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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

7 TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES APLICADAS AO PROJETO DE DESIGN


DE INTERIORES

Vivemos um tempo de mudanças na área do Design de Interiores. Com


inovações tecnológicas diárias, tendências, modificações culturais e climáticas, os
Designers de Interiores precisam se aliar a outros profissionais da indústria de
construção civil para enfrentar esses e muitos outros desafios. Voluntaria ou
involuntariamente, o ramo da construção civil gera um impacto significativo sobre o
ambiente em que vivemos, e os projetos de Design de Interiores não fogem a essa
regra. Por essa razão é que os profissionais dessa área devem estar sempre
focados em projetos de renovação, iluminação e materiais sustentáveis, ou seja,
devem instigar novas abordagens.
Novos produtos no mercado da construção civil, tais como a iluminação
LED, componentes pré-fabricados e laminados podem ser explorados para
complementar os princípios básicos de um projeto tecnológica e ecologicamente
correto. Assim, projetar considerando a chamada consciência ambiental já não é
mais nenhuma novidade, pois a sustentabilidade pode simplesmente fazer parte de
qualquer bom projeto.
É vital que cada profissional avalie a importância da abordagem projetual
sustentável, e embasem todas as suas criações nesses conceitos. Os próprios
trabalhos nessa área devem ser uma amostra do quanto a sustentabilidade pode ser
incorporada efetivamente em interiores, sem o comprometimento da estética ou da
qualidade do projeto.
Nesse Módulo, falaremos um pouco sobre tecnologia das construções
aplicada ao Design de Interiores, e também sobre os materiais mais utilizados e
suas aplicações.

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7.1 TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

Os termos que envolvem a sustentabilidade na construção são variados e


remetem a uma pluralidade de significados. O que importa de fato é o objetivo
comum de reduzir consumos de energia e demais perdas, proteger a biodiversidade
dos sistemas naturais e promover a integração do ambiente construído com o
ambiente natural.
Os impactos ambientais ocasionados pelas construções trazem à tona a
tônica das questões relativas à sustentabilidade, exigindo dos profissionais uma
nova postura e uma busca constante de alternativas tecnológicas para a construção
civil. Repensar as questões ambientais e o futuro das gerações vindouras deve ser
diretamente proporcional à procura de inovações que possam aliar práticas
inovadoras à evitação da esgotabilidade de recursos naturais. O que caracteriza
uma prática inovadora é a sua diferenciação em relação às práticas já existentes.
São exemplos de práticas alternativas e inovadoras a utilização de fontes renováveis
de energia, o uso de novos materiais de construção, o reuso da água, dentre outros.
Interessante, mas o surgimento das técnicas construtivas sugere que isso foi
algo instintivo, e que surgiu por acaso, equiparada à necessidade das pessoas na
antiguidade. As técnicas construtivas vieram a compreender o conjunto de regras,
invenções, habilidades relacionadas à construção de edifícios, estradas e pontes, à
preparação de materiais para construção ou fabricação, repassada de pai para filho.
Já no período do Renascimento era possível notar muitas técnicas de construção
conhecidas em nossos dias, incorporando os conhecimentos empíricos de origem
científica.
A palavra tecnologia tem sua origem na palavra grega techné, que significa
um discurso sobre as artes. Sua significância ficou clara na prática, quando em
meados do século XVII, a tecnologia expressou teoria e ideias das artes aplicadas,
isso é a designação de seus próprios ofícios.
Dessa maneira, podemos definir a tecnologia como o estudo de métodos,
teorias e processos que visam solucionar problemas técnicos relativos a materiais e

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processos construtivos. Constituiu-se em um conjunto de saberes aplicados à
prática para se atingir determinados objetivos, ou seja, os meios de se atingir um
fim.
Muitos autores sugerem que existem dois grupos de tecnologias: as
chamadas tecnologias pesadas (hard technology society), e as tecnologias leves
(soft technology community). A tecnologia pesada caracteriza uma sociedade
consumista ao extremo, que não prevê e nem comporta a destruição ocasionada
pelo uso dessa tecnologia. Já as tecnologias leves (ou sustentáveis) são aquelas
ecologicamente corretas, posto que não agrida a biodiversidade e os ecossistemas.
O foco desse curso será o uso das tecnologias leves, e, portanto não
abordaremos as tecnologias pesadas. De acordo com a Agenda 21 (capítulo 34) as
tecnologias leves possuem as seguintes características:

 Por serem menos poluentes, protegem o meio ambiente.

 Usam todos os recursos de forma mais sustentável, reciclando seus


resíduos e produtos.

 Tratam os dejetos residuais de uma maneira mais aceitável do que as


tecnologias que vieram substituir.

Dessa maneira, podemos dizer que as tecnologias ambientalmente


saudáveis não podem ser apenas classificadas como tecnologias isoladas, mas
constituem-se nelas mesmas em sistemas complexos, englobando conhecimentos
técnicos, científicos, procedimentos, bens, serviços e equipamentos, assim como os
procedimentos de organização e manejo.
Quando há a inserção dessas técnicas sustentáveis, visando a utilização de
componentes e operações que gerem menor custo ecológico em qualquer etapa de
seu processo, e ainda acarretem a reciclabilidade e a baixa agressividade ao meio,
podemos dizer que houve aí uma prática inovadora. As práticas inovadoras estão
diretamente relacionadas ao aproveitamento adequado dos sistemas naturais como
a água, o vento, a luz e o calor do sol, que já fazem parte da tradição e da história
da arquitetura e da construção. Por isso mesmo é que a cada dia surgem novidades

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na criação de novos dispositivos e equipamentos específicos, desenvolvidos
especialmente para a captação e utilização destes recursos naturais.
Os modernos painéis solares (ou placas solares) conseguem captar a
energia solar – que é uma fonte praticamente inesgotável de eletricidade -,
diariamente e sem nenhum custo, por meio de células fotovoltaicas. Esses coletores
transformam a energia solar em energia térmica, gerando eletricidade em torno de
12 volts em corrente contínua. É certo que essa corrente elétrica parece insuficiente
para a maioria dos usos domésticos, mas se acumulada ao longo do dia é uma fonte
abundante e confiável, que pode suprir as necessidades de uma habitação sem a
necessidade de recorrer a outras fontes. Com essa energia captada nos coletores é
possível se obter água quente para consumo doméstico e até pode ser utilizada para
aquecer a água de piscinas, evitando despesas maiores.
O mais interessante com relação à captação de energia solar é que esse
sistema não provoca qualquer tipo de poluição ambiental, e sequer modificam a
temperatura do seu entorno. Tendo como matéria-prima o silício – o mineral mais
abundante em nosso planeta -, os sistemas de captação de energia solar ainda
possuem uma durabilidade considerável, exigindo manutenção mínima.
Assim como a captação de energia solar, a energia eólica (ou energia
gerada pelos ventos) é uma fonte abundante de energia renovável, limpa e
disponível em diversos locais. O desenvolvimento dessa tecnologia deu origem às
turbinas eólicas, e ganhou popularidade justamente devido a sua capacidade de
gerar energia com uma fonte renovável, além de apresentar como vantagem um
custo relativamente menor que dos sistemas fotovoltaicos, como o das placas
solares.
Como pudemos ver, algumas medidas e técnicas construtivas podem e
devem ser priorizadas, quando pensamos em sustentabilidade. É certo que as
medidas por si só não proporcionam soluções realmente satisfatórias para os
problemas ambientais ocasionados pela ação humana. Mas o que podemos fazer,
como profissionais da área de Design de Interiores é prever novas atitudes em
nossos projetos buscando sempre a consciência ambiental, a começar pelo uso de
tecnologias alternativas, como as que acabamos de conhecer.
Dentro dessa nova atitude encontram-se as tecnologias alternativas, pois
elas propõem o uso racionalizado da natureza e nos recursos e fontes naturais,

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visando à sustentabilidade na construção com comprometimento ecológico,
facilitando e tornando a vida do homem mais feliz e saudável. No próximo tópico,
falaremos mais especificamente dos materiais sustentáveis que possuem esse
comprometimento ecológico.

7.2 MATERIAIS DE REVESTIMENTO PARA PISO, TETO E PAREDE

O concreto armado e o aço são as tecnologias mais utilizadas no mundo


moderno, dois materiais passíveis de causar danos irreversíveis ao meio ambiente.
É curiosa, mas válida a ressalva de que os métodos construtivos da antiguidade
eram totalmente inofensivos e nada causavam de malefício à natureza. Por isso
mesmo é que hoje se tornou possível aliar as tecnologias disponíveis às matérias
recicláveis obtidas da natureza, e assim fazer a substituição correta de materiais que
causam grandes impactos ambientais por materiais benévolos.

