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Índice

1. Introdução........................................................................................................................1

2. Desenvolvimento.............................................................................................................2

2.1. Conceitos básicos em Ecologia....................................................................................2

2.2. Conceito De Ecolologia...............................................................................................3

2.3. Estruturação da Ecologia..............................................................................................4

2.4. Histórico da Ecologia...................................................................................................5

3. Conclusões.......................................................................................................................9

4. Bibliografia....................................................................................................................10

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1. Introdução

O presente trabalho, foi realizado no âmbito avaliativo, na cadeira de Ecologia e Gestão


Ambiental, com o estudo do tema, “História da Ecologia”. Este tem como objectivos
explicar conceituar e caracterizar a Ecologia, e; apresentar a história da Ecologia.

No que tange a metodologia empregue no decorrer da elaboração do trabalho, este, teve como
base as pesquisas bibliográficas realizadas em livros, revistas e artigos científicos, que tenham
por conteúdo a Ecologia. Segundo Gil (1991), a pesquisa bibliográfica tem como objectivo
conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes a partir de um determinado
tema ou problema, procurando expor a realidade estudada, suas características e princípios
vinculados, (p.63).

O trabalho hora elaborado contém em sua estrutura a introdução, o desenvolvimento do tema,


as conclusões, e bibliográficas.

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2. Desenvolvimento

2.1. Conceitos básicos em Ecologia

Como qualquer área da Biologia, a Ecologia é repleta de termos que são fundamentais para a
compreensão de diversos temas. Sem o conhecimento correcto do que se trata cada expressão,
a interpretação do conteúdo pode ser incorreta. Diante disso, (PINTO, 2007 citado por
Guente, 2017) identifica a seguir alguns conceitos básicos em ecologia que são essenciais
para a compreensão dessa área, (p. 12).

Biomassa = Matéria orgânica que compõe o corpo dos organismos vivos.

Biosfera = Regiões do planeta onde existem seres vivos.

Biótopo = Área geográfica onde se encontra uma comunidade.

Cadeia alimentar = Representa a transferência de matéria e energia que se inicia sempre por
um organismo produtor e termina em um decompositor. O fluxo é sempre unidirecional.

Ciclo biogeoquímico = Conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que permite aos
elementos circularem entre os seres vivos e a atmosfera, hidrosfera e litosfera.

Comunidade = Conjunto de populações de espécies diferentes que vive em uma mesma área
geográfica.

Conshumidores = Seres que não são capazes de produzir seu próprio alimento e precisam
alimentar-se de outro ser vivo para obter sua energia (heterotrófico).

Decompositores = Seres que obtêm nutrientes e energia a partir da decomposição da matéria


orgânica.

Ecologia = Ciência que estuda as relações entre os seres vivos entre si e destes com o meio
ambiente.

Ecossistema = Local de interação entre seres vivos (factores bióticos) e factores físicos e
químicos (factores abióticos).

Espécie = Organismos semelhantes capazes de reproduzir-se e produzir descendentes férteis.

Habitat = Local em que determinada espécie vive.

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Nicho ecológico = Papel ecológico de uma espécie em uma comunidade. Envolve seus
hábitos alimentares, sua reprodução, suas relações ecológicas e outras actividades.

Nível trófico = Posição que uma espécie ocupa em uma cadeia alimentar.

Pirâmide ecológica = Representação gráfica do fluxo de energia e matéria em um


ecossistema.

População = Conjunto de seres vivos da mesma espécie que vive em determinado local.

Produtores = Seres vivos capazes de produzir seu próprio alimento (autotróficos).

Relações ecológicas = São as relações que os seres vivos possuem uns com os outros. Essas
relações podem ser entre indivíduos da mesma espécie ou espécies diferentes.

Teia alimentar = Conjunto de cadeias alimentares interligadas.

