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Anyáiram Barbosa Pinto

Cidades Sustentáveis: Arquitetura e Urbanização no Brasil.

São Raimundo das Mangabeiras


2022

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Resumo

O presente artigo busca conceituar elementos e atributos de arquitetura e


urbanismo sustentável, partindo de uma revisão bibliográfica sobre o tema e
propondo ferramentas de planejamento e projeto de cidades para o século XXI, face
às impositivas do processo de urbanização vigente, de alto impacto ambiental e
promotor de conflitos diversos na esfera socioeconômica. No qual será abordado
mais sobre: o processo de urbanização no Brasil que começou no início do século
XX a partir da década de 30, a arquitetura moderna brasileira que por sua vez teve
início a partir de uma mudança de postura e atitude ética comportamental adotada
pelos artistas após a Semana de Arte de 1922, e cidades para um novo milênio. Por
fim, situa o Brasil nesse embate global entre o capital, o desenvolvimento e os
paradigmas da sustentabilidade, vislumbrando a promoção de novas formas e
modelos de se pensar e propor o planejamento e o projeto de cidades.

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Sumário
Resumo......................................................................................................................02
Instrução e Fundamentação Teórica..........................................................................04
Objetivos.................................................................................................................... 05
Desenvolvimento 1..........................
Conclusão ..........................................
Referencias ..........................................

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Introdução e fundamentação teórica
A cidade é construída a partir da confluência de forças, em permanente conflito,
que determinam os processos econômicos, políticos e históricos que se
materializam no espaço urbano gerando sua estrutura e sua morfologia. Esses
processos definem o que entendemos como os elementos constitutivos de uma
cidade. Por exemplo, a estrutura urbana viária se constrói a partir de relações
econômicas entre diferentes regiões da cidade, como a necessidade de escoamento
de bens, de deslocamento da força de trabalho para os locais onde a atividade será
de fato exercida, dos veículos escolhidos para dar conta desse deslocamento, etc.

Esse trabalho partiu do interesse na busca de respostas para questões que


estruturam a pesquisa: configuração do espaço e da sociedade, exerce influência
sobre comportamentos individuais e; qual o papel que essa relação desempenha na
questão da segurança, resultando ou não na criação de espaços seguros. Além
disso, essa pesquisa também buscou discutir quais os fatores do desenho urbano
que contribuiriam para a transformação do espaço em ambiente com maior ou
menor segurança e, ainda, como tais fatores afetam a percepção de segurança dos
indivíduos e a modificação dos índices de criminalidade. As motivações do autor,
dessa forma, surgem a partir de considerações sobre o tema da violência sob uma
ótica da prevenção do crime.

Assim, essa pesquisa tem como motivação realizar uma contribuição ao debate
sobre o tema da segurança pública, e também a importância do urbanismo e
arquitetura sustentável , por um desenvolvimento urbano saudável.

Geovany J. A. da Silva (2010)


Marta A. B. Romero (2010)
José Paulo Richter (2018)

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Objetivos
Este presado artigo tem o objetivo de informar o leitor que é possível construir sem
destruir. A aliança da arquitetura com o urbanismo sustentável resulta na
transformação de espaços, a partir de construções e suas respectivas manutenções,
utilizando os avanços da técnica e da arte de forma a promover qualidade de vida e
equilíbrio ecológico. E é fundamental para acabar com a pobreza, proteger o meio
ambiente e o clima, garantindo que as pessoas, em todos os lugares, possam
desfrutar de paz e de prosperidade. São abordadas portanto, diferentes temáticas
como saúde, sustentabilidade no cenário urbano educação, redução das
desigualdades, padrões sustentáveis de produção e de consumo, proteção e uso
sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico
inclusivo, entre outras.

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1.0-Arquitetura sustentável: o que é e como implementar
A arquitetura sustentável, também conhecida como arquitetura verde ou eco
arquitetura, otimiza os recursos utilizados na construção e reduz os impactos
causados ao meio ambiente e à população - assuntos recorrentes na pauta da
construção civil. Em 2010, um estudo realizado pela Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, e divulgado pela Rede Globo, já apontava um dado
alarmante: a construção civil era responsável pelo consumo de 40% a 75% da
matéria-prima produzida no planeta na época. A partir disso, fica fácil entender o
porquê essas construções figuram cada vez mais como uma regra ao invés de uma
tendência.

