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Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio – 3º Ano – 2023

Disciplina: Biologia
Docente: Iris Gomes Viana

Introdução a Ecologia

1. Relembrando Origem das espécies e a diversidade biológica

Na Antiguidade, desde os filósofos gregos, o pensamento fixista trazia a ideia de


que as espécies seriam fixas e imutáveis, ou seja, as espécies já existiam desde a
origem do planeta. Justificavam, para explicar a extinção de muitas espécies,
encontradas por meio dos fosseis, eventos especiais como as catástrofes, que teriam
exterminado grupos inteiros de seres vivos.
Aristóteles, filósofo grego e grande estudioso da natureza, não admitia a
ocorrência de transformação das espécies. Acreditava que os organismos eram
distribuídos segundo uma escala que ia do mais simples ao mais complexo. Cada ser
vivo nesta escala, tinha seu lugar definido. Essa visão aristotélica perdurou por cerca de
2.000 anos e admitia que as espécies eram fixas e imutáveis.
A partir do século XIX, uma série de pensadores – transformistas, passou a
admitir a ideia da substituição gradual das espécies por outras, por meio de adaptações a
ambientes em contínuo processo de mudança. A adaptação ocorre por meio de
mudanças: à medida que muda o meio, muda a espécie. Os adaptados ao ambiente em
mudança sobrevivem. Essa ideia deu origem ao evolucionismo.
A Evolução biológica, em termos simples, é descendência com modificação.
Pode ocorrer em pequena escala (mudanças em frequência gênica em uma população de
uma geração para a próxima), e em larga escala (a progênie de espécies diferentes de
um ancestral comum após muitas gerações). A evolução nos ajuda a entender a história
da vida, bem como extinções e surgimento de novas espécies.
Dentre as ideias e teorias evolucionistas destaca-se até os dias atuais a Teoria da
Seleção Natural, formulada por vários evolucionistas, em especial, Charles Darwin
(1809-1882) que documentou e comprovou a evolução em sua obra A origem das
espécies (1859). A teoria propõe que:

- todos os organismos descendem, com modificações, de ancestrais comuns;


- a seleção natural atua sobre as variações individuais, favorecendo as mais aptas que
são passadas as gerações.

A seleção natural envolve a ocorrência de processos lentos + recursos limitados


do meio que envolvem a luta pela sobrevivência. As novidades evolutivas que surgem
ao longo do processo proporcionam mudanças adaptativas que produz efeitos
hereditários.
As ideias de Darwin partiam da existência de variabilidade entre indivíduos de
uma mesma espécie. Mas na época não entendia como ocorre essa variabilidade. Hoje
essa variabilidade é explicada graças aos conhecimentos da genética, em que os
indivíduos de uma mesma espécie têm conjunto de genes que os diferenciam.
Para Darwin, o ambiente apenas seleciona as variações mais favoráveis.
A ciência não para. Ao longo do tempo e com a evolução das tecnologias e das
ciências surge a Teoria sintética da evolução, ou Neodarwinismo, que complementam
as ideias propostas de Darwin.
A teoria Sintética da Evolução destaca que as variações genéticas são explicadas
biologicamente como sendo causas fundamentais da evolução. A mutação é o principal
fator evolutivo. A mutação é responsável pela alteração da frequência relativa dos
genes. Outros fatores que contribuem para o processo evolutivo e diversificação das
espécies: Permutações e reprodução sexuada; Recombinação Gênica; Isolamento
Geográfico; Isolamento Reprodutivo; Deriva genética; Seleção natural.

Biodiversidade nossa de cada dia

Como surge novas espécies?

O surgimento de novas espécies acontece pelo processo de Especiação.


Tipos de especiação: Anagênese: organismos diferenciam-se gradualmente ao longo do
tempo. Cladogênese: duas novas espécies se formam a partir de um grupo populacional
que se isola do grupo original. Especiação alopátrica ou geográfica: ocorre quando
uma barreira geográfica separa uma população inicial em duas. As barreiras geográficas
podem surgir por eventos geológicos e ecológicos. Especiação simpátrica: ocorre sem
haver isolamento geográfico. Em uma mesma população podem surgir mutações
gênicas e modificações no comportamento que podem levar ao isolamento reprodutivo,
formando novas espécies.

Isolamento geográfico - Isolamento reprodutivo (Permutações e reprodução sexuada;


Recombinação Gênica; Mutação e Seleção Natural) = NOVA ESPÉCIE

Mas como ter evidências da Evolução?