Vamos conhecer algumas dessas tecnologias e materiais ecologicamente


corretos:

Superadobe:

Essa técnica consiste na utilização de sacos cheios de areia agrupados,


possibilitando flexibilidade na elevação e conformação de paredes. Esse sistema
reduz significativamente os custos com refrigeração e aquecimento interno das
edificações, pois com este material é possível abrandar os níveis de temperatura e
umidade relativa. É uma tecnologia simples e de fácil execução e aprendizado, além
de ser adaptável a qualquer tipo de solo.

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FIGURA 89 – PAREDES CONSTRUÍDAS COM SUPERADOBE

FONTE: Disponível em: < http://www.terra-form.org/supplies/superadobe.html>.


Acesso em: 28 jan. 2013.

Fardos de palha:

Assim como o superadobe, a palha é um material natural com notáveis


propriedades de isolamento térmico e acústico.
Um das grandes vantagens desse material é que além da facilidade em
adquiri-lo (resíduos das lavouras de trigo e o arroz) a palha possui sílica, que com o
passar do tempo cria uma rede estrutural enrijecida e resistente, contribuindo para a
uma maior durabilidade das construções. Devido à sua leveza e funcionalidade, a
palha pode ser aplicada em paredes e até em forros e tetos, e ainda conta com
execução rápida.

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FIGURA 90 – FORRO MODERNO E SOFISTICADO DE PALHA

FONTE: Disponível em: <http://tijolosetecidos.com/>. Acesso em: 28 jan.2013.

Bambu:

Material renovável e em alguns pontos, similar à palha, o bambu pode ser


utilizado isoladamente ou associado à argila. Esse material apresenta possibilidades
não apenas técnicas, mas também estéticas. Bastante utilizado na arquitetura de
interiores, o bambu abre uma gama de possibilidades de usos, tais como em
laminados, pisos, forros, lambris, estruturas e outros, trazendo a tona o conceito de
bioarquitetura.

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FIGURA 91– OS AMBIENTES ACONCHEGANTES E SOFISTICADOS PODEM
SER OBTIDOS COM A APLICAÇÃO DE BAMBU

FONTE: Disponível em: <http://negociol.com/p64282-decoraco-bamb-and.html>.


Acesso em: 28 jan.2013.

Materiais com aproveitamento de resíduos

Esses materiais são fabricados com resíduos e cinzas provenientes da


queima de carvão, casca de arroz, bambu dentre outros, trazendo a vantagem de
serem resistentes e altamente duráveis. O reaproveitamento desse material evita
que sejam despejados em locais impróprios, reduzindo o impacto ambiental da
construção civil. A cinza originada da queima desses elementos pode ser utilizada
na fabricação de cimento, blocos e tijolos, e ainda ser aplicados em construção de
pisos, calçadas e outros componentes sem função estrutural.

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FIGURA 92 – CALÇADA ECOLÓGICA OBTIDA A PARTIR DE APROVEITAMENTO
DE RESÍDUOS

FONTE: Disponível em:


<http://www.afmm.com.br/e_clube/ver_galeria.php?categoria=noticia&&fk_categoria=175>
Acesso em: 28 jan.2013.

Biokreto:

O Biokreto é uma mistura de cimento com bambu moído e outras fibras


vegetais que pode ser empregado na fabricação de blocos de concreto, calçadas,
muros e outros tipos de alvenaria. Também pode ser empregado na fabricação de
pavimentos, bancos, jardineiras, telhas onduladas e até coletores solares. Apresenta
várias vantagens em relação ao concreto comum, pois a sua disponibilidade é
grande na natureza. Bagaço de cana, bambu, madeiras, resíduos agrícolas, entre
outros podem servir para a fabricação do biokreto. Esse material possui ainda como
principais vantagens a leveza, grande resistência aos agentes biológicos (fungos e
parasitas), facilidade de ser moldado ou recortado e baixa condução elétrica (grande
resistência a choques).

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FIGURA 93 – BLOCOS DE BIOKRETO

FONTE: Disponível em: <http://www.redetec.org.br/inventabrasil/biokreto.htm>.


Acesso em: 28 jan. 2013.

Biotelha:

Elaborada a partir da reciclagem de papel com adição de polímeros


diversos, a biotelha, mede 1,6 x 0,60m, e ainda é isolante térmica, muito
recomendada para uso em residências.

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FIGURA 94 – BIOTELHAS

FONTE: Disponível em: <http://parademinas.olx.com.br/pictures/telhas-ecologicas-iid-40146828>.


Acesso em: 28 jan. 2013.

Telhados e Paredes Verdes

Essa tendência já se tornou técnica construtiva em muitos países na Europa


e Estados Unidos. Apesar de soar bastante rudimentar, os telhados e paredes
verdes possuem como base materiais naturais como bambus, terra e grama,
gerando excelente isolamento térmico e baixo custo de execução.
Possui ainda como vantagem a facilidade de modelagem (grande
plasticidade), pois pode ser construído em diferentes formas e tamanhos,
aproveitando a vegetação própria do local em que se insere.

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FIGURA 95 – FACHADA COM PAREDE VERDE OBTIDA COM APLICAÇÃO NO
LOCAL DE PLACAS VEGETAIS

FONTE: Disponível em: <http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/category/meio-ambiente/>.


Acesso em: 28 jan. 2013.

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FIGURA 96 – TELHADO VERDE COM PLANTIO DIRETO NA LAJE DO EDIFÍCIO

FONTE: Disponível em: <http://www.vorkurs.com.br/2010/04/telhados-verdes/>. Acesso em: 28 jan.


2013.

RECICLAGEM DE ENTULHO

Como exemplo de uso de materiais oriundos de resíduos diversos, a


reciclagem de entulho promete o reaproveitamento de todos os restos de
construção, evitando a perda desnecessária e amenizando os impactos ambientais.
Quando o entulho for triturado ou moído, pode substituir a brita e a areia na
fabricação de concreto, por exemplo. Também a reutilização e reaproveitamento de
materiais de demolição pode ser uma alternativa para construções novas, gerando
um menor impacto ambiental.

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FIGURA 97– PLACAS CIMENTÍCIAS OBTIDAS A PARTIR DO
APROVEITAMENTO DE ENTULHO

FONTE: Disponível em: <http://reciclereduzarecrie.blogspot.com.br/2012/08/reciclagem-de-


entulho.html>. Acesso em: 28 jan.2013.

Outras tecnologias processadas mecanicamente oferecem muitas


vantagens, conforto e a tão desejada estética nos ambientes internos.
Possuem vantagens em relação ao uso da madeira convencional, tais como
a resistência à umidade e agentes biológicos, facilidade de aplicação e custo
reduzido em relação à matéria natural. Isso porque alguns MDFs disponíveis no
mercado possuem na composição madeira natural mais aditivos e aglomerantes
plásticos reaproveitados.
Esse tipo de material pode ser visto na confecção de móveis planejados,
painéis decorativos e em revestimentos de parede e teto.

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FIGURA 98 – REVESTIMENTO DE PAREDE COM MDF, POSSIBILITANDO
ENCAIXES E ADEQUAÇÃO DE OBJETOS

FONTE: Disponível em: <http://www.ultrapiso.com.br/index.php/revestimentos/revestimento-de-


parede-e-teto/>. Acesso em: 28 jan.2013.

Esse tipo de material oferece opções variadas para revestimento de tetos e


parede com réguas, permitindo a confecção de prateleiras, cabeceiras de cama, e
uma infinidade de outras opções. Pode ser pintado e também pode ser combinado
com outros materiais e tonalidades diferentes de MDFs.

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FIGURA 99 – APLICAÇÃO DE MDF EM PAREDES E NICHOS

FONTE: Disponível em: <http://www.ultrapiso.com.br/index.php/revestimentos/revestimento-de-


parede-e-teto/>. Acesso em: 28 jan. 2013.

FIGURA 100 – APLICAÇÃO DE MDF EM PAREDES E NICHOS

FONTE: Disponível em: <http://www.ultrapiso.com.br/index.php/revestimentos/revestimento-de-


parede-e-teto/>. Acesso em: 28 jan. 2013.

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FIGURA 101 – APLICAÇÃO DE MDF EM PAREDES E PISOS

FONTE: Disponível em: <http://www.ultrapiso.com.br/index.php/revestimentos/revestimento-de-


parede-e-teto/>. Acesso em: 28 jan. 2013.

7.3 APLICAÇÕES E RESTRIÇÕES: MATERIAIS MAIS ADEQUADOS A CADA TIPO


DE AMBIENTE E CLIMA

Com certeza você já deve ter observado que alguns tipos de materiais
parecem “não se comportar” adequadamente de acordo com o ambiente da
aplicação. Ou melhor, a aplicação de certos materiais não convém a certos
ambientes, por razões físicas de comportamento às condições a qual serão
expostos.

