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SUMÁRIO

1 CONCEITOS E TIPOS DE CONTABILIDADE ................................... 4

2 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE ................................................... 6

3 A CONTABILIDADE NO BRASIL ....................................................... 8

3.1 Abordagens utilizadas para o estudo da teoria contábil ............ 10

3.2 Conceitos .................................................................................. 11

3.3 Funções..................................................................................... 11

3.4 Finalidades ................................................................................ 12

4 A CONTABILIDADE APLICADA ...................................................... 14

4.1 Áreas de Atuação em Geral ...................................................... 16

4.2 Áreas de Atuação Específica .................................................... 17

5 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE .................................................. 18

6 OS FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS DA CONTABILIDADE ............ 20

7 ALTERAÇÕES NA LEI 6.404/1976 – ESTRUTURA DO BALANÇO


PATRIMONIAL ................................................................................................. 25

8 As Sociedades Anônimas ................................................................ 27

9 Estrutura do Balanço Patrimonial ..................................................... 27

10 Critérios de Avaliação do Ativo e Passivo .................................... 29

10.1 Ajuste a valor presente .......................................................... 31

10.2 Investimentos Temporários .................................................... 32

10.3 Ativo Imobilizado .................................................................... 33

10.4 Ativo Intangível ....................................................................... 34

11 Alterações nas Demonstrações .................................................... 35

11.1 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) ............................... 35

11.2 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) ............................ 36

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BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 40

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1 CONCEITOS E TIPOS DE CONTABILIDADE

Fonte: intelectacursos.com.br

A contabilidade é um dos conhecimentos mais antigos e não surgiu em


função de qualquer tipo de legislação fiscal ou societária nem embasada em
princípios filosóficos ou em regras estipuladas por terceiros mas pela
necessidade prática do próprio gestor do patrimônio, normalmente seu
proprietário, preocupado em elaborar um instrumento que lhe permitisse entre
outros benefícios, conhecer, controlar, medir resultados, obter informações
sobre produtos mais rentáveis, fixar preços e analisar a evolução de seu
patrimônio. Esse gestor passou a criar rudimentos de escrituração que
atendessem a tais necessidades.
Muitas tentativas foram sendo elaboradas ao longo dos séculos, até que
o método das partidas dobradas (que consiste no princípio de que para todo
débito em uma conta, existe simultaneamente um crédito, da mesma maneira
que a soma do débito será igual a soma do crédito, assim como a soma dos
saldos devedores será igual à soma dos saldos credores) mostrou-se o mais
adequado, produzindo informações úteis e capazes de atender a todas as
necessidades dos usuários para gerir o patrimônio.

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Com a formação de grandes empresas a contabilidade passou a
interessar a grupos cada vez maiores de indivíduos: acionistas, financiadores,
banqueiros, fornecedores, órgãos públicos, empregados, além da sociedade em
geral, pois a vitalidade das empresas tornou-se assunto de relevante interesse
social.
Pode-se dizer que surgiu ou foi criada em função de sua característica
utilitária, de sua capacidade de responder a dúvidas e de atender as
necessidades de seus usuários. Conjunto este de características que não só foi
eficiente para seu surgimento como também para sua própria evolução.
A contabilidade formatou-se em concordância com o ambiente no qual
opera. Como as nações têm histórias, valores e sistemas políticos diferentes elas
também têm padrões diferentes de desenvolvimento financeiro-contábil. No
Brasil não é como a de outros países, de fato o que se observa é a diversidade,
pois os sistemas e métodos contábeis diferem muito em cada um devido
principalmente à sua cultura e ao seu desenvolvimento econômico (o
desenvolvimento de cada ciência está intimamente ligado ao desenvolvimento
econômico de uma nação).
Esta diversidade é uma pequena parte da variedade de ambientes
empresariais ao redor do mundo e a contabilidade tem se mostrado sensitiva ao
ambiente no qual opera. É interessante notar que quando o ambiente
empresarial dos países é similar, seus sistemas financeiro-contábeis também
tendem a ser similares.
Em alguns países, tais como os Estados Unidos, a informação financeira
é dirigida principalmente às necessidades dos investidores e credores e a
“utilidade da decisão” é o critério para julgar sua qualidade. Entretanto, em outros
países, a contabilidade tem um enfoque diferente e desempenha papéis
diferentes. Por exemplo, em alguns países, esta é designada primeiramente para
assegurar que o montante apropriado do imposto de renda seja arrecadado pelo
governo, este é o caso de muitos países sul americanos. No Brasil este enfoque
ainda permanece, a Lei nº 6.404/76 contempla o tratamento tributário, porém
está mais voltada à proteção dos credores da entidade. Em outros países
(Europa continental e Japão), é designada para auxiliar no cumprimento das

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políticas macroeconômicas, tais como o alcance de uma taxa pré-determinada
de crescimento na economia nacional.
Dentre os vários modelos existentes, cada um com suas particularidades
atendendo a interesses específicos, percebe-se que a contabilidade tem uma
dinâmica e uma maleabilidade muito grande e se adapta perfeitamente em
qualquer contexto em que esteja inserida.

2 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

Fonte: apejesp.com.br

 Pré-história: 8.000 a.C. até 1.202 d.C. (empirismo, conhecimento


superficial): experiências e práticas vividas pelas civilizações do
mundo antigo, destacando-se os estudos sumérios, babilônios,
egípcios, chineses e romanos.
 Idade Média: 1.202 d.C., com a obra “Leibe Abaci”, de Leonardo
Fibonacci: período de sistematização dos registros.
 Idade Moderna: 1494, com a publicação da obra “Tratatus
Particularis de Computis et Scripturis” (Tratado Particular de Conta
e Escrituração), do frei e matemático Luca Paccioli, em Veneza,
onde este fez o estudo sobre o método das “Partidas Dobradas”,
tornando-se um marco na evolução contábil.

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 Idade Contemporânea: do século XVIII, é o período científico da
Contabilidade, quando esta deixa de ser mera “arte” para tornar-se
“ciência”. A partir daí surgiram várias doutrinas contábeis, como:
Contista, Controlista, Personalista, Aziendalista e Patrimonialista.

Obs. 1 – Na contabilidade, como em todos os outros ramos, o saber


humano distingue-se em dois aspectos: pelo raciocínio através da investigação
dos fatos e pela prática através da aplicabilidade.

O primeiro aspecto corresponde à ciência como um sistema de


conhecimentos e o segundo à arte como um sistema de ações. A ciência
depende da arte para ser útil à vida e a arte torna-se esclarecida e consciente
de seus fins e potencialidade com o auxílio da ciência.

