Você está na página 1de 43

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ROBERTO ARRUDA ZARATE LOPES

ESTAGIO CURRICULAR OBRIGATORIO I – PRÉ-PROJETO -


TCC
Na área de administração de Serviços

Cuiabá
2015
ROBERTO ARRUDA ZARATE LOPES

ESTAGIO CURRICULAR OBRIGATORIO I – PRÉ-PROJETO -


TCC
Na área de administração de Serviços

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção do título de estágio
curricular obrigatório em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof Fábio Rogério Proença


Regis Garcia

Cuiabá
2015
Dedico este trabalho a todos
aqueles que têm estado ao
meu lado, familiares, mestres,
e amigos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me proporcionar força e


dedicação todos os dias.

A minha esposa Keila Aparecida dos Santos Pomar, que tem me


acompanhando, me proporcionando força sendo compreensiva nos momentos que
tenho estado ausente.

Expresso também os meus agradecimentos aos mestres e tutores


da equipe UNOPAR que tem me ajudado a alcançar meus objetivos.

A todos os meus agradecimentos.


“Em algum momento de nossas vidas somos
alunos e professores. O importante é nunca
deixarmos de aprender e ensinar algo.”
Renato Collyer
LOPES, Roberto Arruda Zarate. ESTAGIO CURRICULAR OBRIGATORIO I – Pré –
TCC: Na área de administração de Serviços. 2015. 42. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – Centro de Ciências Empresariais e
Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Cuiabá, 2015.

RESUMO

No discorrer deste alcançou o meios necessários para a apresentação de uma


empresa qualificada em administrar serviços, com o objetivo de atender melhor os
clientes. O trabalho aborda as adequações tributárias, o sua inserção desta empresa
no mercado de trabalho. Como resolução embasada na pesquisa, identificam-se os
meios tributários, adequadas ao enquadramento da empresa do lucro real. Obtendo
as informações importantes para o bom desenvolvimento empresarial.

Palavras-chave: Criar, Administrar, Desenvolver e Tributar.


LOPES, Roberto Arruda Zarate. MANDATORY STAGE CURRICULUM I - Pre –
TCC: In the Services management area. 2015, 42. Work Completion of course
(Diploma in Accounting Sciences) - Applied Business and Social Sciences Center,
Northern Paraná University, Cuiabá, 2015.

ABSTRACT

In this discourse reached the necessary means for submitting a qualified company to
manage services, in order to better serve customers. The work addresses the tax
adjustments, the insertion of this company in the labor market. As resolution
grounded in research, the tax means are identified, the appropriate framework for the
real profit company. Getting important information for proper business development.

Key-words: Create, Manage, Develop and Tribute.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Impostos...................................................................................................26
Tabela 2 – Cargos e funções.....................................................................................38
Tabela 3 –Projeções de compras em Agosto............................................................39
Tabela 4 –Projeções de compras em Setembro........................................................39

Tabela 5 –Projeções de Vendas 40Tabela 6 –Projeções de Vendas Agosto


40Tabela 7 –Projeções de Vendas Setembro 40Tabela 8 –Demonstração de
Fluxo de Caixa 41
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................13

2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................16
2.1 ANALISANDO O RAMO DE ATIVIDADE DE UMA ADMINISTRADORA DE
SERVIÇOS .............................................................................................................. 15
2.2 HISTÓRICO..........................................................................................................15