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Por exemplo: você jamais aplicaria um piso amadeirado em uma área de
banho, ou papel de parede em superfícies constantemente “molháveis”, não é
mesmo?
Em pouco tempo o piso amadeirado teria inchado pelo excesso de umidade,
e se deformaria. O papel de parede derreteria ou criaria bolhas internas, e
provavelmente decolaria da parede. Por essas e outras razões é que um Designer
de Interiores deve pensar duas vezes antes de indicar qualquer material a ser
utilizado em um projeto. Só a estética não vale, mas deve-se analisar o contexto em
que cada material será aplicado, suas implicações, resistência e principalmente, sua
adaptabilidade.
Essa adaptabilidade resume-se, basicamente, na distinção de dois tipos de
ambientes onde será feita a aplicação de um revestimento: as Áreas Secas e as
Áreas Molhadas. As Áreas secas são todas aquelas onde não há o uso
predominante de água e nem superfícies alagadiças, como salas, dormitórios e
escritórios. Já as Áreas Molhadas são aquelas onde há a eminência de alagamentos
temporários, tais como banheiros, lavabos, cozinhas e áreas de serviços.
Estudaremos mais aprofundadamente os tipos de revestimentos ideais para
áreas secas e molhadas no próximo tópico!

7.3.1 Áreas Molhadas e Áreas Secas

Em relação às áreas secas e molhadas, uma boa dica para analisar a


melhor opção para cada caso é imaginar que uma edificação qualquer possui três
grandes áreas: íntima, social e áreas molhadas (banheiros, cozinha e lavanderia).
Além de determinar se uma área é seca ou molhada, devemos pensar que
principalmente os pisos são o tipo de revestimento que recebe mais tipos de,
digamos, “agressão”. E isso ocorre diariamente por diversos fatores, como o fluxo
intenso de pessoas, água, gordura, materiais de limpeza, sol constante, presença de
animais, etc. Pensando nesses fatores, um Designer de Interiores pode estimar com
maior facilidade qual a melhor solução em termos de revestimentos para cada
espaço, pois cada um deles requer soluções com características diferentes.

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Para a área íntima, por exemplo, pode-se usar com liberdade quase todos
os tipos de revestimento, pois o fluxo de pessoas é baixo e a resistência à água não
é problema. Não há razões físicas que possam impedir a aplicação de qualquer tipo
de revestimento em quartos e salas, salvo soluções que envolvam apenas a estética
e equilíbrio visual do ambiente. Salas e dormitórios “pedem” a aplicação de materiais
quentes e aconchegantes, como a madeira, mas materiais mais frios também são
bem-vindos, como as cerâmicas. Carpetes amadeirados e pisos laminados também
são excelentes opções para esses ambientes, que já chegam à obra acabados e
dispensam o trabalhoso acabamento de raspagem e tratamento, além da praticidade
e rapidez na instalação.
Mesmo oferecendo tantas vantagens, há aqueles que não abrem mão das
madeiras legítimas, como os pisos de assoalho. Instalados com parafusos que unem
as tábuas a uma estrutura secundária ligada à laje, os assoalhos de tábua corrida
diferenciam-se dos tacos, que são colados diretamente no contra piso. Apesar de
belíssimos, tacos e assoalhos não dispensam o tratamento lixado e o acabamento
com verniz protetor, além das precauções contra fungos e umidade comuns à
madeira.
Esses são apenas alguns cuidados para quem deseja manter bonito o piso
de madeira. Vale a ressalva de que pisos de madeira legítima devem ser apenas
usados em áreas secas, pois a madeira não reage bem à umidade, correndo o risco
constante de descolamentos e empenamentos em áreas molhadas. Portanto,
realmente não é o mais indicado.
Agora, para quem não quer abrir mão da beleza da madeira, mas deseja
praticidade e ainda adaptabilidade total em áreas molhadas, deve optar por pisos
cimentícios, que reproduzem com perfeição madeiras de demolição. Além das áreas
molhadas, esse tipo de revestimento é ideal para varandas e jardins, por tratar-se de
um produto de espessura grossa, que chega cru na obra e deve ser encerado no
tom desejado.

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FIGURA 102 – PISO CIMENTÍCIO REPRODUZ VEIOS E RANHURAS DAS
MADEIRAS

FONTE: Disponível em: <http://abr-casa.com.br/curso/decoracao/2012/aula02/galeria.shtml#6>.


Acesso em: 28 jan.2013.

Além dos pisos cimentícios, podemos citar os pisos resinados e os


porcelanatos padrão madeira, que também imitam com perfeição a madeira natural,
e são muito duráveis e práticos.

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FIGURA 103 – APLICAÇÃO DE PORCELANATO QUE IMITA MADEIRA EM ÁREAS
MOLHADAS SÃO O SUCESSO DO MOMENTO

FONTE: Disponível em: <http://abr-casa.com.br/curso/decoracao/2012/aula02/galeria.shtml#9>.


Acesso em: 28 jan. 2013.

Da mesma forma que os amadeirados que acabamos de conhecer remetem


a aconchego e calor, os porcelanatos, pastilhas e demais cerâmicas são conhecidos
como “Pisos Frios”, e são ideais para locais de clima quente e também para áreas
molhadas.

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Dentre os pisos frios, o porcelanato está entre os revestimentos mais
procurados, pois ele une beleza, resistência e facilidade de manutenção, além da
grande variedade de tamanhos: 45 x 45 cm, 60 x 60 cm, 80 x 80 cm e 90 x 90 cm.
Apesar de ser encontrado geralmente em tamanhos maiores, vale a ressalva de que
ambientes pequenos como lavabos e banheiros, deve-se dar preferência a peças
menores, pois ao fazer os recortes geram menos perda de material. Em ambientes
maiores que 6m² são perfeitos para porcelanatos maiores, pois possibilita poucas
emendas e ainda passam a ideia de piso único. A última tendência em termos de
porcelanatos são os chamados “retificados”, que imitam o aspecto repaginado de
cimento queimado, mais leve e clean.

FIGURA 104 – PISO DE PORCELANATO EM PEÇAS MAIORES, PADRÃO


CIMENTO QUEIMADO TEM POUCAS EMENDAS, PARECENDO UMA
SUPERFÍCIE ÚNICA

FONTE: Disponível em: <http://abr-casa.com.br/curso/decoracao/2012/aula02/galeria.shtml#2>.


Acesso em: 28 jan.2013.

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O cimento queimado verdadeiro, chamado “piso monolítico”, é outra
categoria de revestimento frio que pode ser utilizado em praticamente toda a casa. O
cimento queimado é obtido por meio da junção de material líquido, a base de
cimento ou resina mais diversos aditivos, sendo moldado diretamente no local da
aplicação. A grande característica deste tipo de piso é agradar àqueles que não
gostam dos rejuntes. Em contrapartida, a desvantagem desses revestimentos são as
inevitáveis trincas. Nos últimos anos o cimento queimado ganhou status de moderno
e clean, pois sua aparência neutra e rusticidade delicada dialogam perfeitamente
com a decoração moderna.

FIGURA 105 – FULGET (VARIAÇÃO DO CIMENTO QUEIMADO) É PERFEITO


PARA COMPOR PISOS DELICADOS, FACHADAS E PAREDES INTERNAS

.
FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/revestimentos/>
Acesso em: 28 jan. 2013.

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Há outros pisos populares à base de cimento chamados “ladrilhos
hidráulicos”, muito utilizados em salas e cozinhas. São bonitos, resistentes e de fácil
manutenção e limpeza. Os ladrilhos hidráulicos possuem esse nome devido à
maneira como são fabricados: as pequenas peças de 20 x 20 cm são submersas
debaixo d’água no processo de fabricação.
Esse tipo de revestimento possui como vantagem a variadíssima gama de
desenhos, motivos e colorações que são praticamente exclusivos, devido à
produção em pequenas quantidades. Por isso mesmo é comum haver variação de
espessura entre as peças, que podem ser corrigidas com resinas incolores no ato da
aplicação. Essa aplicação deve ser feita com muito cuidado, e devem-se
impermeabilizar as peças a fim de reduzir a incidência de manchas ao longo dos
anos.

FIGURA 106 – PATCHWORK DE LADRILHOS HIDRÁULICOS MISTURA PEÇAS


LISAS E DECORADAS, GRANDES E PEQUENAS

FONTE: Disponível em: <http://abr-casa.com.br/curso/decoracao/2012/aula02/galeria.shtml#1>.


Acesso em: 28 jan. 2013.

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Os revestimentos em pedra (mármores, granitos e outras pedras decorativas
como a Goiás, Mineira, São Thomé, Arenito e tantos outros) trazem aspecto
acolhedor e único, mas devem ser usados com cuidado em cozinhas e ambientes
sujeitos à sujeira e gordura, pois a porosidade das pedras absorve tudo isso e ainda
causa manchas que jamais saem. Para evitar o dano das peças, devem-se aplicar
resinas impermeabilizantes.
Novas tecnologias no mercado criaram placas de 30 x 30 cm que imitam
com perfeição alguns estilos de pedras naturais, como “canjiquinha”, e a melhor
parte é que esse revestimento é fabricado com pó de cimento e garrafas PET. As
peças se encaixam umas as outras e devem ter acabamento com rejunte baixo para
disfarçar as emendas.

