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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3

1.1. Objecto de estudo da Ecologia Humana Educação Ambiental............................................4

1.2. Os termos usados em Ecologia Humana..............................................................................5

1.2.1. A importância do estudo da Ecologia Humana.................................................................6

1.4. A dinâmica dos ecossistemas no que concerne a adaptação dos seres vivos.......................8

1.4. As diferentes formas de fluxo de energia nos ecossistemas..............................................12

2.Conclusão...............................................................................................................................15

3. Referência bibliográfica........................................................................................................16

4. Apêndice...............................................................................................................................17
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1. Introdução
Todo o dia, acompanhamos o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente. O
crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o
solo e as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano precisa respeitar o
meio ambiente, pois dependemos dele para sobreviver neste planeta. Desenvolvimento
sustentável significa conseguir obter o necessário desenvolvimento económico, garantindo o
equilíbrio ecológico.

O presente trabalho em mão surge no contexto da cadeira de Ecologia Humana e Educação


Ambiental. Por seu turno, depois de ter aprendido sobre diferentes abordagens por capítulo
desta importante cadeira, surgiu a necessidade de voltar a apresentar os temas posteriormente
abordados na primeira sessão.

Diante do exposto, o presente trabalho pretende de maneira pormenorizada discutir em torno


do objecto de estudo da Ecologia Humana Educação e Ambiental, os termos usados em
Ecologia Humana, explicar a importância do estudo da Ecologia Humana, descrever a
dinâmica dos ecossistemas no que concerne a adaptação dos seres vivos e as diferentes formas
de fluxo de energia nos ecossistemas. A metodologia aplicada neste trabalho, baseiam-se
efectivamente em pesquisas Bibliográficas e descritiva, e, em razão disso, consultou-se
artigos e livros relacionados à temática, com vistas a discutir sobre a temática em estudo e
entre outros pontos relevantes.

Quanto à organização, o trabalho está estruturado de seguinte maneira, primeiro trata-se sobre
a introdução, etapa onde são apresentadas o tema do trabalho, isto é o objectivo que se
pretende com o trabalho e a metodologia escolhida para desencadear o trabalho.
Na segunda etapa, é portanto apresentado o desenvolvimento deste trabalho, aqui
encontramos a uma discussão aberta onde vários autores que tem um conhecimento sólido
sobre o tema em estudo deixam ficar as suas reflexões e assim como algumas contribuições
do autor deste trabalho.
Na terceira etapa, são apresentadas as ilações tiradas no da realização do trabalho e por fim
apresenta−se, a referências bibliográficas, que são as fontes escritas que foram importantes no
processo de elaboração deste trabalho.
Para o desenvolvimento deste trabalho, vai se basear na utilização do instrumento científico
oferecido pela instituição académica para o uso no âmbito de realização de qualquer trabalho
naturalmente científico, trata-se da norma APA 6a edição.
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1.1. Objecto de estudo da Ecologia Humana Educação Ambiental


