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Curso de Administração Pública 4º Ano

Economia de Desenvolvimento

Teorias do Desenvolvimento.

Xai-Xai, Marçro de 2023

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Índice

1. Introdução........................................................................................................................1

1.1. Objectivos.....................................................................................................................2

1.1.1. Objectivo geral.........................................................................................................2

1.1.2. Objectivos específicos..............................................................................................2

1.2. Metodologias................................................................................................................2

2. Desenvolvimento teórico.................................................................................................3

2.1. Os Mercantilistas e fisiocratas......................................................................................3

2.2. A Escola Clássica.........................................................................................................3

2.3. A Escola Neoclássica...................................................................................................4

2.4. O Modelo de desenvolvimento keynesiano.................................................................4

2.5. O Modelo de Perroux...................................................................................................5

2.6. O Modelo Rostow........................................................................................................6

2.7. Os Modelos endógenos de Lucas e Romer..................................................................6

2.8. O Modelo de Sen..........................................................................................................7

2.9. O Modelo de Hirschman..............................................................................................7

2.10. O Modelo de Sachs...................................................................................................8

2.11. Teoria da Modernização...........................................................................................8

2.12. Teoria da Dependência.............................................................................................9

3. Conclusões.....................................................................................................................11

5. Bibliografia....................................................................................................................12

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1. Introdução

O presente trabalho, foi realizado na perspetiva avaliativa na cadeira de Economia de


Desenvolvimento, cujo tema é “Teorias do Desenvolvimento”. O estudo das teorias do
desenvolvimento econômico desempenha um papel fundamental na compreensão das
dinâmicas econômicas ao longo da história e na formulação de políticas para o crescimento
sustentável.

Este trabalho tem como objetivo principal estudar e explorar e analisar as principais teorias do
desenvolvimento econômico, desde os mercantilistas e fisiocratas até as abordagens modernas
de crescimento endógeno e sustentável.

Ao longo deste estudo, serão identificadas, descritas e comparadas diferentes perspetivas


teóricas, permitindo uma compreensão mais abrangente das diferentes visões sobre o processo
de desenvolvimento econômico. Por meio de uma pesquisa documental bibliográfica
abrangente, pretendemos destacar as principais contribuições de cada teoria, suas implicações
para as políticas econômicas e sua relevância para o contexto econômico atual.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Estudar as teorias do desenvolvimento.

1.1.2. Objectivos específicos

 Identificar principais Teorias do desenvolvimento, e;


 Descrever as principais teorias do desenvolvimento.

1.2. Metodologias

Para a realização do presente trabalho de pesquisa recorreu-se a pesquisa descritiva exige do


investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo
pretende descrever os factos de determinada realidade GIL (1999: 47).

O tipo de pesquisa descritiva relaciona-se com o presente trabalho porque será feita uma
pesquisa documental bibliográfica como método de recolha de dados para a sua execução.

A pesquisa documental bibliográfica é o método de recolha de dados que tem como base
leituras realizadas em livros, revistas e artigos científicos. Segundo MARCONI, (2011) a
pesquisa documental consiste na análise de obras disponíveis que se debruçam sobre o tema
em pesquisa, onde também se explicitaram os principais conceitos e termos técnicos
utilizados para a realização do presente trabalho.

Neste estudo, a pesquisa documental bibliográfica nos servirá para estudar e compreender as
teorias do desenvolvimento.

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2. Desenvolvimento teórico

2.1. Os Mercantilistas e fisiocratas

Segundo Viera (2017, p. 6) os mercantilistas e fisiocratas não possuíam uma teoria do


desenvolvimento econômico bem estabelecida e, portanto o desenvolvimento econômico
acabava se fundindo com a ideia de crescimento econômico baseado nos metais preciosos
para os mercantilistas e na produção da terra para os fisiocratas.

Conforme Fusfeld (2003 citado porViera, 2017, p. 6), os mercantilistas basearam o


crescimento da economia no acúmulo de metais preciosos, principalmente o ouro, e isso era
alcançado através de unificação do mercado interno, balança comercial favorável e
protecionismo para o mercado interno. O período mercantilista que foi do século XV ao
século XVIII teve como principal característica a intervenção totalitária do governo na
economia, criando-se assim fortes estados nacionalistas.