FIGURA 107 – FALSO CORTE “CANJIQUINHA” FEITO À BASE DE GARRAFAS


“PET” IMITA COM PERFEIÇÃO TIJOLOS DE DEMOLIÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://abr-casa.com.br/curso/decoracao/2012/aula02/galeria.shtml#4>.


Acesso em: 28 jan.2013.

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Gostaria de concluir esse tópico apresentando algumas propostas de
revestimentos mais práticos, que não exigem quebras na alvenaria e são fáceis de
serem aplicados. A grande vantagem desses revestimentos é que em poucas horas,
e sem quebrar uma parede sequer, é possível dar cara nova a qualquer ambiente.
A primeira opção são os painéis 3D, que podem ser aplicados a hall de
entrada, cabeceira da cama, escritórios e outros, conforme a criatividade mandar.
Esses painéis são confeccionados em MDF, e recebe pintura de resina plástica a
base de garrafas PET. As placas de 1,10 x 2,70 m exibem belos desenhos gráficos
em relevo. A facilidade de aplicação é tanta, que basta a fixação por cola em uma
base de madeira, que pode ser retirada a qualquer momento do local.
A segunda opção são os painéis adesivos, que dispensam cola convencional
devido a sua película colante na parte posterior. Esses materiais são à base de vinil
e PVC, apresentando padrões lisos e estampados, e até imitam lâminas metálicas.
Por serem impermeáveis, esses últimos deixam a cozinha atraente quando
instalados sobre a bancada da pia, combinando com os eletrodomésticos de aço
inox. Vêm em placas de 30 x 30 cm e pedem paredes regularizadas.

FIGURA 108 – PAINEL À BASE DE GARRAFA PET (ESQ.) E PAINEL


ADESIVO (DIR.)

FONTE: Disponível em: <http://abr-casa.com.br/curso/decoracao/2012/aula02/galeria.shtml#7>.


Acesso em: 28 jan.2013

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7.4 COMPOSIÇÃO DE AMBIENTES COM MISTURA DE MATERIAIS E DEMAIS
REVESTIMENTOS NA DECORAÇÃO

Imagino que depois de conhecer tantos revestimentos, suas implicações e


possíveis aplicações, você já deve estar pensando quais são aqueles que podem
criar combinações funcionais e interessantes. Nos últimos tempos, novos materiais
ganharam o mercado de tal forma que podemos afirmar que esse é o momento ideal
de criação para todos os profissionais da área de Design de Interiores. Temos muito
à disposição, e tudo à mão para criar ambientes cada vez mais estilosos e cheios de
personalidade.
Em razão de termos tantas opções é que a cada dia surgem novas
combinações e estilos. A mistura de materiais, texturas e cores são bem-vindas
quando desejamos criar ambientes únicos, mas alguns itens devem ser observados.
Como estudamos no Módulo I, a sobrecarga de elementos visuais causa cansaço e
stress, e sendo assim, tudo o que sobra em um ambiente deve ser automaticamente
excluído. Volta a velha questão do desenvolvimento do olhar crítico, pois uma coisa
é um ambiente rico em detalhes, sofisticado, que mistura cores e texturas
harmoniosamente, e até ousa nos elementos. Outra coisa completamente diferente
é um ambiente onde não há auxílio profissional, e existe um exagero na disposição
de cores e elementos que não dizem nada, e apenas causam confusão e stress
visual, nada mais.
Para não errar nunca, deve-se dar preferência à base neutra, tais como
paredes, sofás e outros elementos maiores, e deixar as nuances mais acentuadas
para os objetos decorativos. Seguindo o ciclo cromático (estudado nos módulos
anteriores) pode-se pintar ou revestir uma parede com segurança, bem como aplicar
essas tonalidades e estampas a outros objetos decorativos, como vasos, esculturas,
xales, cortinas, almofadas e cúpulas das luminárias, criando um diálogo entre
estampas e tonalidades.

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FIGURA 109 – PISO, PAREDES E CORTINA EM TONS NEUTROS PERMITIRAM
APOSTAR EM CORES DENSAS NOS MÓVEIS

FONTE: Disponível em: < http://abr-casa.com.br/curso/decoracao/2012/aula04/galeria.shtml#1>.


Acesso em: 28 jan.2013.

Com o tempo e prática, você conseguirá criar facilmente ambientes cada vez
mais ricamente compostos, e com segurança total, misturando cores, texturas e
estampas sem medo de errar. Observe a imagem a seguir. Trata-se de um ambiente
esportivo, jovial, com cores vivas que alegram e enchem de energia o espaço. O tom
verde água dá um contraste interessante aos painéis amadeirados na parede, e
também com o biongo que esconde a entrada do vestiário. Destaque para o
caminho demarcado com pastilhas azuis e violetas.

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FIGURA 110 – MISTURA DE TEXTURAS E CORES DEU CERTO, E CRIOU UM
AMBIENTE JOVEM E VIVO

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/revestimentos/?


Acesso em: 28 jan.2013.

Mistura de texturas como a da imagem anterior (pastilhas coloridas +


texturas amadeiradas) nem sempre servem de regra para outros projetos: tudo
depende da intenção que se quer criar em um espaço.
A próxima imagem é um exemplo disso. Uma cozinha sofisticada não
precisa de tantos retoques e apelos, a não ser um painel interessante confeccionado
em pastilhas de vidro que dominam o campo visual. Para equilibrar o conjunto, um
tom de amarelo vibrante foi escolhido para os armários, além do limestone negro
acima da bancada.

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FIGURA 111 – PASTILHAS DE VIDRO BEGES E MARRONS CONTRASTAM COM
ARMÁRIOS AMARELOS E LIMESTONE NEGRO

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/revestimentos/>


Acesso em: 28 jan.2013.

8 DISPOSIÇÃO NOS AMBIENTES: A ORGANIZAÇÃO DOS OBJETOS E


MOBILIÁRIO

Depois de compor um ambiente pensando em cada detalhe, como o


revestimento dos pisos, paredes, tipos de forros e acabamentos, chega a parte final
para o arremate de um espaço: a concepção dos móveis e demais objetos. Como
enfatizamos nos últimos tópicos estudados, sabemos que um projeto de interiores
deve ser uma obra coerente, coesa e equilibrada, em que todos os elementos,
construídos ou não, devem “dialogar” entre si, compondo um todo. É nesse aspecto
que os móveis merecem sua devida importância, pois como cada elemento

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155
construído, cada móvel e objeto também terá sua participação em um projeto de
interiores.
Se pararmos para refletir por um momento na própria história do mobiliário,
compreenderemos que ainda hoje, com todas as modernidades de que dispomos,
os móveis de um espaço jamais deixaram de produzir e incitar sentimentos e
significados, que remetem a toda forma de ideias e concepções que todo projeto
deve demonstrar, mesmo que de forma subentendida.
A fim de promover uma reflexão sobre o significado dos elementos inseridos
nos espaços, vamos estudar brevemente a história do mobiliário no próximo tópico.
E mais adiante, voltaremos a abordar as questões de distribuição dos móveis e
elementos em um ambiente.

8.1 BREVE HISTÓRICO DO MOBILIÁRIO

Em períodos anteriores ao do Império Egípcio, as únicas informações que


chegam a nós sobre a história dos móveis são resultado de estudos e pesquisas de
historiadores e antropólogos. Nesses estudos era reconstituída a forma de viver e
habitar dos homens da antiguidade, com base nos objetos singelos e pinturas
encontradas nos interiores das cavernas.
Essas pinturas são consideradas as primeiras manifestações artísticas de
nossa civilização, que eram nada mais que traços feitos nas paredes de argila das
cavernas ou das mãos em negativo. Representavam praticamente o dia a dia
desses antigos camponeses, ou seja, tudo o que eles viam fazia parte de seu
universo, como o desenho de animais, a natureza, a caça, a pesca e alguns tipos de
atividades agrícolas. É válida a ressalva de que esses desenhos significavam, na
verdade, o desejo do homem em dominar os animais ali representados. Os
historiadores acreditam que essas representações faziam parte de uma crença em
que o “pintor” obtinha poder sobre o objeto desenhado. Assim, podemos afirmar que
essas representações artísticas, que ao mesmo tempo possuíam funções objetivas e
também adornavam os ambientes antigos, transmitiam uma ideia clara de poder,
não muito diferente dos ambientes suntuosos de nossa era.