Obs. 2 - As doutrinas contábeis foram introduzidas por diversas escolas


de época que conceituaram a contabilidade sob diversos aspectos.

 Contista: define a contabilidade como a ciência das contas.


 Controlista: limita a contabilidade em função do controle das
entidades.
 Personalista: enfatiza a relação jurídica entre as pessoas como
objetivo da contabilidade.
 Aziendalista: define a contabilidade como a ciência da
administração da entidade.
 Patrimonialista: define a contabilidade como a ciência que estuda
o patrimônio.
 Neopatrimonialista: consiste em uma nova corrente científica que
se aplicou na direção de classificar e reconhecer especialmente as
relações lógicas que determinam a essência do fenômeno
patrimonial, as das dimensões ocorridas e, com ênfase “no porque
ocorrem os fatos”, ou seja, qual a verdadeira influência dos fatores
que produzem a transformação da riqueza (e que são os dos
ambientes interno e externo que envolvem os meios patrimoniais).

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3 A CONTABILIDADE NO BRASIL

Fonte: pronatec.coltec.ufmg.br

Até 1940

 Mercado incipiente com economia agrária;


 Profissão ainda muito desorganizada com o predomínio do
“guarda-livros”.

Decreto Lei nº 2.627 de 1940

 Influência da escola italiana;


 Em 1494, em Veneza (Itália), foi estabelecido o “Tratado particular
de conta e escrituração”, pelo frei e matemático Luca Paccioli;
 Sociedades formadas por familiares;
 Visão escritural: registro, controle e atendimento ao fisco.

Necessidades de Mudanças

 Evolução da economia: abertura do capital das empresas e


influências de firmas de auditoria;

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 Ampliação da quantidade e maior confiabilidade nas informações.

Mudanças Significativas

 Contabilidade vista como sistema de informações;


 Aprimoramento das Demonstrações;
 Introdução da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados,
mostrando de forma clara o lucro ou prejuízo do exercício;
 Introdução da Demonstração de Origens e Aplicações de
Recursos, mostrando a eficiência da administração;
 Obrigatoriedade das Notas Explicativas para fornecer informações
complementares;
 Escrituração e registros desvinculados da legislação fiscal (mais
importante);
 Contabilidade elaborada para a entidade;
 Valorização do profissional;
 Novas funções e áreas de atuação: gerencial, custos, auditoria,
analista financeiro, perito contábil, consultoria, tributarista,
controller;
 Classificação das contas no Balanço;
 Horizonte temporal: distinção do curto e longo prazo;
 Definição do Exercício Social.

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3.1 Abordagens utilizadas para o estudo da teoria contábil

Fonte: contabilrh.com.br

O estudo da contabilidade a partir de qualquer das abordagens é


igualmente válido, desde que propicie o desenvolvimento da ciência contábil.
 Abordagem Ética: coloca em evidência a questão da ética, na qual
a informação deveria ter alto grau de fidedignidade e o profissional
deve ser imparcial a qualquer interesse.
 Abordagem da Teoria do Comportamento: está ligada à sociologia
e à psicologia do comportamento e enfatiza que a informação deve
ser divulgada de acordo com sua utilidade a cada usuário.
 Abordagem Macroeconômica: mostra a afinidade da contabilidade
com a economia, de acordo com estas a informação deve
considerar as políticas econômicas adotadas.
 Abordagem Sociológica: enfoca que a contabilidade deve divulgar
as relações entre a entidade e a sociedade, fornecendo
informações qualitativas que demonstrem o favorecimento do bem-
estar social.
 Abordagem da Teoria da Comunicação: mostra a importância da
contabilidade externar seus resultados, de forma clara e objetiva.

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 Abordagem Pragmática: enfoca a praticidade, a utilidade e a
relação custo x benefício da informação.

3.2 Conceitos

A contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando


representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para
sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a
tomada de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com
a empresa.
É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos
no patrimônio das entidades mediante o registro a demonstração expositiva e a
revelação desses fatos, afim de oferecer informações sobre a composição do
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da
riqueza econômica.

3.3 Funções

Fonte: csmsoft.com.br

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As principais funções da contabilidade são: registrar, organizar,
demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da
atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico.
 Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados
em valor monetário;
 Organizar: um sistema de controle adequado à empresa;
 Demonstrar: com base nos registros realizados, expor
periodicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica,
patrimonial e financeira da empresa;
 Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade
de apuração dos resultados obtidos pela empresa;
 Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa,
prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem
recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas.

3.4 Finalidades

Fonte: pmr.pt

Desde os seus primórdios que a finalidade básica da contabilidade tem


sido o acompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas no sentido
indispensável de controlar o comportamento de seus patrimônios na função

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precípua de produção e comparação dos resultados obtidos entre períodos
estabelecidos.
Ela faz o registro metódico e ordenado dos negócios realizados e a
verificação sistemática dos resultados obtidos. Deve identificar, classificar e
anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de alguma forma
afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Com esta acumulação
de dados convenientemente classificados, procura apresentar de forma
ordenada o histórico das atividades da empresa a interpretação dos resultados
e através de relatórios produzir as informações que se fizerem precisas para o
atendimento das diferentes necessidades.
As finalidades fundamentais da contabilidade referem-se à orientação da
administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto é o controle
e o planejamento de toda e qualquer entidade socioeconômica.
 Controle: a administração através das informações contábeis, via
relatórios, pode certificar-se na medida do possível de que a
organização está agindo em conformidade com os planos e
políticas determinados.
 Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se
refere ao estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da
contabilidade e os planos orçamentários, é de grande utilidade no
planejamento empresarial, ou seja, no processo de decisão sobre
que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.

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4 A CONTABILIDADE APLICADA

Fonte: encrypted-tbn1.gstatic.com

A contabilidade, enquanto ciência que estuda o patrimônio das entidades,


encontra aplicações em todas estas independentemente do tipo, ramo de
atividade, segmento econômico ou localização geográfica. Assim, a identificação
do campo de aplicação também pode ser analisada através da definição do
patrimônio, como o conjunto de bens, direitos e obrigações relacionados a uma
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, com ou sem fins
lucrativos.
A ideia de que a contabilidade do setor público é diferente do setor privado
ou ainda que a de uma entidade filantrópica é diferente da entidade privada, não
é correta, pois cada entidade dentro do seu ramo de atividade e das suas
peculiaridades apresenta especificidades próprias só encontradas naquele
segmento, ou seja, em uma entidade filantrópica a contabilidade será exercida
observando toda a legislação que envolve este tipo de entidade.
Se compararmos a contabilidade pública com a contabilidade privada,
observaremos que enquanto a pública não tem objetivo de apurar resultados
(lucros), a privada tem. O conjunto de bens da área pública recebe um
tratamento contábil específico, enquanto na área privada esses mesmos bens
recebem outro tratamento. Note-se que enquanto no setor público os bens não