Por meio de: 1. Registros Fósseis; 2. Homologia; 3. Analogia; 4. Órgãos vestigiais; 5.


Evidências moleculares; 6. Embriologia comparada.

2. Introdução a Ecologia

Pensar a relação entre os seres vivos e o meio ambiente como campos de estudo
da ciência passou a ganhar importância no final do século XIX a partir das ideias
evolucionistas Charles Darwin, em 1859, antes mesmo de existir a ideia da Ecologia
como ciência.
O termo Ecologia foi formalmente proposto por Ernst Haeckel (1866), que foi
um grande admirador do trabalho de Darwin e em seus trabalhos relacionou a Ecologia
com a fisiologia e a biogeografia, explicando os padrões de como seria a história natural
científica. Haeckel defina esta ciência como referente à “economia da natureza, ou seja,
a investigação de todas as relações dos animais tanto com seu ambiente orgânico quanto
com seu ambiente inorgânico; incluindo acima de tudo, suas relações amigáveis e não
amigáveis entre animais. Pode-se dizer que Ecologia é o estudo de todas as inter-
relações complexas denominadas por Darwin como as condições da luta pela
existência.
O termo Ecologia deriva do grego “oikos” com sentido de casa; família, e
“logos” que significa estudo, logo a Ecologia, um dos ramos da Biologia, é a ciência
que estuda casa, ou seja, da relação do indivíduo com o meio
Já no final do século XIX, a Ecologia passou a ser tratada como uma disciplina
independente, surge pesquisadores – os ecólogos, que se dedicavam a esta
especialidade, com técnicas e metodologias próprias. Eles se organizavam em
sociedades para discussão e publicação de periódicos específicos. Hoje, a Ecologia é
uma ciência muito ampla, sendo praticada por grandes Universidades e Centros de
Pesquisa, que além de entender o funcionamento dos sistemas naturais, também tentam
prever o efeito que a interferência do ser humano pode provocar.
O que fazem os ecólogos:
• Supervisiona parques florestais
• Avaliar impactos por obras/danos ao ambiente
• Trabalham em empresas como extração de petróleo
• Ecoturismo
• Professor/pesquisador
• Contribuem para políticas públicas relacionadas ao meio ambiente

Os diferentes níveis de estudo da Ecologia

Na Ecologia os níveis vão desde os mais baixos que se unem para formar um
sistema mais complexo. Vejamos esses sistemas de maneira crescente:

Espécie: constituída do Organismo – é a unidade mais


fundamental da Ecologia. São os seres que vivem em
contato com o meio físico (meio abiótico) e em contato
com outros seres vivos (meio biótico). O organismo
está em constante troca de energia e matéria e seus
objetivos são sobreviver e reproduzir.

Populações: é o conjunto de indivíduos de uma mesma


espécie que vive em um mesmo lugar – espaço e tempo.
As populações possuem características próprias, tendo
um controle no seu tamanho (relação entre ganho e
perda de espécies) e na sua distribuição.

Comunidades: é o conjunto de diferentes espécies que


vivem em um determinado lugar.

Ecossistema: é formado pelas relações entre os


organismos e seu meio físico e químico. Ou seja, toda
excreta que é eliminada, todo corpo que morre, todo
nutriente que entra no sistema e toda energia que é
usada, formam o ecossistema. É nesse âmbito que se
estudam as ciclagens de nutrientes e o fluxo de energia.
A terra é composta por vários ecossistemas sejam eles aquáticos, terrestres ou
até mesmo aéreos. Além dessas estruturas (espécie, população, comunidade e
ecossistema), a Ecologia abrange a Biosfera que é a soma de todos estes ecossistemas.
Portanto, a biosfera seria a parte na qual ocorre vida no planeta e na qual a vida tem o
poder de ação sobre a biosfera.

Outros conceitos importantes em Ecologia:

- Fatores Bióticos: composto pelos seres vivos

- Fatores abióticos: fatores químicos e físicos como regime de chuvas, temperatura,


luz, umidade, minerais do solo enfim, toda a parte não viva.

- Hábitat: é o local onde uma ou mais espécie vive, isto é, o seu "endereço" dentro do
ecossistema. Os organismos possuem uma área de ocorrência dentro de um certo limite
físico, um espaço definido. Essa área de ocorrência de uma espécie é chamada de
habitat que pode variar de tamanho, dependendo do organismo que está sendo
considerado. Para um carrapato, por exemplo, o habitat pode ser um cachorro e para um
peixe, o habitat pode ser uma grande área do oceano, e o hábitat do lobo guará é o
cerrado.