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156
Esse estilo conhecido como “rupestre” também se manifestou nos trabalhos
de escultura, em que vasos e esculturas alusivas a formas femininas eram
comumente modeladas. Essa era uma alusão clara ao desejo, aos votos de
fertilidade para aquele lar onde a figura estava inserida.
Assim foram as representações do período Paleolítico. O período posterior,
o Neolítico, trouxe a domesticação definitiva dos animais e a construção das
primeiras casas, chamadas “nuragens”. Foram desenvolvidas técnicas de tecer
panos, e logo os antigos murais pintados na parede passaram a ser representados
nesses tecidos. A grande diferença do período Neolítico para o Paleolítico foi que
aquelas antigas representações rupestres foram racionalizadas, e passaram a ser
representadas de forma simplificada e totalmente geometrizada. Ainda eram
representados os cenários da vida cotidiana, além de esculturas representando
guerreiros em ação e também figuras femininas.
Os cenários da vida comum são substituídos no período egípcio por cores,
adereços e mobiliários alusivos à morte, pois o seu ponto forte foram os túmulos,
estatuetas, vasos e construções mortuárias. O estilo sombrio dos espaços atestava,
na verdade, a grandiosidade e a importância do poder político e religioso do Faraó,
transmitido a todos os elementos decorativos.
Justamente por causa dessa visão regrada, em que só importava realmente
o poder e a casta a que se pertencia, é que as figuras humanas eram representadas
iguais nos painéis decorativos, e em nada coincidiam com o aspecto real das
pessoas, e sim, era uma forma de visão estereotipada, revelando o desejo de uma
sociedade em que só os nobres, os “iguais” e do mesmo grupo social possuíam
poder supremo.
Essa grandiosidade, poder, riqueza e soberania não estavam presentes
apenas nos ambientes externos, mas também nos internos. O mobiliário era
confeccionado em cores vivas e com acabamentos em diversos materiais nobres,
como o ouro, pedras preciosas, madeira, pedra, marfim, couro, tecidos, junco.
Nesse período, já se observava a existência dos seguintes móveis e objetos,
parecidos com os que dispomos hoje:
 Camas;
 Cadeiras;
 Cadeiras de braço (Trono);

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 Bancos;
 Mesas diversas (portáteis ou não);
 Arcas e Baús;
 Armações de leitos;
 Divãs;
 Vasos decorativos;
 Apoio de cabeça.
Todo o estilo, a forma e o desenho dos móveis dependiam do clã ou casta a
que pertencia o proprietário. Classes mais baixas (como as dos servos, por exemplo)
possuíam móveis baixos, revestidos de materiais menos nobres. As “pernas” de
camas, cadeiras, bancos, representavam algum animal, como por exemplo, patas de
touro, patas de leão e patas de gazela. Novamente vemos aí a ideia de domínio
sobre os animais e a natureza.
Já havia a presença de cortinas finas e mosquiteiros, e também cortinas
mais grossas para impedir a entrada de correntes de ar indesejáveis, além de
manter a privacidade em um ambiente.
Mas foi no Império Grego que os elementos decorativos ganharam enfim
forma e monumentalidade. Muito do que temos hoje se deve às técnicas e
conhecimento dos gregos na arte de decorar ambientes. Esse conceito fica claro na
concepção das estátuas gregas, em que o escultor esculpia estátuas que
representava o homem não apenas como seu semelhante, mais o lado belo em si
mesmo. Essas estátuas eram feitas de mármore, que posteriormente foi substituído
pelo bronze, pois era mais resistente e não se quebravam como o mármore e
também facilitava o trabalho do artista em expressar melhor os movimentos.
As esculturas do séc.IV a. C. apresentavam não apenas traços e beleza,
mas faziam clara alusão a sentimentos como o amor, a paz, a liberdade e a vitória.
Surge nesse período o nu feminino. Na arquitetura destacam-se os templos, com
suas colunas e capitéis realçando os enfeites, frisos e relevos. Os interiores também
eram realçados com esse tipo de adereço.
Os móveis possuíam a forma de um sino pesado e côncavo. As cabeceiras
possuíam pernas que terminavam muitas vezes num par de volutas, e eram mais
altas que a parte dos pés. O colchão era assentado em tiras ou cordas fixas à
armação da cama. As mesas usadas eram retangulares com duas pernas e eram

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guardadas por debaixo dos leitos para melhor aproveitamento dos espaços. Nos
tronos, era comum a presença de “pernas” torneadas semelhantes às de animais,
como patas de leão ou de touro.
Os gregos utilizavam os mesmos métodos de encaixe dos egípcios,
utilizavam figuras de pessoas casadas aos móveis, houve o desenvolvimento do
torneado, com as quatro faces trabalhadas, eles também se dedicaram a fabricação
dos móveis metálicos e em pedra.
Um aspecto interessante em relação à concepção dos móveis na Grécia foi
o fato de eles terem sido os primeiros a confeccionar peças de mobiliário infantil,
pois eles compreendiam que crianças possuíam necessidades diferentes dos
adultos, uma inovação em relação ao período anterior, o Egito. Após esse período
houve inúmeras inovações na arte moveleira, tão atrelada à própria história do
design de interiores.

Para reforçar os conceitos estudados sobre


período e estilos de mobiliário. Sugiro o vídeo
abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=O4oojV_9nDY

Depois desse vislumbre da concepção do mobiliário no passado, podemos


compreender que cada detalhe, cada elemento que inserimos em um ambiente
possui um peso e expressa ideias claras, que devem ser medidas e pensadas a
cada novo projeto.
Nada ou nenhum elemento deve ser inserido sem que haja esse propósito,
essa reflexão sobre o conceito que queremos demonstrar em nossos projetos.

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159
8.2 DESIGN DE INTERIORES E PROJETOS DE MARCENARIA

Hoje, nada faz mais sucesso em um ambiente do que os móveis planejados,


pois eles conferem exclusividade a cada espaço. É impossível que um móvel
planejado seja idêntico ao outro, devido à enorme variedade de madeiras e MDFs
que temos em nosso país à nossa disposição. A unicidade de cada projeto faz com
que as pessoas sintam-se únicas, exclusivas e diferentes, sentindo de fato que
aquele ambiente foi projetado unicamente para ela!
Temos a disposição muitas opções e variedades no mercado de planejados,
e estar sintonizado nas tendências e novidades é essencial para um Designer de
Interiores. Vivemos uma era em que cada vez mais os imóveis são menores, e
móveis convencionais quase já não podem atender integralmente os ambientes
menores. Qual a solução? Planejar os móveis, claro!
Os móveis planejados são perfeitos para ambientes onde falta espaço. Um
Designer de Interiores deve sempre sugerir aos seus clientes a criação desses
móveis, desde que haja a necessidade e realmente agrade. O profissional dessa
área pode fazer os projetos dos móveis, especificando todas as medidas e detalhes
necessários para se fazer o móvel em uma marcenaria.
Vale dizer que além dos planejados estarem em alta, muitas vezes é preciso
compreender o lado do cliente, e adaptar-se aos seus gostos. Suponha que o cliente
deseje adquirir esse ou aquele móvel planejado, mas não queira se desfazer
daquele jogo de sofá e nem das mesas de apoio que ele já tem faz tempo. Solução?
O Designer deve criar o ambiente com os móveis planejados, e ainda adequar os
móveis que já existem de forma coerente e interessante.
Essa diversidade em compor espaços com móveis planejados ou não é o
desafio de cada profissional, e, além disso, deve encantar seus clientes com
soluções que ultrapassam apenas o usual, mas superam-se na praticidade e beleza.
E compor ambientes práticos e funcionais inicia-se pelo estudo sério e
comprometido da disposição dos móveis e mobiliários. Veremos isso no tópico a
seguir!

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160
8.3 ESTUDO DA DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS E CIRCULAÇÃO NOS AMBIENTES

A escolha certa dos móveis é fundamental para garantir a beleza e a


funcionalidade de um espaço. As dimensões precisam ser definidas de acordo com
o ambiente e os espaços necessários para a circulação de pessoas.
Alguns critérios devem ser levados em consideração na hora de escolher os
móveis, como a funcionalidade, as medidas do móvel em relação às medidas do
ambiente, o estilo de cada proprietário e o conforto do móvel agregado à qualidade e
beleza. Os erros mais comuns na adquição desses móveis é achar que o móvel
cabe no espaço sem ter medido o local previamente, comprar porque achou
simplesmente bonito ou porque está na moda.
Como enfatizamos no Módulo II desse curso, devemos nos comprometer
inicialmente a conhecer o espaço onde faremos o nosso projeto, e em seguida,
calcular se o móvel escolhido cabe nesse espaço. Para isso, deve-se sempre ter
medidas do ambiente em mãos para comparar com as medidas de largura x
profundidade do móvel e assim calcular se o espaço é suficiente. Por isso, é
importante lembrar-se das noções já estudadas de ergonomia, para garantir o
espaço ideal entre os móveis, de forma a gerar espaço e conforto. Isso se resume
em três aspectos comuns: móveis bem distribuídos no ambiente, fácil acesso para o
manuseio e nenhuma dificuldade em caminhar entre eles.
Uma dica interessante para não errar na hora de medir corretamente os
móveis e ambientes é primeiramente desenhar em uma folha o formato do ambiente
a ser medido. Em seguida, localizar as aberturas desse ambiente, como as portas e
janelas. Também é importante anotar e localizar no desenho itens como torneira,
registro de água, ponto de gás, tomadas e interruptores para que estes não sejam
esquecidos atrás de algum móvel. Feito o rascunho, deve-se anotar as medidas de
cada uma das paredes, incluindo a distância e a altura de cada item marcado na
planta.
Esses são alguns cuidados iniciais que auxiliam na composição de um
ambiente harmonioso e agradável. O Designer de Interiores deverá estudar esse

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161
ambiente, observar cada detalhe para assim buscar a melhor posição dos móveis
dentro do ambiente, tudo isso com muito bom gosto e criatividade, transformando o
ambiente em lugar para entrar, estar e principalmente, sentir-se bem.