2.0-A arquitetura sustentável é a arquitetura do presente

No início da disseminação dos edifícios sustentáveis, era comum ouvir que essa era
a arquitetura do futuro. Mas, com a recorrência e a importância das agendas
ambientais, fica cada vez mais claro que essa é a arquitetura do presente.

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Entretanto, a arquitetura sustentável não se trata apenas de minimizar impactos
ambientais. Um dos principais pontos de atenção dos arquitetos que optam por
esses projetos, é oferecer qualidade de vida às pessoas. Isso começa pela
preocupação com a condição de trabalho e a saúde dos funcionários envolvidos na
obra.
Na sequência, vêm os benefícios de quem vai ocupar esse espaço, seja para
moradia, trabalho ou lazer, e para a comunidade no entorno. Uma vez que esses
projetos respeitam o local onde estão inseridos, a vegetação presente normalmente
é preservada.
Esse fato, aliado à ventilação e iluminação natural, promovem maior bem-estar a
todos à sua volta. Também vale ressaltar que o projeto paisagístico, que
normalmente acrescenta mais verde e espaços de lazer nos projetos, também é
bem-vindo na arquitetura sustentável.
Por fim, é importante dizer que esse tipo de projeto traz autonomia à população, já
que eles tendem a se tornar autossuficientes e não dependem da manutenção de
terceiros.
Como se faz arquitetura sustentável?
Agora que já ficou um pouco mais claro o conceito de ecoarquitetura, entenda o que
é necessário para sua realização.
2.1 Estude o local onde será construído o projeto
Existem dois fatores primordiais na hora de escolher o local que irá abrigar uma
construção sustentável. O primeiro, claro, é levar em conta o clima, o tipo de solo e a
localização do terreno. Dentro desse lote, devem ser preservadas as áreas verdes e
a vegetação nativa.
Ainda dentro deste tópico é importante ficar atento à orientação da construção, já
que ela afeta o acesso à luz, sombra e ventilação. O segundo ponto é analisar a
proximidade de estabelecimentos que oferecem serviços básicos para a população
que vai ocupar esse espaço.
Entender quais os materiais nativos da região e de que forma eles podem ser
aproveitados também é útil.

2.2 Dê atenção especial para materiais inteligentes


Após escolhido o local onde o projeto será construído, chega a vez de escolher os
materiais. E quando o assunto é uma construção sustentável, essa fase pode se
desdobrar em várias etapas.
A primeira dica é entender como os materiais base da construção (como madeira,
ferro etc.) podem ser reutilizados em outras etapas da obra. A madeira de
demolição, por exemplo, pode dar vida a móveis que vão integrar a área externa.

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Cerâmicas e metais também podem ser reutilizados como estrutura de pequenos
detalhes no interior e revestimento de alguns espaços, respectivamente. Já algumas
sobras de telhas podem transformar-se em pisos. Use a criatividade - e o bom senso
- para incluir, mesmo nos pequenos detalhes, tudo o que for possível.
Em seguida, opte por materiais biodegradáveis ou ecológicos. Alguns exemplos são:
 tintas livres de COVs (compostos orgânicos voláteis, que são substâncias
tóxicas presentes nos produtos industrializados);
 tijolos ecológicos, que proporcionam maior resistência e isolamento
termoacústico;
 bambus;
 vidros (em especial para aproveitar 100% da luz natural).
Outro material sustentável que merece destaque são as Lastras da Portobello. Com
espessuras que variam de 6 a 9 mm e estética refinada, elas também auxiliam no
bom conforto térmico uma vez que atuam com as fachadas ventiladas, que
conseguem amenizar a passagem de calor no verão e retê-lo no inverno. Um dos
aspectos mais importantes quando se fala na arquitetura sustentável em
porcelanato, sobretudo nas Lastras, é sua capacidade de reproduzir diferentes tipos
de materiais.
A extração do mármore agride a natureza e desperdiça 50% do material, por
exemplo. Já o porcelanato exige apenas a retirada superficial de suas matérias-
primas. Além disso, 99% é reaproveitado (saiba mais sobre jazidas Portobello aqui).
Além do aspecto estético, o material contribui para diminuir o uso de energia elétrica,
já que diminui tanto o uso do ar-condicionado quanto do aquecedor. Além disso, as
Lastras vão do piso ao teto, o que reduz fragmentações e, consequentemente, mais
descarte de resíduos. Este, aliás, é o próximo tópico. A Resolução nº 307, de 2002,
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) apresenta diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos das construções. Além da reutilização,
como comentamos acima, as outras formas são: reciclagem, doação para outras
obras e descarte com empresas especializadas e ecopontos.
Depois da obra pronta, os arquitetos podem incluir algumas recomendações para o
reaproveitamento dos resíduos gerados diariamente. Um dos exemplos são os lixos
sanitários secos, que podem ser reintroduzidos como adubo em uma horta ou
plantação.

