Você está na página 1de 30

Gestão Ambiental

Desenvolvimento
Sustentável

Date:

Maio /2021
Conteúdo
Conceitos: Meio Ambiente, Ecologia, Ecodesenvolvimento

Desenvolvimento, Ambiente e Sustentabilidade

O que é Desenvolvimento Sustentável

Desenvolvimento Sustentável como conceito básico

Os princípios da Sustentabilidade

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

Desafios do Desenvolvimento Sustentável

Indicadores do Desenvolvimento Sustentável

Sustentabilidade Corporativa

Responsabilidade Social

Sistema de Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável

Referências

Desenvolvimento Sustentável Maio 2021


CONCEITOS
Como ponto de partida para o estudo em formação ambiental, é necessário conhecer e/ou relembrar alguns conceitos de expressões que são utilizadas ora como sinônimas,

ora com diferentes contextos por cientistas, filósofos e por políticos. Nesta disciplina serão abordados conceitos como apoio ao desenvolvimento de todo o curso.

O primeiro conceito que abordaremos é Ambiente ou Meio Ambiente, uma das principais discussões em relação ao termo meio ambiente é a suposta redundância que existe

entre ambos os termos. A palavra meio possui o mesmo significado que a palavra ambiente.

Mas, o que é Meio Ambiente?

O conceito de meio ambiente (ou ambiente) está em processo constante de construção. É possível encontrarmos diversas definições de diferentes autores para esse termo,

definições acadêmicas e legais, algumas de escopo limitado, abrangendo apenas os componentes naturais e outros, mais recente, que considera o meio ambiente um

sistema no qual interagem fatores de ordem biológica, física e socioeconômica. No Quadro 1, estão apresentadas, organizadas cronologicamente e divididas entre

acadêmicas e legais, para que possam perceber como o conceito vem sendo se desenvolvendo ao longo do tempo.

Com o passar dos anos, houve o amadurecimento do tema. A razão disso está na união de estudos teóricos e aprendizados práticos que reestruturam e produzem novas

possibilidades de entendimento do tema.

Alguns autores oferecem abordagens complexas de ambiente, incluindo variáveis que contemplam não apenas seus elementos, mas também os processos gerados a partir

de seus relacionamentos.

Para Jollivet e Pavé (1995), a definição de ambiente enquanto objeto científico é complicada, já que o termo está relacionado a um objeto central e esse objeto difere

conforme as disciplinas científicas. Ou seja, para falarmos de meio ambiente é necessário que tenha um sujeito ou referencial central que percebe e interage com o entorno.

Esse sujeito pode ser representado pela fauna e a flora, por um indivíduo, um ecossistema, pelos aspectos artificiais criados pelo homem como expressão de sua cultura ou

pelas necessidades criadas pela civilização (STEIN et al., 2018). O meio ambiente, portanto, é aquilo que está em volta de algo ou alguém (JOLLIVET e PAVÉ, 1995).

Para Sauvé (1997), a complexidade das inter-relações se expressa através de diferentes ambientes:

Ambiente natureza - refere-se ao entorno original, puro, do qual a espécie humana se afastou ao privilegiar as atividades antrópicas que têm provocado sua deterioração;

Ambiente recurso - refere-se ao ambiente como base material dos processos de desenvolvimento;

Ambiente problema - refere-se ao ambiente ameaçado, deteriorado pela contaminação, pela erosão ou pelo seu uso excessivo;

Ambiente meio de vida - refere-se ao ambiente da vida cotidiana, na escola, no lar, no trabalho. Incorpora, portanto, elementos socioculturais, tecnológicos e históricos;

3
Ambiente biosfera - refere-se ao ambiente como uma nave Quadro 1 -Definições de Meio Ambiente

espacial - Planeta Terra, assim como ao conceito de Gaia

Lovelock, que partem da tomada de consciência quanto à

finitude do ecossistema planetário como lugar de origem no qual

encontram unidade os seres e as coisas;

Ambiente comunitário - refere-se ao ambiente como em torno de

uma coletividade humana;

Embora atualmente possa existir diversas variações, em quantidade e

qualidade, de definições para o termo meio ambiente, podemos

destacar que mesmo com grande variedade há em todos os

conceitos três elementos comuns: a natureza, a sociedade e as

dinâmicas de articulação.

4
Ecologia
O termo foi criado por Ernest Haeckel (1869) e segundo Haeckel pode ser definido como o estudo científico das interações entre os organismos e o seu ambiente. A palavra é

derivada de oikos “casa” + logos “estudo”. Portanto, poderíamos dizer que a palavra ecologia é o “estudo da casa” ou como outros autores descrevem é o estudo da “vida

doméstica dos organismos vivos” (BEGON et al., 2007). Contudo, a ecologia apresenta diversas definições segundo diferentes autores, como:

Como os organismos interagem entre si e o meio ambiente” (MILLER, 2008);

Estudo do meio ambiente destacando as inter-relações entre os organismos e seu meio circundante (RICKLEFS, 1980);

Estudo científico das interações que determinam a distribuição e a abundância dos organismos (Krebs, 1972);

Todavia, é necessário ampliar essas definições. Segundo Begon et al. (2007), a ecologia tem três níveis de interesse :

Organismo individual - Como os indivíduos são afetados pelo seu ambiente e como eles o afetam;

População - à presença ou ausência de indivíduos da mesma espécies e das flutuações em seus números;

Comunidade - Trata-se da composição e organização de indivíduos que compartilham de uma mesma comunidade ecológica.

Sendo assim, a ecologia analisa as interações e restabelece o diálogo e a confrontação entre homens e natureza (RONCAGLIO et al., 2009). O glossário de termos técnicos

(BRASIL, 2006) simplifica descrevendo ecologia como:

A ciência que estuda a dinâmica dos ecossistemas, e é a disciplina que estuda os processos de interações e a dinâmica

de todos os seres vivos com os aspectos químicos e físicos do meio ambiente e com cada um dos demais, incluindo os

aspectos econômicos, sociais, culturais e psicológicos peculiares ao homem, sendo um estudo interdisciplinar e

interativo que deve, por sua própria natureza, sintetizar informação e conhecimento da maioria, senão de todos os

demais campos do saber.”

5
Ecodesenvolvimento

O termo ecodesenvolvimento foi lançado pelo diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Maurice Strong, em reunião realizada em Genebra em

junho de 1973, mas o conceito foi reformulado e disseminado pelo francês Ignacy Sachs (RONCAGLIO, 2012). Parafraseando Sachs, ecodesenvolvimento é um estilo de

desenvolvimento que, em cada ecorregião, insiste nas soluções específicas de seus problemas particulares, levando em conta os dados ecológicos da mesma forma que os

culturais, as necessidades imediatas como também aquelas a longo prazo (SACHS, 1986).