8.4 ALTERNATIVAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MOBILIÁRIO PARA AMBIENTES

Partindo para a prática da distribuição de móveis em um ambiente, vale dizer


que existem vários pontos de partidas, e cada um possui sua importância. Há alguns
que preferem o modo mais prático para isso, que é inserir os objetos de maior
dimensão primeiramente. Por exemplo: no caso de um quarto, será a cama; e no
caso de uma sala, será o sofá, porque presumivelmente, em torno dos objetos
maiores é que todo o resto irá se acomodar.
Para tornar a distribuição inicial do mobiliário ainda mais fácil, considere as
seguintes sugestões: concentre-se no ponto focal da divisão – pode ser uma janela,
lareira ou coluna – e utilize-o para centrar a disposição dos móveis. Se a tarefa em
mãos for o layout de lugares sentados – caso de uma sala de estar ou de jantar –
recorra a uma carpete (real ou imaginária) e utilize-a como base para a distribuição
de sofás, poltronas, cadeiras, bancos e puffs. Essa é mais uma maneira garantida
de distribuir os elementos com equilíbrio.
Conseguir o equilíbrio perfeito entre todo o mobiliário, onde nada parece
exagerado, esquecido ou fora do lugar é o objetivo de qualquer Designer de
Interiores! E isso não é assim tão difícil de conseguir: basta equilibrar as peças
maiores com outros elementos de tamanho semelhante, mas colocados na direção
oposta. Temos vários exemplos no nosso Módulo I, em que falamos sobre o
equilíbrio das peças dispostas em um ambiente.
Mais um exemplo prático para isso: para equilibrar um sofá amplo, coloque
duas poltronas diretamente em frente a ele. As plantas, mesas de apoio, vasos
decorativos e luminárias altas também podem ser utilizados para se conseguir este
efeito. Tudo depende diretamente da criação de um ponto focal para o ambiente que
se deseja criar. De nada adianta criar um ambiente com itens belíssimos se eles não
forem colocados em um lugar que destaque com perfeição.

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162
Para isso, observe sempre os seguintes aspectos:
 Inicie a distribuição dos móveis sempre pelo móvel de maior
dimensão, independente do tamanho do espaço.

 Nem sempre a maior peça tem de ser encostada na parede. Tente sair
do convencional e evitar isso, sempre que possível.

 Estabeleça um ponto focal da divisão, como uma lareira ou uma


coluna, e use-o para centralizar a disposição dos móveis.

 De olho nas medidas! Certifique-se de que realmente existe espaço


suficiente para todos os itens de seu projeto, de forma a permitir uma circulação
ergonomicamente correta e, portanto, confortável.
 Esteja atento às aberturas do ambiente, como portas, janelas e
passagens, pois eles comprometerão diretamente a disposição do mobiliário. Faça
esboços, execute literalmente um estudo sobre o espaço que você irá criar um
projeto de Design de Interiores. Pense sempre na acessibilidade.

FIGURA 112 – ESTUDO DAS ABERTURAS E ZONAS DE UM AMBIENTE

FONTE: Disponível em: <http://rosalilas.net/?page_id=841> Acesso em: 28 jan.2013.

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163
 Teste todos os cenários possíveis! Nem sempre um ambiente possui
apenas uma solução melhor para acomodar todos os móveis. Na verdade, existem
várias soluções para um único espaço, acredite ou não! Vai partir de você um estudo
melhor sobre isso. Imagine que esse é um quebra-cabeça em que não há apenas
uma peça de encaixe perfeita para outra, mas que todas as peças encaixam-se de
várias maneiras, e só depende de você testar as possibilidades.
Uma forma interessante de se “testar” a melhor distribuição dos móveis é
estudar fisicamente o espaço. Como? Utilizando softwares de decoração ou mesmo
rascunhando em um papel, utilizando medidas e escalas. Uma maneira interessante
de se fazer isso é desenhar em um papel o ambiente onde será feito o projeto. É
importante que tudo seja feito com as medidas reais do local, utilizando para isso o
escalímetro.
Assim que desenhar o ambiente, desenhe também os móveis que deseja
inserir nele. Como esse é apenas um estudo de mobiliário, não é necessário que
você use seus “dotes artísticos” e capriche no desenho, mas é essencial que tudo
esteja desenhado em escala. Se for uma sala, por exemplo, desenhe apenas um
retângulo com as dimensões do sofá, da mesa, do vaso de plantas, etc. Recorte
tudo, e divirta-se encontrando o melhor arranjo (ou layout) para o ambiente a ser
planejado!
Para que esse conceito fique bem claro, observe com atenção as imagens a
seguir. Trata-se de um mesmo ambiente – uma sala – onde foram dispostos de três
formas diferentes os mesmos móveis, criando três diferentes cenários.
Observe e tire suas próprias conclusões:

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164
FIGURA 113 – DIFERENTES LAYOUTS PARA UM MESMO AMBIENTE

FONTE: da Autora.

FIGURA 114 – DIFERENTES LAYOUTS PARA UM MESMO AMBIENTE

FONTE: da Autora.

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165
FIGURA 115 – DIFERENTES LAYOUTS PARA UM MESMO AMBIENTE

FONTE: da Autora

Pensando nesses conceitos, está lançado um desafio para você! Que tal
fazer o estudo de mobiliário em um dormitório? Desenhe um dormitório medindo
3,50 x 3,00. Dentro desse quarto deve haver:

 Uma cama de solteiro (1,90 x 0,90);


 Um roupeiro (2,00 x 0,55);
 Um criado mudo (0,60 x 0,60);
 Uma escrivaninha ou mesa de estudos (1,20 x 0,50).

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Será que você consegue? Tenho certeza que sim! Essa atividade não valerá
nota, mas serve apenas para que você pratique e aplique esses conceitos, criando o
maior número possível de layouts para um mesmo ambiente!

8.5 ARTIGOS DE DECORAÇÃO

Costumo dizer que os artigos e acessórios decorativos em um projeto de


interiores são como a “cereja de um bolo”. Aparentemente não passam de meros
detalhes, mas na verdade toda a beleza de um projeto está focada neles, e deles
depende todo o realce de um projeto. Independente do espaço que irá planejar,
residencial ou comercial, grande ou pequeno, os artigos decorativos não devem ser
inseridos ao acaso em nenhum ambiente. A importância de sua inserção é tão
grande quanto os revestimentos e planejados!
Por isso, pondere sempre, e estude as melhores formas de compor
ambientes com harmonia. Assim como estudamos nos tópicos anteriores a respeito
do arranjo (layout) dos móveis, os objetos também podem ser experimentados em
diferentes posições, onde uma situação privilegiará esse objeto.
No momento em que for distribuir os objetos decorativos em um ambiente, o
equilíbrio pode ser conseguido com a observação dos volumes e tamanhos das
peças. O melhor é experimentar e observar sempre. Não há uma regra específica
para este tipo de arranjo, mas deve existir, da parte do profissional, bastante
sensibilidade para se criar uma composição harmônica com os objetos.
A simetria, por exemplo, é muito bem-vinda em aparadores e cômodas.
Quando os objetos são distribuídos de forma equilibrada de acordo com tamanhos,
cores e formatos, o resultado sempre é elegante, sóbrio e visualmente agradável,
como no projeto abaixo. Observe que duas luminárias idênticas foram postas nas
extremidades do aparador, equilibrando-se visualmente com o elemento de maior
destaque ao centro. Perceba que o equilíbrio não se limita apenas ao aparador, mas
estende-se pela parede ao fundo, onde molduras de fotos e quadros equilibram-se,
criando um efeito interessante.

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FIGURA 116 – SIMETRIA E EQUILÍBRIO NA COMPOSIÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

Atenção: ao compor utilizando aparadores, não se sinta preso (a) à falsa


ideia de que somente elementos idênticos poderão criar a sensação de equilíbrio.
Observe a composição abaixo. Não há sequer um elemento igual ou mesmo
parecido sobre o aparador, mas o volume criado pelo arranjo floral equilibra-se,
devido a sua altura, com a torre negra do lado oposto. Outra forma de que o
elemento em destaque não precisa necessariamente estar no centro, como no caso
das flores em tom de rosa vivo, inserido à esquerda do aparador.