2.2. Conceito De Ecolologia

Segundo Pinto (2007 citado por Guente 2017) a Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia)
que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem. É uma palavra
que deriva do grego, onde “oikos” significa casa e “logos” significa estudo. Esta palavra foi
criada no ano de 1866 pelo biólogo e naturalista alemão Ernst Heinrich Haeckel, (p. 8).

De acordo com Guente (2017), a Ecologia também se encarrega de estudar a abundância e


distribuição dos seres vivos no planeta Terra. Esta ciência é de extrema importância, pois os
resultados de seus estudos fornecem dados que revelam se os animais e os ecossistemas estão
em perfeita harmonia. Numa época em que o desmatamento e a extinção de várias espécies
estão em andamento, o trabalho dos ecologistas é de extrema importância, (p. 8).

Através das informações geradas pelos estudos da Ecologia, o homem pode planear acções
que evitem a destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor para a humanidade.
(KORMONDY, 2009 apud Guente 2017).

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2.3. Estruturação da Ecologia

A Ecologia pode ser estudada em diferentes níveis. Os níveis mais baixos se unem para
formar um sistema mais complexo. Esses sistemas estão ordenados de maneira crescente1:

 Organismo – é a unidade mais fundamental da Ecologia. São os seres que vivem em


contato com o meio físico (meio abiótico) e em contato com outros seres vivos (meio
biótico). O organismo está em constante troca de energia e matéria e seus objetivos
são sobreviver e reproduzir.
 População – é o conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que vive em um
mesmo lugar. As populações possuem características próprias, tendo um controle no
seu tamanho (relação entre ganho e perda de espécies) e na sua distribuição.
 Comunidade – é o conjunto de diferentes espécies que vivem em um determinado
lugar. Uma comunidade é regulada pelas relações que são observadas entre as
espécies, como dinâmica de presas e predadores, parasitas e hospedeiros, ou relações
mutualísticas.
Todas estas relações controlam as populações e é muito difícil definir onde uma
comunidade começa e onde ela termina.
 Ecossistema – é formado pelas relações entre os organismos e seu meio físico e
químico. Ou seja, todo excreta que é eliminado, todo corpo que morre, todo nutriente
que entra no sistema e toda energia que é usada, formam o ecossistema. É nesse
âmbito que se estudam as ciclagens de nutrientes e o fluxo de energia. É muito difícil
definir com precisão as barreiras de um ecossistema.
 Biosfera – é todo o processo ecológico a nível global, ou seja, a união de todos os
ecossistemas (todos os organismos e ambientes juntos). Os ecossistemas estão
interligados através dos fluxos de energia, que estão em constante produção, e os
ciclos de nutrientes, que nunca são criados, apenas se renovam no sistema.

Os ecólogos podem estudar os sistemas em qualquer um destes níveis, sendo que quanto
mais amplo o nível, mais difícil isolar e medir seus parâmetros. As informações obtidas em
cada um destes níveis responderão a questões diferentes.
1
Fonte: Manual de Ecologia básica, pp. 238-239,
http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_3/4-Ecologia_basica.pdf
acessado aos 29/05/2023

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2.4. Histórico da Ecologia

Segundo Hanazaki et al (2013) a ciência da ecologia foi bastante influenciada pela tradição
dos historiadores naturais dos séculos XVIII e XIX, como Buffon, Lineu, Darwin, Wallace,
Humboldt, entre muitos outros. Nesse mesmo período, surgiram também obras que tiveram
grande impacto na formação da Ecologia, como os trabalhos de Malthus sobre crescimento
populacional e demografia. Muito tempo antes, porém, podemos encontrar obras de natureza
claramente
ecológica entre os filósofos clássicos da cultura grega, pois estes compreendiam o ambiente
de forma integrada. Entre eles podemos citar nomes como Aristóteles e Hipócrates.
Aristóteles era um verdadeiro naturalista, mas foi seu sucessor, Theophrastus, quem começou
o estudo sistemático e formal do ambiente, (p. 12).