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são depreciados e corrigidos monetariamente, no setor privado estes bens têm
objetivos de gerar resultados, ou seja, são realizados através da depreciação e
são corrigidos monetariamente para manter o seu valor atualizado.
Muitos outros exemplos poderiam ser expostos para demonstrar que a
contabilidade é igual em qualquer entidade tendo como diferença entre elas as
especificidades de cada entidade. Assim, concluímos que independentemente
do tipo de atividade, do setor, da entidade, etc., a contabilidade tem a mesma
finalidade, o mesmo objetivo e utiliza-se das mesmas técnicas e métodos para
registrar e controlar os patrimônios das entidades.
A entidade econômico-administrativa é o patrimônio de propriedade
pública ou privada que tem como elementos indispensáveis: o trabalho, a
administração e o patrimônio, e tem finalidades: sociais, econômicas e
socioeconômicas.
 Sociais: que possuem a riqueza como meio para atingir seus fins.
Ex: associações beneficentes, educacionais, esportivas, culturais e
religiosas
 Econômicas: são as que têm a riqueza como meio e fim e têm como
objetivo aumentar seu patrimônio, obtendo lucro. Ex: empresas
mercantis.
 Socioeconômicas: que possuem a riqueza como meio e fim, porém
o aumento do patrimônio que possuem serve para beneficiar toda
a comunidade. Ex: instituto de aposentadorias e pensões e
fundações.

A Contabilidade distingue-se em duas grandes ramificações: a pública e


a privada.

Contabilidade Pública: ocupa-se com o estudo e registro dos fatos


administrativos das pessoas de direito público e da representação gráfica de
seus patrimônios, visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e
patrimonial, para alcançar os seus objetivos ramificando-se conforme a sua área
de abrangência em federal, estadual, municipal e autarquias.

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Contabilidade Privada: ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos
das pessoas de direito privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da
representação gráfica de seus patrimônios, dividindo-se em civil e comercial.

 Contabilidade Civil: é exercida pelas pessoas que não têm como


objetivo final o lucro, mas sim o instituto da sobrevivência ou bem-
estar social. Divide-se em:
Contabilidade Doméstica: exercida pelas pessoas físicas em geral,
individualmente ou em grupo.
Contabilidade Social: usada pelas pessoas que têm como objetivo final o
bem-estar social da comunidade, tais como: clubes, associações de caridade,
sindicatos, igrejas, etc.

 Contabilidade Comercial: é exercida pelas pessoas que exploram


atividades que objetivam o lucro. Divide-se em:
Contabilidade Mercantil: usada por pessoas com objetivo social de
compra e venda direta de mercadorias. Ex: Supermercados, sapataria e
açougues.
Contabilidade Industrial: exercida por pessoas que têm como objetivo
social a produção de bens de capitais ou de consumo, através do beneficiamento
ou da transformação de matérias-primas, do plantio, da criação ou extração de
riquezas. Ex: Indústria de móveis, pecuária, agricultura.
Contabilidade de Serviços: é usada pelas pessoas que têm como objetivo
social a prestação de serviços. Ex: Estabelecimento de ensino,
telecomunicações e clínicas médicas.

4.1 Áreas de Atuação em Geral

 Fiscal: auxilia na elaboração de informações para os órgãos


fiscalizadores, do qual depende todo o planejamento tributário da
entidade.

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 Pública: é o principal instrumento de controle e fiscalização que o
governo possui sobre todos os seus órgãos. Estes estão obrigados
à preparação de orçamentos que são aprovados oficialmente,
devendo a contabilidade pública registrar as transações em função
deles, atuando como instrumento de acompanhamento dos
mesmos. A Lei nº 4.320/64, constituindo-se na carta magna da
legislação financeira do País, estatui normas gerais para a
elaboração e controle dos orçamentos e balanços públicos.
 Gerencial: auxilia a administração na otimização dos recursos
disponíveis na entidade, através de um controle adequado do
patrimônio.
 Financeira: elabora e consolida as demonstrações contábeis para
disponibilizar informações aos usuários externos.
 Auditoria: compreende o exame de documentos, livros e registros,
inspeções e obtenção de informações, internas e externas,
relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar
a exatidão destes registros e das demonstrações contábeis deles
decorrentes.
 Perícia Contábil: elabora laudos em processos judiciais ou
extrajudiciais sobre organizações com problemas financeiros
causados por erros administrativos.

4.2 Áreas de Atuação Específica

 Análise Econômica e Financeira de Projetos: elabora análises,


através dos relatórios contábeis, que devem demonstrar a exata
situação patrimonial de uma entidade.
 Ambiental: informa o impacto do funcionamento da entidade no
meio ambiente, avaliando os possíveis riscos que suas atividades
podem causar na qualidade de vida local.
 Atuarial: especializada na Contabilidade de empresas de
previdência privada e em fundos de pensão.

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 Social: informa sobre a influência do funcionamento da entidade na
sociedade, sua contribuição na agregação de valores e riquezas,
além dos custos sociais.
 Agribusiness: atua em empresas com atividade agrícola de
beneficiamento in-loco dos produtos naturais.

5 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

Fonte: vemprariobranco.com.br

Os usuários são as pessoas que se utilizam da contabilidade, que se


interessam pela situação da empresa e buscam nos instrumentos contábeis as
suas respostas. Podem ser divididos em: usuários internos e usuários externos.

Usuários Internos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas


com a empresa e que têm facilidade de acesso às informações contábeis, tais
como:

 Gerentes: para a tomada de decisões;


 Funcionários: com interesse em pleitear melhorias;
 Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.

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O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna e
a alta-administração que pela proximidade à contabilidade pode solicitar a
elaboração de relatórios específicos para auxiliar lhe na gestão do negócio.
Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de
informação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber,
aplicações financeiras, compra e vendas no dia ou no período e os gastos gerais
de funcionamento), ser elaborados diariamente ou em curtos períodos de tempo
(semana, quinzena, mês, etc.), de acordo com as necessidades administrativas.

Usuários Externos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade


de acesso direto às informações, mas que as recebem de publicações das
demonstrações pela entidade, tais como:

 Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de


analisar a concessão de financiamentos e medir a capacidade de
retorno do capital emprestado;
 Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa
para poder atuar no mercado;
 Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as
despesas para poder atuar sobre o resultado operacional no que
concerne à sua parcela de tributação;
 Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade
para poder continuar ou não as transações comerciais com a
entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro;
 Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a
garantia de que seu pedido será atendido nas suas especificações
e no tempo acordado.

