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TIJOLOS
Inovações sustentavéis para construção civil
São Luís
2021
TIJOLOS
Inovações sustentavéis para construção civil
São Luís
2021
RESUMO
.
1. INTRODUÇÃO
3. DESENVOLVIMENTO
SUSTENTABILIDADE
Pode-se definir sustentabilidade por um conceito sistêmico, o qual propõe
paradigmas da complexidade, instabilidade e intersubjetividade. De acordo com Bellen: A
sustentabilidade é um conceito fundamentalmente normativo, ela implica a manutenção, para cada
geração, de um nível socialmente aceitável de desenvolvimento humano (BELLEN, 2005, p.68).
Diversas áreas perceberam a importância de se adequarem a essas novas demandas do consumidor,
com isso começou-se a busca pelo desenvolvimento sustentável. Para Bellen (2005), o conceito
surgiu após um longo processo histórico, no qual houve uma reavaliação sobre a relação entre o
meio ambiente e a sociedade.
O uso do solo como material de construção pode ser distinguido em dois níveis: por
um lado, pela utilização em sistemas construtivos mais simples e de menor custo, gerados pela
carência em que vivem algumas populações; por outro lado, pelo uso de técnicas inovadoras,
incentivadas pelas investigações nas universidades e instituições de pesquisas (NEVES, 2001:
pg.233). Ademais, deve-se ressaltar que a negatividade diante do emprego deste tipo de material
está ligada a problemas durabilidade ante a fenômenos atmosférica (como água) apresentada pelo
mesmo, fragilidade frente a fenômenos sísmico e inundações.
No entanto, essas desvantagens podem ser melhoradas e até evitadas graças à
pesquisa em andamento neste campo: adicionando estabilizadores que melhoram o comportamento
diante de terremotos, realizando gesso do lado de fora das paredes de barro para protegê-las contra
a chuva, etc. Apesar dessas desvantagens (que, conforme indicado, podem ser corrigidas), a terra
também tem virtudes que neutralizam amplamente a anterior:
Fácil aquisição local, com a consequente economia no transporte de materiais e
economicamente acessíveis.
Apresentam grande inércia térmica, proporcionando baixa condutividade e um alta
capacidade de armazenamento térmico.
Importante fonte de regulação de frio e calor graças ao alto absorção de umidade
(evita condensação e fenômenos de mofo).
Isolamento acústico, pois transmitem mal as vibrações sonoras.
Sua fabricação consome menos energia (e até mesmo em alguns casos, nada) do
que cimento e outros materiais de construção atuais.
Boa resistência ao fogo e ao ataque de insetos e parasitas.
Adição de gorduras cujo ponto de fusão é próximo a 23ºC (temperatura de
conforto), a características hidrotérmicas.
Com este tipo de arquitetura se consegue melhor uma adaptação da edificação ao
solo, meio ambiente e clima na qual se está construindo, aproveitando assim a natureza
conseguindo respeitar o meio ambiente sem alterá-lo com emissões indesejadas de CO2 ou
contaminá-lo com agentes tóxicos. Além disso, técnicas que usam este tipo de materiais são
simples e não requerem conhecimento sofisticado, para que os nativos possam usá-lo, facilitando
assim a autoconstrução de suas próprias casas. Ser um material não requer transporte após a
demolição ou não incorre em custos de descarte por ser biodegradável, reciclável e não poluente.
2. Cob
Usa uma terra com até 40 a 50% de argila, acima disso é necessário acrescentar um
pouco de areia. Consiste numa massa feita da mistura de terra com palha seca. Sua aplicação é
como se fosse uma massa de modelar, na qual você já vai aplicando na linha da parede,
diretamente sobre o chão, sem o gradeado do pau a pique, nem qualquer outro tipo de forma ou
escora. Após seca, esta parede vira um monolito, sendo uma estrutura bastante resistente.
3. Adobe.
O adobe é tradicional da região centro oeste e sudeste do Brasil, são os tijolos feitos
de terra. Usa o mesmo tipo de terra do pau a pique, porém são produzidos os tijolos antes de serem
usados nas paredes. A massa de terra é aplicada dentro de uma forma retangular com dimensões
definidas em função do tamanho do tijolo desejado. Após preenchimento da forma ela é
imediatamente retirada e aquela tijolo mole fica secando no pátio por cerca de 15 dias. Depois de
seco, basta retirar o tijolo e usá-lo nas paredes, como um tijolo maciço. O assentamento dos tijolos
normalmente é feito com a mesma massa que foi usada nos tijolos.
4. Superadobe
É uma técnica de terra ensacada, pode usar praticamente qualquer tipo de solo que
esteja disponível no terreno, inclusive solos cascalhentos desde que contenha uma parte de argila
ou silte. A massa feita com a terra local umedecida até o ponto de parecer uma “farofa” como se
fala nas obras, é colocada dentro de sacos de ráfia que vão sendo alinhados formando as paredes. É
uma técnica com altíssima capacidade estrutural, podendo ser usada como parede autoportante,
isto é, receber o peso de um telhado, por exemplo.
