edifícios eficientes abordam a principal
temática: menos custos, maior vida útil do ambiente, por isso o local foi
projetado para alcançar melhor conforto aos inquilinos, com menos perda de
calor e mais homogeneidade de temperatura, isso significa que o ambiente tem
uma facilidade ergonômica de maior sustentabilidade sendo calculada nas
medidas de eficiência energética onde o resultado se dá por utilizar menos
consumo e não demanda gastos desnecessários.

6. Conclusão

Para concluir, entendemos que o tema eficiência energética tem tido um


papel de grande importância na arquitetura, a saber que a área da construção
é uma das que mais acarretam danos ao meio ambiente. Isso significa que
debater
um melhor aproveitamento de energia acaba contribuindo para as pautas que
buscam soluções sustentáveis, a redução de desperdícios e de custos, pois a
eficiência energética não se relaciona somente com as questões de iluminação,
mas sim com uma série de fatores de redução de impactos ambientais. Com o
uso racional de energia na arquitetura, é possível se obter projetos mais
sustentáveis, realizando-se as mesmas atividades e alcançando os mesmos
benefícios, porém economizando a quantidade de recursos energéticos
empregados na construção. Além disso, é necessário entender que mesmo
atribuindo essa abordagem em projetos de arquitetura, é preciso manter um
estilo de vida consciente também.

7. Referências

BLOG ABB. Eficiência energética na arquitetura: entenda sua importância.


Disponível em: https://loja.br.abb.com/blog/post/eficiencia-energetica-na-
arquitetura. Acesso em 22 fevereiro 2023.

CARLUC. Eficiência Energética – O que é, Benefícios e Importância.


Disponível em: https://carluc.com.br/arquitetura/eficiencia-energetica/. Acesso
em: 20 fevereiro 2023.

Casa eficiente: Bioclimatologia e desempenho térmico / editores: Roberto


Lamberts... [et al.]. – Florianópolis : UFSC/LabEEE; 2010.

CAU/SC. Como reduzir o consumo energético na arquitetura. Disponível em:


<https://www.causc.gov.br/post/como-reduzir-o-consumo-energetico-na-
arquitetura/>. Acesso em: 20 fevereiro 2023.

LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na


arquitetura. [3.ed.] Rio de Janeiro, 2014.

MOBUS CONSTRUÇÃO. Como obter maior eficiência energética na


indústria da construção. Disponível em:
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/eficiencia-energetica/. Acesso em
22 fevereiro 2023.

PORTAL DA INDÚSTRIA. Eficiência Energética. Disponível em:


<https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/eficiencia-energetica/>.
Acesso em: 20 fevereiro 2023.

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