Nesse período se destacou o francês Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) que implantou o


colbertismo na frança – uma teoria de acumulação de metais preciosos – na qual consistia no
aumento do volume de exportações em relação ao volume de importações para se obter uma
balança comercial positiva, gerando assim um maior número de metais preciosos para os
cofres do governo, gerando assim um maior crescimento e “desenvolvimento” econômico
(Viera, 2017, p. 7).

Nesse mesmo período surge uma teoria de oposição que ganhou o nome de fisiocracia. Tendo
como maior ícone o também economista francês François Quesnay (1694-1774), a fisiocracia
é considerada a primeira escola de pensamento econômico científica. Para os fisiocratas as
bases do crescimento e consequentemente o desenvolvimento econômico estava baseado na
terra, ou seja, baseavam-se na economia agrária, identificando na terra a fonte única de
riqueza: uma semente é capaz de gerar mil, os recursos nela se reproduzem, (ibid).

2.2. A Escola Clássica

No período clássico, o tratado de Adam Smith “A Riqueza das Nações" demoliu muitas ideias
do mercantilismo. Smith enfatizou que a riqueza de um país não se resumia ao ouro e prata,
mas incluía terras, casas e bens de consumo. Segundo Araújo (1988 citado por Viera 2017, p.
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8), Smith via a taxa de formação de capital como determinante econômico fundamental do
crescimento econômico, o que poderia tirar a economia do estado estacionário, onde os
salários e lucros se mantêm em níveis mínimos.

Georg Friedrich List (1789-1846), defensor do intervencionismo, propunha um crescimento


econômico baseado no fortalecimento das empresas locais, através do protecionismo
temporário. Karl Marx (1818-1883) desenvolveu uma teoria baseada na Lei do Valor
Trabalho, Mais Valia, Relações de Produção Básicas, Desenvolvimento das Forças
Produtivas, Lei de Acumulação e Exército de Reserva, onde o desenvolvimento econômico
ocorreria quando a classe operária se apropriasse de uma parcela maior do produto social
(ibid).

2.3. A Escola Neoclássica

Segundo Viera (2017, p. 9) na Escola Neoclássica, Joseph Alois Schumpeter (1883-1950)


enfatizava a inovação e desenvolvimento tecnológico como agentes de desenvolvimento
econômico. Sua teoria do desenvolvimento econômico se baseia na inovação e no
desenvolvimento tecnológico – o agente empreendedor. Para Schumpeter, o capitalismo
desenvolvia-se em razão de sempre estimular o surgimento dos empreendedores, isto é, de
capitalista ou inventores extremamente criativos – os inventores – que eram os responsáveis
por todas as ondas de prosperidade que o sistema conhecia.

Conforme Schumpeter (1961) contempla que a abertura de novos mercados – estrangeiros ou


domésticos – e o desenvolvimento organizacional, da oficina artesanal aos conglomerados
ilustra o mesmo processo de mutação industrial que incessantemente revoluciona a estrutura
econômica a partir de dentro, incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando
uma nova. Esse processo de “destruição criativa” é o fato essencial do capitalismo, (ibid)

Posteriormente Robert Solow (1924) desenvolveu um modelo neoclássico focado na


acumulação de capital, crescimento da força de trabalho e alterações tecnológicas, onde o
produto per capita era uma função crescente da razão entre capital e trabalho (Viera, 2017).

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2.4. O Modelo de desenvolvimento keynesiano

Segundo Viera (2017, p. 10) John Maynard Keynes (1883-1946) não desenvolveu diretamente
uma teoria do desenvolvimento econômico, mas seus esforços estavam centrados em soluções
para crises, como a vivida pelos ingleses após 1929.

O modelo dos economistas Roy F. Harrod (1900-1978) e Evsey Domar (1914-1997) foram os
primeiros a utilizarem os pilares da teoria keynesiana. Considerado um modelo de
crescimento exógeno, o modelo de Harrod-Domar diz que o crescimento e desenvolvimento
de uma economia podem ser explicados pelo nível de poupança e pela produtividade do
capital. Suas implicações são que o crescimento depende da quantidade de trabalho e capital;
mais investimento leva à acumulação de capital, que gera crescimento econômico, (Ibid).