Ecologia é um termo derivado do grego que é formado pela junção das palavras “oikos”, que
significa casa, e “logos”, que significa estudo. Esse termo foi empregado pela primeira vez em
1866 em uma obra do zoólogo alemão Ernst Haeckel chamada de “Generelle Morphologie
der Organismen”.
A Ecologia é uma parte da Biologia que estuda a relação dos seres vivos entre si e destes com
o ambiente onde vivem.  Sendo assim, essa ciência preocupa-se com todos os factores que
afectam um organismo, sejam eles químicos, físicos ou biológicos. Como o próprio nome
indica, a Ecologia faz o estudo da “casa” de cada organismo (Pierson, 1945, p.75).
Apesar de parecer simples, é um estudo bastante complexo e abrangente, uma vez que cada
pequeno factor, físico, químico ou biológico, é fundamental para garantir a sobrevivência de
um determinado organismo. Imagine, por exemplo, uma espécie de planta que vive em um
ambiente árido e passa a ser submetida a grandes regimes de chuvas, ou então um lago onde é
introduzida uma nova espécie de peixe. Em todos os dois casos haverá mudanças que
afectarão directamente essas espécies. Como sabemos,  nenhum organismo consegue viver
sem interagir com outros seres e com o meio.
Segundo Wirth em Pierson (1945, p.75), a dinâmica da Ecologia Humana em sua base
científica tenta, dentro das condições propostas, incorporar em si um pouco de cada área,
sobretudo na tentativa de compreender, analisar e valorar não apenas o homem ou o entorno,
mas ambos.
Sua essência, na verdade, parte da construção de uma base filosófica sobre o sentido do
espaço-tempo na formação do indivíduo e do colectivo. Por este motivo, não há como negar
sua importância, especialmente na evolução do conhecimento das ciências “não
tecnológicas”, tornando-se o marco da visão inter e transdisciplinar, revolucionando a visão
académica, sobretudo a sociologia e antropologia modernas que viram nas bases da ecologia
teórica um novo marco científico como fonte de pesquisa integracionista. Assim, pode-se
dizer que sua expressão é fruto de uma relação concreta e de forte interdependência do
Antropo, decorrente de sua acção directa ou indirecta com o meio físico-natural (Alvim,
2008).
Na verdade, embora a Ecologia Humana retrate nossa própria espécie, o estudo se caracteriza
pelo carácter biocêntrico, isto é, traz o homem como um ser dentre outros do planeta e não
como o mais importante da natureza físico-natural. Por conseguinte, como qualquer ser vivo,
depende fundamentalmente da qualidade do seu ambiente físico-natural (Nen-Twing, 1999).
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Segundo Alvim (2012, p.101-110), a ecologia humana é uma ciência transdisciplinar, que
toca todos esses campos e exige, para uma pesquisa séria, uma cuidadosa escolha do objecto
de estudo e a escolha da, ou das, metodologias e disciplinas envolvidas na pesquisa. Sem
dúvida, a ecologia humana é uma ciência nova, que tem ainda, como uma caixa de pandora,
muito a dar para evolução da ciência humana, contribuindo com as bases teóricas do
desenvolvimento sustentável e apontando limites e perspectivas que o homem precisa ter no
seu processo evolutivo no planeta Terra.
Então a ecologia é o estudo do ambiente em que vivemos, ou melhor, é a ciência que estuda
as relações dos seres vivos entre si e destes com o ambiente onde vivem. Nesse sentido, o
objecto básico, de estudo da ecologia é a biosfera, ou seja, a parte da terra onde existe vida,
um espaço que vai desde a altitude de 6.200 metros até profundidades de cerca de 10.100
metros. A biosfera inclui todos os ambientes onde existe vida: o terrestre, o de água salgada e
o de água doce (Avila, 1983).

Segundo Pires citado por Marques (2014), o ramo científico da ecologia humana tem como
objecto de estudo a relação do ser humano com o seu ambiente natural.

Morán (1990) citado Marques (2014), visa integrar o conhecimento sobre a diversidade de
comportamentos das populações humanas com os sistemas dentro dos quais tais populações
se encontram

Segundo Morán (1990), também faz uma referência bastante interessante sobre a Ecologia
Humana: Uma ecologia particularmente complexa, na qual intervêm todos os factores bióticos
e abióticos interferindo na ecologia de plantas e animais e mais a inteligência e criatividade do
homem.

Considerando a interacção entre o sistema social e o ecossistema, a ecologia humana analisa


as consequências das actividades humanas como uma cadeia de efeitos através do ecossistema
e do sistema social humano (Marten, s/d, citado por Marques, 2014).

1.2. Os termos usados em Ecologia Humana


Segundo Overhage (1970), muitas vezes, quando se fala em Ecologia, vêm junto várias
palavras, como Ecossistema, Habitat, Biótipo, Comunidade, entre outras. E cada uma tem o
seu significado, que muitas vezes é confundido por todos nós.