2.2.1 A terceirização no Brasil.....................................................................................1

2.3 TRIBUTAÇÃO......................................................................................................17
2.3.1 Impostos Federais.............................................................................................19
2.3.2 Impostos Estaduais...........................................................................................21
2.3.3 Impostos Municipais..........................................................................................21
2.3.4 Contribuições Sociais........................................................................................23
2.4 LIVROS FISCAIS.................................................................................................24
2.5 ENCARGOS TRABALHISTAS.............................................................................26
2.6 LIVROS CONTÁBEIS...........................................................................................27
2.7 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.......................................................................28
2.8 BALANÇO PATRIMONIAL...................................................................................28
2.9 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)...........................29
2.10 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)...30
2.12 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
(DOAR).......................................................................................................................30
2.13 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA (DFC).............................................30
2.14 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)......................................31
2.15 ABRINDO UMA EMPRESA...............................................................................31
2.15.1 ESTRUTURA DE CAPITAL............................................................................32
2.15.1.1 Contrato Social.............................................................................................33
2.15.2 Empréstimos e Financiamentos .....................................................................33
2.15.3 ESTRUTURA FÍSICA......................................................................................36
2.15.3.1 Computadores e periféricos.........................................................................36
2.15.3.2 Veículos.......................................................................................................37
2.15.3.3 Móveis e utensílios......................................................................................37
2.15.3.4 Despesa com Aluguel..................................................................................37
2.15.4 ESTRUTURA DE PESSOAL..........................................................................37
2.15.4 ESTRUTURA DE PESSOAL.........................................................................37
2.15.4.1 Cargos e Funções.......................................................................................37
2.15.5 PROJEÇÃO DE COMPRAS...........................................................................39
2.15.6 PROJEÇÃO VENDAS....................................................................................40
2.15.6 PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA...............................................................41
4 CONCLUSÃO........................................................................................................42
REFERÊNCIAS........................................................................................................43
13

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo de proposta a elaboração da


abertura de uma empresa prestadora de serviço no ramo de administração da mão
de obra, sendo que a escolha desse ramo de atividade e devido o conhecimento
técnico já adquirido e por se tratarem em geral todos da área de atuação nesse
seguimento.
A Terceirização caracteriza-se fundamentalmente pela delegação da
execução de funções não essenciais da pessoa jurídica a terceiros, ou seja, que não
se ligam ao seu fim último, a sua atividade-fim.
A partir dessa constatação empírica, combinada com a pesquisa
ontológica da Terceirização, chega-se ao que há de prático no presente estudo: a
elaboração pro meio de uma abertura de empresa do ramo de prestadora de
serviços, aonde destacamos as suas primeiras compras, vendas, despesas iniciais,
controle de estoque, elaboração de folhas de pagamento, seus encargos,
imobilizado, e todos os registros dos fatos contábeis, a elaboração das
demonstrações contábeis e a análise destas demonstrações.
Além de embasar essa criação nas empresas enquadradas pelo
lucro real, fundamentando os tributos e os encargos nesta categoria para chegar a
um resultado final que é o resultado que se espera sempre que seja positivo.
Finalmente, numa avaliação da Administração da Terceirização de
serviços, busca-se delinear caminhos e critérios para que a instituição possa inserir
no ambiente empresarial.
14

1 DESENVOLVIMENTO

Uma administradora de terceirização de serviço que atua como


seleção e agenciamento de mão-de-obra, tem como resultado de maior importância
atender as atividades de vigilância e segurança tele atendimento, fornecimento de
recursos de mão-de-obra, serviços combinados na área de limpeza e paisagismo
buscam em sua integra atender necessidades de seus tomadores.
Os usuários são todas as pessoas que por algum motivo têm
interesse nas atividades exercidas pela empresa, sendo classificados como usuários
internos gerentes, funcionários, diretores, entre outros, e usuários externos prédios,
domicílios, dentre outros.
As atividades exercidas por meio de fornecimento de pessoal de
apoio para prestar serviços em instalações prediais de clientes, desenvolvendo uma
combinação de serviços, como a limpeza geral no interior de prédios, serviços de
manutenção, disposição do lixo, serviços de recepção, portaria e outros serviços
relacionados para dar apoio à administração e conservação das instalações dos
prédios, têm como responsabilidade atender os interesses dos clientes.
A preferência pela empresa prestadora de serviços tem grande
relevância, pois essa atividade visa aprimorar os conhecimentos do profissional
dentro do sistema contábil e assim poderão saber como funciona teoricamente e
como é desempenhada na prática.
Portanto a finalidade deste trabalho e apresentar detalhadamente e
fundamentado as informações, e a atuação de uma administradora e prestadora de
serviços, que tem como principal objetivo se manter no mercado, atender as
necessidades de seus tomadores, e controlar seus custos visando o lucro.
15

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 ANALISANDO O RAMO DE ATIVIDADE DE UMA ADMINISTRADORA DE


SERVIÇOS.
2.2 HISTÓRICO

Para avançarmos em uma análise do contexto de administração da


terceirização, é necessário conhecermos a evolução do desenvolvimento deste setor
no discorrer do tempo.