- Nicho Ecológico: unidade mais íntima da distribuição de uma espécie (modo peculiar
a cada grupo de organismo de obter sua energia, dentro do seu hábitat). O papel que o
organismo desempenha no ecossistema, isto é, a "profissão" do organismo no
ecossistema. O nicho ecológico representa o intervalo de condições e recursos que o
organismo é capaz de explorar e suportar, é a sua forma de vida. Dois organismos não
podem ter o mesmo nicho, ou seja, ter as mesmas exigências e limitações, pois a
natureza não suporta esse tipo de compartilhamento e a seleção tende a promover a
diferenciação de uma ou sua exclusão.
A tendência atual é a de considerar a ecologia dividida em cinco subdivisões:
Ecologia de Espécies; Ecologia de Populações; Ecologia de Comunidades;
Ecologia de Ecossistemas; Ecologia Humana.
Como já mencionado, a Ecologia é uma ciência e para seu desenvolvimento
utiliza-se de métodos de pesquisa que seguem etapas: 1. observação de um problema; 2.
formulação de uma hipótese; 3. realização de experimentos; 4. obtenção das conclusões.
Muitos trabalhos ecológicos recorrem a modelos matemáticos ou testes
estatísticos na sua metodologia. Estes testes servem para dar significância aos dados que
foram observados e coletados na natureza. Esse procedimento é muito útil, permitindo
comparações e conclusões importantes. Mas deve-se sempre ter cuidado, pois os
números só são válidos com as devidas interpretações ecológicas.

3. Fluxo de energia e matéria no ecossistema

Assim como os organismos necessitam de energia para realização de suas


atividades, comunidades também requerem energia para a manutenção de sua estrutura.
Paralelo à necessidade de energia, está a necessidade de obtenção de matéria, ou seja,
como o nutriente é conseguido e assimilado e como ele é transformado de inorgânico
para orgânico e vice-versa.

- Fluxo de energia: a energia tem um caminho unidirecional. A energia pode ser


transformada de um tipo em outro, mas não pode ser criada nem destruída (1ª. Lei da
termodinâmica ou Lei da conservação de energia), como exemplo, a luz é uma forma de
energia porque ela pode ser transformada em trabalho, calor, mas nenhuma parte dela é
destruída. E nenhum processo de transformação de energia ocorrerá espontaneamente, a
menos que haja uma degradação da energia de uma forma mais concentrada para uma
forma menos concentrada (2ª. Lei da termodinâmica ou Lei da entropia), como exemplo
o calor de um objeto quente tende a se dissipar para o ambiente mais frio.
A grande maioria da energia do ecossistema é dissipada em forma de calor –
radiação infravermelha. A energia pode ser convertida. Chamamos de produtividade o
balanço entre a energia inicial e a energia perdida para o sistema.

Fonte: https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/biologia/ecologia/aulas/o_ecossistema

A nossa principal fonte de energia é o Sol. Menos de 1% da energia solar é


usada na fotossíntese terrestre e 3% nos sistemas aquáticos.
As plantas, organismos autotróficos, são as responsáveis pela entrada da energia
no sistema, ou seja, possibilita a produtividade primária que é a taxa de energia radiante
que foi convertida em energia orgânica por meio da fotossíntese (ciclo da matéria). A
produtividade primária pode ser dividida em:

1 - Produtividade primária bruta: é a taxa total de energia que foi convertida na


fotossíntese.

2 – Produtividade primária líquida: é a taxa de matéria orgânica produzida que foi


assimilada (incorporada) a formação dos tecidos dos vegetais. Do total produzido, uma
parte da energia é gasta em atividades metabólicas, processos celulares e principalmente
a respiração.

3 – Produtividade líquida da comunidade: é a taxa de armazenamento da matéria


orgânica não utilizada pelos heterotróficos (ou seja, a produção primária líquida menos
o consumo heterotrófico) durante o período em consideração, geralmente a estação/ano
de crescimento.

4 – Produtividade Secundária: é a taxa de armazenamento energético em níveis de


consumidores. O armazenamento de matéria orgânica pelos consumidores deveria ser
chamado de assimilação e não produtividade, uma vez que eles já assimilam a matéria
orgânica pronta.