2.3 Recursos naturais são importantes aliados na hora de projetar


A utilização de recursos naturais na construção verde é uma constante. Quando o
assunto é uso da energia solar, os recursos mais utilizados são os sistemas de

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aquecimento solar e placas fotovoltaicas - ambas excelentes aliadas do meio
ambiente e da economia na conta de luz.
Já para eficiência hídrica, a dica é que sejam implantados sistemas de captação,
tratamento e reuso da água da chuva, bem como da chamada água cinza (águas
residuais do chuveiro, pia da cozinha e do lavado e máquinas de lavar). O destino
pode ser na limpeza do quintal, carros, manutenção do jardim e descarga.
Outro recurso natural usado em abundância é o vento. Principalmente em países
onde a temperatura média é alta, como o nosso, é coerente pensar em construções
bem arejadas e com ventilação cruzada.
Entretanto, esse projeto merece uma atenção especial. Deve-se tomar cuidado para
não criar corredores de vento que sejam desconfortáveis no dia a dia, além de
verificar a direção predominante do vento. Por outro lado, as vantagens da
ventilação cruzada são inúmeras: um projeto mais inteligente que poupa diariamente
energia com ar-condicionado e aquecedor, espaços mais confortáveis
climaticamente e atemporais.
A boa e velha tática dos janelões, que promovem boa ventilação e aproveitamento
da luz natural, também pode ser usada.

2.4 Soluções tecnológicas são mais do que bem-vindas


A tecnologia otimiza muito o cotidiano e com a arquitetura não seria diferente. Hoje
em dia é muito comum incluir ferramentas de automatização nos projetos, em
especial os sustentáveis, já que dessa forma é possível controlar todos os sistemas
de energia elétrica, hidráulica, além da segurança e climatização. Soluções mais
convencionais como lâmpadas econômicas e sensores de presença também são
bem-vindas. À primeira vista, o investimento pode parecer alto, mas é importante ter
em mente que o custo inicial deve poupar dinheiro daqui alguns anos.
Uma das formas de entender se essas soluções fazem sentido para as obras é criar
indicadores que monitoram o consumo de tudo o que envolve o projeto. Essas
informações vão servir para que você calcule o que está sendo positivo e negativo
no dia a dia.

2.5 Certificações são importantes para o meio ambiente e para investir


De acordo com o United States Green Building Council (USGBC), em uma pesquisa
publicada em 2020, o Brasil ocupava o 5º lugar no ranking mundial de
sustentabilidade. Na época, o país possuía mais de 1.500 construções sustentáveis,
sendo 641 com certificação Green Building Council Brasil.
A Certificação GBC foi criada com o objetivo de nortear os projetos sustentáveis de
forma que eles alcancem seu melhor desempenho.

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Além de ser fundamental para o meio ambiente, os edifícios sustentáveis também
são vantajosos para o bolso. Segundo uma matéria publicada na revista EXAME, os
projetos sustentáveis têm maior valor no mercado imobiliário - para quem compra,
vende ou aluga.
Conheça os principais selos de sustentabilidade voltados à arquitetura
A partir de tudo o que foi dito, ficou mais claro entender as diferenças - e
semelhanças - de um projeto convencional para a arquitetura sustentável. Ambas
podem ser construídas no presente, mas apenas uma deixa um melhor legado para
o futuro.

3.0-O que é urbanismo sustentável?


Urbanismo é o estudo de como os habitantes de áreas urbanas interagem
com os espaços. Esse estudo é fundamental para que as pessoas possam viver e
transitar nas cidades com segurança e qualidade de vida.
O urbanismo sustentável, por sua vez, une os conceitos e as práticas de
sustentabilidade aos projetos de urbanismo. A sustentabilidade é um termo que vem
sendo debatido no mundo inteiro há anos – e a tendência é que essa pauta cresça
cada vez mais.
A sustentabilidade não se resume apenas às práticas ecológicas, como
reciclagem e reaproveitamento, como pensam muitas pessoas. Sustentabilidade é
um termo que pode ser aplicado em diversas áreas e setores. Por exemplo: se uma
empresa não tem retorno sobre os seus investimentos, ela não se sustenta, portanto
não é sustentável.
Da mesma forma, se as cidades não forem planejadas de forma que possam
manter os habitantes seguros e com qualidade de vida, elas se tornam
insustentáveis. Com o crescimento das populações nas grandes cidades, fica cada
vez mais necessário pensar na sustentabilidade dessas cidades. Portanto, o

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conceito do urbanismo sustentável se torna cada vez mais necessário de ser
debatido.