No período da Segunda Guerra Mundial, quando as empresas


produtoras de armamento bélico encontravam-se com sua capacidade produtiva
sobrecarregada com o excesso de demanda e verificaram que poderiam transferir e
delegar serviços a terceiros, que seriam contratados para dar suporte ao aumento
da produção de uniformes militares, armas leves e pesadas, munição, navios,
aviões, tanques de guerra, etc.

São inúmeras as definições oferecidas pelos estudiosos da


Administração à Terceirização, de modo que ao elencar algumas delas buscar-se-á
identificar o que há de essencial e comum do que seja, sob o enfoque administrativo,
a Terceirização.

Segundo Lívio Giosa Terceirização é:

“Um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros,
com os quais se estabelece uma relação de parceria, ficando a empresa
concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua”.

Segundo Carlos Alberto R.S. Queiroz

“Terceirização é uma técnica administrativa, que possibilita o estabelecimento de


um processo gerenciado de transferência, a terceiros, das atividades acessórias e
de apoio ao objetivo principal das empresas, que é a sua atividade-fim, permitindo
a esta se concentrar no seu negócio. É um processo de busca de parcerias,
determinado pela visão empresarial moderna e pelas imposições do mercado e da
demanda disponível.”

Para Ciro Pereira da Silva, Terceirização é definida como:


“A transferência de atividades para fornecedores especializados, detentores de
tecnologia própria e moderna, que tenham esta atividade terceirizada como sua
atividade-fim, liberando a tomadora para concentrar seus esforços gerenciais em
seu negócio principal, preservando e evoluindo em qualidade e produtividade,
reduzindo custos e ganhando competitividade”.

Luis Carlos Amorim Robortella interpreta o fenômeno como:


16

“Uma estratégia econômica que proporciona qualidade, agilidade, simplicidade e


competitividade, constituindo um processo de transferência de atividades
acessórias e de apoio a terceiros que, em parceria, prestam serviços ou produzem
bens para a contratante”.

Pelas definições referidas pode-se concluir que, à luz da


Administração, a Terceirização é uma técnica e não um fenômeno, que visa o fim
específico de conferir a eficiente eficácia empresarial, ou seja, fazer com que a
organização atinja seus fins da maneira mais econômica possível.

Tem-se observado que as empresas que implantam o sistema de


terceirização assim como as administradoras desses serviços têm por objetivo suas
atividades-meio, para que possam dedicar-se mais a atividade-fim, ao objetivo
principal do seu empreendimento.

2.2.1 A terceirização no Brasil

Autores como Jacques Lambert se referem a “dois Brasis”. Outros,


como Rodolfo Stavenhagem, pensam que a ideia de uma sociedade dual é
equivocada, uma vez que o Brasil arcaico e o Brasil moderno são dois polos de uma
mesma sociedade, afirma o esse economista.

“Entendo o Brasil tanto como uma sociedade dual ou como uma; a verdade é que
nos deparamos com o fato de vivermos em um país industrializado, mas
periférico”,

É importante abordarmos, ainda que de forma bastante breve, os


primórdios da industrialização brasileira que teve início no final do século XIX, com
as primeiras manufaturas na região sudeste, contribuindo para isso, basicamente a
abolição dos escravos, a entrada dos imigrantes europeus e a concentração de
renda nessa região, em função dos capitais acumulados na atividade cafeeira,
fatores estes que aliados à crise na exportação do café, tornaram possíveis os
investimentos na atividade industrial.