Condições e recursos para a vida

O conhecimento das condições ambientais é essencial para o entendimento dos


processos adaptativos e de distribuição de vida no planeta, como por exemplo, quais as
adaptações foram necessárias para que os cactos vivam em ambientes com tão pouca
disponibilidade de água? Por outro lado, como os cambarás se adaptaram tão bem as
áreas alagadas do Pantanal? E Como as plantas do Cerrado conseguem manter seu ciclo
de vida após queimadas no período seco como os ipês e as lixeiras? Essas são questões
que o estudo da ecologia busca explicar.
Entender as adaptações e a distribuição da biodiversidade deve-se considerar as
condições do ambiente em que as espécies estão distribuídas nos diferentes
ecossistemas, tais como:

- Temperatura
- Umidade
- Correntes e pressões
- Recursos como luz, água, gases atmosféricos e nutrientes.
4. Relações tróficas

A energia e a matéria são fatores importantes para a manutenção da vida. A


obtenção de energia e matéria acontece por meio das relações alimentares chamadas de
relações tróficas por meio de cadeias e teias alimentares.

Cadeias alimentares: sequência de alimentação. Estão presentes na cadeia alimentar:

- Fonte de energia: Sol.


- Produtores: organismos autotróficos que convertem a energia em matéria por meio de
processos como a fotossíntese e a quimiossíntese.
- Consumidores: organismos heterotróficos, obtém energia e matéria se alimentando de
outros seres vivos. Os consumidores pode ser:
- Consumidor primário: são os herbívoros que se alimentam de produtores;
- Consumidor secundário: carnívoros, são os que se alimentam de consumidores
primários;
- Consumidores terciários: carnívoros, são os que se alimentam de consumidores
secundários.
- Decompositores ou bioredutores: são os organismos responsáveis pela decomposição
da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente
disponíveis no ambiente. Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos,
são o último elo da cadeia trófica, fechando o ciclo.

Cadeia alimentar 1: Cadeia alimentar 2:

Níveis Tróficos

O conjunto de indivíduos que se alimenta dos mesmos nutrientes estão


colocados em um mesmo nível trófico.
• Os produtores estão colocados no 1º nível trófico;
• Os consumidores primários, aqueles que se alimentam dos produtores, são
herbívoros e constituem o 2º nível trófico;
• Os consumidores secundários compõem o 3º nível trófico, sendo os carnívoros.
Após esses existe o 4º nível trófico e assim por diante;
• Os decompositores ocupam sempre o último nível da transferência de energia
formando um grupo especial que degrada tanto produtores quanto consumidores;

Teias alimentares

A cadeia alimentar não mostra o quão complexas são as relações tróficas em um


ecossistema. Para isso utiliza-se o conceito de teia alimentar, o qual representa uma
verdadeira situação encontrada em um ecossistema, ou seja, várias cadeias interligadas
ocorrendo simultaneamente.

Qual a importância de se conhecer as cadeias alimentares?

Controle Biológico: uso natural de animais ou plantas que possam controlar ou


equilibrar o ecossistema.

Exemplos de controle biológico:


- peixes no controle da esquistossomose;
- peixes no controle de larvas de Aedes aegypti;
- bactérias e vírus no controle de pragas e insetos.
Bibliografia utilizada

LOPES, S.; ROSSO, S. Bio. v. 3. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. Link:
https://api.plurall.net/media_viewer/documents/1612273
LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia. 1.ed. vol. Único. São Paulo: Saraiva, 2005.
LOPES, S.; ROSSO, S. Bio. v. 1. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. Link:
https://api.plurall.net/media_viewer/documents/2597311

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS: links de acesso para mais informações

Ciclo do nitrogênio, enxofre e fósforo:


- Engenharia e o Meio Ambiente - Ciclo do Nitrogênio, Enxofre e Fósforo:
https://youtu.be/DbiOVrvcTXM
- Fixação Biológica de Nitrogênio - FBN: inoculantes para feijão e feijão caupi:
https://www.youtube.com/watch?v=k28-5GdJ_Vc

Ciclo da água:
- O Ciclo da Água (Ciclo Hidrológico): https://youtu.be/vW5-xrV3Bq4
- Rios aéreos: https://youtu.be/OQak0Blz-Ek
- Águas subterrâneas – Aquífero: https://youtu.be/8LvS62bmWNE

Ciclo do Carbono:
- Engenharia e o Meio Ambiente - Ciclo do Carbono: https://youtu.be/x23muhLs4zI

Mudanças climáticas:
- Biodiversidade e Mudanças Climáticas (CBD - ONU): https://vimeo.com/365275397
- Como a mudança climática afeta a biodiversidade?: https://youtu.be/XbJPZN4xsQk
- Mudanças Climáticas e Biodiversidade Brasileira: https://youtu.be/eRuzGjARJbI
- Modelo atual de alimentação acelera mudanças climáticas, diz ONU:
https://g1.globo.com/globonews/jornal-das-dez/video/modelo-atual-de-alimentacao-acelera-
mudancas-climaticas-diz-onu-7829440.ghtml
Vamos refletir sobre ecologia?