5. Hiperadobe
É uma variação do superadobe que utiliza um saco vazado, feito com o mesmo
material plástico de tela de sombrite. Sua vantagem é que a espessura final da parede é menor,
economizando trabalho e terra, e que pelo saco ser vazado, a execução do reboco é mais fácil do
que no superadobe.
TIPOS DE TIJOLOS
Tijolo cerâmico
De acordo com Anicer (2008), o tijolo cerâmico pode-se destacar pela abundância da
matéria-prima – a argila. Esse material é evidenciado devido à sua durabilidade. Em continuidade
ao raciocínio, Anicer continua relatando a descoberta do tijolo cerâmico: Há indicações de que sua
utilização esteja presente na vida do homem desde 4.000 a.C.; entretanto, não se sabe ao certo a
época e o local de origem do primeiro tijolo. Exemplos de Tijolo cerâmico na FIG.2.
Presume-se que a alvenaria tenha sido criada há cerca de 15.000 anos em função da
necessidade de um refúgio natural para sua proteção contra intempéries e ataques de animais
selvagens. Com este objetivo, o homem decidiu empilhar pedras e, depois de algum tempo, passou
a substituí-la pelo tijolo seco ao sol, uma vez que ela começou a escassear. Este advento marca o
surgimento do bloco cerâmico. O registro mais antigo do tijolo foi encontrado nas escavações
arqueológicas em Jericó, Oriente Médio, no período Neolítico inicial. (ANICER, 2008). Isso
demonstra que esse tijolo é o mais antigo dentre os blocos. Apesar de desenvolvido em uma época
na qual a tecnologia era bastante rústica, perpetua-se no grupo dos tipos de blocos/tijolos usados
nas construções civis até hoje. Vale ressaltar que, desde então, esse passou por aprimoramentos
tecnológicos, o que garantiu a sua permanência no mercado.
Tijolos Ecológicos
Tijolo de solo-cimento
A técnica do solo-cimento se vale de uma mistura de 10 partes de terra para 1 parte de
cimento. Essa quantidade de cimento, aliada ao procedimento de prensagem, feito numa máquina
semi manual, na qual o operador adiciona a mistura de terra e cimento e movimenta uma alavanca
que propicia a compactação da massa na forma dos tijolos. Após isso, basta secar por sete dias e se
obtém um tijolo semelhante ao tijolinho maciço de cerâmica, muito utilizado em paredes de tijolos
aparentes. Contudo, o homem sempre buscou por novas formas de materiais e por matérias mais
resistentes. De acordo com Pisani (2005), pode-se acrescentar que, o tijolo de solo cimento possui
matéria-prima abundante em todo o planeta por se tratar da terra crua. A autora ainda ressalta que
o produto não precisa ser queimado, o que proporciona economia de energia, além de proporcionar
ambientes confortáveis com pouco gasto energético, permitindo conforto térmico e acústico, pelo
fato de possuir características isolantes, conforme imagem de uma construção concluída, FIG.4.
Com intuito de reduzir o consumo de energia para operação de edifícios e para manter
condições ideais de um clima interior, foi desenvolvido o Wool brick, ou simplesmente tijolo de
lã.
Estes são usados na construção com camada única por causa de sua utilidade e
propriedades de isolamento térmico, atribuídas principalmente à presença de orifícios de ar.
PAVLÍC et al. sobre o modo de transporte de calor nestes tijolos: é geralmente aceito que o calor
geral seja transferido através da cavidade devido à convecção, transferências condutivas e
radiativas. Preenchendo as cavidades por materiais de isolamento térmico reduzem a transferência
de calor por radiação e contribui para a maior resistência térmica de bloco de tijolo em
comparação com os materiais com cavidades de ar apenas.
Figura 6. Tijolo oco com cavidades preenchidas por lã mineral. Fonte: Pavlík
Foram feitos estudos da avaliação do desempenho higrotérmico destes bloco de tijolo oco
recém-desenvolvido com as cavidades preenchidas por lã mineral hidrofóbica nas condições de um
crítico experimento de laboratório. Os dados obtidos mostraram a eficácia do preenchimento da
cavidade aplicado a partir do ponto visão da resistência térmica do tijolo. (Pavlík, 2015)
CONCLUSÃO
Vejo essa tecnologia sendo aplicada em muitos edifícios e com a fabricação de
tijolos mais facilmente disponíveis e mais duráveis, que as cidades vão começar a reverter suas
ruas e calçadas para serem assentadas com tijolos novamente, o que cria superfícies permeáveis
para que a chuva entre novamente no lençol freático e as estradas podem ser consertadas tijolo por
tijolo em vez de destruir toda a estrada. Esta tecnologia não foi testada em seu impacto de C02,
mas ainda acho que será uma boa alternativa à construção tradicional.
Referências.