Nos seus primeiros 50 anos de existência, as indústrias brasileiras


lograram substituir a importação de tecidos, calçados, móveis e produtos
alimentares, tendo sido chamada, nesse sentido, de “indústria de substituição de
importações”. Com a dificuldade de importar produtos durante o período da Segunda
Guerra Mundial, e mesmo após esse período, mais indústrias foram implantadas,
17

principalmente nas grandes cidades, tendo surgido à industrialização brasileira


definitivamente, na região sudeste.

O principal fator do desenvolvimento industrial brasileiro deveu-se à


percepção de que depender de importações em larga escala comporta alguns
riscos, uma vez que a capacidade de importação do país pode sofrer sérios abalos
diante de uma eventual insuficiência de divisas ou produtos para importação.
Na década de 70, a região sudeste do Brasil, mais especificamente Rio de Janeiro e
São Paulo cresceram em número e diversidade de indústrias, tendo este último
estado recebido um grande contingente de população de outros estados brasileiros,
atraída pela grande oferta de empregos, tornando-se, dessa forma, a cidade de São
Paulo a maior metrópole do País.

Alguns autores consideram que para a ocorrência de tal fenômeno,


contribuíram a concentração de capital oriundo da cafeicultura e mão-de-obra
imigrante e pelo fato do solo urbano do Rio de Janeiro ter um preço mais elevado do
que o de São Paulo.

Deve-se observar que o processo de industrialização provoca a


ocorrência de outro processo, o de urbanização, que é o aumento, às vezes
desenfreado, da população urbana em proporções muito maiores do que a
população rural. Assim sendo, pode-se afirmar que o aumento da concentração
industrial leva ao aumento da população urbana.

Em decorrência desses fatos surge a terceirização da mão de obra


por meio de empresas prestadoras de serviços terceirizados.

2.3 TRIBUTAÇÃO

O conceito de tributos pode ser encontrado no Código Tributário


Nacional (CTN) que em seu art. 3º define:

“Art. 3º - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor


nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

Quanto à modalidade de tributos pelo lucro real podemos destacar


como sendo necessário:
18

Apurar o resultado contábil, ou seja, é obrigatório manter


escrituração contábil nos moldes da legislação comercial. Depois de apurado o lucro
contábil, devem ser procedidos os ajustes: adições e exclusões previstas em lei.
Essas adições constituem despesas que o fisco não aceita para fins de apuração do
IRPJ e da CSLL. E é nesse ponto que nossas atenções devem ser redobradas, pois
nem tudo aquilo que resulta em diminuição do patrimônio da empresa, é aceito para
diminuir a base de cálculo tributável.
Outra questão importante, ainda tratando do Lucro Real, refere-se à
Contribuição para o PIS/PASEP, e à COFINS. A escolha pelo lucro real deve levar
em conta essas contribuições, pois o regime é não cumulativo, onde as alíquotas
são bem altas (1,65% para PIS e 7,6% para a COFINS), mas há direito a deduções
do valor a pagar por meio de créditos previstos na legislação.

Por fim, é preciso salientar que não há um tipo de regime de


tributação que seja mais benéfico para a totalidade das empresas. Cada pessoa
jurídica deve considerar suas particularidades, meios de operação, e tipos de
atividade que desenvolve, para conseguir vislumbrar a forma mais econômica de
tributação para o ano de 2008, lembrando que uma vez formalizada a opção perante
a Receita Federal, esta é irretratável durante todo o ano-calendário.

A definição do lucro real é:

“Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas
das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.” (SILVA, 2006,
p.01).

Estão obrigadas a optar pela tributação com base no Lucro Real as


pessoas jurídicas que estiverem enquadradas nas seguintes condições:

I – Que tenham receita total, no ano-calendário anterior, superior a R$


48.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a
12 meses;

II – cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;

III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior; IV –


que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à
isenção ou redução do imposto;
19

V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo


regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou
redução de imposto;

VI – cuja atividade seja de factoring.

