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Ano de frequência: 2º
1. Introdução...............................................................................................................................4
1.1.Objectivos.....................................................................................................................4
6. Conclusão.............................................................................................................................10
7. Referências bibliográficas....................................................................................................11
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1. Introdução
A Constituição Ambiental de Moçambique foi aprovada em 2004 e representa um importante
marco no ordenamento jurídico do país. Ela estabelece as bases legais para a protecção e
gestão do meio ambiente, reconhecendo o direito ao ambiente saudável como um direito
humano fundamental e estabelecendo as responsabilidades do Estado, da sociedade e dos
indivíduos na preservação desse direito.
1.1.Objectivos
- Lei das Águas - Lei nº 14/2019, de 10 de Maio: estabelece o regime jurídico das
águas e disciplina a sua gestão, uso e aproveitamento, com o objectivo de garantir
a sua disponibilidade e qualidade.
A lei das Áreas de Conservação, por exemplo, estabelece as directrizes para a criação e
utilização das áreas de conservação de Moçambique. Ela regulamenta as actividades
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Por sua vez, a lei das Águas é essencial para controlar a gestão das águas em Moçambique.
Entre as disposições que o Decreto-Lei apresenta, está a regulamentação da exploração das
águas superficiais e subterrâneas, a estrutura do sector hídrico e a gestão dos recursos
hídricos em áreas urbanas e rurais (Reis, 2016, p. 16).
Para resolver esses problemas, é urgente que as comunidades locais, o governo e as indústrias
aliem esforços e tomem medidas concretas para proteger o meio ambiente. É importante
lembrar que a formação educacional e a capacitação técnica dos profissionais envolvidos na
protecção ambiental também são essenciais para a promoção de políticas públicas que
busquem a protecção e conservação do meio ambiente.
De acordo com o autor Kiriro wa Ngugi (2009), apesar da existência de leis e políticas
ambientais rigorosas na Constituição de Moçambique, nem sempre as mesmas são
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Outra crítica válida à Constituição Ambiental moçambicana é apresentada por Chaves (2011),
ao afirmar que a gestão dos recursos naturais tende a responder com base em interesses
imediatos das classes dominantes, especialmente em relação à exploração de recursos
minerais que é extremamente lucrativa em Moçambique. Além disso, há uma falta de
compromisso com a questão ambiental da parte dos investidores internacionais que trabalham
na exploração dos recursos naturais do país.
Por fim, é importante destacar que, apesar das críticas, é fato que a Constituição Ambiental
representa um primeiro passo importante na promoção de políticas ambientais em
Moçambique e que deve ser louvado em seus avanços.
Como aponta o jurista Eduardo Vera Cruz, "a Constituição Ambiental é o fundamento
normativo político-jurídico da protecção do ambiente em Moçambique". Além disso,
segundo a professora Carla Lourenço, a Constituição Ambiental "é um instrumento jurídico
que deve servir para orientar a criação e aplicação de políticas, leis e regulamentos
ambientais, promovendo a aplicação de princípios de gestão ambiental compatíveis com o
desenvolvimento sustentável".
acordo com a especialista em gestão ambiental, Lúcia Ortiz, "a biodiversidade exerce uma
função imprevisível e crucial no que se refere à oferta de recursos e de serviços
ecossistémicos que permitem a vida humana e a qualidade de vida". Assim, a protecção da
biodiversidade é essencial para garantir um futuro sustentável para o país.
6. Conclusão
Em resumo, a Constituição Ambiental de Moçambique é um documento fundamental para a
protecção do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável do país. Ela estabelece os
princípios e directrizes para a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, a promoção
da gestão integrada dos recursos naturais e a garantia do direito à informação e à educação
ambiental para todos os cidadãos moçambicanos.
7. Referências bibliográficas
Chaves, Sofia. (2011). Moçambique e a sua Política Ambiente: Prováveis Desafios para o
Século XXI. Revista Internacional em língua portuguesa.
Gándara, José Manuel. (2009). Educação e meio ambiente. São Paulo: Cortez.
Ngugi, Kiriro wa. (2009). The effectiveness of environmental law in developing societies: a
study of environmental management in Mozambique. African Journal of International and
Comparative Law. Vol. 17, pp. 97-118.
Santos, Rogério Dultra dos. (2012). Direitos culturais, meio ambiente e manifestações
populares: uma análise crítica. São Paulo: RT.