Ou seja, o ecodesenvolvimento se define como um criativo processo de transformação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes, para auxiliar as

populações envolvidas a se organizar, a se educar, para que elas identifiquem as suas necessidades, impedindo o desperdício inconsiderado dos recursos e cuidando para

que estes sejam empregados na satisfação das necessidades de todos os membros da sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais.

Desenvolvimento, Ambiente e

Sustentabilidade

A noção de desenvolvimento e a percepção do agravamento dos problemas ambientais surgiram no início da década de 1970, o sistema político e econômico internacional

havia entrado em colapso. Os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), propuseram ao Terceiro Mundo o seu modelo de

desenvolvimento renovando as esperanças de progresso, seja pelo viés da ideologia capitalista ou da comunista, respectivamente. A ideia de desenvolvimento proposta

introduziu a esperança de um futuro liberto das piores questões que pesam sobre a condição humana, como o desemprego e a pobreza. Contudo, as crises do

desenvolvimento do Terceiro Mundo revelavam-se na crise econômica, na fome e nas guerras civis. (RONCAGLIO et al., 2009).

Sob a ótica ambiental, a ideia de desenvolvimento dominante, no qual prevaleciam os aspectos econômicos, em particular a ideia de crescimento, era visto de forma

negativa. O crescimento/desenvolvimento havia adquirido um caráter perigoso, e a sobrevivência da espécie humana e do planeta requer que os crescimentos, tanto o

populacional como o da economia, terminassem. Difundiu-se então a ideia do neomalthusianismo.

6
O neomalthusianismo sustenta que a população aumenta em proporções geométricas, enquanto os recursos disponíveis para a subsistência crescem apenas em proporção

aritmética. Sendo assim, para o neomalthusiana, a possibilidade de aumento sustentado da população encontra um limite no caráter finito dos recursos disponíveis.

Em 1972 houve a divulgação do relatório “Limites do crescimento”, que era marcado por uma visão catastrófica e neomalthusiana. O relatório previa que se fosse mantido o

ritmo de crescimento, antes de 100 anos, os alimentos e a produção industrial iriam declinar. O esgotamento dos recursos naturais, o aumento da poluição industrial e a

diminuição da população eram inevitáveis.

As críticas em relação ao relatório foram diversas, teorias opostas foram criadas e teorias que levavam ao fim catastrófico dos recursos naturais e a possibilidade de

destruição do planeta caso não tomassem medidas drásticas para frear o crescimento e salvar a natureza.

No entanto, em 1980 novos alertas foram dados por parte dos ambientalistas das catástrofes que viriam e que já estavam acontecendo. Foi nessa década que presenciaram

o esgotamento e o retrocesso do bem estar de uma grande parte da humanidade. Contaminação das águas superficiais e subterrâneas, envenenamento dos solos por

pesticidas e fertilizantes, erosão do solo, aumento da emissão de gases tóxicos, o aumento do efeito estufa, a degradação da camada de ozônio, dentre outras degradações

e poluição.

Com os problemas evidentes surgem as instituições governamentais nacionais e internacionais para gerenciar os problemas ambientais, definindo ações para conter ou

retardar os efeitos da degradação ambiental.

Contudo, o contexto de desenvolvimento era preciso, situa-se então a problemática do desenvolvimento social juntamente com o conceito de sustentabilidade, que

reconhece as condições ecológicas, sociais e culturais para manter o crescimento econômico.

O conceito de sustentabilidade aplicada aos recursos naturais deve-se levar a seguinte consideração: recursos renováveis podem-se esgotar caso sejam explorados num

ritmo superior ao de sua renovação. Quando os recursos são explorados excessivamente, sofrem perturbações que impedem sua renovação e os convertem em recursos

não renováveis (por exemplo, a incapacidade de recarga de um aquífero).

O termo sustentabilidade foi então utilizado nos diversos acordos ambientais realizados na década de 1980, destes o com mais êxito foi o tratado de Montreal em 1987, que

fixou diretrizes para a substituição dos gases clorofluorcabonos (CFCs) por outros compostos menos agressivos à camada de ozônio (REIS et al., 2012).

Em 1992, no Rio de Janeiro, ocorreu a United Nations Conference on Environment and Development (UNCED), no qual o conceito de desenvolvimento sustentável foi

consolidado. A Resolução nº 44/228 descrita na UNCED reconhece que a grande parte dos problemas de poluição é causada pelos países desenvolvidos e que estes terão a

maior responsabilidade em combatê-la. O encontro resultou em cinco documentos: a Agenda 21, a Convenção do Clima, a Convenção da Biodiversidade, a Declaração do Rio

e os Princípios sobre Florestas. Esses documentos contêm e traçam acordos internacionais com o objetivo de modificar os sistemas antropogênicos em direção ao

desenvolvimento sustentável (REIS et al., 2019).

7
Diversos outros encontros e reuniões entre países com o intuito de discutir a temática ambiental foram realizados para discutir os problemas ambientais que estavam se

tornando cada vez mais relevantes nos processos de decisão empresarial (OLIVEIRA et al., 2019). O Quadro 2 lista as principais reuniões e conferências ocorridas desde 1968

a 2015.

Quadro 2: Principais reuniões e conferências mundiais relacionadas ao meio ambiente entre 1968 a 2015.

Fonte: Adaptado de Oliveira et al., 2019

8
O que é o Desenvolvimento Sustentável?

O termo desenvolvimento sustentável ganhou contornos mais definidos no relatório “Nosso futuro Quadro 3: Dimensões dos indicadores de desenvolvimento

comum" ou relatório Bruntland, em 1987, estabelecido pela International Union for The sustentável.

Conservation of Nature (IUCN), no qual interligava o desenvolvimento econômico e a proteção

ambiental. O relatório definiu desenvolvimento sustentável como: “atender às necessidades do

presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias

necessidades.” Essa definição leva a questão de equidade tanto na mesma geração presente

como entre as gerações futuras para que todos aproveitem ao máximo sua capacidade potencial.

Hoje, há quase 140 países em desenvolvimento no mundo buscando formas de atender às suas

necessidades de desenvolvimento, mas com a crescente ameaça das mudanças climáticas,

esforços concretos devem ser feitos para garantir que o desenvolvimento hoje não afete

negativamente as gerações futuras.