Segundo Viera (2017, p. 11), esse modelo possui implicações em países menos desenvolvidos
economicamente, pois nesses países a mão de obra é abundante, mas o capital físico é menor
o que pode reduzir o crescimento econômico. Países em desenvolvimento não possuem renda
média que permitiria altas taxas de poupança, e, portanto a acumulação de capital através do
investimento é baixa. O modelo implica que o crescimento econômico pode ser afetado por
políticas que aumentem o investimento, através da taxa de poupança. O modelo conclui que
uma economia não alcança o pleno emprego e taxas estáveis de crescimento naturalmente, de
forma similar ao pensamento keynesiano. O modelo Harrod-Domar foi muito utilizado para
explicar os ciclos econômicos e teve seu auge no período do pós-guerra, sendo rebatido pelo
modelo de Robert Solow.

2.5. O Modelo de Perroux

Conforme Viera (2017, p. 11), François Perroux (1903-1987) formulou a teoria dos polos de
crescimento econômico. Usando a cidade de Paris como exemplo, Perroux demonstrou que
pólos industriais podem surgir em torno de aglomerações urbanas, pólos de distribuição de
matéria prima e ao longo das passagens de fluxos comerciais. Para Perroux o
desenvolvimento econômico se daria justamente pela presença desses pólos industriais.

A indústria, segundo Perroux, é a maior motivadora do crescimento e desenvolvimento


econômico, pois emprega diversos fatores de mão-de-obra e estimula investimentos em
máquinas e equipamento, além de possuir uma forte identificação geográfica, criando
conglomerados industriais. O modelo de desenvolvimento de Perroux se baseia no
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desenvolvimento da indústria, na geração de emprego que estimulará a renda e
consequentemente o bem-estar social e o crescimento e desenvolvimento da economia,
(Viera, 2017).

2.6. O Modelo Rostow

Segundo Todaro (1997 apud Viera 2017, 12) o modelo foi desenvolvimento pelo economista
Walt Whil Rostow (1916-2003), consiste em cinco etapas diferentes e sequenciais,
determinantes do estado do progresso socioeconómico vigente o que determina o processo de
evolução económica, baseado sempre numa metodologia histórica.

Rostow ao levar em consideração os fatores históricos passados para formular sua teoria do
desenvolvimento argumenta que o nacionalismo característico da condição pós-colonial se
constituiu como um obstáculo sério à intrusão estrangeira, tornando assim necessárias novas
estratégias para que o capital e o seu modo de produzir pudessem continuar articulando essa
parte do mundo, egressa do colonialismo, à sua expansão, desde então sob novas formas,
entre as quais talvez a principal se faça em torno do “desenvolvimento”, promovido
especialmente como parte de acordos e empréstimos mediados internacionalmente e
conforme projetos apresentados pelos próprios países, (VIERA 2017).

Segundo Todaro (1997 cit. In Viera 2017), Rostow aponta para esse “desenvolvimento” se
concentra no tema do crescimento econômico onde sua grande preocupação é com a
necessidade de dispor de uma ideologia que seja capaz de manter o domínio econômico,
político, ideológico e cultural, do capital sobre o mundo pós-colonial.

2.7. Os Modelos endógenos de Lucas e Romer

Segundo Barquero (2001, citado por Viera 2017, pp. 13-14) os modelos de crescimento
endógenos se baseiam sobre os recursos localmente disponíveis, tais como as potencialidades
da ecologia local, das forças de trabalho, conhecimentos e modelos locais para articular
produção e consumo, etc. Seria o desenvolvimento realizado com recursos oriundos da
própria região.

Conforme Viera (2017, p. 14) Robert Lucas Jr. (1937) elaborou um modelo de crescimento
econômico considerado endógeno baseado numa tentativa de reformulação da
macroeconomia, até então dominada pelas teorias keynesianas, argumentando que o os

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modelos macroeconômicos podem ser desfragmentados em diversos modelos
microeconômicos. Ele desenvolveu as hipóteses das expectativas racionais criando uma nova
teoria da oferta onde acreditava que assim minimizaria os efeitos da inflação e do desemprego
que impedem as nações de se desenvolverem.

Por outro lado, o modelo de crescimento endógeno do economista Paul Romer (1955), busca
explicar o porquê e como os países avançados exibem um crescimento econômico sustentado.
Seu modelo é sustentado pela premissa de que as descobertas podem ser usadas por diversas
pessoas ao mesmo tempo possui uma característica pública. Romer assume que o Produtor
Interno Bruto (PIB) real por pessoa cresce porque as escolhas que as pessoas fazem na busca
de lucros e que o crescimento pode persistir indefinidamente. Nesse modelo existe também o
papel das externalidades, que devem ser consideradas como influenciadoras no modelo (Ibid).