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6 OS FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS DA CONTABILIDADE

Fonte: microbytejoinville.com.br

Postulados Ambientais: os postulados são uma proposição ou observação de


certa realidade não sujeita a verificação e constituem a lei maior da
contabilidade, pois definem o ambiente econômico, social e político no qual está
deve atuar o seu objeto de estudo e a sua existência no tempo. Os postulados
contábeis, segundo alguns autores consultados são: a entidade e a
continuidade.

Postulado Contábil da Entidade: define a entidade contábil, dando a está vida


e personalidade própria pois determina que o patrimônio de toda e qualquer
unidade econômica que manipula recursos econômicos independente da
finalidade de gerar ou não lucros, de ser pessoa física ou jurídica, de direito
público ou privado, não deve se confundir com a riqueza patrimonial de seus
sócios ou acionistas ou proprietário individual e nem sofrer os reflexos das
variações nela verificadas .Ex: quando uma firma individual paga uma despesa
é o caixa da firma que está desembolsando o dinheiro e não o dono da empresa
embora materialmente, muitas vezes, as duas coisas se confundem.

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Observa-se que este postulado é importante na medida em que ele
identifica o campo de atuação, pois onde existir patrimônio administrável existirá
certamente a contabilidade.

Postulado Contábil da Continuidade: determina que a entidade é um


empreendimento em andamento com a intenção de existência indefinida ou por
tempo de duração indeterminado devendo sobreviver aos seus próprios
fundadores e ter seu patrimônio avaliado pela sua potencialidade de gerar
benefícios futuros e não pela sua capacidade imediata de ser útil somente à
entidade. Ex: o balanço patrimonial somente reflete adequadamente a situação
econômico-financeira do patrimônio no momento de sua elaboração quando há
presunção de que a entidade prosseguirá no processo contínuo de realização de
suas atividades, pois se estas forem interrompidas, a realização dos valores
patrimoniais não será processada de acordo com o balanço devido a motivos
como a imediata interrupção de suas receitas e não dos custos fixos que
prosseguem na fase de liquidação, quando há cessação das atividades da
entidade.

Princípios Contábeis: os princípios originaram-se da necessidade do


estabelecimento de um conjunto de conceitos, princípios e procedimentos que
não somente fossem utilizados como elementos disciplinadores do
comportamento do profissional no exercício da contabilidade, seja para a
escrituração dos fatos e transações, seja na elaboração de demonstrativos, mas
que permitissem aos demais usuários fixar padrões de comparabilidade e
credibilidade, em função do conhecimento dos critérios adotados na elaboração
dessas demonstrações.
Além de delimitar e qualificar o campo de atuação, os princípios servem
de suporte aos postulados. E através da evolução da técnica contábil em função
de novos fatos socioeconômicos, modificações na legislação, novos pontos de
vista, ou outros fatores, um princípio que hoje é aceito, poderá ser modificado,
para atender às inovações ocorridas na vida empresarial.
Os princípios básicos, essenciais ao exercício da Contabilidade são: o
princípio do custo como base de valor, o princípio da realização da receita e

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confrontação da despesa, o princípio do denominador comum monetário e o
princípio da competência.

Princípio do Custo como Base de Valor: sua aplicação é importante para a


contabilidade na medida em que ele descarta a possibilidade do uso de valores
subjetivos para o registro dos bens, estabelecendo que seja utilizado o valor que
a entidade sacrificou no momento de sua aquisição. Ex: Uma entidade adquiriu
um imóvel que devido ao seu estado de conservação, o mercado o avalia em 10
unidades monetárias. Considerando que a entidade tenha feito uma excelente
negociação, ela pagou por este imóvel 06 unidades monetárias. Analisando o
fato, observa-se que a entidade estaria ganhando na aquisição do imóvel 04
unidades monetárias, uma vez que ele vale 10 e ela só sacrificou 06 na compra.
O princípio do custo como base de valor, irá resolver a questão ao
estabelecer que o imóvel seja registrado pelo valor de 06 que representa quanto
saiu do patrimônio para a aquisição do mesmo. A diferença de 04 unidades
representa um valor subjetivo que não é realizado, é apenas uma expectativa
para uma venda futura que, se caso ocorra, a contabilidade irá registrar o valor
que entrar no patrimônio, apurando o resultado de 04 unidades monetárias de
lucros ou ganhos realizados.

Princípio da Realização da Receita e Confrontação da Despesa: determina


o momento em que a receita deve ser considerada como realizada para compor
o resultado do exercício social. Da mesma forma, determina que a despesa que
foi necessária à obtenção daquela receita seja igualmente confrontada na
apuração do resultado.
De acordo com a teoria contábil do lucro, as receitas são consideradas
realizadas no momento da entrega do bem ou do serviço para o cliente e neste
momento, todas as despesas que foram necessárias à realização devem ser
computadas na apuração do resultado. Assim, ao relacionar as despesas com
as receitas, o resultado estará sendo apurado e poderá refletir o mais próximo
possível a realidade da entidade.
Como exemplo têm a incorporação de imóveis, pois quando a legislação
estabelece que as receitas recebidas antecipadamente sejam registradas como

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receitas futuras, e na medida em que a entidade vai incorrendo em despesas,
dá-se a realização gradativa das receitas.
Este procedimento evita que a entidade tenha em um exercício excesso
de receitas e não tenha ainda incorrido em despesas correspondentes à
realização daquelas receitas.
Este princípio impede que as entidades registrem suas receitas em regime
de caixa, devendo obedecer ao de competência dos exercícios, no qual as
receitas e as despesas, realizadas e incorridas em cada exercício social, devem
ser levadas à apuração do resultado daquele exercício social independente de
terem sido recebidas, ou pagas.

Princípio do Denominador Comum Monetário: estabelece que a contabilidade


seja processada em uma única moeda, oferecendo maior consistência aos
registros e maior confiabilidade às informações constantes nos relatórios
contábeis.
Considerando que as entidades realizam transações com base em outras
moedas, esse princípio torna-se muito importante por estabelecer que as
transações sejam convertidas em moeda nacional no momento do registro
contábil, evitando a impossibilidade de se comparar os diversos fenômenos
patrimoniais e de reuni-los em um só balanço demonstrativo, pois não se podem
somar ou comparar coisas heterogêneas. Ex: registro no valor da moeda
nacional de equipamentos importados pagos em dólar.

Princípio da Competência: estabelece que as receitas e as despesas devem


ser atribuídas aos períodos de sua ocorrência, independentemente de
recebimento e pagamento.
Como exemplo temos a folha de pagamento de funcionários no mês de
dezembro, que será registrada como despesa de dezembro, mesmo que na
prática o pagamento só seja efetuado no início do mês de janeiro.