O desenvolvimento sustentável veio para solucionar os velhos problemas do desenvolvimento,

com novos condicionantes que tornam mais complexa o trabalho como, por exemplo, a superação

e distribuição igualitária na sociedade. Esse conceito traz propósitos para que seja cumprido sem

acelerar a degradação ambiental e, na medida do possível, recuperar os ambientes degradados.

Para medir o desenvolvimento é utilizado indicadores econômicos, contudo, para o

desenvolvimento sustentável, os indicadores devem ter de considerar as dimensões: econômica,

social, ambiental e institucional.

O Quadro 3, reúne os indicadores das dimensões social, econômica, institucional e ambiental do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável -

Brasil, que tem empregado esforços para concretizar os objetivos da Agenda 21.

Fonte: adaptada de IBGE (2015).

9
O desenvolvimento sustentável como

conceito básico

O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios, se por um lado nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a

degradação ambiental e a poluição aumentavam de forma significativa dia após dia. Diante desta apuração, surge a idealização do Desenvolvimento Sustentável (DS),

buscando combinar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.

A origem da expressão surgiu nos debates sobre o ecodesenvolvimento. Sachs (1986), criticava o modelo de desenvolvimento que estava ocorrendo naquela época, para ele

para alcançar o modelo de desenvolvimento satisfatório é necessário levar em consideração alguns fatores:

a satisfação das necessidades básicas das pessoas;

a solidariedade com as gerações futuras;

a participação da população envolvida nas decisões;

a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente;

a elaboração de um sistema social que garanta emprego, segurança social;

e respeito à diversidade cultural;

o estabelecimento de programas de educação

O conceito foi definitivamente incorporado como um princípio, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Cúpula da Terra de 1992

– Eco-92, no Rio de Janeiro e serviu como base para a formulação da Agenda 21, com a qual mais de 170 países se comprometeram, por ocasião da Conferência. Trata-se de

um abrangente conjunto de metas para a criação de um mundo, enfim, equilibrado.

No relatório “Nosso futuro comum", ao examinar a ligação entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, afirma que: “desenvolvimento sustentável é aquele que

atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”. Essa definição contém dois

conceitos-chave: 1) o conceito de necessidades, sobretudo as essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima prioridade; 2) a noção das limitações que o

estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras.

10
Segundo o Relatório, uma série de medidas devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas:

limitação do crescimento populacional;

garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;

preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;

diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis;

aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;

controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores;

atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).

Em âmbito internacional, as metas propostas são:

adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);

proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos, etc, pela comunidade internacional;

banimento das guerras;

implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de desenvolvimento sustentável são:

uso de novos materiais na construção;

reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;

aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica;

11
reciclagem de materiais reaproveitáveis;

consumo racional de água e de alimentos;

redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.

Ao analisar o desenvolvimento sustentável como conceito (metaconceito), Jiménez Herrero (1992) descreve quatro vantagens para o desenvolvimento sustentável:

1. baseia-se em um acordo geral em torno de uma definição que engloba toda uma série de problemas inter relacionados e em referência ao contexto no qual se deve buscar

as soluções;

2. trata-se de um conceito de aplicabilidade universal;

3. representa uma unificação de interesses tradicionalmente contrários;

4. abre um caminho de reconciliação entre economia e ecologia, reforçando a estratégia de crescimento econômico tendo como base as transformações em sua estrutura.

Com efeito, se considerarmos que os fatores de produção são os recursos naturais, a mão-de-obra e o capital, torna-se possível o emprego de menos recursos naturais,

empregando uma maior quantidade de outros fatores como, por exemplo, empregando mais pessoas nos processos de transformação ao estilo tradicional (embora em

condições mais adequadas), ou reinvestindo parte dos benefícios em conservação e melhoria ambiental.

E para que uma sociedade seja fisicamente sustentável, Daly (citado por RIVAS, 1997), nos diz que é necessário que seus insumos globais, materiais e energéticos cumpram

três condições:

que suas taxas de utilização de recursos não renováveis não excedam suas taxas de regeneração;

que tampouco excedam a taxa na qual os substitutos renováveis se desenvolvem;

e que suas taxas de emissão de agentes poluentes sejam de acordo com a capacidade de assimilação do meio ambiente.

12
Os princípios de Sustentabilidade
A partir da definição de desenvolvimento sustentável descrita no relatório “Nosso futuro comum”, faz se necessário atribuir a sustentabilidade em todos os países. O relatório

apontou alguns princípios básicos para a sustentabilidade, segue abaixo alguns dos princípios.

Que todos devem ter atendidas as suas necessidades básicas e devem ser proporcionadas oportunidades de concretizar suas aspirações a uma vida melhor. Essas

necessidades são determinadas social e culturalmente, e o desenvolvimento sustentável requer a promoção de valores que mantenham os padrões de consumo dentro

do limite das possibilidades ecológicas a que todos podem aspirar.

Que haja crescimento econômico em regiões onde as necessidades básicas não estão sendo atendidas. Onde já são atendidas, o desenvolvimento sustentável é

compatível com o crescimento econômico, desde que ele reflita os princípios amplos da sustentabilidade e da não exploração dos outros. Mas o simples

desenvolvimento econômico não basta: o desenvolvimento sustentável exige que as sociedades atendam às necessidades humanas, tanto aumentando o potencial de

produção quanto assegurando a todos as mesmas oportunidades. Aponta-se que muitos problemas derivam de desigualdades de acesso aos recursos, como por

exemplo uma estrutura não equitativa de propriedade da terra que pode levar à exploração excessiva dos recursos das propriedades menores, com efeitos danosos para

o meio ambiente e para o desenvolvimento. Destaca-se que “quando um sistema se aproxima de seus limites ecológicos, as desigualdades se acentuam”.

Que, no mínimo, não sejam postos em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos. O desenvolvimento

sustentável exige que o índice de destruição dos recursos não renováveis mantenha o máximo de opções futuras possíveis. É preciso que se minimizem os impactos

adversos sobre a qualidade do ar, da água e de outros elementos naturais, a fim de manter a integridade global do ecossistema (a Terra não deve ser deteriorada além de

um limite razoável de recuperação).

Que o desenvolvimento tecnológico seja orientado para as premissas anteriores.

O relatório ao afirmar os princípios do desenvolvimento sustentável reconhece que os homens têm responsabilidades frente à natureza e o ser humano não é a medida de

todas as coisas (RONCAGLIO et al., 2009).