ONGs pedem ao Congresso que revogue medidas que facilitam caça de animais
silvestres
Decretos e portarias editadas pelo governo Bolsonaro facilitam o acesso de caçadores às
armas.
WWF-Brasil.
(Fonte: https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?76928/ONGs-pedem-
ao-Congresso-que-revogue-medidas-que-facilitam-caca-de-animais-silvestres. Acesso em: 28 de ago.
2020)

Um conjunto de 137 organizações da sociedade civil, entre elas o WWF-Brasil,


assina um manifesto, direcionado aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), pedindo a revogação
de decretos e portarias editadas pelo governo Bolsonaro que favorecem a flexibilização
da legislação em favor da caça e do acesso às armas de fogo.
Segundo o documento, o grupo de CACs (Caçadores, Atiradores e
Colecionadores) é um dos mais beneficiados pela política armamentista do governo. “O
registro concedido pelo Exército e a consequente autorização de compra de armas e
munições têm grande influência no aumento da caça ilegal a animais silvestres do
Brasil. Uma vez que as armas foram compradas e registradas, é quase impossível
fiscalizar como serão utilizadas”, alertam as entidades.
Além disso, a diminuição da diversidade da fauna nativa ocasionada pela caça
acarreta em impactos diretos sobre a estabilidade climática, deficiências nos ciclos
naturais e outros serviços ecossistêmicos dos quais depende a nossa economia.
Segundo um relatório de 2018 do WWF-Brasil, as populações de vertebrados
(mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes) sofreram mundialmente uma queda de 60%
desde a década de 1970. E nas Américas do Sul e Central a perda foi ainda mais
dramática: 89%.
“Pedimos medidas urgentes por parte do parlamento brasileiro para que pautem
e aprovem os Projetos de Decretos Legislativos que tratam do tema a fim de sustar esse
processo de facilitação de acesso dos cidadãos (CACs) às armas e às munições que
contribuem para a deterioração da segurança pública de nossa população e a destruição
das condições de vida silvestre em nosso país”, subscrevem as organizações.

População brasileira
A grande maioria dos brasileiros, 93% da população, é contra a caça, revela
pesquisa Ibope a pedido do WWF-Brasil, lançada em 2019. O dado é um importante
indicador na luta de coletivos da sociedade civil e de parlamentares contra uma série de
projetos de lei de deputados ruralistas, em especial o de número 6268/2016, de autoria
do deputado Valdir Colatto (MDB-SC), atualmente em tramitação.
De acordo com as pesquisas, 73% são contra a flexibilização do porte de armas
por cidadãos comuns; 61% são contrários à maior facilidade para possuir arma em casa
e 93% dos brasileiros são contra a caça.

Reflita:
1. Como a Ecologia pode contribuir para o tema abordado na matéria?

2. Qual o papel ecológico dos animais silvestres para o ambiente? E se a caça for
liberada no país quais os impactos previstos?
Disciplina: Biologia
Docente: Iris Gomes Viana
Curso: __________________________________________________– 3º Ano____
Estudante:_____________________________________________ Data: ___/___2023

Atividade Avaliativa 1 – 4º Bimestre


1. A Ecologia considerada uma ciência que explica as relações entre os seres vivos e o
ambiente bem como das ações do ser humano neste contexto. Para tanto adota alguns
temas fundamentais a serem conceituados tais como:
a) Biodiversidade: d) Habitat:
b) Ecossistema: e) Nicho ecológico:
c) Teia alimentar: f) Espécie:

2. Sobre as ações oriundas das atividades antrópicas, descreva quais as consequências


nos seguintes ciclos biogeoquímicos:
a) Ciclo da água:
b) Ciclo do carbono:
c) Ciclo do oxigênio:

3. Descreva como ocorre cada um dos ciclos biogeoquímicos da questão anterior. Como
podemos nos beneficiar de cada um desses ciclos.

4. Sobre as relações ecológicas conceitue e dê exemplos de: relações ecológicas


intraespecíficas harmônicas; relações ecológicas intraespecíficas desarmônicas; relações
ecológicas interespecíficas harmônicas; relações ecológicas interespecíficas
desarmônicas.