2.8. O Modelo de Sen

Amartya Kumar Sen (1933) desenvolveu um modelo de crescimento que enfatizava a


importância das liberdades reais das pessoas como indicador de desenvolvimento. Ele
argumentou que o desenvolvimento era alcançado quando as pessoas tinham acesso a
liberdades substantivas, incluindo direitos sociais, saúde, educação e segurança (VIERA,
2017).

Segundo Sem (2000, p 6 citado por Viera 2017, p. 14) o desenvolvimento pode ser encarado
como um processo de alargamento das liberdades reais de que uma pessoa goza. A tônica nas
liberdades humanas contrasta com perspetivas mais restritas de desenvolvimento, que o
identificam com o crescimento do produto nacional bruto, com o aumento das receitas
pessoais, com a industrialização, com o progresso tecnológico, ou com a modernização social.
Considerar o desenvolvimento como expansão das liberdades substantivas orienta as ações
para os fins que tornam o desenvolvimento algo importante, mais do que para os meios que
desempenham papéis de relevo.

2.9. O Modelo de Hirschman

Segundo Viera (2017, p. 14) Albert Otto Hirschman (1915-2012) defendeu um modelo de
crescimento econômico desequilibrado como requisito para o desenvolvimento futuro. Ele
defendeu que os países em desenvolvimento devem ser estimulados se opôs à aplicação da
doutrina econômica convencional ao desenvolvimento econômico.
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Ele, considerava que as medidas para desenvolver um país devem ser analisadas caso a caso,
mediante a exploração dos recursos locais para conseguir os melhores resultados. Impor uma
estrutura doutrinal uniforme sem considerar as circunstâncias locais era, segundo ele, uma
receita para o desastre. Em sua obra “Saída, Voz e Lealdade” de 1970, Hirschman estuda e
interação da soberania do consumidor e a concorrência empresarial existente no mercado
(VIERA, 2017).

2.10. O Modelo de Sachs

Segundo Viera (2017, p. 15) Ignacy Sachs (1927) desenvolveu um modelo de crescimento
econômico, que defende que os aspectos do desenvolvimento econômico devem ser
estruturados em fatores sociais, ambientais, territorial, econômico e político.

Conforme Sachs (2004 p. 14 e 15, citado por Viera, 2017, p. 16) a igualdade, equidade e
solidariedade estão, por assim dizer, embutidas no conceito de desenvolvimento, com
consequências de longo alcance para que o pensamento econômico sobre o desenvolvimento
se diferencie do economicismo redutor. Em vez de maximizar o crescimento do PIB, o
objetivo maior se torna promover a igualdade e maximizar a vantagem daqueles que vivem
nas piores condições, de forma a reduzir a pobreza, fenômeno vergonhoso, porquanto
desnecessário, no nosso mundo de abundancia. (…) O conceito de desenvolvimento
sustentável acrescenta outra dimensão – a sustentabilidade ambiental – à dimensão da
sustentabilidade social.

O homem sempre esteve preocupado em descobrir quais as razões que levam as pessoas ricas
a serem rica e as pessoas pobres a serem ou continuarem pobres. O homem sabe que para uma
melhor harmonização entre os agentes sociais é de suma importância a erradicação ou
minimização da pobreza através de políticas públicas que venham a diminuir as desigualdades
sociais. Por esse motivo, ao longo da história do pensamento econômico, as teorias do
crescimento econômico para tentar explicar o desenvolvimento mudaram drasticamente de
uma escola para outra, de um pensador para outro. Cada qual tentando explicar
o cenário em que vivia e consequentemente contribuir para o conhecimento econômico de sua
época (Viera, 2017).

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2.11. Teoria da Modernização

Segundo Wolgang (2003)1 a Teoria da Modernização, desenvolvida a partir das ideias de Max
Weber e popularizada por Talcott Parsons, é um modelo explicativo que aborda o processo de
transição de uma sociedade tradicional para uma sociedade moderna. Ela analisa os fatores
internos de cada país que contribuem para sua modernização. Como afirmou Lipset em seu
artigo de 1959, “Some Social Requisites of Democracy: Economic Development and Political
Development”, há uma relação complementar entre desenvolvimento econômico e nível de
democracia. Ele sugeriu que aspectos como urbanização, industrialização, riqueza e educação
estão relacionados ao desenvolvimento democrático.

