A arquitetura ecológica, conhecida também por Construção Ecológica.
Construção ecológica é o termo mais conhecido nesta modalidade. Atrelado ao termo Arquitetura Bioclimática que vem ganhando muito destaque na atualidade.
Esse tipo de arquitetura preocupa-se na relação entre edificação e
meio ambiente, ou seja, nas formas a se desenvolver a arquitetura sem que essa cause danos ambientais e no entorno imediato. Essa forma de desenvolvimento inclui o uso de materiais que interajam com a natureza e o ambiente no qual está sendo inserido, que não cause nem um dano a saúde das pessoas e dos elementos ao seu redor. Consiste também no aproveitamento de elementos que antes não tinham muita relevância e que agora se tornaram de extrema importância para atender os princípios da arquitetura ecológica, sem falar também nas técnicas construtivas empregadas que são essenciais para a obtenção desse conceito.
Aproveitamento de agua da chuva, utilização de elementos como
palha, ou vegetação nas coberturas, e materiais que se adequem ao clima da região, melhoram consideravelmente aspectos térmicos diminuindo relativamente a temperatura do ambiente e de seu entorno. ARQUITETURA ECOLÓGICA
Construção Ecológica
A "Construção ecológica", "construção sustentável", "arquitetura
bioclimática" ou “Arquitetura Ecológica”. Todos estes conceitos estão relacionados a uma ocupação inteligente do espaço construído de forma harmônica com o meio ambiente. Entretanto, cada um tem suas particularidades e seus focos de trabalho diferenciados. A arquitetura bioclimática tem como foco principal o conforto e bem- estar do morador/usuário através da adaptação da construção ao clima local gerando um melhor aproveitamento energético. A construção ecológica/sustentável visa a redução do impacto ambiental da construção através da utilização de técnicas, materiais e tecnologias menos agressivas antes, durante e depois da obra, que garantam a sustentabilidade do empreendimento através do uso de materiais duráveis, reuso de água e formas alternativas de energia. Já a construção ecológica, embora tenha o mesmo objetivo da anterior, possui uma estratégia diferente através da utilização de materiais disponíveis no próprio local da construção, além de defender a integração da construção com a paisagem de forma a causar o menor impacto visual possível. É desta última que trataremos aqui. A arquitetura ecológica tem como objetivo principal a utilização de materiais disponíveis no próprio local de construção confeccionados de maneira artesanal ou semi-artesanal e que usam, na maioria das vezes, materiais renováveis como palha e fibras vegetais (a terra, muito usada neste tipo de construção, não é renovável, porém pode ser reutilizada inúmeras vezes). Um exemplo são os esquimós que usam o gelo, os índios que usam a terra, e vários outros exemplos de povos tradicionais que dispunham apenas de recursos locais. É quase que uma consequência que essas construções mantenham uma integração com o ambiente local, interferindo minimamente na paisagem. Claro que ninguém terá de morar em um iglu ou Oca. Alguns exemplos de construções modernas que seguem o conceito de construção ecológica podem ser vistos na Alemanha, EUA e México por exemplo. No Brasil, a prática ainda é pouco difundida e sofre um certo preconceito embora tenha sido largamente empregada em cidades históricas que tem várias casas feitas de adobe.
Na verdade, trata-se de um resgate de técnicas construtivas
tradicionais que utilizam materiais feitos basicamente de terra (alguns utilizam terra e cimento em pequenas quantidades, outros utilizam terra e fibras vegetais, e etc.) e por isso, com praticamente nenhum impacto ambiental. É claro que as técnicas evoluíram e hoje, contamos com opções diversas de materiais e acabamentos que permitem um visual muito mais arrojado que antigamente além de maior durabilidade, embora as cidades históricas não deixem negar que estes materiais já são bastante resistentes: na Alemanha, na cidade de Weilburg, está o prédio mais alto da Europa construído de terra crua (taipa-de-pilão). Com 7 andares, o prédio já resistiu a um incêndio e tem quase 200 anos. Alguns outros materiais que podem ser utilizados em construções ecológicas são: madeiras, pedras, adobe (blocos de terra crua que não passam pelo processo de cozimento dos tijolos convencionais), cob (mistura de barro com fibras vegetais sovados muito usado na Inglaterra), terra-palha ou somente palha prensada na forma de blocos (strawable), calfetice (barro, cal, cimento e fibra vegetal misturados), super-adobe (mistura tipo adobe apiloada em sacos de polipropileno). Cada material exige cuidados específicos para sua utilização e manutenção e oferecem possibilidades diferenciadas de trabalho. Da mesma forma que na construção sustentável, na construção ecológica não podem faltar medidas para economia no uso da água, eficiência energética e gerenciamento de resíduos, assim como, é importante observar sempre se os materiais utilizados foram extraídos de forma sustentável (sem desmatamento e outras degradações). A ideia é inspirada em diversos povos tradicionais que constroem suas habitações com o material disponível no lugar, como as casas feitas de terra dos índios e os iglus de gelo dos esquimós. Claro que esse conceito é adaptado à realidade atual e das pessoas que irão ocupar esses locais. O objetivo não é colocar o homem moderno para morar num iglu ou numa oca, é utilizar essa técnica com as possibilidades modernas que existem de acabamento, para produzir uma obra que seja biodegradável e não contribua ainda mais com a poluição.