13
Objetivos do desenvolvimento sustentável
As Organizações das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2000, firmou o compromisso para combater a extrema pobreza e outros problemas da sociedade. Essa

promessa culminou nos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (OMD) que deveriam ser alcançados até 2015. São eles:

Redução da pobreza

Atingir o ensino básico universal

Igualdade entre os gêneros e a autonomia das mulheres

Reduzir a mortalidade infantil

Melhorar a saúde materna

Combater a malária, o HIV e outras doenças

Garantir a sustentabilidade ambiental

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

Com a proximidade do fim do prazo e visto que os objetivos não foram alcançados em sua totalidade, embora a definição das metas possibilitaram direcionar os recursos das

nações para questões específicas trazendo consigo diversos benefícios. A ONU desenvolveu um processo de consulta às prioridades das pessoas e organizações a respeito

de novos objetivos de desempenho (OLIVEIRA et al., 2019).

Para substituir os OMD, foram concluídas em novembro de 2015 na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável os Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS) que deverão conduzir as políticas públicas e atividades até 2030. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também conhecidos como

Objetivos Globais, são um conjunto de 17 objetivos integrados e inter-relacionados para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que a humanidade desfrute de paz e

prosperidade até 2030.

Os ODS são 17 objetivos conforme listados a seguir:

14
Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;

Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;

Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;

Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;

Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;

Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos;

Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos;

Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;

Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;

Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles;

Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;

Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;

Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos;

Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;

Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e

reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade;

Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes,

responsáveis e inclusivas em todos os níveis;

Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Relatar os ODS é importante para comunicar às partes interessadas o compromisso da empresa em contribuir para os Objetivos Globais; reivindicando responsabilidade e

responsabilidade para tomar as ações necessárias; e medir o progresso ao longo do tempo.

15
Desafios do Desenvolvimento Sustentável

O conceito de desenvolvimento sustentável (DS), embora normativo e fundamental nas últimas décadas, tem estado sujeito a toda sorte de controvérsias, associadas à

posição que se assume ante os problemas e suas dificuldades de instrumentação por não ser totalmente claro em situações práticas (VINUALES, 2013).

Para Robinson (2004), os principais desafios encontrados no desenvolvimento sustentável são:

Sustentabilidade deve ser um conceito integrado. A dimensão social da sustentabilidade deve ser integrada às dimensões biofísicas. As soluções que abordam apenas

questões econômicas e ambientais, ou apenas sociais, são insuficientes.

Deve-se caminhar do conceito à prática. O conceito de DS é amplo e de difícil operacionalização. Sua característica teórica e completitude se tornam um desafio para a

completa ação prática, considerando todas as suas dimensões de maneira equitativa.

O engajamento social é necessário. A sociedade deve participar ativamente na construção e na decisão do futuro pretendidas para suas comunidades. A multidiversidade

de opiniões é rico material a ser considerado no processo de DS, o que torna necessária a expansão de mecanismos que fomentem eficientemente essa participação

social.

Contudo, o presente cenário mundial é rico em desafios a implantação de um modelo de desenvolvimento sustentável devido a complexidade da questão, como também na

grande diferença entre as situações dos diversos países, sejam eles desenvolvidos, em desenvolvimento e ou emergentes.

Nos países desenvolvidos, mesmo apresentando características que poderiam ser benéficas para implantação do DS como melhor nível de educação, de conscientização e

participação da sociedade, chegamos ao impasse de rever a visão da sociedade com relação a sua responsabilidade global. Já em países em desenvolvimento e os

emergentes a questão é mais complexa devido à profunda influência dos aspectos culturais e religiosos além de outras barreiras como: a fragilidade da legislação e a falta de

respeito a ela; a corrupção; o atraso tecnológico; a perversa distribuição de renda; a falta de educação adequada; e a exclusão social (REIS et al. 2012).

Para complementar, Reis et al. (2012) faz algumas constatações em relação aos desafios DS que são apresentados a seguir:

em paralelo com as ações preconizadas para encaminhar a solução da questão da equidade e mesmo como resposta a ela, um desafio posto pelo desenvolvimento

sustentável é o aperfeiçoamento institucional do mundo, com vistas a uma maior cooperação e entendimento, disponibilização de tecnologia e maior interação relacionada

com hábitos eficientes e humanização do padrão de desenvolvimento. Nesse sentido, atenção específica deverá ser dada aos poderes paralelos, tais como o tráfico de

armas e drogas, que atuam externamente às instituições;

outra questão importante é a que se relaciona com a harmonização entre soluções globais e locais, sobre a qual comentários foram apresentados anteriormente. Nesse

sentido, cresce a importância do papel e da participação da sociedade civil organizada, no encaminhamento das soluções locais (Agenda 21 local) de forma participativa,

fazendo a inclusão social e, principalmente, gerando empregos;

16
há uma grande perspectiva, confirmada por fatos reais que vão se sucedendo e somando, de que a água seja o grande problema do século XXI: sua utilização inadequada,

o nível de poluição dos rios e mananciais, o desperdício e as perdas (vazamentos) técnicas, entre outros fatores, trouxeram o mundo a essa situação;

quanto aos resíduos, o modelo de consumo desenfreado – no qual a grande maioria, senão a totalidade, dos produtos apresenta um período de vida útil cada vez menor e

a necessidade da reposição se torna cada vez mais frequente, orquestrada por modismos e apelos publicitários – têm acelerado assustadoramente sua quantidade. Além

disso, a grande utilização de materiais não biodegradáveis e componentes nocivos à saúde, o tratamento inadequado e a falta de consciência de seu papel de

degradação, entre outros fatores, têm construído um problema cada vez mais complexo, agravado pela tendência acelerada de urbanização e formação de megalópoles,

cercadas de favelas e periferias pobres, marginalizadas e miseráveis, principalmente nos países em desenvolvimento;

a poluição, em todas as suas formas – atmosférica, terrestre, subterrânea, aquática –, é outro problema de dimensões globais que deve ser abordado de uma forma

integrada quando se pensa em um modelo sustentável de desenvolvimento;

o crescimento populacional, o aumento do desemprego e da intolerância em suas mais diferentes formas;

num contexto maior, apresentando interfaces com esses problemas, podem ser salientadas outras questões, entre elas as que deram origem a documentos específicos

na Cúpula do Rio: o aquecimento global, a biodiversidade, as florestas, os transgênicos, entre outros.

Para o autor, o desafio que permeia toda a questão do DS pode ser resumido em: a necessidade de uma visão integrada e multidisciplinar. A disseminação das informações

com transparência e linguagem simples para melhor interação e integração.

17
Indicadores do desenvolvimento sustentável

É essencial o desenvolvimento de um sistema de indicadores para auxiliar nas tomadas de decisões e sua inserção no processo de gestão ambiental, seguindo os princípios

do desenvolvimento.