(arts. 247 547 do RIR/1999; Lei 9.249/95).

De acordo com Lei nº 10.637, de 2002, art. 1º, §§ 1º e 2º e Lei nº.


10.833, de 2003, art. 1º, §§ 1º e 2º. São discorridos sobre a tributação no lucro real
de toda pessoa jurídica o PIS e COFINS não cumulativo.
Além dos tributos previstos na legislação tributária que incidem
sobre o seu faturamento, como PIS, COFINS e ISS, que são comuns a todas as
empresas prestadoras de serviços, essas empresas ainda pagam impostos e
contribuições sobre o Lucro. Para esse fim, as empresas podem optante pelo Lucro
Real, estão obrigadas aos seguintes impostos no âmbito Municipais, Federais,
Estaduais e Contribuições Sociais.

2.3.1 Impostos Federais

Competência Federal, temos: IRPJ - Imposto de Renda da Pessoa


Jurídica. São contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as
pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País.
Elas devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode ser real, presumido ou
arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro apurado,
com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 / mês. As
alíquotas do imposto de estão em vigor desde 1996.
Dessa maneira o sistema de tributação sob o Lucro Real é
disciplinada pelos artigos 246 a 515, descrito no Regulamento do Imposto de Renda
no Decreto 3.000/99, que cita a partir de 1999 estão obrigadas à apuração do Lucro
Real as pessoas jurídicas (Lei 9.718/1998, art. 14): Art. 246. Estão obrigadas à
apuração do lucro real as pessoas jurídicas (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14):

I – cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de vinte e


quatro milhões de reais, ou proporcional ao número de meses do período, quando
inferior a doze meses; Nota: a partir de 01.01.2003, a pessoa jurídica cuja receita
total, no ano-calendário anterior seja inferior ao limite de R$ 48.000.000,00
(quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do
período multiplicado por R$ 4.000.000,00, quando inferior a 12 (doze) meses,
20

poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido – Lei
10637/2002.
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,
empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência
privada aberta;
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capitais oriundos do exterior;

As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real estão obrigadas a


recolher o IRPJ e a CSLL e quotas únicas, até o ultimo dia útil do mês subsequente
ao do encerramento do trimestre de apuração, sendo-lhe permitido optar pelo
parcelamento em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no ultimo
dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração
ao que corresponde.
Com base Lei 8.981, de 1995, artigo 57. Aplicasse à CSLL as
mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para o imposto de
renda das pessoas jurídicas.

Antecipações Mensais
As empresas que recolhem a CSLL por estimativa mensal, a partir de 01.09.2003,
devem considerar a nova base de cálculo da CSLL de 32% para as seguintes
atividades:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de
transporte;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

ALÍQUOTAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL


Base de Cálculo: Lucro líquido.

Alíquota: 9%, podendo a apuração ser trimestral ou anual. No caso


de apuração anual, a empresa recolherá com base em estimativa.

Para as entidades financeiras e equiparadas a alíquota é de 15%.


Em caso de parcelamento as quotas do IRPJ e da CSLL ficarão
sujeitas a juros calculados a taxa referencial do sistema Especial de liquidação e de
Custodia (Selic) para títulos federais, acumuladas mensalmente, calculadas partir do
21

primeiro dia do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o


último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês de pagamento.

2.3.2 Impostos Estaduais


A em relação aos tributos municipais o setor escolhido não
apresenta espécie de tributação.