Os termos usados em Ecologia Humana são:

Ecologia  – Área da Biologia que estuda a interacção dos meios bióticos com os meios
abióticos;
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Biótipo  – Conjunto de características físicas e químicas de um determinado ambiente;


Espécie  – Quando dois indivíduos são semelhantes, podendo cruzar entre si, gerando
descendentes férteis, dizemos que são de mesma espécie;
População  – Quando vários indivíduos da mesma espécie habitam um determinado
local, chama-se a este local de população;
Comunidades Biológicas (Biocenose) – Indivíduos de espécies diferentes que passam
a habitar uma mesma região;
Comunidade Clímax  – É quando determinada comunidade atinge o momento máximo
em seu desenvolvimento, havendo uma estabilização;
Biomassa  – A massa de matéria orgânica presente em um ser vivo ou em um grupo
deles;
Biosfera  – É o conjunto de locais habitáveis em todo o Planeta Terra
Habitat  – Cada espécie vive em um determinado local, que oferece à mesma condição
de vida. Chamamos este local de habitat;
Nicho Ecológico  – A forma de se alimentar, de se reproduzir, enfim, a forma de vida
e as actividades exercidas por uma determinada espécie é chamado de nicho
ecológico;
Ecossistema  – É o conjunto de interacções entre os seres vivos e o local onde vivem;
Componentes Abióticos  – Factores que influenciam na vida dos seres de um
determinado ecossistema, mas não têm vida (humidade, pressão, temperatura,
luminosidade, pH);
Componentes Bióticos  – É o conjunto dos seres vivos, ou seja, tudo que possui vida
dentro de um ecossistema;
Cadeia Alimentar  – É o nome dado à rede de alimentação que é formada pelos
produtores na base, que servem de alimento para os consumidores primários, que
alimentam os consumidores secundários, e assim por diante, até acabar com os
decompositores, no topo da cadeia.

1.2.1. A importância do estudo da Ecologia Humana


Ainda que assuntos como a importância da ecologia, a Protecção do Meio Ambiente e tantos
outros venham sendo intensamente debatidos em eventos, seminários e fóruns pelo mundo
todo, para falar sobre a importância da ecologia é preciso entender melhor o que significa a
palavra ecologia. Sua origem vem do grego ecos que significa “casa” e logos que significa
“estudo”, sendo assim podemos dizer que a ecologia é o estudo de nossa casa, e sendo que
nossa casa não se restringe ao teto que nos abriga e sim ao ambiente que nos acolhe, a
ecologia consiste no estudo do meio ambiente.
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Segundo Molina et al (2007, p. 19-40), essa área da Biologia é extremamente importante,


pois, conhecendo essas interacções,  podemos entender os impactos ambientais e os
desequilíbrios causados às populações de todos os seres vivos em decorrência da acção
humana. Esse estudo possibilita, por exemplo, a elaboração de planos de preservação e a
criação de medidas que diminuam o impacto da nossa existência para as próximas gerações.

Ecologia Humana é uma área de formação e investigação que adopta uma perspectiva
pluridisciplinar para analisar as interacções entre os sistemas sociais e ecológicos,
estimulando a emergência de competências transversais e especializadas para a leitura das
mudanças sociais e ambientais que resultam dessa interacção.

Essa área de estudo é muito importante para o desenvolvimento de vários aspectos sociais.
Podemos entender os impactos ambientais e os desequilíbrios causados às populações de
todos os seres vivos em decorrência da acção humana.

A importância da ecologia é indiscutível, e o seu desenvolvimento é que deve regulamentar as


atitudes do ser humano sobre o meio ambiente, especialmente na actualidade, tendo em vista a
grande interferência da actuação do homem sobre os ecossistemas. É inevitável a exploração
dos bens naturais para a subsistência humana, mas esta exploração deve ocorrer de forma que
os Impactos Ambientais sejam mínimos e normalmente não é isso que acontece, pois a falta
de cuidado e de consciência do homem trás sérios prejuízos para o equilíbrio ecológico.

