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CONTABILIDADE
AULA 1
CONTEXTUALIZANDO
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“contas” é bem mais profundo que isso, pois implica relações, o que estudaremos
no decorrer desta disciplina.
A ciência contábil realmente se utiliza de cálculos para evidenciar
resultados e fornecer informações, mas, conforme explicado por Marion (2006,
p. 26), “ainda que a contabilidade se utilize de métodos quantitativos, não
podemos confundi-la com as ciências matemáticas (ou exatas), que têm por
objeto as quantidades consideradas abstratas que independem das ações
humanas”.
Perceba então que a contabilidade, assim como outras ciências sociais,
se utiliza das técnicas fornecidas pelas ciências exatas como ferramentas para
alcançar seus objetivos, mas ela tem o aspecto da subjetividade que é
relacionado ao julgamento dos tomadores de decisão em torno do patrimônio da
entidade. Assim, “a contabilidade é uma ciência social, pois estuda o
comportamento das riquezas que se integram no patrimônio, em face das ações
humanas (portanto, a contabilidade ocupa-se de fatos humanos)” (Marion, 2006,
p. 26).
Agora você já sabe que a contabilidade faz parte do grupo de ciências
sociais, vamos entender um pouco sobre ela.
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Segundo Ferrari (2013), o campo de aplicação dessa ciência se estende
a todas as entidades que possuam patrimônio, sejam físicas ou jurídicas, de fins
lucrativos ou não. Portanto, dada a importância da contabilidade no ramo dos
negócios, de forma pragmática, essa ciência pode ser conceituada da seguinte
da seguinte forma: “A contabilidade é a linguagem dos negócios” (Marion,
2009, p. 24), pois ela “mede os resultados das empresas, avalia o desempenho
dos negócios, dando diretrizes para a tomada de decisões”.
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fornecidas são relacionadas ao patrimônio das entidades. Diante desse aspecto,
o objeto da contabilidade passa a ser o patrimônio das entidades.
Nesse entendimento, têm-se então a definição do objeto da contabilidade,
o patrimônio: “um conjunto impessoal de meios e recursos materiais e imateriais,
existente em determinado momento, visando à satisfação das necessidades da
atividade de uma célula social” (Sá, 1999, p. 56).
No texto dado pela resolução 774 do Conselho Federal de Contabilidade,
o patrimônio é descrito de forma mais abrangente:
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Nesse contexto, a contabilidade surgiu da necessidade de controle, tendo
se iniciado ainda na antiguidade, quando o homem começou a pensar e as
civilizações começaram a se formar. A partir desse momento, à medida que a
sociedade evoluía, a contabilidade passou a acompanhá-la.
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O primeiro período teve início com as primeiras civilizações e terminou em
1202 d.C., com a obra de Leonardo Fibonacci.
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Figura 2 – Segundo período da história da contabilidade
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2.1.4 4º período: história contemporânea ou científica da contabilidade
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voltadas para o desenvolvimento e sistematização das técnicas de escrituração,
em especial, o método das partidas dobradas.
Após a divulgação do método das partidas dobradas por meio do livro do
frei Luca Pacioli, a escola italiana ganhou grande impulso e se espalhou por toda
a Europa (Favero et al. 2011). Dentro da escola italiana, surgiram várias
correntes de pensamento contábil, sendo as principais descritas a seguir.
1. Mercadorias;
2. Dinheiro;
3. Efeitos a receber;
4. Efeitos a pagar;
5. Lucros e perdas.
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3.1.4 Escola aziendalista
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Quadro 1 – Comparação entre as duas escolas
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Figura 5 – Elementos do Balanço Patrimonial
BENS E
ATIVO
DIREITOS
PATRIMÔNIO
PASSIVO
OBRIGAÇÕES
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
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conjunto de informações que possibilite antecipar problemas de ordem
financeira. Segundo o autor, a sobra de dinheiro também requer tomada de
decisões para contribuir com a criação de riqueza, e as informações financeiras
podem diagnosticar a necessidade de empréstimos devido à falta de dinheiro e
investimentos. De acordo com Marion (2009, p. 87), a situação financeira da
entidade pode ser evidenciada também pelo balanço patrimonial:
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Caso o patrimônio líquido tenha apresentado crescimento em proporção menor
que o passivo, a situação econômica piorou.
A evolução a seguir mostra uma situação econômica favorável:
500,00
600,00 PL
PL
800,00
PL
1.000,00 200,00 1.000,00 400,00 1.000,00 500,00
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área contábil. “A prática contábil é bastante anterior à atuação acadêmica, de
forma que se pode estabelecer claramente uma disciplina das ciências sociais
que nasceu das demandas e anseios dos agentes operando em sociedade”
(Lopes; Martins, 2007, p. 3).
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interpretar, defender, desafiar e explorar o significado. Dois tipos de argumentos
de grande importância para a pesquisa são a dedução e a indução”.
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e perícia contábil, modelos de livros contábeis, técnicas de escrituração etc. –
são frutos da aplicação do método prescritivo (normativo) em contabilidade.
De acordo com Iudicibus (2006), a teoria normativa se apoia no
dedutivismo, e de forma prescritiva ela demonstra como a contabilidade deveria
ser à luz dos postulados contábeis, que são dados indiscutíveis. Nesse sentido,
a teoria normativa impõe o que deve ser feito, fundamentada nos objetivos e
postulados da contabilidade.
O processo normativo implica criatividade. Nesse entendimento, Ribeiro
Filho, Lopes e Pederneiras (2009) assumem que a criatividade é de suma
importância na adoção do processo normativo, pois diz respeito ao ato de instituir
ou estabelecer uma representação, modelo ou protótipo que traduza uma
possibilidade de adoção prática no campo de atuação da contabilidade.
Dessa forma, pesquisas em contabilidade utilizando o enfoque prescritivo
dizem respeito à criação de novos procedimentos, ou mesmo o aperfeiçoamento
dos já existentes, para que se busque melhorar cada vez mais a ciência contábil.
Dessa forma, o normativismo estaria elaborando novas normas, padrões e
procedimentos, considerando a existência de objetivos e postulados, adotados
e impostos pelos órgãos que regulamentam a contabilidade.
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TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
a. Escola patrimonialista;
b. Escola aziendalista;
c. Escola controlista;
d. Escola personalista;
e. Escola contista.
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d. A conta de capital próprio é representada pelo patrimônio líquido da empresa.
e. O conjunto de bens e direitos forma o ativo da empresa.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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RESPOSTAS
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