Os indicadores de desenvolvimento sustentável são entendidos como peças de planejamento estratégicos tornando relevantes ao desenvolvimento, têm sido utilizados nos

sistemas de planejamento como ferramenta de diagnóstico e de monitoramento da qualidade ambiental (JÚNIOR, 2005).

A partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, foram produzidos importantes

documentos internacionais voltados para o desenvolvimento sustentável, considerados marcos institucionais para o esforço conjunto de governos de todo o mundo em ações

que aliem desenvolvimento e meio ambiente, destacando a Agenda 21 Global (MALHEIROS et al., 2008).

O lançamento da Agenda 21 Brasileira em 2002 foi criado com status de plano nacional de desenvolvimento sustentável e contém políticas focadas no desenvolvimento

duradouro, pois incorpora princípios, compromissos e objetivos estabelecidos na Agenda 21 Global, mas com enfoque a realidade brasileira.

Contudo, a Agenda 21 brasileira é um documento que abrange questões a serem enfrentadas e firmado entre governos e sociedade para atingir a sustentabilidade ambiental,

econômica, social e institucional apresentando diagnósticos e proposições. No documento não há indicadores para avaliar e monitorar as questões discutidas.

No Brasil, por meio do IBGE, lançou em 2002 sua primeira publicação dos indicadores de desenvolvimento sustentável e teve a última revisão em 2015 introduzindo novos

indicadores conforme sugestão apresentada pela Comissão para o Desenvolvimento Sustentável - CDS (Commission on Sustainable Development - CSD) da Organização das

Nações Unidas - ONU apresentadas no documento Indicators of sustainable development: guidelines and methodologies, conhecido como Livro Azul, em sua edição de 2007,

além de outras informações importantes para a realidade brasileira, no que se refere às dimensões ambiental e institucional do desenvolvimento sustentável (IBGE, 2015).

Para Hammond et al. (1995), no que se refere o conjunto de informações adquiridas no sistema de gestão ambiental para obter resultados para os indicadores é possível

propor uma distinção entre: os dados primários, dados processados (estatísticos), indicadores e índices, sendo eles:

Os dados primários são coletados por meio de monitoramento e pesquisa. Geralmente essa etapa demanda grande esforço, custo e tempo, inclusive para que se possam

ser produzidos dados estatisticamente confiáveis.

Os dados primários precisam ser processados – o que inclui a validação das informações coletadas conforme aspectos climáticos e econômicos – para que sejam

transformados em dados estatísticos.

Os dados estatísticos descrevem fenômenos reais, mas geralmente precisam de interpretação e explicação sobre os resultados.

Os indicadores, entretanto, devem fornecer mensagens que não necessitam de maiores interpretações. Os índices representam a agregação de indicadores.

18
Machado (1997), classifica os indicadores de qualidade ambiental em quantitativos e qualitativos. Quantitativos, quando os aspectos físicos, químicos e biológicos são

utilizados de modo a descrever, retratar e monitorar as condições do meio ambiente, da saúde, economia e outros. Já os indicadores qualitativos, estão ligados a percepção

do meio ambiente e de sua qualidade, percepção individual que estão relacionados a qualidade do ar, beleza de cenário, odores, conforto térmico dentre outros.

Sustentabilidade Corporativa

Quando os problemas ambientais ganharam dimensões globais as pequenas, médias e grandes empresas foram obrigadas a se preocuparem. Em decorrência das

catástrofes ocorridas e pressões sofridas pelos movimentos de organizações não governamentais (ONGs) e do governo, começaram a minimizar os problemas causados

pelos processos produtivos com tecnologias de minimização, tratamento e prevenção (PHILIPPI JR. et al., 2017).

O desenvolvimento sustentável, entrou no mundo dos negócios, com modelo de progresso econômico, social e ambiental, direcionando as empresas a implementar nos

meios de produção e serviço, programas que venham atender os objetivos da sustentabilidade ambiental em conjunto a rentabilidade financeira da empresa (BARSANO et al.,

2014).

Contudo, as atitudes proativas ocorriam mas, como não era da cultura da empresa a conscientização ambiental, ocorriam de forma lenta e gradual, as medidas eram

realizadas devido às imposições legais e não de uma iniciativa espontânea e cultural, muitas delas ocorriam para evitar que consumidores boicotassem as empresas em

decorrência de problemas ambientais (BARSANO et al., 2014; PHILIPPI JR. et al., 2017).

Sendo assim, muitas empresas, para receber credibilidade da sociedade e para que não sofram boicotes estão mais comprometidas com o meio ambiente demonstrando por

meio de indicadores o controle dos impactos ambientais de suas atividades.

A função da sustentabilidade corporativa é cumprir o papel de agente econômico, com a missão de beneficiar a sociedade na divisão das conquistas almejadas por meio da

utilização das riquezas naturais.

A governança corporativa tem todo o direito de aspirar ao lucro como forma de sustentabilidade financeira, como agente de transformação socioeconômica, mas deve

estender aos stakeholders em prosperar nesse processo (BARSANO et al., 2014).

Stakeholders é uma expressão que significa “parte interessada”, e conforme o autor do termo, o filósofo Robert Edward Freeman, o termo tem como conceito de utilização
demonstrar que: “Os stakeholders são elementos essenciais ao planejamento estratégico de negócios.”

O desenvolvimento sustentável corporativo é fundamental no triple bottom line, que é definido como tripé da sustentabilidade e que corresponde aos resultados de uma

empresa nos aspectos sociais, ambientais e econômicos.

19
O termo triple bottom line é baseado nos termos “People” (pessoa), “Planet” (planeta) e “Profit” (lucro) e foi criado por John Elkington em 1990. O princípio é a busca do

equilíbrio entre o que é socialmente desejável, economicamente viável e ecologicamente sustentável (AMARAL et al., 2018). Savitz e Weber (2007), afirmam que para a

organização ser sustentável ela deve gerar lucro para os acionistas, proteger o meio ambiente e melhorar a vida das pessoas na qual possuem interações.

Além do mais é necessário possuir indicadores que proporcionem uma avaliação clara, contínua e objetiva dos resultados das organizações que garantem a efetividade do

desenvolvimento sustentável nas empresas.

Uma das características definidoras da sustentabilidade corporativa é a comunicação das organizações com os stakeholders, que representa uma cadeia de valores e

interesses constituídos por clientes, acionistas, Estado, fornecedores, parceiros, meio ambiente, sociedade e seus funcionários (BARSANO et al., 2014).