2.3.3 Impostos Municipais

O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN: é uma


espécie de imposto de competência do Município e do Distrito Federal, tendo como
forma principal a prestação de serviços que consta na lista conforme a Lei
Complementar 116/2003, ainda que o mesmo não esteja estabelecido como
atividade predominante de prestador de serviço. A alíquota máxima que incidência
sobre o ISSQN foi fixada em 5% (cinco por cento) pelo art. 8, II, da Lei
Complementar 116/2003, e com incidência mínima 2% (dois por cento). No
município de Xinguara a taxa de imposto que incide é de 4% (quatro por cento)
sobre a prestação de serviço.
Taxa de Licenciamento e funcionamento (para concessão de Alvará
de Licença) – é uma licença concedida pela Prefeitura de cada município, onde
permite o funcionamento e localização de um estabelecimento comercial, industrial,
agrícolas, prestadores de serviços e associações de qualquer natureza, que está
vinculada a pessoa física ou jurídica, sendo que sua função é de interesse público,
tornando o exercício de atividades ou prática de atos dependentes, por sua
natureza, de prévia concessão ou autorização.
E os Impostos sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) – é um
imposto brasileiro instituído pela Constituição Federal cuja incidência se dá sobre a
propriedade urbana. Ou seja, o IPTU tem como fato gerador a propriedade, o
domínio útil ou a posse de propriedade imóvel localizada em zona urbana ou
extensão urbana.
Atualmente ele é definido pelo artigo 156 da Constituição de 1988,
que o caracteriza como imposto municipal, ou seja, somente os municípios têm
competência para aplicá-lo. A única exceção ocorre no Distrito Federal, unidade da
federação que tem as mesmas atribuições dos Estados e dos municípios.
22

Os tributos municipais dividem-se em tributos imobiliários e


mobiliários.

Tributos imobiliários: são aqueles cuja incidência está relacionada


com a propriedade de imóveis, tais como o IPTU e o ITBI.

Tributos mobiliários: são, por exclusão, os tributos que não têm sua
origem relacionada a imóveis. Basicamente os tributos mobiliários são o ISS e as
taxas pelo exercício do poder de polícia (taxas de fiscalização).

O sujeito passivo é identificado, para efeitos fiscais, pelo número de


inscrição no CCM, o qual constará de todos os documentos pertinentes.

Em casos que o prestador de serviços atue fora do Município,


obrigado à inscrição no cadastro, não o fizer, o contratante do serviço deverá reter
na fonte e recolher o ISS ao Município que se encontra situado, na conformidade da
legislação vigente.

No Brasil, o IPTU costuma ter papel de destaque entre as fontes


arrecadatórias municipais, figurando muitas vezes como a principal origem das
verbas em municípios médios, nos quais impostos como o ISS (Imposto Sobre
Serviços, outro imposto municipal brasileiro de considerável importância) possuem
menor base de contribuintes sendo um imposto municipal incidente sobre serviços,
onde o contribuinte é o prestador e o tomador de serviços, a alíquota varia conforme
a legislação de cada Município podendo ser de 2 a 5%. Sendo assim serviço
prestado surge o fator gerador da obrigação a recolher.
A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel sobre o qual o
imposto incide. Este valor deve ser entendido como seu valor de venda em dinheiro
à vista, ou como valor de liquidação forçada. É diferente de seu valor de mercado,
onde o quantum é ditado pela negociação, aceitação de parte do preço em outros
bens, entre outros artifícios, enquanto aquele, isto é, o valor venal, é ditado pela
necessidade de venda do imóvel em dinheiro à vista e em curto espaço de tempo.
Por isso, o valor venal de um imóvel pode chegar a menos de 50%
de seu valor de mercado. A alíquota utilizada é estabelecida pelo legislador
municipal, variando conforme o município.
23