O conhecimento a cerca da estrutura e do funcionamento de um ecossistema é fundamental


para entende as implicações das acções humanas sobre o mesmo. Entenda-se por ecossistema
uma simples lagoa, um oceano, enfim, onde houver intercâmbio de energia e matéria entre os
elementos haverá um ecossistema, os tamanhos variam muito, o tamanho não interfere na sua
importância, todos eles são imprescindíveis ao equilíbrio ecológico.

A abrangência de actuação e a importância da ecologia está relacionada a inúmeras áreas de


conhecimento, e uma delas é a economia. O modelo económico predominante na actualidade
é o capitalismo, e vem sendo assim há muito tempo. Este modelo tem explorado
desordenadamente os bens naturais, produzindo uma infinidade de bens para consumo que
não param de se sofisticar visando lucros cada vez maiores, e todo este processo desenfreado
vem causando grandes destruições e gerando diversas formas de poluição. Existe uma
legislação em vigência que prevê uma série de normas para a exploração de bens naturais,
construções, etc., e as adaptações a este novo sistema vem ocorrendo ao longo dos anos, mas
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é imprescindível que se pense em Investir Dinheiro em educação, pois as crianças são as


sementes que vão germinar uma nova consciência a cerca da ecologia.

1.4. A dinâmica dos ecossistemas no que concerne a adaptação dos seres vivos
Segundo Begon (2007,p. 740), em qualquer ecossistema seres vivos estabelece relações
tróficas que envolvem a transferência de matéria e energia.

Em cada ecossistema há um complexo mecanismo de passagem de matéria e energia do meio


abiótico para os seres vivos, com retorno ao primeiro. As plantas (autótrofos) utilizam a
energia da luz e compostos inorgânicos para formar compostos orgânicos que encerram, em
suas cadeias de carbono, uma certa quantidade daquela energia obtida da luz.

A matéria orgânica passa aos animais (heterótrofos) herbívoros e destes para os carnívoros.
Matéria e energia vão passando dos produtores aos consumidores.

Dejectos e restos de animais e plantas são decompostos por bactérias e fungos, os


decompositores, voltando à sua condição de matéria inorgânica.

Todo ecossistema é formado de factores bióticos  (organismos vivos) e factores abióticos 


(elementos físicos e químicos do ambiente: luz, calor, pH, salinidade, variações de pressão da
água e do ar, etc.).

São exemplos de ecossistemas: uma floresta, uma campina, uma faixa mais profunda ou mais
superficial das águas, um aquário ou até mesmo uma poça de água.

1.4. Cadeias alimentares ou cadeias tróficas

Estas não são mais do que uma sequência de seres vivos que se relacionam a nível alimentar
(que se alimentam e servem de alimento uns aos outros). Quando relacionamos as diferentes
cadeias alimentares que incluem os mesmos seres vivos desenvolvemos Teias Alimentares.

Teia alimentar é o fluxo de matéria e energia que passa, num ecossistema, dos produtores aos
consumidores por numerosos caminhos opcionais que se cruzam.
Nos ecossistemas, muitas vezes as cadeias alimentares se super põem, formando um
emaranhado de linhas que indicam os caminhos que podem seguir os fluxos de matéria e
energia. Essa superposição é chamada de teia alimentar.
Nas redes tróficas podemos considerar a existência de 3 categorias de seres vivos de acordo
com as estratégias de obtenção de alimento: -Produtores; -Consumidores; -Decompositores
(Begon, 2007,p. 740).
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1.6. As Pirâmides Ecológicas

O fluxo de matéria e energia nos ecossistemas podem ser representado por meio de pirâmides,
que poderão ser de energia, de biomassa (matéria) ou de números.
Nas pirâmides ecológicas, a base é quase sempre mais larga que o topo.
A quantidade de matéria (biomassa) e de energia transferível de um nível trófico para outro
sofre um decréscimo de 1/10 a cada passagem, ou seja, cada organismo transfere apenas um
décimo da matéria e da energia que absorveu.
Eventualmente, a pirâmide de números pode se mostrar invertida.
Em uma floresta, o número de insectos é bem maior que o número de árvore (Idem).