Assim como nas demais construções que se preocupam com os impactos
ambientais também as ecológicas se preocupam com a economia de água e seu reuso, uso inteligente da energia, diminuição de resíduos e verificação da procedência de todos os materiais que tenham que ser utilizados tenham uma origem certificada.
Custos da construção ecológica.
A adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na construção não acarreta em um aumento de preço, principalmente quando adotadas durante as fases de concepção do projeto. Em alguns casos, podem até reduzir custos. Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas ambientalmente sustentáveis em um edifício verde gere um custo cerca de 5% maior do que um edifício convencional, sua utilização pode representar uma economia de 30% de recursos, durante o uso e ocupação do imóvel. Um sistema de aquecimento solar, por exemplo, se instalado em boas condições de orientação das placas, pode ser pago, pela economia que gera, em apenas um ano de uso. Edifícios que empregam sistema de reuso de água (a água dos chuveiros e lavatórios, após tratamento, volta para abastecer os sanitários e as torneiras das áreas comuns) podem ter uma economia de água da ordem de 35%. Por princípio, a viabilidade econômica é uma das três condições para a sustentabilidade.
Vantagens de um projeto sustentável?
O projeto sustentável, por ser interdisciplinar e ter premissas mais
abrangentes, garante maior cuidado com as soluções propostas, tanto do ponto de vista ambiental quanto dos aspectos sociais, culturais e econômicos. O resultado final dessa nova arquitetura ecológica, verde e sustentável, proporciona grande vantagem para seus consumidores. Quem não quer ter uma casa saudável, clara, termicamente confortável e que gaste menos água e energia? A casa ecológica, além de beneficiar o meio ambiente, garante o bem estar de seu usuário (faz bem para a saúde, para o bolso e para o planeta.) Já a prática da arquitetura sustentável em empreendimentos imobiliários pode ser ainda mais vantajosa, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Esse nicho de mercado é hoje um diferencial, mas no futuro se transformará em requisito, pois está dentro da necessidade urgente de melhores indicativos de qualidade de vida.
Aspectos importantes
A escolha do terreno é um cuidado especial é dado ao posicionamento
da casa, como evitar, na implantação do edifício, um entorno que prejudique a insolação e ventilação natural, aproveitando-se do clima da região; como também dos seus elementos naturais (terra, tipo de solo, ar, água, vegetação). Iluminação e Ventilação: O uso de vidros duplos é também um aliado importante para garantir que a casa seja bem iluminada ao longo do dia pela luz do sol sem permitir que o calor se instale. Os sistemas de ventilação devem ter uma entrada e uma saída de ar, cruzando os ambientes; ventilação mais adequada é a que permite que o ar entre pelas áreas de estar e dormitórios, e saia pela área de serviço. Esse procedimento é responsável por uma economia enorme de energia que seria gasta na iluminação e na refrigeração desses lugares. A Água é uma questão definida como básica, é o aproveitamento da água da chuva para regar plantas e jardins; lavar as áreas externas e ser usada nas descargas sanitárias. Desta forma, a economia de água é absurda e pode chegar até a trinta por cento em relação a uma construção "normal". As vegetações e a água devem ser sempre usadas, principalmente em locais onde os climas são quentes e secos porque através desses elementos naturais temos o ar mais umidificado e as temperaturas amenas criando um microclima. As Soluções usadas é o uso para a inserção desses elementos são os jardins de Inverno, pergolados, paredes com cobertura, entre outros. Reciclagem de Recursos: A arquitetura sustentável também tem profunda preocupação com o destino correto dos resíduos gerados na própria obra. Como por exemplo, na estocagem de materiais, é interessante um local seguro e protegido sem risco de quebra ou perda. Reaproveitamento de madeira e outros materiais também é um recurso muito utilizado na época de obra. Captação e Transformação da Energia Solar: O Método mais utilizado nas construções é o sistema fotovoltaico (painel fotovoltaico), que converte energia solar em energia elétrica por meio de painéis de captação, geralmente implantados nas coberturas e telhados dos edifícios. Os módulos fotovoltaicos são compostos por células de silício, que têm a propriedade de produz eletricidade quando exposta à luz; mesmo em dias nublados, os módulos geram energia. Seguindo todos os parâmetros e mantendo-se dentro das especificações da arquitetura sustentável, os prédios são avaliados e recebem um selo de acordo com os parâmetros de sustentabilidade adotados na construção. Desta forma, valoriza-se o imóvel e garante-se uma vida plena e menos estressante para toda uma comunidade. Tudo isso, graças à arquitetura sustentável. CONCLUSÃO
A arquitetura Bioclimática é uma saída para os grandes centros, e uma
boa alternativa para as futuras edificações. Ela é vista como uma arquitetura do futuro, por pensar em aspectos de preservação da natureza e de seus bens, como, vegetação, mananciais, e aspectos geográficos, além de buscar o bem estar do ser humano. Todos esses elementos de forma harmônica. Esse tipo de arquitetura detém o poder de mudar o mundo e torna-lo um lugar melhor para se viver, é vista como uma maneira de reaproximar o homem da natureza sem que esse precise abrir mão do meio em que habita.