2.3.4 Contribuições Sociais

Competência Municipal, temos: Contribuição do PIS/PASEP – a


contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) foi criada pela Lei
Complementar nº 7, de 1970. Já a contribuição para o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (PASEP), foi criada pela Lei Complementar nº 8,
1970.
O PIS/PASEP para as empresas tem como fato gerador à receita e a
base de cálculo é a receita operacional bruta (vendas de produtos e/ou mercadorias,
prestação de serviços, juros recebidos, etc.).
As pessoas jurídicas de direito privado, que recolhem o PIS/PASEP
sobre o faturamento, têm como base de cálculo o valor do faturamento mensal, que
corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas,
independentemente da atividade por elas exercidas e da classificação contábil
adotada para a escrituração das receitas (IN/SRF 247/02, Art. 10º).
Para determinar o valor da contribuição, será aplicada sobre a base
de cálculo a alíquota de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento),
conforme determinação do art. 2º da referida Lei. A competência deste imposto é de
exclusividade da União, a Contribuição Social sobre o Lucro.
Temos ainda a CSLL, que foi instituída pela Lei 7.689/88, tem como
definição que os valores arrecadados com este imposto, ficam 100% para a União
com o objetivo de financiar a seguridade social, não é repassada para os Estados e
Municípios.
Para a apuração do I da CSLL pelo lucro real, é executado a partir
do resultado do exercício antes da provisão do IR, contabilmente falando, resultado
contábil (econômico), passando esse valor para o livro fiscal conhecido como Livro
de Apuração do Lucro Real – LALUR, onde após adições e exclusões são apurados
os valores destes dois impostos.
Dentre esses impostos podemos destacar ainda, PIS - Programa de
Integração Social - como uma contribuição social de natureza tributária devida pelas
pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o seguro desemprego e do abono para
os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. Foi instituído com a
justificativa de promover a transferência de renda, possibilitando melhor distribuição
da renda nacional. E o COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade
24

Social – como uma contribuição federal incidente sobre a receita bruta das
empresas em geral, destinada à seguridade social. Tem como base de cálculo o
faturamento mensal, total de venda de bens e serviços, ou total das receitas das
pessoas jurídicas. Transcrito na Lei nº 10637/02 o PIS e a COFINS na Lei nº
10.833/03. Os efeitos destes tributos trouxeram um aumento na alíquota do PIS que
era de 0,65% para 1,65%.
A legislação atual das contribuições sociais do PIS/PASEP e
COFINS prevê que alguns produtos não estão sujeitos ao pagamento das referidas
contribuições, pois suas alíquotas estão reduzidas a zero, de acordo com o Decreto
nº 5.630, art. 1º, de2005, que regulamenta o art. 1º da Lei nº. 10.925, de 2004.

2.4 LIVROS FISCAIS

Segundo RODRIGUES (2007, p.25)

“É um livro de preenchimento obrigatório para as pessoas jurídicas que apurarem


o IRPJ e a CSLL com base no lucro real trimestral, anual e sempre que suspender
ou reduzir o valor devido do imposto”.

Sendo necessário ter o Termo de Abertura e Encerramento. E Cada


ciclo de escrituração de cada exercício é finalizado com a assinatura do diretor,
gerente ou titular e do contador legalmente habilitado, após a demonstração do lucro
real. As normas e procedimentos a serem seguidos estão regulamentados na IN
SRF n° 28/1978, tanto para a escrituração manual quanto para a eletrônica.
Compete à pessoa jurídica:

 Lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração;

 Transcrever a demonstração do lucro real;

 Manter o registro do controle de prejuízos fiscais a compensar em


períodos de apuração subsequentes, do lucro inflacionário a realizar, da
depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral com base na
receita bruta, bem como dos demais valores que venham a influenciar a
determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não
constem da escrituração comercial.

Sua função é ajustar os demonstrativos contábeis à declaração do


imposto de renda com adições e exclusões ao lucro líquido do período base,
apurando-se a base de cálculo do imposto de renda devido e controle de valores
que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos base futuros e que
não constem da escrituração comercial.
25

Este Livro contém 2 partes:

PARTE "A" - é a parte aonde irão discriminados os ajustes, por data,


ao Lucro Real, como: despesas indedutíveis, valores excluídos, e a respectiva
Demonstração do Lucro Real.

PARTE "B" - incluem-se os valores que afetarão o Lucro Real de


períodos base futuros, como, por exemplo: Prejuízos a Compensar, Depreciação
Acelerada Incentivada, Lucro Inflacionário Acumulado até 31.12.1995, etc.