1.6.1. Produtores

São seres vivos que têm a capacidade de produzir o seu próprio alimento.
Convertem a matéria inorgânica em matéria orgânica.
Usam uma fonte de energia, normalmente o sol.

1.6.2. Consumidores

Seres vivos que são incapazes de produzir o seu alimento: seres heterótroficos.
Alimentam-se directa ou indirectamente da matéria elaborada pelos produtores.
Classificam-se de acordo com seres vivos de que se alimentam.

1.6.3. Decompositores

Seres vivos que obtêm matéria orgânica e a energia a partir de outros seres vivos
decompondo cadáveres e excrementos.
Convertem matéria orgânica em matéria inorgânica desenvolvendo-a ao solo.
Cada ser vivo vive no habitat onde encontra as melhores condições para se
desenvolver, isto é, onde encontra alimento,  água e abrigo.

No ambiente terrestre também existe uma grande diversidade de seres vivos. Os coelhos


e as toupeiras escavam o solo e habitam em tocas, os pássaros vivem nas árvores onde
constroem ninhos

Os seres vivos têm a capacidade de adaptar-se em diferentes ambientes. plantas como cactos


vivem em zonas secas e desenvolvem raízes muito longas e ramificadas que absorvem
rapidamente água quando chove, armazenando-a nos caules (parte verde).
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Os animais que vivem no deserto, como o camelo têm a capacidade de transformar a gordura


que armazenam nas bossas em água, podendo, por isso, estar cerca de dois meses sem beber.

A dinâmica dos ecossistemas não é estritamente determinada por variações no ambiente


abiótico. As relações que os organismos estabelecem entre si também desempenham um papel
fundamental no sistema de mudanças (Alvim, 2014).

As relações que existem entre indivíduos de espécies diferentes afectam uma variedade de
factores, como sua abundância e distribuição. Além de manter um ecossistema dinâmico,
essas interacções têm um papel evolutivo essencial, onde o resultado a longo prazo é os
processos de evolução (Idem).

Embora possam ser classificados de maneiras diferentes e os limites entre interacções não
sejam precisos, podemos mencionar as seguintes interacções:

1.2.4. Concorrência

Na competição ou competição, dois ou mais organismos afectam seu crescimento e / ou taxa


de reprodução. Nós nos referimos à competição intraespecífica quando a relação ocorre entre
organismos da mesma espécie, enquanto a interespecífica ocorre entre duas ou mais espécies
diferentes.

Uma das teorias mais importantes da ecologia é o princípio da exclusão competitiva: “Se duas
espécies competem pelos mesmos recursos, elas não podem coexistir indefinidamente”. Em
outras palavras, se os recursos de duas espécies forem muito semelhantes, uma acabarão
substituindo a outra.

Esse tipo de relacionamento também envolve a competição entre homens e mulheres por um
parceiro sexual que investe no cuidado dos pais.

1.2.5. Exploração

A exploração ocorre quando “a presença de uma espécie A estimula o desenvolvimento de B


e a presença de B inibe o desenvolvimento de A”.

Essas são consideradas relações antagónicas, e alguns exemplos são sistemas predadores e de
presas, plantas e herbívoros e parasitas e hospedeiros.
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Os relacionamentos de exploração podem ser muito específicos. Por exemplo, um predador


que consome apenas um limite muito fechado de presas – ou pode ser amplo, se o predador se
alimentar de uma ampla variedade de indivíduos.

Logicamente, no sistema de predadores e presas, estes são os que experimentam a maior


pressão selectiva, se quisermos avaliar a relação do ponto de vista evolutivo.

No caso de parasitas, eles podem viver dentro do hospedeiro ou estar localizados fora, como
os ectoparasitas conhecidos de animais domésticos (pulgas e carrapatos).

Também existem relações entre o herbívoro e sua planta. Os vegetais têm uma série de
moléculas desagradáveis ao gosto de seu predador e, por sua vez, desenvolvem mecanismos
de desintoxicação.