Convenções Contábeis: as convenções são mais objetivas e têm a função de


indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício profissional da

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contabilidade. São: convenção da objetividade, da materialidade, da
consistência e do conservadorismo.

 Convenção da Objetividade: o profissional deve procurar sempre


exercer a contabilidade de forma objetiva, não se deixando levar
por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer
pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e os registros
devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que
comprovem a ocorrência do fato administrativo.
 Convenção da Materialidade: a informação contábil deve ser
relevante, justa e adequada e o profissional deve considerar a
relação custo x benefício da informação que será gerada, evitando
perda de recursos e de tempo da entidade.
 Convenção da Consistência: os relatórios devem ser elaborados
com a forma e o conteúdo das informações consistentes, para
facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários.
Obs.: Quando houver necessidade de adoção de outro critério ou
método de avaliação, o profissional deve informar a modificação e
apresentar os reflexos que a mudança poderá causar se não for
observada pelo usuário.
 Convenção do Conservadorismo: estabelece que o profissional
deve manter uma conduta mais conservadora em relação aos
resultados que serão apresentados, evitando que projeções
distorcidas sejam feitas pelos usuários. Assim, é preferível ter
expectativa de prejuízo e a entidade apresentar resultados
positivos, ou seja, se houver duas opções igualmente válidas deve-
se optar sempre por aquela que acusa um menor valor para os
ativos e para as receitas e o maior valor para os passivos e para
as despesas.

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7 ALTERAÇÕES NA LEI 6.404/1976 – ESTRUTURA DO BALANÇO
PATRIMONIAL

Fonte: rozekcontabilidade.com.br

A contabilidade teve seu desenvolvimento na Revolução Industrial,


período de transformações sociais, tecnológicas, econômicas, responsável por
ditar novos padrões na sociedade. Visando atender as necessidades de
informações dos investidores, nasceram os procedimentos contábeis, cujo
objetivo é gerar informações sobre os fatos ocorridos no patrimônio da empresa.
Atentos ao novo cenário mundial o governo com o intuito de fiscalizar melhor as
entidades estabeleceram normas que padronizavam a formação dos registros
contábeis.
Cada nação possui políticas, valores culturais distintos que são refletidos
na contabilidade, pois para atender tais necessidades assume papéis diferentes,
dependendo do país. Hoje com a globalização, fusão de culturas, para Giddens
(2003) “é a razão do ressurgimento de identidades locais em várias partes do
mundo” exemplo disso é a coca cola e Mc Donald’s expressões americanas
conhecidas em todo o mundo. Em concordância com o ambiente a contabilidade
procura adequasse as mudanças ocorridas na sociedade, já que ela é fruto dos
empreendimentos humanos.
Observando a realidade percebemos que a contabilidade não é aplicada
de forma única, os princípios fundamentais diferem de um país para outro e,
dada a globalização, o crescente número de transações no exterior somados ao

25
advento de multinacionais exigiu que se desenvolvesse de forma a melhor
auxiliar os investidores, padronizando os procedimentos contábeis. No Brasil se
dá com a criação da Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09 que altera a lei das
Sociedades por Ações, alinhando-se as IFRS (International Financial Reporting
Standards -relatório padrão internacional de contabilidade financeira) de forma a
garantir maior transparência e confiabilidade às operações de investimento.
Em 2008 começou a vigorar os dispositivos propostos pela Lei
11.638/2007. São alterações que visam padronizar as normas contábeis
brasileiras com as do mercado internacional, procurando também atualizar a
legislação, vista que ela foi elaborada em 1976, e assim trazer benefícios aos
usuários da contabilidade como, por exemplo, mais transparência. Em entrevista
a Robson Bezerra para a Revista Contábil e Empresarial Fiscolegis (2008) Lopes
de Sá alerta para fraudes e maquiagens que poderão acontecer devido aos
ajustes apresentados pelas normas, as quais segundo ele violentaram conceitos
e princípios importantes. Na mesma entrevista ele pronuncia não ser contra
“Normas, nem convergências, desde que fundamentadas na ciência, ou seja,
que não cometam deslize”.
Eliseu Martins, contabilista renomado, em entrevista ao Jornal Valor
Econômico (2008) nos diz que o país está preparado para tais mudanças e que
a discussão toda seria por causa do impacto tributário, onde segundo ele o fisco
sempre teve grande interferência na contabilidade o que desviava a aproximação
das normas internacionais. Para Eliseu Martins o país está mais propício a estas
alterações, sendo decorrente do contexto histórico.
Em relevância às modificações introduzidas pela lei descreveremos as
principais modificações nela ocorrida, para tanto nos orientaremos pelos
pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que
surgiu através da idealização de algumas entidades de grande importância, são
elas: ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas); APIMEC
NACIONAL (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do
Mercado de Capitais); BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo); CFC
(Conselho Federal de Contabilidade); FIPECAFI (Fundação Instituto de

26
Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e IBRACON (Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil).
Segundo a Resolução CFC n° 1.055/05:

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) tem por objetivo o


estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa
natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de
produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade
Brasileira aos padrões internacionais. (CFC, 2005)

8 AS SOCIEDADES ANÔNIMAS

De acordo com Código Civil (2002, p. 49) art. 1.088 “A companhia ou


sociedade anônima terá o capital dividido em ações e a responsabilidade dos
sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou
adquiridas”. As sociedades anônimas são sociedades de capital que se formam
principalmente pelo capital social, não tendo importância relevante a pessoa do
sócio. Elas são divididas em companhia de capital aberta e fechada.
Segundo redação dada pela Lei 10.303/01 “a companhia é aberta ou
fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários”. Sendo assim a
companhia será aberta se tiver suas ações negociadas na bolsa de valores ou
fora dela por meio de instituições habilitadas e serão fechadas quando suas
ações não forem negociáveis fora da empresa.