A sustentabilidade corporativa gera custos às empresas, é preciso investimentos em equipamentos, campanhas internas de conscientização ambiental, entre outras ações, o

que em curto prazo pode não ser vantajoso, já que os ajustes são inevitáveis, mas em médio e longo prazo os resultados são compensadores, revertendo os custos em

benefícios, estabelecendo o sucesso de todas as partes interessadas, inclusive da organização que melhora sua imagem perante investidores e consumidores (BENITES e

POLO, 2013).

Responsabilidade Social

A responsabilidade social é um conjunto de ideias e práticas da organização com o objetivo de evitar prejuízos e/ou gerar benefícios para todas as partes interessadas

(stakeholders) na atividade da empresa, adotando metodologias racionais para atingir os objetivos que resultam em benefícios tanto para a organização como para sociedade

(DIAS, 2012).

No aspecto social é a responsabilidade social que orienta o compromisso das empresas com o desenvolvimento econômico associado às melhorias da qualidade de vida na

sociedade (BARSANO et al., 2014).

No passado, o termo era focado primeiramente nos negócios, conhecido como “Responsabilidade Social Empresarial” (RSE), com o passar dos anos o termo foi evoluindo:

“Responsabilidade Social Corporativa (RSC); Responsabilidade Corporativa (RC); Cidadania Corporativa (RC) culminando no que é hoje conhecido como “Responsabilidade
Social” (RS).

Em novembro de 2010, foi publicada a Norma Internacional ISO 26000 que dispõe sobre as “Diretrizes sobre Responsabilidade Social”, segundo a norma a RS se expressa

pelo desejo e pelo propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em seus processos e responsabiliza-se pelos impactos de suas decisões e

atividades na sociedade e no meio ambiente.

20
A norma afirma que (ISO, 2010): Responsabilidade social é a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio

ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que:

contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e bem estar da sociedade;

leve em consideração as expectativas das partes interessadas;

esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com as normas internacionais de comportamento;

esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações.

O objetivo da RS é contribuir para o desenvolvimento sustentável, as pessoas até usam os termos RS e desenvolvimento sustentável de forma a haver uma relação entre

esses termos, contudo são conceitos diferentes.

O desenvolvimento sustentável refere-se a satisfazer as necessidades do presente dentro dos limites ecológicos do planeta sem comprometer a capacidade das futuras

gerações de suprir suas próprias necessidades. O desenvolvimento sustentável tem três dimensões – econômica, social e ambiental – as quais são interdependentes; por

exemplo, a eliminação da pobreza requer a promoção da justiça social e do desenvolvimento econômico e a proteção ao meio ambiente.

E a responsabilidade social tem como foco a organização e refere-se às responsabilidades da organização com a sociedade e o meio ambiente. A responsabilidade social

está intimamente ligada ao desenvolvimento sustentável, tendo como objetivo amplo da RS da organização seja o de contribuir para o desenvolvimento sustentável.

A ISO 26000:2010, fornece orientações sobre os sete princípios da responsabilidade social que as organizações devem pautar seus comportamentos, são eles:

Prestação de contas: convém que a organização preste contas e se responsabilize por seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente;

Transparência: convém que uma organização seja transparente em suas decisões e atividades que impactam na sociedade e no meio ambiente;

Comportamento ético: convém que uma organização comportar-se eticamente;

Respeito pelos interesses das partes interessadas: convém que uma organização respeite, considere e responda aos interesses de suas partes interessadas;

Respeito pelo Estado de Direito: convém que uma organização aceite que o respeito pelo estado de direito é obrigatório

Respeito pelas normas internacionais de comportamento: convém que uma organização respeite as normas internacionais de comportamento, ao mesmo tempo em que

adere ao princípio de respeito pelo estado de direito;

Respeito pelos direitos humanos: convém que uma organização respeite os direitos humanos e reconheça tanto sua importância como sua universalidade.

21
Além desses princípios, convém que uma organização considere as práticas de trabalho (incluem desde o recrutamento à promoção dos trabalhadores, treinamentos e

capacitação, saúde e segurança e quaisquer outras práticas que afetem as condições de trabalho), os temas centrais e as questões (que são abordadas na seção 6 da ISO

26000:2010) de responsabilidade social quando criar e analisar seu sistema de governança.

Os temas centrais que devem ser abordados são:

Governança organizacional;

direitos humanos;

práticas de trabalho;

meio ambiente;

práticas leais de operação;

questões relativas ao consumidor;

envolvimento e desenvolvimento da comunidade.

Em resumo, uma organização socialmente responsável é aquela que desenvolve seu potencial e considera as necessidades social, econômica e ambiental, no qual integra o

conceito RS no dia a dia da cultura organizacional e contribuem para o desenvolvimento sustentável (DIAS, 2012).

22
Sistema Gestão Ambiental e

Desenvolvimento Sustentável

Existe ainda uma discussão a respeito do significado do termo “Gestão Ambiental”, diversos autores têm lhe atribuído diferentes conceitos. Para Selden (1973), o conceito de

gestão ambiental é baseada na condução, a direção e o controle pelo governo do uso dos recursos naturais, através de determinados instrumentos, o que inclui medidas

econômicas, regulamentos e normalização, investimentos públicos e financiamento, requisitos interinstitucionais e judiciais.

Já Hurtubia (1980), diz que: "A tarefa de administrar o uso produtivo de um recurso renovável sem reduzir a produtividade e a qualidade ambiental, normalmente em conjunto

com o desenvolvimento de uma atividade".

No livro Meio ambiente e sustentabilidade (2002) os autores utilizam a definição de Souza (2000). O autor diz que: A gestão ambiental pode ser entendida como o conjunto de

procedimentos que visam à conciliação entre desenvolvimento e qualidade ambiental. Essa conciliação acontece a partir da observância da capacidade de suporte do meio

ambiente e das necessidades identificadas pela sociedade civil ou pelo governo (situação mais comum) ou ainda por ambos (situação mais desejável). A gestão ambiental

encontra na legislação, na política ambiental e em seus instrumentos e na participação da sociedade suas ferramentas de ação.

Assim, gestão ambiental é uma prática que vem se desenvolvendo nas últimas décadas. É considerada a ciência que estuda e administra o exercício de atividades

econômicas e sociais de forma racional os recursos, seja eles renováveis ou não, visando preservar o meio ambiente para todas as gerações com práticas que garantam a

conservação e a preservação da biodiversidade, a redução dos impactos ambientais devido às atividades humanas e a reciclagem (BARSANO et al., 2014).

Barsano et al. (2014), ainda sugere outros conhecimentos que estão associados a gestão ambiental como:

Técnicas para a recuperação de áreas degradadas (solos improdutivos, por exemplo);

Técnicas de reflorestamento;

Métodos para a exploração sustentável de recursos naturais;

Estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas;

Reaproveitamento de resíduos inservíveis (pneus, pilhas e baterias, entulho etc.).