1.2.6. Mutualismo

Nem todas as relações entre espécies têm consequências negativas para uma delas. Há
mutualismo em que ambas as partes se beneficiam da interacção.

O caso mais óbvio do mutualismo é a polinização, onde o polinizador (que pode ser um
insecto, um pássaro ou um morcego) se alimenta do néctar da planta rica em energia e
beneficia a a planta favorecendo a fertilização e dispersando seu pólen.

Essas interacções não têm nenhum tipo de consciência ou interesse por parte dos animais. Ou
seja, o animal encarregado da polinização não procura, em nenhum momento, “ajudar” a
planta. Devemos evitar extrapolar o comportamento altruísta humano para o reino animal para
evitar confusão.

1.3. Ciclos biogeoquímicos


Além das interacções dos seres vivos, os ecossistemas são influenciados por vários
movimentos dos principais nutrientes que ocorrem simultaneamente e continuamente.

Os mais relevantes envolvem macros nutrientes: carbono, oxigénio, hidrogénio, nitrogénio,


fósforo, enxofre, cálcio, magnésio e potássio.

Esses ciclos formam uma matriz complexa de relacionamentos que alternam a reciclagem
entre partes vivas do ecossistema e regiões não vivas – sejam corpos de água, atmosfera e
biomassa. Cada ciclo envolve uma série de etapas de produção e decomposição do elemento.
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Graças à existência desse ciclo de nutrientes, os principais elementos dos ecossistemas estão
disponíveis para serem usados repetidamente pelos membros do sistema.

1.4. As diferentes formas de fluxo de energia nos ecossistemas


Segundo Begon (2007,p. 75), o fluxo de energia em um ecossistema é unidireccional, o u seja,
move-se em uma única direcção desde os produtores até os níveis tróficos superiores. O fluxo
de energia é acíclico e aberto já que as perdas que são produzidas ao longo das cadeias
tróficas.

Como a energia utilizada não é reaproveitada pelos seres vivos, sendo que apenas 10% da
energia de um nível trófico passa para o seguinte, diz-se que o fluxo de energia num
ecossistema é unidireccional.

Assim, o fluxo de energia segue sempre um determinado trajecto: produtores →


consumidores | produtores mortos + consumidores mortos -> decompositores | Os
decompositores são organismos que transformam a matéria mineral em matéria inorgânica,
voltando a repô-la no solo para ser absorvida pelos produtores.

Segundo Forattini (1992), os ecossistemas são sistemas abertos caracterizados pelas entradas


e saídas de energia. Este fluxo de energia é fundamental para o funcionamento e manutenção
dos ecossistemas e é expresso como a quantidade de energia que flui entre os organismos de
uma comunidade biológica. A principal fonte de energia é proveniente do sol.

Os organismos fotossintetizantes, como as plantas e algas, transformam esta energia solar em


energia química, utilizando-a na síntese de matéria orgânica através do processo
de fotossíntese. Estes organismos são denominados autotróficos  (produzem seu próprio
alimento). Algumas bactérias autotróficas realizam a quimiossíntese, processo no qual ocorre
produção de matéria orgânica sem utilização de energia luminosa (Marques, 2014).

Parte desta energia fixada como energia química na matéria orgânica pelos autotróficos
(organismos produtores dos ecossistemas) é liberada para o meio na forma de calor através do
processo de respiração celular. A energia que não é eliminada fica armazenada nestes
organismos, levando ao aumento de sua biomassa (Idem).

Os animais não conseguem sintetizar matéria orgânica, por isso são denominados
heterotróficos e obtêm seu alimento por meio do consumo de outros organismos. Assim,
quando se alimentam dos vegetais (produtores) estão ingerindo a energia química armazenada
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nos compostos orgânicos e são chamados de consumidores primários (herbívoros) (Begon,


2007).

