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UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE – UNINORTE

FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO – FAB


ARQUITETURA E URBANISMO

ANTONIO MARCOS COSTA DA SILVA

ARQUITETURA ECOLOGICA

Rio Branco 2016


INTRODUÇÃO

A arquitetura ecológica, conhecida também por Construção Ecológica.


Construção ecológica é o termo mais conhecido nesta modalidade. Atrelado
ao termo Arquitetura Bioclimática que vem ganhando muito destaque na
atualidade.

Esse tipo de arquitetura preocupa-se na relação entre edificação e


meio ambiente, ou seja, nas formas a se desenvolver a arquitetura sem que
essa cause danos ambientais e no entorno imediato. Essa forma de
desenvolvimento inclui o uso de materiais que interajam com a natureza e o
ambiente no qual está sendo inserido, que não cause nem um dano a saúde
das pessoas e dos elementos ao seu redor. Consiste também no
aproveitamento de elementos que antes não tinham muita relevância e que
agora se tornaram de extrema importância para atender os princípios da
arquitetura ecológica, sem falar também nas técnicas construtivas
empregadas que são essenciais para a obtenção desse conceito.

Aproveitamento de agua da chuva, utilização de elementos como


palha, ou vegetação nas coberturas, e materiais que se adequem ao clima da
região, melhoram consideravelmente aspectos térmicos diminuindo
relativamente a temperatura do ambiente e de seu entorno.
ARQUITETURA ECOLÓGICA

Construção Ecológica

A "Construção ecológica", "construção sustentável", "arquitetura


bioclimática" ou “Arquitetura Ecológica”. Todos estes conceitos estão
relacionados a uma ocupação inteligente do espaço construído de forma
harmônica com o meio ambiente. Entretanto, cada um tem suas
particularidades e seus focos de trabalho diferenciados. 
A arquitetura bioclimática tem como foco principal o conforto e bem-
estar do morador/usuário através da adaptação da construção ao clima local
gerando um melhor aproveitamento energético. A construção
ecológica/sustentável visa a redução do impacto ambiental da construção
através da utilização de técnicas, materiais e tecnologias menos agressivas
antes, durante e depois da obra, que garantam a sustentabilidade do
empreendimento através do uso de materiais duráveis, reuso de água e
formas alternativas de energia. Já a construção ecológica, embora tenha o
mesmo objetivo da anterior, possui uma estratégia diferente através da
utilização de materiais disponíveis no próprio local da construção, além de
defender a integração da construção com a paisagem de forma a causar o
menor impacto visual possível. É desta última que trataremos aqui. 
A arquitetura ecológica tem como objetivo principal a utilização de
materiais disponíveis no próprio local de construção confeccionados de
maneira artesanal ou semi-artesanal e que usam, na maioria das vezes,
materiais renováveis como palha e fibras vegetais (a terra, muito usada neste
tipo de construção, não é renovável, porém pode ser reutilizada inúmeras
vezes). Um exemplo são os esquimós que usam o gelo, os índios que usam a
terra, e vários outros exemplos de povos tradicionais que dispunham apenas
de recursos locais. É quase que uma consequência que essas construções
mantenham uma integração com o ambiente local, interferindo minimamente
na paisagem. 
Claro que ninguém terá de morar em um iglu ou Oca. Alguns exemplos
de construções modernas que seguem o conceito de construção ecológica
podem ser vistos na Alemanha, EUA e México por exemplo. 
No Brasil, a prática ainda é pouco difundida e sofre um certo
preconceito embora tenha sido largamente empregada em cidades históricas
que tem várias casas feitas de adobe. 

Na verdade, trata-se de um resgate de técnicas construtivas


tradicionais que utilizam materiais feitos basicamente de terra (alguns utilizam
terra e cimento em pequenas quantidades, outros utilizam terra e fibras
vegetais, e etc.) e por isso, com praticamente nenhum impacto ambiental. É
claro que as técnicas evoluíram e hoje, contamos com opções diversas de
materiais e acabamentos que permitem um visual muito mais arrojado que
antigamente além de maior durabilidade, embora as cidades históricas não
deixem negar que estes materiais já são bastante resistentes: na Alemanha,
na cidade de Weilburg, está o prédio mais alto da Europa construído de terra
crua (taipa-de-pilão). Com 7 andares, o prédio já resistiu a um incêndio e tem
quase 200 anos. 
Alguns outros materiais que podem ser utilizados em construções
ecológicas são: madeiras, pedras, adobe (blocos de terra crua que não
passam pelo processo de cozimento dos tijolos convencionais), cob (mistura
de barro com fibras vegetais sovados muito usado na Inglaterra), terra-palha
ou somente palha prensada na forma de blocos (strawable), calfetice (barro,
cal, cimento e fibra vegetal misturados), super-adobe (mistura tipo adobe
apiloada em sacos de polipropileno). Cada material exige cuidados
específicos para sua utilização e manutenção e oferecem possibilidades
diferenciadas de trabalho. 
Da mesma forma que na construção sustentável, na construção
ecológica não podem faltar medidas para economia no uso da água,
eficiência energética e gerenciamento de resíduos, assim como, é importante
observar sempre se os materiais utilizados foram extraídos de forma
sustentável (sem desmatamento e outras degradações). 
A ideia é inspirada em diversos povos tradicionais que constroem
suas habitações com o material disponível no lugar, como as casas feitas de
terra dos índios e os iglus de gelo dos esquimós. Claro que esse conceito é
adaptado à realidade atual e das pessoas que irão ocupar esses locais. 
O objetivo não é colocar o homem moderno para morar num iglu ou
numa oca, é utilizar essa técnica com as possibilidades modernas que
existem de acabamento, para produzir uma obra que seja biodegradável e
não contribua ainda mais com a poluição. 