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FIGURA 117 – SIMETRIA E EQUILÍBRIO NA COMPOSIÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

Vamos falar um pouco sobre as famosas mesas de centro, muito utilizadas


em homes e salas de estar. Mesas de centro são bem-vindas em salas amplas, mas
causam sensação de aperto em ambientes pequenos, e por isso devem ser
dispensadas. Quando utilizadas em uma composição, devem ser baixas de forma a
não atrapalhar a comunicação e a visualização entre as pessoas sentadas de lados
opostos. Para incrementar ainda mais, livros, caixas e pequenos vasos e arranjos
florais “casam” com perfeição com as mesas de centro.

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FIGURA 118 – USO IDEAL DE MESAS DE CENTRO

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

Em estantes, prateleiras e mesas mais altas de apoio, os livros ficam com o


papel principal. Quando separados por cores e tamanhos criam um visual
interessante, que pode vir acompanhado de porta-retratos, pequenas gravuras,
esculturas e pequenos vasos e arranjos florais.

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FIGURA 119 E 120 – EXEMPLOS DE ESTANTES QUE ACOMODAM COM
PERFEIÇÃO LIVROS E ACESSÓRIOS, CRIANDO AMBIENTES INTERESSANTES
E AGRADÁVEIS

FONTE: Disponível em: <http://www.desideratto.com/tag/livros/>. Acesso em: 28 jan.2013.

TREINANDO
- O OLHAR

Agora um exercício prático, que o ajudará a compreender os conceitos que


acabamos de estudar. Não vale nota, é apenas para que você aprofunde seus
conhecimentos e treine seu olhar. Observe com atenção a galeria de imagens
abaixo, e anote tudo o que for “vindo” à sua cabeça. Que tipo de sensações você
percebeu? Que elementos estão em equilíbrio? E as cores? Anote tudo, pois isso
lhe será útil no futuro.

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FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>.
Acesso em: 28 jan.2013.

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172
FIGURA 121

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>.


Acesso em: 28 jan. 2013.

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173
FIGURA 122

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan. 2013.

FIGURA 123

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

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FIGURA 124

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan. 2013.

FIGURA 125

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

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175
FIGURA 126

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

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FIGURA 127

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

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FIGURA 128

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>.


Acesso em: 28 jan.2013.

FIGURA 129

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

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178
FIGURA 130

FONTE: Disponível em: <http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

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179
FIGURA 131

FONTE: Disponível em: < http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>.


Acesso em: 28 jan.2013.

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180
FIGURA 132

FONTE: Disponível em: < http://www.casosdecasa.com.br/index.php/tags/objetos-de-decoracao/>


Acesso em: 28 jan.2013.

Aposto que você está ansioso para aprimorar o


seu “olhar crítico”! Continue treinando! Para isso,
acesse o site abaixo, e confira uma galeria das
últimas novidades em objetos decorativos para
Design de Interiores:

http://mdemulher.abril.com.br/casa/fotos/decoracao/brilho-
fino-aposte-objetos-metalizados-decoracao-
684909.shtml#2

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8.5.1 Tecidos, Cortinas e Tapetes

Depois e “passearmos” pelo universo dos objetos e acessórios decorativos,


partimos para o chamado “arremate” dos projetos de interiores, composto por
tapetes, cortinas e tecidos. Esses elementos “fecham com chave de ouro” qualquer
projeto, dando a impressão de “missão cumprida, projeto finalizado”.
Iniciaremos nossa abordagem a respeito das cortinas. Inicialmente, quando
não desejamos comprometer o mobiliário já existente, é preferível o uso de tecidos
com cores neutras, como o branco e o cru. Por exemplo: se você já revestiu as
paredes de uma sala com papel de parede, comprou um sofá de tom vibrante, e
complementou com almofadas do mesmo tom, é natural que invista em cortinas
neutras e leves. Agora, caso deseje criar um ambiente personalizado, o ideal é
basear-se na cor da parede e fazer um composê de tecidos, combinando os dos
sofás, das poltronas, almofadas e cortinas.

Observe o projeto dessa sala. Os tons de vermelhos prevalecem, mas a


cortina é quem “dá as cartas”, pois que as cores de sua estampa se repetem nos
demais elementos, ainda que não repitam a sua estampa. As capas de almofadas
possuem tons amarelados, verdes, azuis e vermelhos, tudo isso ditado pela cortina,
criando um ambiente interessante baseado no conceito de composê. Perceba que o
que menos importa é se as estampas são iguais, se são listradas, desenhadas ou
simplesmente coloridas: o que importa realmente é a equivalência das peças
inseridas, o “diálogo” entre os tons e cores.

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FIGURA 133 – PROJETO DE SALA COM CORTINA ESTAMPADA BASEADA NO
CONCEITO DE COMPOSÊ

FONTE: Disponível em: < http://www.bricodecoracao.com/conselhos> Acesso em 28 jan.2013.

Fato interessante é que as cortinas e (também os tapetes!) possuem o poder


de clarear e ampliar ambientes, sobretudo as peças de cores claras, que sempre
causam esse efeito. Xales e pregas verticais tendem a aumentar visualmente o pé-
direito (altura) de um ambiente mais baixo. Em espaços pequenos, painéis de
cortina costumam causar a impressão de ambientes longos, assim como os tapetes
listrados.

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FIGURA 134 – AMBIENTE ILUMINADO E COM ALTURA AMPLIADA PELO USO
CORRETO DA CORTINA

FONTE: Disponível em: < http://www.desideratto.com/tag/livros/> Acesso em: 28 jan.2013.

Ao inserir cortinas em um projeto, devem-se considerar dois aspectos: se a


janela possui uma paisagem atrativa e com boa luz ou trata-se apenas de uma
janela para ventilação do ambiente. Se a vista for bonita, evite cores escuras, que
vão esconder a paisagem. Prefira tecidos claros e leves, colocados de tal maneira
que possam ser recolhidos nas laterais da janela durante o dia.
Outro item importante a considerar é a leveza do tecido e sua transparência.
Tecidos leves não impedem a passagem da luz. Se a intenção é apenas controlar a

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entrada de luz, persianas rolô ou de outro tipo, feitas de tiras de madeira, bambu ou
outros materiais similares permitirão reduzir a luz vinda do exterior sem impedir a
ventilação.
Sabemos que além da estética, as cortinas são responsáveis por criar
ambientes acolhedores e também discretos, criando privacidade. Há no mercado
muitos tipos de cortinas com tecidos e acabamentos diferentes, para todas as
funções necessárias.
Observe alguns exemplos de tipos de cortinas:
 Blackout – Ideal para regiões muito ensolaradas, pois impede a entrada da luz e reduz
consideravelmente o calor.

 Cortina de voal - Confere delicadeza e suavidade ao ambiente, mas não bloqueia a


entrada da luz.

 Cortina de Shantung: Similar ao voal, porém mais encorpado e espesso.

 Cortina de Linho: Nobre e encorpada, esse tipo de cortina é ideal para ambientes
elegantes.

 Seda: Tão nobre quanto às cortinas de linho, a seda é mais brilhante e leve, e muitas
vezes necessita vir acompanhada de outro material.

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FIGURA 135 – TIPOS DIFERENTES DE PREGAS EM CORTINAS

FONTE: Disponível em: <


http://www.portaldecoracao.com.br/decoracao/Portugues/detNoticia.php?codnoticia=548>Acesso em
28 jan.2013.

Ao escolher tecidos e tons das cortinas, devemos lembrar que elas têm o
poder de alterar a tonalidade dos demais objetos da decoração, de acordo com seu
grau de transparência. Por isso mesmo, as cortinas devem ser escolhidas com muito
cuidado, pois pode favorecer ou não todo o projeto executado de Design de
Interiores.
Da mesma forma que as cortinas, os tapetes também possuem esse poder
de destacar ou até desprestigiar um projeto de Design de Interiores. Por serem
elementos de destaque até mesmo nas tonalidades mais básicas, um tapete jamais
passa despercebido, sendo belo ou o total oposto. As últimas tendências para
tapetes prezam por tamanhos cada vez mais generosos, desenhos ousados e status
de peça-chave de decoração em um ambiente.

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A aposta nos tapetes grandes é quase sempre sucesso, pois eles podem ser
usados não apenas como realce de um ambiente e de seus móveis, mas também
como elemento demarcador de espaços - Sucesso garantido em ambientes
integrados, como sala de estar e jantar. Em espaços maiores, é possível até afirmar
que sem o tapete os móveis ficam com aspecto de soltos, sem amarração.
Observe o projeto a seguir. O segredo dessa harmonização perfeita está não
apenas na escolha dos móveis e demais elementos, como também na escolha das
cores. São nove tons bem próximos, entre os quais se sobressaem o rosa, o goiaba
e o vinho. O sofá cinza e a mesa de centro de laca funcionam como peças de base,
neutras. O tapete de dimensões generosas comanda e dá o tom em todo o projeto,
comprovando mais uma vez que listras e estampas podem sim “conviver” em um
mesmo espaço.