Além dessa forte influência da história natural, a Ecologia se diferencia de outras ciências que
tendem à análise e que tentam circunscrever e dividir seu campo de trabalho. A Ecologia é
uma ciência de síntese, de confluência de diferentes disciplinas. Quatro disciplinas que
guardam uma relação direta com essa ciência são a genética, a evolução, a fisiologia e a
Etologia (Etologia diz respeito ao estudo do comportamento animal).

Devido à influência da história natural, no início do seu desenvolvimento, a Ecologia era


fundamentalmente descritiva, pormenorizando a descrição e classificação de diferentes
elementos ecológicos de sistemas como a tundra, os desertos, as florestas tropicais, as
savanas, entre outros (Hanazaki et al, 2013, p. 13).

Esse enfoque forneceu o embasamento necessário para entender e explicar, em termos gerais,
a origem e os mecanismos das interações dos organismos entre si e com o mundo abiótico.

Para a elaboração dessas teorias gerais da natureza, os ecólogos procuram construir modelos
da realidade que geram previsões sobre o que acontece na natureza. A grande complexidade
dos sistemas ecológicos requer o uso de modelos gráficos e matemáticos, de modo que os
ecólogos geralmente necessitam tanto da Matemática quanto da Biologia.

O termo “Ecologia” é atribuído ao biólogo alemão Ernst Haeckel (1834 - 1919), em 1869.
Segundo Haeckel, a ecologia é o estudo científico das interações entre organismos e seus
ambientes orgânico e inorgânico. A palavra é derivada dos termos gregos “Oikos”,
significando “casa” ou “lugar onde se vive”, e “logos”, significando “estudo”. Assim, a
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Ecologia pode ser compreendida como o estudo do “lugar onde se vive”, com ênfase sobre “a
totalidade ou padrão de relações entre os organismos e o seu ambiente” (Hanazaki et al, 2013,
p. 14).

Com o desenvolvimento da ciência da Ecologia, surgiram outras definições. Em 1927,


Charles Elton definiu a ecologia como a história natural científica. Em 1935, Arthur G.
Tansley cunhou o termo Ecossistema para incluir os organismos e todos os fatores abióticos
do habitat. Em 1942, Raymond Lindeman introduziu a ideia do ecossistema como um sistema
transformador de energia e forneceu uma notação formal para o fluxo nos níveis tróficos e
eficiência ecológica. Na década de 1950, Eugene Odum definiu a ecologia como o estudo das
relações dos organismos ou grupos de organismos com o seu ambiente, ou a ciência das inter-
relações que ligam os organismos vivos ao seu ambiente. Sob esse enfoque, a Ecologia
compreende o estudo das relações entre os organismos e a totalidade dos fatores físicos,
químicos e biológicos que afetam ou são afetados por eles, buscando compreender como o
organismo afecta seu ambiente e como este, por sua vez, afeta o organismo.

Durante as décadas de 1950 a 1960, o estudo da energética dos ecossistemas dominou a


Ecologia, principalmente devido à influência de Eugene Odum e Howard Odum. Esses
autores maximizaram o emprego da energia como a moeda para descrever a estrutura e a
função do ecossistema.

Uma definição bastante aceita atualmente é utilizada por Charles J. Krebs, que define a
Ecologia como o estudo científico das interações que determinam a distribuição e a
abundância dos organismos.

O ambiente de um organismo é composto não apenas pelas plantas e animais com os quais ele
interage diretamente ou indiretamente, mas também por processos puramente físicos e por
substâncias inorgânicas. As flutuações diárias de temperatura e as concentrações de oxigênio
e dióxido de carbono também fazem parte do ambiente.

Um tema importante na Ecologia é a complementaridade entre duas visões, a primeira


influenciada pelas definições de Odum e com uma abordagem Holística ou Sistêmica; e a
segunda influenciada pela definição de Charles Krebs e com uma abordagem Evolutiva, na
qual as interações são a força motriz do sistema.