Os consumidores primários liberam energia na forma de calor e estocam a outra parte. Outros


animais, chamados de consumidores secundários, alimentam-se dos consumidores primários e
assim recebem a energia armazenada. Os consumidores secundários servirão de alimento para
os consumidores terciários e assim por diante. Esta passagem de energia por organismos que
consomem e são consumidos é denominada cadeia alimentar e cada posição ocupada pelos
organismos ao longo desta cadeia recebe o nome de nível trófico (Idem).

Assim, os produtores, que formam a bases das cadeias alimentares, ocupam o 1º nível trófico,
os consumidores primários ocupam o 2º nível, os consumidores secundários o 3º nível e assim
sucessivamente. O nível trófico que uma espécie ocupa diz respeito a sua função em
determinada cadeia, por isso a mesma espécie pode ocupar diferentes níveis
tróficos dependendo da cadeia considerada (Ibid).

Os organismos decompositores são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica,


liberando sais minerais e outros elementos no meio para serem utilizados novamente. Ocupam
o último nível da transferência de energia e podem actuar em qualquer nível da cadeia
alimentar, pois decompõem a matéria orgânica dos organismos produtores e consumidores
mortos, podendo receber a energia de todos os níveis tróficos. Por isso muitas vezes
os decompositores não são representados nas cadeias alimentares ou são representados em um
nível paralelo aos demais níveis. É importante destacar que na representação de uma cadeia
alimentar a direcção da seta aponta para o nível trófico que recebe a energia (Begon, 2007).

Na verdade, quando falamos de energia dos ecossistemas, é necessários que levemos em


consideração que existe um limite energético para a realização de actividades antropogênicas
em seu interior. É preciso que percebamos que os diversos ecossistemas que compõem o
“todo” planetário possuem conexões e interligações que os mantêm unificados para a
formação desta totalidade denominada “Planeta Terra” (Valter, 2013).

Para que se percebam estas ligações fundamentais em níveis de energia (que vai desde as
partículas elementares, até as estruturas macroscópicas) nos diversos níveis de funcionamento
dos ecossistemas é fundamental que o pesquisador se valha de uma visão periférica e ao
mesmo tempo particularizadora tanto das partes, das conexões entre elas, bem como da
totalidade por elas formada (a Terra e o universo em seu redor). É preciso compreender que os
níveis de energia se estabelecem desde os níveis moleculares, atómicos (e até mesmo nas
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partículas sub atómicas) até os níveis macroscópicos da constituição dos corpos celestes no
universo.  

Compreender esta dinâmica demanda o deciframento dos elementos que interagem entre si
para formar as conexões entre os diversos ecossistemas que compõem a unidade planetária.
Perceber esta dinâmica reclama um olhar astuto dos diversos níveis energéticos existentes no
interior dos ecossistemas, bem como seu comportamento quando pressionados por forças
físicas, químicas e/ou biológicas em suas estruturas internas. Então, compreender a dinâmica
dos ecossistemas que compõem esta totalidade planetária requer o estudo do comportamento
energético das partículas elementares que compõem as estruturas e macroestruturas, bem
como do fluxo energético que as unificam (Idem).

2.Conclusão
Tendo chegado até este ponto, vale ressaltar que este trabalho abordar de maneira
pormenorizada em torno do objecto de estudo da Ecologia Humana e Educação Ambiental, os
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termos usados em Ecologia Humana, explicar a importância do estudo da Ecologia Humana,


descrever a dinâmica dos ecossistemas no que concerne a adaptação dos seres vivos e as
diferentes formas de fluxo de energia nos ecossistemas.