FIGURA 136 – TONS NEUTROS COMPORTA COM PERFEIÇÃO LISTRAS,


ESTAMPAS E TEXTURAS DIVERSAS

FONTE: Disponível em:


<http://www.portaldecoracao.com.br/decoracao/Portugues/detNoticia.php?codnoticia=548>Acesso
em: 28 jan.2013.

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A base neutra em tons de cinza do projeto anterior não é novidade no
Design de Interiores. Quando se quer ousar na mistura de cores, texturas e
estampas e ainda assim ser bem-sucedido, o segredo é simplesmente escolher uma
base neutra para os objetos maiores, como paredes, pisos e sofás, e fazer um
composê com estampas diferentes, mas coerentes entre si.
Um bom exemplo disso é o próximo projeto que vamos ver. O tapete foi
eleito para ser o elemento mais forte desse espaço, com estampa de tinta graúda
ousada. A intenção foi trazer a ideia de que uma tela artística gigante pairou pelo
chão da sala de tons neutros, como o cinza do sofá e o preto da poltrona. Com as
medidas generosas de 2,74 x 3,65 m, ele cobre toda a área onde está o sofá.

FIGURA 137 – OS MÓVEIS DE COR NEUTRA E ESCURA REALÇAM O TAPETE E


ACESSÓRIOS DE COLORIDO INTENSO DE FORMA HARMÔNICA E
EQUILIBRADA

FONTE: Disponível em:


<http://www.portaldecoracao.com.br/decoracao/Portugues/detNoticia.php?codnoticia=548>. Acesso
em: 28 jan. 2013.

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Para concluirmos esse módulo sem nenhuma dúvida sobre tapetes, sugiro a
leitura extraída do site: http://www.portaldecoracao.com.br.

AS 10 MAIORES DÚVIDAS

1 - Quando usar tapetes redondos?

É uma questão de gosto, mas a maioria dos especialistas reserva o modelo


para halls de entrada, quartos de criança (nos quais pode ser usado deslocado) e em
situações em que, por falta de metragem, não se permitem modelos retangulares ou
quadrados. Em mesas de jantar redondas, opte por um modelo quadrado. “Em
ambientes formais, de linhas retas, pode-se usá-los para quebrar a seriedade”, afirma
Maria Lúcia Quaglio, designer da Fio Sobre Tela.

2 - Qual o tamanho ideal do tapete para a sala de estar?

“Quanto maior, melhor”, afirma Alfredo Oliveira, diretor de criação da Punto e


Filo. “Não existe nada pior que tapete na proporção errada. É como aquele homem
que está usando uma peça e você não sabe dizer se é uma calça curta ou uma
bermuda comprida.”

Segundo o designer, o tapete deve ter uma dimensão que permita colocar todos
os móveis do ambiente sobre ele: sofás, poltronas e mesas laterais. “Se, por questões
econômicas, isso não for possível, o ideal é que o tapete avance 30cm para baixo do
sofá”, diz Daniel Al Makul, diretor de marketing e vendas da Casa Fortaleza. As mesas
laterais seguem a regra geral. Se a decoração não contar com elas, reserve 30 cm de
tapete de cada lado do sofá.

3 - Nas etapas da decoração, quando deve ser feita a compra do tapete?


Na penúltima. O tapete é responsável pela amarração do ambiente, por isso, use a fita
métrica e planeje bem a decoração antes de fazer o cheque. A compra só precede o
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momento de adquirir objetos e acessórios de decoração.


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3 - Nas etapas da decoração, quando deve ser feita a compra do tapete?

Na penúltima. O tapete é responsável pela amarração do ambiente, por isso,


use a fita métrica e planeje bem a decoração antes de fazer o cheque. A compra só
precede o momento de adquirir objetos e acessórios de decoração.

4 - Qual é a regra para a sala de jantar?

“As cadeiras devem ficar dentro da área do tapete mesmo quando estiverem em
uso”, diz Maria Lúcia Quaglio. Para isso, reserve 60cm de tapete de cada lado para
movimentá-las com conforto. Assim, elas não vão enroscar no tapete. O decorador
Fernando Piva pede mais: para ele, o ideal é 70 cm como base.

5 - É possível usar dois tapetes estampados no mesmo ambiente?


Sim, desde que o matiz seja o mesmo. “Tenho um tapete oriental tribal e um Aubusson
no living, sem problemas. Só acho difícil combinar tapetes muito modernos com
clássicos”, afirma Daniel Al Makul, da Casa Fortaleza.Também é possível usar um
tapete listrado e outro floral. Se achar a combinação ousada, opte por um modelo
estampado e um liso num dos tons de destaque do estampado. Atualmente, usa-se
muito a opção de um único tapete que ocupe as salas de jantar e estar. Essa é a
tendência.

6 - No quarto de casal deve ser usado um tapete inteiro ou passadeiras nas


laterais da cama?
O correto é usar um modelo inteiriço, que tenha início no criado-mudo.Também é
possível confeccionar um modelo em“ U” para abranger as laterais e a frente da cama.
As passadeiras são indicadas em último caso. “Prefiro ficar sem tapete a usar pedaços
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soltos”, afirma Alfredo Oliveira, da Punto e Filo. “Podem-se usá-las desde que fiquem190
proporcionais à frente dos criados-mudos”, diz Maria Lúcia Quaglio.
6 - No quarto de casal deve ser usado um tapete inteiro ou passadeiras
nas laterais da cama?

O correto é usar um modelo inteiriço, que tenha início no criado-mudo. Também


é possível confeccionar um modelo em “U” para abranger as laterais e a frente da
cama. As passadeiras são indicadas em último caso. “Prefiro ficar sem tapete a usar
pedaços soltos”, afirma Alfredo Oliveira, da Punto e Filo. “Podem-se usá-las desde que
fiquem proporcionais à frente dos criados-mudos”, diz Maria Lúcia Quaglio.

7 - Os tapetes orientais ainda estão restritos a ambientes clássicos?

De forma alguma. “Há modelos tibetanos e nepaleses entre os mais modernos


da atualidade”, conta a decoradora Neza Cesar. A designer de interiores Maristela
Gorayeb aposta nesse tipo de tapete para dar conforto. “Em uma decoração de linhas
retas, clean, funcionam como estrelas, dão aconchego ao ambiente”.

A estampa fica restrita a eles e prefiro usar almofadas e acessórios lisos nos
mesmos tons, diz ela. “Assim como numa decoração em que é permitido misturar
móveis e objetos de décadas diferentes, o mesmo vale para os tapetes, desde que
feito com bom senso”, afirma Neza. O arquiteto Diego Revollo diz que os tapetes
orientais são atemporais, embora não estejam na moda. “Sempre vão ter seu valor.”

8 - Tapete de fibra fica bem com modelo de náilon no mesmo espaço?


“É possível, desde que a fibra seja mais elaborada que a dos modelos rústicos. Hoje,
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existem composições refinadas, com cânhamo, aloe e seda, que não brigam com191
os
tapetes de náilon”, diz o arquiteto Diego Revollo. Para a designer Maria Lúcia Quaglio,
8 - Tapete de fibra fica bem com modelo de náilon no mesmo espaço?

“É possível, desde que a fibra seja mais elaborada que a dos modelos rústicos.
Hoje, existem composições refinadas, com cânhamo, aloe e seda, que não brigam
com os tapetes de náilon”, diz o arquiteto Diego Revollo. Para a designer Maria Lúcia
Quaglio, o cuidado com o excesso de texturas deve ser levado em conta a fim de não
poluir o visual. “É permitido desde que os modelos estejam de acordo com os
revestimentos utilizados nas paredes e móveis do projeto.”

9 - Como deve ser feita a manutenção dos tapetes de náilon, lã e fibra?

Fuja das receitas caseiras: com elas, o prejuízo pode ser maior. Em regras
gerais, use aspirador duas vezes por semana. Para eliminar manchas, apenas sabão e
detergente neutros. Na dúvida, consulte o fabricante. E atenção: alguns tira-manchas
podem danificar os fios.

10 - Home theater precisa de tapete?

“Além da função estética, o tapete atua como isolante acústico. Não existe
home sem tapete”, afirma Daniel Al Makul. Os mais procurados, diz ele, são os
modelos shaggy, mais altos e volumosos. Fernando Piva concorda: “Gosto de tapetes
mais fofos para esse ambiente”. Fique atento ao rack. Se ele não for suspenso, deixe
de 10cm a15cm de piso para movimentar portas e gavetas.

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FIM DO MÓDULO III

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