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Facilmente percebemos que o componente biótico do ambiente da maior parte dos organismos
pode ser extremamente complexo. Esse componente pode incluir diversas relações
interespecíficas (com indivíduos de espécies diferentes) e intraespecíficas (com indivíduos da
própria espécie), e tanto interações positivas como antagônicas. Soma-se a essa grande
complexidade o ambiente físico com múltiplas facetas, e veremos que a Ecologia é um campo
extremamente amplo. A amplitude da Ecologia, combinada com a sua aplicabilidade aos
problemas ambientais recentes, fazem da mesma um campo fascinante e com grande potencial
de crescimento. Soma-se a esse potencial a possibilidade de integrar perspectivas de cunho
estritamente ecológico a perspectivas socio– ambientais para a gestão de recursos naturais
(Hanazaki et al, 2013, p. 15).

Porém existe ainda a versão da história da Ecologia relatada por Guente (2017, pp. 8-10), na
qual aponta que a Ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra seus
primeiros antecedentes na história natural dos gregos, particularmente em um discípulo de
Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e
com o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros
trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais.

O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu impulso especial no início do
século XIX e depois que Thomas Malthus chamou atenção para o conflito entre as populações
em expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J.
Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas para o estudo das
populações, o que levou as experiências sobre a interação de predadores e presas, as relações
competitivas entre espécies e o controle populacional.

O estudo da influência do comportamento sobre as populações foi incentivado pelo


reconhecimento, em 1920, da territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento
instintivo e agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen, enquanto V.
C. WynneEdwards estudava o papel do comportamento social no controle das populações. No
início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na Europa e outro nos
Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois diferentes pontos de vista.

Os botânicos europeus se preocuparam em estudar a composição, a estrutura e a distribuição


das comunidades vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas
comunidades, ou sua sucessão.

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As ecologias animal e vegetal se desenvolveram separadamente até que os biólogos
americanos deram ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e animais como um todo
biótico. Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e populações,
enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia. (PINTO, 2007 apud Guente,
2017, p. 9).

Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de níveis tróficos, ou


de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é transferida, por uma série de
organismos, das plantas verdes (produtoras) aos vários níveis de animais (conshumidores).
Em 1927, C. S. Elton, ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem
com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois biólogos americanos, E.
Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a reserva energética de lagos, desenvolveram a
idéia da produção primária, isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, pela
fotossíntese.

A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo americano


R. L. Lindeman, do conceito tróficodinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia
através do ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos americanos
Eugene e Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado
pelo australiano J. D. Ovington.

O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento de


novas técnicas - radioisótopos, microcalorimetria, computação e matemática aplicada - que
permitiram aos ecologistas rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias
específicas através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um
novo estágio no desenvolvimento dessa ciência - a ecologia dos sistemas, que estuda a
estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.

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3. Conclusões

Terminado o presente estudo, conclui-se que foram esgotados todos os objectivos indicados a
quando do início deste trabalho, e desta feita fica a percepção de que a Ecologia é uma ciência
(ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde
vivem, e que pode ser estudada em diferentes níveis.

Quanto a história, a Ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontrando os seus
primeiros antecedentes na história natural dos gregos, particularmente em um discípulo de
Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e
com o meio.

Percebe-se ainda que a Ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o


desenvolvimento do conceito tróficodinâmico de Ecologia, que detalha o fluxo da energia
através do ecossistema.

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4. Bibliografia

GIL, António Carlos. 1991. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3ª Edição, São Paulo -
Editora Atlas.

GUENTE, Marcelino Júlio. 2017. Ecologia e Gestão Ambiental. Manual Do Curso De


Licenciatura Em Troco Comum 3º Ano, Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância
(ISCED), Beira.

HANAZAKI, Natalia ; PETRUCIO, Mauricio; ZANK Sofia; MAYER, Fernando Pol. 2013.
Introdução à Ecologia. 2ª Edição, 1ª Reimpressão, Florianópolis.

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