Como aplicar esse conceito nas cidades?


O urbanismo sustentável busca promover segurança, bem-estar e qualidade de vida
aos habitantes das cidades, incentivando o convívio e as relações interpessoais em
espaços públicos e privados. Além disso, um dos principais objetivos seria provocar
o menor impacto ambiental possível.

O conceito de urbanismo sustentável garante qualidade de vida às pessoas e


preserva a natureza. A criação de moradias e espaços públicos para convívio social,
fundamentais para o desenvolvimento das cidades, devem ser criadas, portanto, de
forma que os impactos ambientais sejam minimizados e a cidade possa crescer e se
sustentar sem provocar maiores danos.
A aplicação do urbanismo sustentável na prática pode acontecer de diversas formas.
Por exemplo:
 Reaproveitar espaços abandonados e diversificar suas formas de
utilização;
 Garantir a segurança nas ruas e na cidade como um todo;
 Promover experiências e atividades culturais acessíveis para a população;
 Valorizar o transporte público;
 Incentivar a economia e a identidade local;
 Expandir as áreas verdes como parques e telhados verdes nas
construções.

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Para isso, é preciso adequar as construções às pessoas – e não ao contrário.
Uma das principais formas de valorizar os espaços públicos e privados nas cidades,
tornando-os receptivos à população, é incluir as estratégias do Design Biofílico nos
projetos e nas construções.

Arquitetura e urbanismo sustentável: é possível construir sem destruir?


Quando pensamos em arquitetura, pode nos ocorrer a ideia equivocada da
construção e engenharia civil reduzidas a um mar de concreto na paisagem urbana.
Mas essa fantasia reducionista a respeito do progresso urbano é sabidamente
ultrapassada e foi substituída por uma concepção ampla de sustentabilidade.
A aliança da arquitetura com o urbanismo sustentável resulta na transformação
de espaços, a partir de construções e suas respectivas manutenções, utilizando os
avanços da técnica e da arte de forma a promover qualidade de vida e equilíbrio
ecológico.
Esse tipo de manejo e modificação do cenário urbano envolve, em seu
princípio, prudência na utilização dos recursos disponíveis, considerando as
necessidades das gerações atuais e futuras. Vamos entender um pouco mais sobre
o conceito de sustentabilidade.

Entendendo um pouco mais sobre a sustentabilidade no cenário urbano


Por ocasião da Segunda Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento ocorrida no Brasil em 1992, surgiu um documento que
propunha princípios e ações para um desenvolvimento sustentável. Em meio às
recomendações, dicas a respeito do gerenciamento de resíduos sólidos foram
destaque.
Nesse documento, na seção direcionada a essas ações, apresentou-se o
princípio dos 3 R’s, como atitudes básicas para a economia de recursos: Reduzir,
Reciclar e Reutilizar. Desde estão, essa proposição ultrapassou em muito o
segmento inicial, tornando-se um modelo no campo da sustentabilidade.
Posteriormente, foram acrescentados dois R’s, enriquecendo o princípio:
Repensar os hábitos de consumo e descarte; Recusar produtos, empreendimentos e
construções que prejudicam o meio ambiente. Propomos aqui analisar os primeiros
3 R’s, aplicados ao cenário urbano, de forma a conceber a arquitetura junto a um
urbanismo sustentável, provando que é possível construir sem destruir.

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Por um desenvolvimento urbano saudável
A noção de desenvolvimento vai muito além da ideia de simples crescimento
desordenado. Associado a isso, o urbanismo sustentável, como vimos, inclui uma
complexa equação entre ecossistemas e ação humana, considerando garantias de
qualidade de vida a médio e longo prazos.
A cidade, tomada como organismo complexo, precisa conjugar seu
desenvolvimento aos princípios da sustentabilidade, promovendo gestão inteligente,
acessibilidade, neutralização dos impactos negativos, promoção da diversidade.
O que se vê é que o urbanismo sustentável, ao contrário de propor uma
freada na expansão das cidades, preconiza um desenvolvimento ligado à promoção
ecológica de alternativas que agregam tecnologia e eficiência sem destruir ou
esgotar os recursos disponíveis.