9 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL

Para melhor transparência aos investidores, credores, empregados e


tantos outros usuários destas informações as demonstrações contábeis
receberam uma nova composição alterando pontos do artigo 176 da Lei 6.404.
Segundo o CPC Conceitual:

O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre


a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na

27
posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número
de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
(CPC - CONCEITUAL, 2008)

Uma das mudanças da lei 11.638 define a nova estrutura do balanço


patrimonial, onde neste está apresentado de forma ordenada o conjunto de bens,
direitos e obrigações da entidade, sendo dividido em Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido.
No ativo se reúnem os bens e direitos da empresa, sendo apresentadas
as contas conforme seu grau de liquidez. Este era divido conforme a lei 6.404/76
art. 178, § 1º em:
 Ativo circulante;
 Ativo realizável a longo prazo;
 Ativo permanente, dividido em investimento, ativo imobilizado e
ativo diferido. (BRASIL, 1976)

Com a lei 11.638/07 retira-se o ativo realizável a longo prazo como grupo
e altera a classificação do ativo permanente, dividido em investimento,
imobilizado, intangível e diferido.
E com a mais recente Lei 11.941/09 altera-se para:
 Ativo circulante;
 Ativo não circulante:
 Ativo realizável a longo prazo;
 Investimentos;
 Imobilizado;
 Intangível. (BRASIL, 2009)
No passivo se reúnem os deveres e obrigações da entidade, segundo a
lei 6.404/76 ele assim se divide:
 Passivo circulante;
 Passivo exigível a longo prazo;
 Resultados de exercícios futuros;
 Patrimônio líquido, divido em:
 Capital social;

28
 Reservas de reavaliação;
 Reservas de lucros;
 Lucros ou prejuízos acumulados. (BRASIL, 1976)

Com as alterações da lei 11.638/07 acrescenta na estrutura do patrimônio


líquido a conta reserva de capital.
Segundo a lei 11.941/09 as contas do passivo ficam assim classificadas:
 Passivo circulante;
 Passivo não circulante;
 Patrimônio líquido, divido em:
 Capital social;
 Reservas de capital;
 Ajustes de avaliação patrimonial;
 Reservas de lucros;
 Ações em tesouraria;
 Prejuízos acumulados. (BRASIL, 2009)

10 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO E PASSIVO

A reforma da Lei 6.404/76 propostas pela Lei 11.638/07 trouxe mudanças


à elaboração das demonstrações contábeis. Os critérios de avaliação do ativo,
por exemplo, apresentados no art. 183 da Lei das Sociedades por Ações,
sofreram alterações e regulamentações significativas com a vigência da
11.638/07. Alguns incisos deste artigo foram revogados, outros tiveram sua
redação alterada.
Conforme Dias e Caldarelli:

De um modo geral, a nova legislação trouxe às empresas brasileiras


maior facilidade de inserção em mercados internacionais e aumenta,
de forma geral, o grau de transparência das demonstrações
financeiras. Além disso, promove a convergência às normas
internacionais e propõe alterações significativas que aumentam a
confiabilidade dos dados das empresas. (CALDARELLI; DIAS, 2008,
p. 16)

29
Conforme as novas regras, alguns ativos das sociedades anônimas
“serão registrados não mais pelos seus custos de aquisição, mas, pelo valor a
eles atribuídos pelo mercado, o que garante mais realismo na análise das
condições de solvência das companhias”. (AZEVEDO, 2008, p. 151)
Dias e Caldarelli (2008) destacam que para os ativos aplicados em
instrumentos financeiros, a nova legislação propõe a avaliação por valor de
mercado ou equivalente. Esta nova regra vale também para os derivativos.
Conforme Azevedo (2008, p.151) os derivativos “representam os
mercados futuros, a termo, de opções e de swaps, pois têm seus preços
derivados do mercado à vista”.
A Lei 11.638 de 2007 incluiu no § 1º do art. 183 a alínea “d” onde é exposto
que é considerado valor de mercado:
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado
ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes
independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado
instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de
outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos
financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de
precificação de instrumentos financeiros. (BRASIL, 2007)
O art. 248 trata da Avaliação do Investimento em Sociedades Coligadas
e Controladas. A redação apresentada para este artigo pela Lei 6.404/76 foi
alterada pela 11.638/07 no que diz respeito à relevância dos investimentos em
coligadas ou controladas para serem avaliados pelo Método de Equivalência
Patrimonial.
Conforme a primeira redação do § 1º do art. 243 da Lei 6.404/76 “são
coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou
mais, do capital da outra, sem controlá-la”. A nova redação dada pela Lei 11.941
de 2009 altera o predisposto acima e afirma que são consideradas coligadas as
sociedades em que existe influência significativa da investidora sobre a investida.

30
O § 2º do mesmo art. 243 mencionado anteriormente dispõe que:

Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora,


diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores. (BRASIL, 1976)

Para Azevedo (2008) a avaliação pelo MEP teve sua aplicação ampliada
a partir da nova redação do art. 248, dada pela Lei 11.638, onde se retirou o
termo “relevante” para que a participação societária se sujeite ao Método de
Equivalência Patrimonial.
Além disso, a nova redação proposta pela 11.638/07 incluiu o termo
“significativa” à influência que os investimentos em coligadas devem possuir
sobre a sua administração.

A figura da “influência significativa” introduzida pela nova redação do


art. 248 da Lei nº 6.404/1976, é entendida pelas normas internacionais
de contabilidade como o poder de participar nas decisões das políticas
financeira e operacional da investida, sem, contudo, exercer o controle
sobre tais políticas. (AZEVEDO, 2008, p. 241)

10.1 Ajuste a valor presente

Conforme Azevedo (2008) o Ajuste ao Valor Presente é para as


Sociedades de Capital Aberto, Capital Fechado e para as Sociedades de Grande
Porte (Ltda). Tem como objetivo homogeneizar as operações e permitir
comparabilidade entre as empresas, pois estes ajustes terão reflexos nos Ativos
Financeiros e no Passivo.
Segundo o mesmo autor, o ajuste a valor presente, introduzido pela Lei
11.638/07, veio para corrigir os juros embutidos em transações de venda e
compra a prazo, pois as entidades não estavam destacando estes valores nas
despesas e receitas, os quais estavam sendo lançados como valores a vista. Em
operações à curto prazo, ou seja, de 30 a 90 dias os juros embutidos só deverão
ser ajustados ao Valor Presente quando tiverem seus valores relevantes, estes
devem ser ajustados ao fim de cada exercício, não tendo seus valores
relevantes, não serão necessários os ajustes e poderão ser lançados como
pagamentos e recebimentos a vista.

31
Conforme Azevedo (2008), com a Lei 11.638/2007, os juros eram
embutidos de acordo com o preço de venda, anteriormente era contabilizado de
imediato na DRE como Receitas de Vendas, com a vigência da nova lei, serão
extraídos da DRE e reconhecidos como Receita Financeira conforme o tempo e
não como Receita Bruta de Vendas. Nas prestações, antes também levadas de
imediatos para DRE como Despesas/Custo Operacionais, serão extraídos da
DRE e reconhecidos como Despesas Financeiras conforme o tempo e não mais
como Despesa/Custo Operacional.