23
Com a crescente conscientização da sociedade pela necessidade da conservação dos recursos naturais e da consolidação das políticas ambientais do tipo indutoras de

programas e projetos com caráter ambiental introduzindo a variável “valorização ambiental” ocorrendo a mobilização dos diversos setores da sociedade civil organizada, tais

como o setor produtivo, as ONGs e as entidades de classe. Surgiu a edição da série ISO 14000 que certifica o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da empresa.

A implantação dos SGAs nas empresas permite a redução e o controle dos impactos causados ao meio ambiente por suas atividades produtivas, compatibilizando o

desenvolvimento econômico e a conservação ambiental, ou seja, visa a promoção do desenvolvimento sustentável.

A ISO (International Organization for Standardization) desenvolveu uma série de normas para gestão ambiental. Define o Sistema de Gestão Ambiental como “a parte do

sistema de gestão usado para gerenciar aspectos ambientais, cumprir requisitos legais e outros requisitos, e abordar riscos e oportunidades” (NBR ISO 14001, 2015).

A série ISO 14000 criada pela Organização Internacional para Normalização (ISO) foi elaborada devido a necessidade de uma abordagem sistêmica da gestão ambiental de

atividades, serviços e produtos, de maneira a uniformizar as ações de proteção ao meio ambiente e que abrangesse diferentes públicos, com conceitos e procedimentos

universalizados, com o mesmo padrão de exigência válido no âmbito internacional.

As normas para a implantação do SGA na organização correspondem a:

Normas sobre o sistema de gestão ambiental (ISO 14001 e 14004);

Normas sobre as Auditorias do Sistema de Gestão Ambiental (ISO 19011 e 14015);

Normas para a Avaliação do Desempenho Ambiental (ISO 14031);

As normas que focalizam o produto e o processo são:

Normas de Rotulagem Ambiental (ISO 14021, 14024, 14025);

Normas para avaliação do Ciclo de Vida (ISO 14040, 14041, 14042, 14043, 14044, 14047 e 14049);

24
A NBR ISO 14001 que trata do SGA que uma organização pode utilizar para aumentar seu desempenho ambiental, gerenciando suas responsabilidades ambientais de forma

sistemática, permitindo que a organização formule políticas e objetivos que levem em conta requisitos legais que contribua para o pilar ambiental da sustentabilidade

(BARSANO et al. 2014; NBR ISO 14001: 2015).

Dentre as normas certificadoras da série ISO 14000 a ISO 14001 foi a primeira a ser publicada em 1996 e cuja primeira revisão foi lançada em 2004, hoje estamos na revisão

lançada em 2015, sob o número ISO 14001:2015.

Para alcançar a certificação ambiental, através das exigências básicas expressas na norma ISO 14001, Valle (2009) aponta que a organização deve cumprir três requisitos:

ter implantado um Sistema de Gestão Ambiental;

cumprir a legislação ambiental vigente aplicável ao local de instalação;

assumir um compromisso com a melhoria de seu desempenho ambiental.

E o autor ainda destaca que a norma não substitui a legislação ambiental vigente no local onde se encontra a organização, ao contrário, reforça o seu cumprimento de forma

integral.

A ISO 14001 pode ser utilizada na íntegra ou em partes para sistematicamente melhorar a gestão ambiental. A norma é de carácter voluntário e aplicável em qualquer

organização, independente do seu porte ou setor de atuação desde que deseje:

implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental;

assegurar-se de sua conformidade com sua política ambiental definida;

Para sustentar o sistema de gestão ambiental a norma traz como base o conceito Plan-Do-Check-Art (PDCA). O ciclo PDCA fornece o processo que as organizações devem

utilizar para alcançar a melhoria contínua. Na norma ISO 14001:2015 descreve brevemente o ciclo como a seguir:

Plan (planejar): estabelecer os objetivos ambientais e os processos necessários para entregar resultados de acordo com a política ambiental da organização.

Do (fazer): implementar os processos conforme planejado.

Check (checar): monitorar e medir os processos em relação à política ambiental, incluindo seus compromissos, objetivos ambientais e critérios operacionais, e reportar os

resultados.

Act (agir): tomar ações para melhoria contínua.

25
A figura 1 representa como a estrutura apresentada na norma 14001 é integrada ao ciclo PDCA.

A figura 1: Relação entre o ciclo PDCA e a estrutura da norma 14001

Fonte: ISO 14001: 2015

26
Seguir o ciclo PDCA aplicado a norma traz características importantes conforme cita Seiffert (2007).

proatividade: ação e pensamento proativo em vez da reação a comandos e políticas de controle do passado;

abrangência: envolve todos os membros da organização, os stakeholders (clientes, funcionários, fornecedores, ONG e sociedade) e stockholders (acionistas) na proteção
ambiental. Pode ser utilizada por qualquer tipo de organização.

Contudo, apesar das características apontadas para alguns autores como Zuin et al. (2008) e Tomazela (2007) quando se trata do sistema de regulamentações ambientais

brasileiro, as organizações têm o hábito de atender as não conformidades, trabalhando em função do controle e não da prevenção.

Todavia, a certificação ISO 14001 traz algumas vantagens para as organizações conforme descrito por Valle (2009):

a valorização de produtos e serviços quando se lança mão do marketing ambiental;

a redução de custos de produtos e serviços devido à reavaliação das condições de produção e de seus impactos sobre o meio ambiente;

os menores custos com seguros devido à redução de riscos de uma organização com SGA;

as taxas de juros preferenciais que podem ser aplicadas aos empréstimos concedidos por organismos financeiros que consideram os riscos ambientais de seus clientes.

27
Referências
AMARAL, Luiz A.;STEFANO, Silvio R.;CHIUSOLI, Cláudio L. Sustentabilidade organizacional na perspectiva do triple bottom line: O caso Itaipu Binacional. Revista Eletrônica

Científica do CRA-PR, v. 5, n. 1, p. 52-68, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14001: Sistemas de gestão ambiental — Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 26000: Diretrizes sobre responsabilidade social. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.

BARSANO, Paulo R.; BARBOSA, Rildo P. Gestão ambiental. Editora Saraiva, ed. 1, São Paulo - SP, 2014.

BENITES, Lira L. L.; POLO, Edison F. A sustentabilidade como ferramenta estratégica empresarial: Governança corporativa e aplicação do triple bottom line na masisa. Revista

de administração da Universidade Federal de Santa Maria, vol. 6, p. 827-841 mai, 2013.