A construção sustentável das cidades


Os valores sustentáveis em arquitetura e urbanismo agregam à recuperação da
concepção das ruas como espaço de convivência e circulação de pessoas, uma
diversificação do uso de recursos, de modo a não acabar com sua disponibilidade.
Como vimos, compactar núcleos urbanos permitindo melhorias na mobilidade,
aperfeiçoar a expansão urbana e a modificação dos espaços de forma a promover
qualidade de vida e minimizar impactos ambientais são algumas maneiras de ocupar
espaços de forma inteligente, utilizando, para tanto, meios técnicos avançados.
Pensar em construções ou ampliação de empreendimentos requer um planejamento
que leve ao desenvolvimento sustentável como princípio ético na política de
alteração dos espaços urbanos, e promove o compromisso de todos pelo bem-estar
comum.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sustentabilidade não deve ser entendida como uma moda, ou um estilo de


vida alternativo de uma pequena minoria da população preocupada com as questões
ambientais, mas sim como uma condição sine qua non à sobrevivência e
permanência da vida na Terra. Assim, o urbanismo e arquitetura sustentável deverá
propor novas formas de apropriação do espaço, condizentes com as necessidades
emergenciais apresentadas à sociedade global.
Devem-se pensar as cidades sobre uma abordagem ampla e complexa,
fundamentado por sistemas cíclicos – já que o modelo linear não corresponde mais
às exigências finitas dos recursos – e em cadeia, visando a qualidade e
permanência da vida. É muito restrita e incoerente a ideia de se propor novos
padrões ou modelos de cidade dentro da lógica da diversidade do urbanismo
contemporâneo. Contudo, para melhor compreensão do urbano e suas escalas de
análise, podem-se apresentar metodologias para a acepção da qualidade
morfológica da cidade, vislumbrando melhorias urbanas e através de projetos de
equidade social, econômica e ambiental.
A cidade sustentável é democrática, volta-se ao regional, compreende a
morfologia a partir da lógica evolutiva e estruturada para o crescimento orgânico. Os
projetos urbanos sustentáveis obedecem à percepção das escalas, sustentando as
funções vitais, restabelecendo o sentido e orientação no tempo-espaço, face à
necessária adequação aos habitantes, seus usos e equipamentos. A acessibilidade,
o controle (grau de acesso às atividades dos habitantes), a eficácia (otimização do
custo-benefício e manutenção do projeto pela sociedade), e a justiça socioespacial
(distribuição de custos e benefícios), são elementos de equidade e integração social
nesse novo modelo de cidade. Enfim, a cidade sustentável propõe uma nova forma
de coesão social, na qual é privilegiado o acesso irrestrito do cidadão ao seu lugar,
de forma igualitária e imparcial.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Referência:
O Que é Urbanização? Entenda o Processo, Causas e Consequências no Brasil
https://www.vivadecora.com.br/pro/urbanizacao/

A história da arquitetura no Brasil mais completa que você já viu! Dos povos indígenas até
aos dias de hoje
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura-no-brasil/

http://www.tecnologia.ufpr.br/portal/lahurb/wp-content/uploads/sites/31/2018/08/
Monografia-Rodrigo-Final.pdf

Urbanismo sustentável: entenda o conceito que estimula a criação de espaços para o convívio
humano

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/falando-de-
sustentabilidade/noticia/2019/01/03/urbanismo-sustentavel-entenda-o-conceito-que-
estimula-a-criacao-de-espacos-para-o-convivio-humano.ghtml

https://blog.archtrends.com/arquitetura-sustentavel/amp/?gclid=Cj0KCQjwhY-
aBhCUARIsALNIC04ko7mPMUDLDuhPLMG2zivnU9JvsgHRalTglocLZ1qa9GeBQtrc
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https://richtergruppe.com.br/arquitetura-e-urbanismo-sustentavel-e-possivel-
construir-sem-destruir/

https://www.google.com/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwignrb4jKz
6AhXxANQKHe4TBG4QFnoECAkQAQ&url=https%3A%2F%2Fwww.usp.br
%2Fnutau%2Fsem_nutau_2010%2Fperspectivas
%2Fromero_marta.pdf&usg=AOvVaw1ro5_44b5Rtd9Xcn-5Iwjj

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