10.2 Investimentos Temporários

Segundo Azevedo (2008), os Investimentos Temporários devem figurar


no Ativo Circulante. Para avaliá-los existem somente duas possibilidades: Os
investimentos devem ser destinados à negociação imediata - investimentos
temporários já destinados a serem negociados, ou seja, com sua negociação
devidamente autorizada pela gestão da empresa; Investimentos disponíveis para
vendas futuras - se a empresa tiver aplicações financeiras destinadas para
futuras vendas, mas essas vendas ainda não estiverem devidamente
autorizadas - investimentos esses para os quais a empresa tenha capacidade
financeira de manter até o seu vencimento.
A utilização da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial deverá ser feita para
o lançamento do valor justo dos investimentos temporários, por exemplo: se a
empresa tiver aplicações financeiras destinadas a vendas futuras e que ainda
não foram autorizadas essas aplicações deverão ser reconhecidas em duas
etapas: primeiramente aplicam-se juros e atualizações monetárias a quem for de
direito contra o resultado do período. Em seguida, seus valores deverão ser
ajustados conforme seu valor de mercado e a contrapartida dessas oscilações
serão na conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial no grupo de contas
Patrimônio Líquido, conforme avalia Azevedo (2008).

32
10.3 Ativo Imobilizado

Segundo a redação da Lei 6.404/76 o ativo Imobilizado compreende “os


direitos que tenham por objetos bens destinados à manutenção das atividades
da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de
propriedade industrial e comercial”. A lei 11.638/07 amplia este conceito
descrevendo que o grupo tangível compreende bens corpóreos “decorrentes de
operações que transferem a entidade os benefícios, os riscos e o controle dos
bens”.
Os custos do Ativo Imobilizado são reconhecidos segundo o CPC 27
(2009) se gerarem futuros benefícios as entidades e o seu custo sejam
mensuráveis com confiabilidade, sendo reconhecidos no momento em que são
incorridos. Vale ressaltar que os custos referentes a manutenção periódica não
são reconhecidos no valor contábil de um item do ativo imobilizado.
Após o reconhecimento de um bem como ativo imobilizado ele deve ser
mensurado pelo valor de custo, compreendendo seu preço de aquisição
deduzido os abatimentos e descontos comerciais, somando os impostos e
quaisquer custos obtidos para colocar o bem no local e nas condições
necessárias para seu funcionamento, de acordo com o CPC 27 (2009).
O CPC 27 (2009) orienta que a reavaliação dos ativos se dá no período
de um ano caso haja mudanças significativas no valor justo do bem, tais
avaliações frequentes são desnecessárias quando o valor justo não sofre
alterações constantes se dando a cada três ou cinco anos. Quando há
reavaliação de ativos a depreciação também deve ser atualizada. Caso o valor
aumente em virtude da reavaliação o valor deve ser creditado em uma conta
especifica no patrimônio líquido. Quando tratar de reversão, de um decréscimo
reconhecido anteriormente que agora resulte em aumento deve ser reconhecido
na conta de resultado. A diminuição do ativo deve ser reconhecida no resultado
ou no patrimônio líquido quando há saldo na conta reserva de reavaliação.
A conta redutora do ativo imobilizado é a depreciação que registra na geral
perda do capital aplicado na aquisição do bem. Na divulgação das
demonstrações contábeis, devem salientar os critérios usados na depreciação,

33
a vida útil, taxas de depreciação, critério de mensuração de forma a fornecer a
seus usuários informações que os ajudem a revisar as políticas adotadas na
administração, assim ressalta o CPC 27 (2009).

10.4 Ativo Intangível

Outra regra contábil imposta pela Lei 11.638/07 foi a criação da conta
Intangível. “Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem
substância física”. (CPC 04, 2008)
Segundo Dias e Caldarelli (2008, p.14) no ativo intangível “serão
registrados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia inclusive o fundo de comércio adquirido”.
Seu reconhecimento, igualmente ao ativo imobilizado, se dá quando o
custo pode ser mensurável e forem prováveis aos benefícios econômicos
gerados pelo ativo em benefício da entidade. Quando um ativo adquirido pela
combinação de negócios for separável, resultando de direitos legais ou
contratuais, o seu valor justo pode ser mensurado com segurança é o que diz o
CPC 04 (2008). Pode a entidade optar em dadas circunstâncias pelo método de
reavaliação ou de custos, escolhido um critério para a contabilização, ele terá
que ser mantido e aplicado a todos os itens do grupo, respeitando o princípio da
conformidade.
Segundo o CPC 01 (2008) o método de custo consiste na apresentação
do custo deduzido a amortização e perdas acumuladas. Já o método de
reavaliação “corresponde ao seu valor justo à data da reavaliação” CPC 04
(2008) é necessário efetuar a reavaliação constantemente tendo como base um
mercado ativo. A amortização deve ser atualizada quando ocorrida reavaliação.
A contabilização desse ativo baseia na sua vida útil que para alguns itens pode
ser definida ou indefinida, essa avaliação usa como base o período em que o
bem deverá gerar fluxos de caixa positivos para a organização, a amortização é
aplicada somente à ativos com vida útil definida.
Esses são alguns procedimentos de reconhecimento e contabilização de
ativos intangíveis estabelecidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis 04

34
de 2008, de acordo com as normas em vigor devendo as empresas ajustar suas
demonstrações aos critérios expostos de forma a corrigir erros.

11 ALTERAÇÕES NAS DEMONSTRAÇÕES

As demonstrações obrigatórias pela Lei 6.404/76 eram as seguintes:


Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados,
Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos.
Na lei 11.638/07 não existe mais a demonstração das origens e aplicações
de recursos, conhecida DOAR, inclusão da Demonstração do Fluxo de Caixa
(DFC) e elaboração das Demonstrações do Valor Adicionado (DVA) apenas
pelas companhias de capital aberto.

11.1 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

Esta demonstração apresenta a movimentação financeira da entidade


através das entradas e saídas de recursos em dinheiro do caixa e a geração de
equivalente de caixa o qual de acordo com o CPC 03 (2008) “são aplicações
financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis
em caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor”.
A demonstração de fluxo de caixa possibilita aos usuários contábeis
avaliar os ativos líquidos de uma entidade e sua agilidade diante de mudanças
inesperadas, na qual está converterá seus investimentos em dinheiro, sem com
isso ter perda significativa em seu valor.
Segundo o CPC 03:

As informações de uma entidade são úteis para proporcionar aos


usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a
capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem
como suas necessidades de liquidez. As decisões econômicas que são
tomadas pelos usuários exigem avaliação de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa bem como da época e do grau de segurança de
geração de tais recursos. (CPC 03, 2008)

35
A DFC é composta de três divisões de atividades, conforme o CPC 03
(2008):
 Atividades Operacionais: são movimentações derivadas das
principais atividades geradoras de receita da entidade;
 Atividades de Investimento: são os resultados das compras ou
vendas de ativos de longo prazo;
 Atividades de Financiamento: são as captações de empréstimo e
outros recursos referentes aos proprietários, sendo subtraído do
grupo a amortização de empréstimo e a distribuição de dividendos.