5. Sobre a sucessão ecológica responda e dê exemplos:


a) Sucessão primária:
b) Sucessão secundária:
c) Em qual tipo de sucessão ecológica (primária ou secundária) ocorre maior
diversificação da biodiversidade? Justifique sua resposta.

6. Conceitue e dê exemplo a partir das ações humanas:


a) Poluição:
b) Contaminação:

7. (ENEM 2015) A indústria têxtil utiliza grande quantidade de corantes no processo de


tingimento dos tecidos. O escurecimento das águas dos rios causado pelo despejo desses
corantes pode desencadear uma série de problemas no ecossistema aquático.
Considerando esse escurecimento das águas, o impacto negativo inicial que ocorre é
o(a):
a) eutrofização d) fotodegradação da matéria orgânica
b) proliferação de algas e) aumento da quantidade de gases
dissolvidos
c) inibição da fotossíntese
8. (ENEM 2018) Corredores ecológicos visam mitigar os efeitos da fragmentação dos
ecossistemas promovendo a ligação entre diferentes áreas, com o objetivo de
proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da
cobertura vegetal. São instituídos com base em informações como estudos sobre o
deslocamento de espécies, sua área de vida (área necessária para o suprimento de suas
necessidades vitais e reprodutivas) e a distribuição de suas populações.
Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2017 (adaptado).
Nessa estratégia, a recuperação da biodiversidade é efetiva porque:
a) propicia o fluxo gênico d) aumenta o número de indivíduos nas
populações
b) intensifica o manejo de espécies e) favorece a formação de ilhas de
proteção integral
c) amplia o processo de ocupação
humana

9. (ENEM 2017) Ao percorrer o trajeto de uma cadeia alimentar, o carbono, elemento


essencial e majoritário da matéria orgânica que compõe os indivíduos, ora se encontra
em sua forma inorgânica, ora se encontra em sua forma orgânica. Em uma cadeia
alimentar composta por fitoplâncton, zooplâncton, moluscos, crustáceos e peixes ocorre
a transição desse elemento da forma inorgânica para a orgânica.
Em qual grupo de organismos ocorre essa transição?
a) fitoplâncton d) crustáceos
b) zooplâncton e) peixes
c) moluscos

10. (Enem – 2012) O menor tamanduá do mundo é solitário e tem hábitos noturnos,
passa o dia repousando, geralmente em um emaranhado de cipós, com o corpo curvado
de tal maneira que forma uma bola. Quando em atividade, se locomove vagarosamente
e emite som semelhante a um assobio. A cada gestação, gera um único filhote. A cria é
deixada em uma árvore à noite e é amamentada pela mãe até que tenha idade para
procurar alimento. As fêmeas adultas têm territórios grandes e o território de um macho
inclui o de várias fêmeas, o que significa que ele tem sempre diversas pretendentes à
disposição para namorar! Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174, nov. 2006
(adaptado). Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu:
a) habitat d) nicho ecológico
b) biótipo e) potencial biótico
c) nível trófico
Disciplina: Biologia
Docente: Iris Gomes Viana
Curso: __________________________________________________– 3º Ano____
Estudante:_____________________________________________ Data: ___/___2023

Atividade Avaliativa 2 – 4º Bimestre


Para refletir: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Escreva um texto reflexivo sobre a Agenda 2030 para a Sustentabilidade em


nosso planeta. Após a leitura de textos e vídeos sugeridos, cada estudante deverá propor
sugestões pautadas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para melhorar e
transformar suas realidades locais. Então elabore seu texto a partir das questões:

1. Se você fosse uma gestora ou um gestor em seu município, comunidade, ou


bairro, como contribuiria com as pessoas deste local pensando na redução
da pobreza e da fome?

2. Reflita também sobre a igualdade de gênero, redução das desigualdades


sociais e na cultura da paz.

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Leitura:

1 - ODS – Brasil: https://odsbrasil.gov.br/


2 - Conheça os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:
http://www4.planalto.gov.br/ods/assuntos/sobre-os-ods
3 - ONU: Insegurança alimentar aumenta no Brasil e atinge 43 milhões de pessoas:
https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/07/13/onu-inseguranca-alimentar-
aumenta-no-brasil-e-atinge-43-milhoes-de-pessoas.htm

Acesse Vídeos:
1 - Compreendendo as dimensões do desenvolvimento sustentável:
https://www.youtube.com/watch?v=pZ2RsinirlA
2 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável • IBGE Explica:
https://www.youtube.com/watch?v=Fev2MHAa-qo&feature=youtu.be

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