No concernente ao objecto de estudo da Ecologia Humana Educação Ambiental é o estudo da


ecologia é a biosfera, ou seja, a parte da terra onde existe vida. Por outro lado, podemos dizer
que esta ciência Biológica estuda das formas de adaptação ao ambiente por parte das
comunidades humanas. No que tange os termos usados na Ecologia Humana, encontramos a
Ecologia; a Biótipo; a Espécie; a População; as Comunidades Biológicas; a Comunidade
Clímax; a Biomassa; a Biosfera; a Habitat; a Nicho Ecológico; a Ecossistema; a Componentes
Abióticos;   Cadeia Alimentar e Componentes Biótico. Por outro lado, compreendemos de que
a importância do estudo da Ecologia Humana é que nos permite poder os impactos ambientais
e os desequilíbrios causados às populações de todos os seres vivos em decorrência da acção
humana. Esse estudo possibilita, por exemplo, a elaboração de planos de preservação e a
criação de medidas que diminuam o impacto da nossa existência para as próximas gerações.
Entretanto, as dinâmicas dos ecossistemas no que concerne a adaptação dos seres vivos
obedecem uma ordem muito complexa, podendo encontrar o que chamamos de cadeias
alimentares ou cadeias tróficas.

Durante o processo de concepção deste trabalho, chegamos de compreender de que é preciso


que saibamos dar valor a questões naturais, de forma a evitar males piores futuramente.

Pela natureza da temática que se abordou neste trabalho notamos um maior impacto do tema
por parte dos estudantes e se espera com este trabalho, voltarmos a explorar mais sobre o
tema, já que é necessários que estejamos informados a respeito da conservação do
ecossistema.

Por fim, como fizemos referência logo na parte introdutória deste trabalho foi desenvolvido
olhando as normas de elaboração de trabalhos científicos, estamos falando sobre a norma
APA 6a edição.

3. Referência bibliográfica
Alvim, Ronaldo; Badilu, Ajibola; Marques Juracy. (2014). Ecologia Humana: uma visão
global. UEFS Editora.
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_______. R. G. (2012). Ecologia Humana: Da visão académica aos temas actuais. Maceió-
Alagoas: Edufal.

Avila-Pires, Fernando de. (1983). Princípios da ecologia humana. Porto Alegre, RGS, Ed da
UFRGS/ Brasília, CNPQ.

Begon, Townsend; Harper. (2006). Ecology from individuals to ecossistems. Blackwell


Publishing.

Begon, M.; Townsend, C. R.; Harper, J. L. (2007). Ecologia: de indivíduos a ecossistemas.


Porto Alegre: Artmed.

Forattini, Oswaldo Paulo. (1992). Ecologia, epidemiologia e sociedade. SP, Artes médicas;
EDUSP,

Marques, J. (2014). O que é Ecologia Humana? In: 2º Seminário internacional de Ecologia


Humana – A pequisa em Ecologia Humana, UEBA, Bahia, Disponível em:
https://sites.google.com/a/nectas.org/ii-seminario-internacional-de-ecologiahumana/o-
que-e-ecologia-humana (acesso em 23/02/18).

Marten, G. (s/d). Que és la Ecología Humana? Disponível em:


http://alvimrg.blogspot.com.br/p/que-es-la-ecologia-humana.htm (acesso em: 23/02/18).

Morán, Emílio F. A (1990). Ecologia humana das populações da Amazónia. Petrópolis, RJ,
Vozes,

Molina, S.M.G.; Lui,G.H.; Piva-Silva, M. (2007). Ecologia Humana como referencial teórico
e metodológico para Gestão Ambiental. OLAM (Rio Claro).

Overhage, Paul. (1970). Ecologia humana, a tragédia da poluição. Petrópolis, RJ, Vozes.

Pierson, Donald (org). (1970). Estudos de ecologia humana. Leituras de sociologia e


antropologia social. SP, Martins.

Valter Machado da Fonseca (2013). A Dinâmica dos Ecossistemas. 3a edição. Universidade


Federal de Uberlândia (UFU).  
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4. Apêndice

Fonte Wikipedia 2022. Ecossistema

Fonte Wikipedia 2022. Figura: 2. Cadeia alimentar


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O fluxo de energia parte dos organismos produtores (parte inferior da pirâmide) para os
consumidores (níveis superiores). Quanto maior o nível em que se encontra o ser vivo, menos
energia está disponível. Ilustração: alinabel / Shutterstock.com

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