Assim como nas demais construções que se preocupam com os impactos


ambientais também as ecológicas se preocupam com a economia de água e
seu reuso, uso inteligente da energia, diminuição de resíduos e verificação da
procedência de todos os materiais que tenham que ser utilizados tenham uma
origem certificada.

Custos da construção ecológica.


 
A adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na construção
não acarreta em um aumento de preço, principalmente quando adotadas
durante as fases de concepção do projeto. Em alguns casos, podem até
reduzir custos. Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas
ambientalmente sustentáveis em um edifício verde gere um custo cerca de
5% maior do que um edifício convencional, sua utilização pode representar
uma economia de 30% de recursos, durante o uso e ocupação do imóvel. 
Um sistema de aquecimento solar, por exemplo, se instalado em
boas condições de orientação das placas, pode ser pago, pela economia que
gera, em apenas um ano de uso. Edifícios que empregam sistema de reuso
de água (a água dos chuveiros e lavatórios, após tratamento, volta para
abastecer os sanitários e as torneiras das áreas comuns) podem ter uma
economia de água da ordem de 35%. Por princípio, a viabilidade econômica é
uma das três condições para a sustentabilidade. 

Vantagens de um projeto sustentável? 

O projeto sustentável, por ser interdisciplinar e ter premissas mais


abrangentes, garante maior cuidado com as soluções propostas, tanto do ponto de
vista ambiental quanto dos aspectos sociais, culturais e econômicos. 
O resultado final dessa nova arquitetura ecológica, verde e sustentável, proporciona
grande vantagem para seus consumidores. Quem não quer ter uma casa saudável,
clara, termicamente confortável e que gaste menos água e energia? 
A casa ecológica, além de beneficiar o meio ambiente, garante o bem estar
de seu usuário (faz bem para a saúde, para o bolso e para o planeta.) 
Já a prática da arquitetura sustentável em empreendimentos imobiliários pode ser
ainda mais vantajosa, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Esse
nicho de mercado é hoje um diferencial, mas no futuro se transformará em requisito,
pois está dentro da necessidade urgente de melhores indicativos de qualidade de
vida. 

Aspectos importantes

A escolha do terreno é um cuidado especial é dado ao posicionamento


da casa, como evitar, na implantação do edifício, um entorno que prejudique a
insolação e ventilação natural, aproveitando-se do clima da região; como
também dos seus elementos naturais (terra, tipo de solo, ar, água,
vegetação). 
Iluminação e Ventilação: O uso de vidros duplos é também um aliado
importante para garantir que a casa seja bem iluminada ao longo do dia pela
luz do sol sem permitir que o calor se instale. Os sistemas de ventilação
devem ter uma entrada e uma saída de ar, cruzando os ambientes; ventilação
mais adequada é a que permite que o ar entre pelas áreas de estar e
dormitórios, e saia pela área de serviço. Esse procedimento é responsável
por uma economia enorme de energia que seria gasta na iluminação e na
refrigeração desses lugares. 
A Água é uma questão definida como básica, é o aproveitamento da
água da chuva para regar plantas e jardins; lavar as áreas externas e ser
usada nas descargas sanitárias. Desta forma, a economia de água é absurda
e pode chegar até a trinta por cento em relação a uma construção "normal". 
As vegetações e a água devem ser sempre usadas, principalmente em
locais onde os climas são quentes e secos porque através desses elementos
naturais temos o ar mais umidificado e as temperaturas amenas criando um
microclima. As Soluções usadas é o uso para a inserção desses elementos
são os jardins de Inverno, pergolados, paredes com cobertura, entre outros. 
Reciclagem de Recursos: A arquitetura sustentável também tem
profunda preocupação com o destino correto dos resíduos gerados na própria
obra. Como por exemplo, na estocagem de materiais, é interessante um local
seguro e protegido sem risco de quebra ou perda. Reaproveitamento de
madeira e outros materiais também é um recurso muito utilizado na época de
obra. 
Captação e Transformação da Energia Solar: O Método mais utilizado
nas construções é o sistema fotovoltaico (painel fotovoltaico), que converte
energia solar em energia elétrica por meio de painéis de captação,
geralmente implantados nas coberturas e telhados dos edifícios. Os módulos
fotovoltaicos são compostos por células de silício, que têm a propriedade de
produz eletricidade quando exposta à luz; mesmo em dias nublados, os
módulos geram energia. 
Seguindo todos os parâmetros e mantendo-se dentro das
especificações da arquitetura sustentável, os prédios são avaliados e
recebem um selo de acordo com os parâmetros de sustentabilidade adotados
na construção. Desta forma, valoriza-se o imóvel e garante-se uma vida plena
e menos estressante para toda uma comunidade. Tudo isso, graças à
arquitetura sustentável. 
CONCLUSÃO

A arquitetura Bioclimática é uma saída para os grandes centros, e uma


boa alternativa para as futuras edificações. Ela é vista como uma arquitetura
do futuro, por pensar em aspectos de preservação da natureza e de seus
bens, como, vegetação, mananciais, e aspectos geográficos, além de buscar
o bem estar do ser humano. Todos esses elementos de forma harmônica.
Esse tipo de arquitetura detém o poder de mudar o mundo e torna-lo
um lugar melhor para se viver, é vista como uma maneira de reaproximar o
homem da natureza sem que esse precise abrir mão do meio em que habita.

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