A Teoria da Modernização sugere que as sociedades tradicionais desenvolverão práticas


modernas ao longo do tempo, resultando em maior riqueza, poder e liberdade para os
cidadãos. Como afirmado por um defensor dessa teoria, "os Estados modernos são mais ricos
e poderosos e seus cidadãos têm mais liberdade para desfrutar de um padrão de vida elevado".
Nesse contexto, a modernização é vista como preferível ao status quo, e a teoria argumenta
que as crenças e traços culturais tradicionais tendem a perder importância à medida que o
processo de modernização avança.

No entanto, a Teoria da Modernização foi contestada durante a Guerra Fria, quando


interpretações nos Estados Unidos sugeriam que o subdesenvolvimento era um traço cultural
e psicológico de alguns países. Essas interpretações pregavam que os países ricos poderiam
reverter esse cenário introduzindo valores modernos nessas sociedades, o que acabou por
fragilizar a teoria e perdendo credibilidade entre os cientistas políticos.

2.12. Teoria da Dependência

A Teoria da Dependência é uma abordagem crítica e marxista dos processos de reprodução do


subdesenvolvimento nas economias periféricas em contraste com as visões marxistas
convencionais (Bambirra, 2013).

Conforme Bambirra (2013) esta teoria destaca a relação de "dependência" entre as economias
dos países "periféricos" e as economias dos países "centrais" ou "hegemônicos" do
capitalismo mundial. Ela argumenta que essa dependência cria uma série de redes políticas,

1
Knöbl, Wolfgang (2003). «Theories That Won't Pass Away: The Never-ending Story». In: Delanty; Isin.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_moderniza%C3%A7%C3%A3o
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econômicas e ideológicas que moldam o desenvolvimento político e social desses países
"periféricos".

Os autores da Teoria da Dependência baseiam sua análise no papel do imperialismo sobre os


países periféricos, à medida que estes países são vistos como fornecedores de mão-de-obra
barata e recursos naturais, enquanto os países centrais controlam o processo de acumulação de
capital e as tecnologias avançadas (íbid).

Além disso, a Teoria da Dependência enfatiza a questão da extração do excedente econômico


gerado nos países periféricos pelo capital estrangeiro. Essa extração do excedente está
relacionada à superexploração da força de trabalho e à articulação das estruturas
socioeconômicas internas com o capital externo.

A dependência, para os teóricos dessa abordagem, não é apenas um fenômeno externo, mas
também interno, determinado pela luta de classes no plano nacional. Eles argumentam que a
burguesia nacional dos países periféricos, mesmo após a industrialização, continua sendo uma
sócia minoritária do capital transnacional, o que leva a uma superexploração da força de
trabalho para compensar sua menor participação na acumulação de capital.

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3. Conclusões

Ao longo deste trabalho, exploramos uma ampla gama de teorias do desenvolvimento


econômico, desde as visões dos mercantilistas e fisiocratas até as perspetivas mais
contemporâneas de economistas como Robert Solow e Amartya Sen.

Ficou evidente que cada teoria oferece uma visão única e complementar do processo de
desenvolvimento econômico, destacando diferentes fatores e mecanismos que impulsionam o
crescimento das economias.

Através da análise comparativa dessas teorias, pudemos enriquecer nossa compreensão sobre
os determinantes do desenvolvimento econômico e as complexidades envolvidas nesse
processo. Embora existam divergências entre as diferentes abordagens, é importante
reconhecer que todas elas contribuem para um debate enriquecedor e contínuo sobre o tema,
oferecendo percepções valiosas para formuladores de políticas e acadêmicos interessados em
promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo.

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5. Bibliografia

BAMBIRRA, VÂNIA. (2013). Capitalismo Dependente Latino-Americano. 3ª Edição


Revista, Florianópolis: Editor Insular.

GIL, António. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª ed. Atlas, São. Paulo.

WOLFGANG, Knöbl, (2003). Theories That Won't Pass Away: The Never-ending Story.
In: Delanty; Isin. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_moderniza
%C3%A7%C3%A3o

MARCONI, Marina de Andrade. (2011). Metodologia Científica. 6ª Edição, São Paulo, Atlas
Editora.

VIEIRA, Anderson Nunes de Carvalho. (2017). Teoria do Desenvolvimento


Econômico - Os Principais Modelos Caracterizados Pelas Principais Escolas de Pensamento
Econômico ao Longo dos Anos. Revista Eletrónica – Jusbrasil, acessado aos 29 de Fevereiro
de 2024, disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/teoria-do-desenvolvimento-
economico/447763946

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