A entidade poderá divulgar os fluxos de caixa operacionais utilizando de


dois métodos diferentes, o direto e o indireto. O direto de acordo o CPC 03 (2008)
é aquele “segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e
desembolsos brutos são divulgadas” e o método indireto é aquele “segundo o
qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos efeitos”.
Os efeitos pelos quais serão ajustados podem ser pelas operações que
não envolvam caixa e pelas apropriações por competência, recebimento,
pagamento passados ou futuros.
De acordo com a Lei 11.638 art. 176 § 6º “A companhia fechada com
patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões
de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos
fluxos de caixa”.

11.2 Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

A DVA é utilizada para informações sobre as riquezas criadas pela


entidade e a forma como está a distribui. Segundo o CPC 09 (2008) através da
DVA podemos visualizar o quanto a entidade tem na formação do Produto
Interno Bruto (PIB) com algumas diferenças de valores pois a ciência econômica
calcula o PIB pela produção enquanto a ciência contábil calcula pela realização
da receita baseada pela competência. A DVA demonstra o quanto a entidade
agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros que serão vendidos.

36
Primeiramente a DVA deverá apresentar as riquezas da entidade que será
apurada basicamente pela “diferença entre o valor das vendas e os insumos
adquiridos de terceiros”, incluindo o “valor adicionado recebido em transferência,
ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade”, como apresenta o CPC
09 (2008).
De acordo com Ariovaldo dos Santos em palestra ao CFC e FIPECAFI
(2008), na DVA riqueza criada não significa faturamento, por exemplo, se uma
empresa tem faturamento de R$ 10.000.000,00 mais compra insumos de terceiro
no valor de R$ 5.000.000,00 estará criando riqueza de R$ 5.000.000,00, riqueza
esta que será a participação da entidade na criação do PIB.
No segundo passo a DVA apresentará a distribuição da riqueza criada
pela entidade da seguinte forma:
 Para os empregados pessoal e encargos;
 Para o Governo impostos, taxas e contribuições;
 Para financiadores de capital externo juros e aluguéis;
 Financiadores internos juros sobre o capital próprio (JCP),
dividendos, lucros retidos/prejuízos do exercício. (CPC, 2008).

Existem alguns casos especiais na formação de riqueza como na


atividade de seguro e previdência. Segundo o CPC 09 (2008) os componentes
na formação da riqueza nessas atividades são:
 Receitas com operações de seguro;
 Receitas com operações de previdência complementar;
 Provisão para créditos de liquidação duvidosa;
 Variação das provisões técnicas em operações de seguro;
 Variação das provisões técnicas em operações de previdência.
(CPC 09, 2008)

Segundo o CPC 09 (2008) “Nas atividades de seguros e previdência, os


sinistros retidos e as despesas com benefícios e resgates, que representam o
total das indenizações líquidas a serem pagas aos segurados, devem ser
deduzidas das receitas”. Tais deduções são:

37
 Sinistro: valores das indenizações que são de competência do
exercício.
 Variação da provisão de sinistros ocorridos, mas não avisados:
valor do ajuste da provisão de sinistros ocorridos, mas não
avisados.
 Despesa com benefícios e resgates; valor dos benefícios
concedidos e dos resgates efetuados de competência daquele
período.
 Variação da provisão de eventos ocorridos, mas não aviados; valor
do ajuste da provisão de eventos ocorridos, mas não avisados à
empresa. (CPC 09, 2008)

A distribuição da riqueza deverá ser feita da mesma forma das outras


empresas, para os empregados, o governo, financiadores de capital externo e
interno.
A DVA por demonstrar a riqueza da empresa e a forma como esta será
distribuída é uma das demonstrações que possibilita aos usuários externos e
internos a extração de informações referentes ao desempenho econômico da
organização, suas formas de crescimento e distribuição.
As entidades estão sujeitas diariamente a diferentes tipos de riscos que
são provenientes do ambiente externo e interno, os quais podem afetar o
crescimento da riqueza da organização, seja na baixa da receita, pela não
confiança de seus clientes ou pelo aparecimento no mercado de um produto
concorrente.
Para Oliveira, Marins e Rocha:

Risco é a possibilidade de um insucesso na área de negócios, que


poderá afetar o patrimônio líquido de uma entidade ou ainda, o perigo
iminente e relevante de uma perda contingencial irrecuperável, devido
à probabilidade de ocorrência de um evento indesejado. (OLIVEIRA;
MARINS; ROCHA, 2006, p.02)

Sendo assim Santos (2002, p.25), identifica alguns tipos de riscos


empresariais:

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Riscos Provenientes do Ambiente Externo:
 Riscos Político-Legais;
 Riscos Econômicos;
 Riscos Demográficos;
 Riscos de Fornecedores;
 Riscos de Concorrentes;
 Riscos de Produtos Alternativos. (SANTOS, 2002, p.25)

Riscos Provenientes do Ambiente Interno:


 Riscos de Liquidez;
 Riscos de Crédito;
 Riscos de Mercado;
 Riscos Legais;
 Riscos de Erros;
 Riscos da Estrutura de Custos;
 Riscos da Área Administrativa;
 Riscos da Área de Distribuição. (SANTOS, 2002, p.25)

Através da identificação e análise destes riscos é possível gerenciá-los de


forma que estes possam ser controlados e não afetem o desenvolvimento
econômico e financeiro da organização.
De accord com o COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the
Treadway Commission):

O gerenciamento de riscos corporativos é um processo conduzido em


uma organização pelo conselho de administração, diretoria e demais
empregados, aplicado no estabelecimento de estratégias, formuladas
para identificar em toda a organização eventos em potencial, capazes
de afetá-la, e administrar os riscos de modo a mantê-los compatível
com o apetite a risco da organização e possibilitar garantia razoável do
cumprimento dos seus objetivos. (COSO, 2009)

39
BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, M.C. Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia


da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.

ANDERSEN, A. Normas e práticas contábeis no Brasil. São Paulo: Atlas,


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ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-


financeiro. São Paulo: Atlas, 2003.

CREPALDI, S.A. Curso de Contabilidade: resumo e teoria. São Paulo: Atlas,


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EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. Contabilidade introdutória. São


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IUDICIBUS, S. & MARION, J.C. Curso de contabilidade para não contadores.


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IUDICIBUS, S. & MARION, J.C. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas,


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MARION, J.C. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2007.

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