BERGON, Michael; TOWNSEND, Colin R.; HARPER, John L. Ecologia de indivíduos no ecossistema. Artmed, ed. 4. Porto Alegre, 2007.

BRASIL. Lei nº nº 28.687, de 11 de fevereiro de 1982.

BRASIL. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas

Rodoviárias. Glossário de termos técnicos ambientais rodoviários. – Rio de Janeiro,116p., 2006.

DIAS, Reinaldo. Responsabilidade Social: Fundamentos e Gestão. Editora Atlas, São Paulo, 2012.

HAMMOND A, Adriaanse A, Rodenburg E, Bryant D, Woodward R. Environmen-tal indicators: a systematic approach to measuring and reporting on environ-mental policy

performance in the context of sustainable development. World Resources Institute, New York:1995.

HERRERO, Jiménnez. Desarrollo sostenible global: bases para una estrategia planetaria. En: F. González-Moya (coord.). Desarrollo y Medio Ambiente. Ponencias del IV

Congreso Nacional de Economía. Madrid: Elcano, Aranzadi, 1992.

HURTUBIA, J. Ecologia y Desarrollo: evolución y perspectivas del pensamento ecológico. In: Estillos de desarrollo y medio ambiente. México: Fundo de Cultura Econômica,

1980.

IBGE, Indicadores de desenvolvimento sustentável : Brasil : 2015 / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais [e] Coordenação de Geografia. Rio de

Janeiro, 2015.

INTERIM, MEKONG COMMITTEE. Environmental impact assessment: guidelines for application to tropical river basin development. Bangkok: Mekong Secretariat, 1982.

28
JOLLIVET, Marcel; PAVÉ, Alain. O meio ambiente: questões e perspectivas para a pesquisa. In:FLORIANI, Dimas (Org.). Coletânea de Textos Traduzidos: o programa de meio

ambiente do Centre Nationale de la Recherche Scientifique da França. Curitiba: IAP/GTZ, 1995.

JUNIOR, Arlindo P. Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Editora Manole, Barueri, SP, 2005.

KREBS, C.J. Ecology. Harper & Row, New York, 1972.

MACHADO; L.M.C.P. Indicadores. In: Martos H. L, Maia N. B.Indicadores ambientais. Sorocaba: Centro de Ciências Médicas e Biológicas/PUC-SP. p. 15-21, 1997.

MALHEIROS, Tadeu F; JUNIOR, Arlindo P; COUTINHO, Sonia M. V. Agenda 21 nacional e indicadores de desenvolvimento sustentável: contexto brasileiro. Saúde e Sociedade.

vol.17, n.1. São Paulo, jan/mar. 2008.

MILLER, G. T. Ciência ambiental. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

OLIVEIRA, Sonia V. W.; LEONETI, Alexandre; CEZARINO, Luciana O. Sustentabilidade: princípios e estratégias. Editora Manole. Barueri - SP, 2019.

PHILIPPI JR., Arlindo; SAMPAIO, Carlos A. C.; FERNANDES, Valdir. Gestão empresarial e sustentabilidade. Editora Manole, Barueri - SP, 2017.

POUTREL, J. M.; WASSERMAN, F. Prise en compte de l'environnement dans les procédures d'aménagement: essai méthodologique sur les études d’impact. Paris: Ministère de

l'Environnement et du Cadre de Vie, 1977.

QUIROZ PERALTA, C. A.; TRÉLLEZ SOLIS, E. Manual de Referencia sobre Conceptos Ambientales. Santafé de Bogotá: Ed. Fundación Konrad Adenauer, Secretaría Ejecutiva

Convenio Andrés Bello. 1992

REIS, Lineu B., FADIGAS, Eliane A. A.; CARVALHO, Claudio E. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável. Editora Manole Ltda, 2 ed.,Barueri - SP,

2012.

REIS, Lineu B., FADIGAS, Eliane A. A.; CARVALHO, Claudio E. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável. Editora Manole Ltda, 3 ed.,Barueri - SP,

2019.

RICKLEFS, R.E. Ecology. Nelson, ed. 2, London, 1980.

RIVAS, D. M. Sustentabilidad. Desarrollo económico, medio ambiente y diversidad. Madrid: Parteluz, 1997.

ROBINSON, J. Squaring the circle? Some thoughts on the idea of sustainable development. Ecological Economics, v. 48, n. 4, p. 369–384, 2004.

29
RONCAGLIO, Cynthia; JANKE, Nadja. Sociedade contemporânea e desenvolvimento sustentável. IESDE Brasil S.A. Curitiba, Paraná, 2012.

RONCAGLIO, Cynthia; SILVA, Nathieli K. T.; FILHO, Ney de B. B.; SILVA, Sandro M. Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. IESDE Brasil S.A. Curitiba, Paraná, 2009.

SACHS, Ignacy. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice, 1986.

SAUVÉ, L. Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável: uma análise complexa. Revista de Educação Pública, vol.10, jul/dez, 1997.

SAVITZ, A. W.; WEBER, K. A empresa sustentável: o verdadeiro sucesso é o lucro com responsabilidade social e ambiental. Elsevier, Rio de Janeiro, 2007.

SELDEN, M. et al. Studies on environment. Washington, D.C.: Environmental Protection Agency, 1973.

SEIFFERT, Mari E. B. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. Editora Atlas. São Paulo, 2007

SOUZA, M. P. de. Instrumentos de gestão ambiental: fundamentos e prática. São Carlos: Riani Costa, 2000.

STEIN, Ronei T.; PIRES, Anderson S.; GIACOMELLI, Cinthia L. F.; ELTZ, Magnum K. F.; MIRANDA, Thais. Meio Ambiente. Editora Sagah, Porto Alegre, 2018.

TOMAZELA, M. Administração limpa e enxuta em sistemas hidráulicos de colhedoras de cana-de-açúcar: uma proposta metodológica. 2007. 167 f. Tese (Doutorado) –
Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.

VALLE, C. E do. Qualidade ambiental: ISO 14000. SENAC ed. 11. São Paulo, 2009.

VIÑUALES, J. E. The rise and fall of sustainable development. Review of European Community & International Environment Law, v. 22, n. 1, p. 3–13, 2013.

WEBSTER'S THIRD NEW INTERNATIONAL DICTIONARY. Springfield: G. & C. Merriam, Co., v. 3 1976.

ZUIN, F. D.; REIS, F. A. G. V.; GIRDANO, L. do C. Plano Diretor para o desenvolvimento sustentável em empresas. Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia, v. 5, n. 1, p. 116-

132, 2008.

30

Você também pode gostar