Fonte de pesquisa:

www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/lalur

O LALUR também poderá ser utilizado a critério da pessoa jurídica


para demonstrar a base de cálculo da CSLL, sendo escriturado em folha separada e
a base de cálculo negativa será escriturada na parte “B” em folha separada do
prejuízo fiscal. Devem-se manter também os registros de controle dos valores
excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração
subsequentes, dos dispêndios com Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
e outros benefícios previstos no RIR/99.

Livro de Prestação de Serviço: Este Livro é obrigatório para todas as


empresas prestadoras de serviços, sendo composto por Termos de Abertura e
Encerramento;

Livro de Registro de Empregado: Sua utilização é obrigatória, pois,


tem a finalidade de identificar o empregado ou a critério da empresa usar como ficha
de cadastro individual do funcionário e foto, data de admissão, função, salário
recebido, forma de pagamento, devendo ser devidamente registrados no Ministério
do Trabalho;
Livro de Inspeção do Trabalho: O uso deste livro e obrigatório para
todas as empresas sujeitas à inspeção do trabalho, pois, nele deve ser registrada
pelo agente de inspeção do Ministério do Trabalho, sua visita ao estabelecimento
comercial, onde deverá ser especificada a data e hora que iniciou e terminou a
inspeção;
26

Livro de Apuração do ISS - Onde são realizados os lançamentos dos


registros contábeis e demonstrações financeiras deverão ser destacadas, de modo a
evidenciar o que é o registro de uma ou de outra sociedade.
É intransferível, só produzindo efeito fiscal em favor do contribuinte
consignado no documento fiscal como destinado ao tomador de serviços.

2.5 ENCARGOS TRABALHISTAS

São os encargos de tributos incidentes sobre a folha de


pagamento. Valores pagos mediante a remuneração mensal.
INSS - Empregados - Neste caso o cálculo deste tributo são
variados conforme a faixa salarial:

Fonte: Elaborado pela autora do trabalho estágio obrigatório. Dados coletados no site
http://www.calculoexato.net/calculos-trabalhistas/inss/tabela-inss-2015-previdencia-social/.

INSS - Empresa - O valor é calculado sobre a parte patronal e a


parte do empregado. Sendo a alíquota tributada em 20%.
INSS - RAT - Esta contribuição é estipulada para as atividades que
são consideradas de risco para os empregados, suas respectivas alíquotas variam
de acordo com o nível de periculosidade sendo variada de 1% a 3%.
INSS Adicional do RAT - Neste caso o objetivo e custear a
aposentaria especial do trabalhador sujeito as condições não adequadas a sua
saúde. Suas alíquotas são variadas de 1% a 3% dependendo também do grau de
periculosidade.
FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - É calculado sobre
a remuneração do empregado sendo a uma alíquota de 8%.
27

Contribuição Sindical dos Empregados - O recolhimento é


obrigatório até dia 30 de abril, essa contribuição corresponde ao valor de um dia
trabalhado, sendo assim o valor irá variar de acordo com salário de cada
empregado. A natureza é tributária. E consta na legislação, caso não seja cumprido
o regulamento, pode ocasionar a suspensão do exercício da profissão.

2.6 LIVROS CONTÁBEIS

Diário - Finalidade de lançamentos de todo e qualquer documento


que envolva valores importantes. É obrigatório pela legislação comercial. Registra
operações da empresa, no seu dia-a-dia. Os lançamentos tem que ser em ordem
cronológica com clareza e eficácia, documentos comprobatórios e quaisquer outros
fatos relacionados na parte que envolve o patrimônio.
Conforme o que diz no (Decreto-lei 486/69, art. 5):

[...] é obrigatório o uso do Livro Diário, encadernado com folhas numeradas


seguidamente, em que serão lançados, dia a dia, diretamente ou por reprodução,
os atos ou operações da atividade mercantil, ou que modifiquem ou possam vir a
modificar a situação patrimonial do comerciante (BRASIL, 1969).

Razão - Registra a situação contábil do fato ocorrido, dando ênfase


nos termos contábeis da ocorrência, data e valor, fazendo uma determinação
analítica do diário. Os lançamentos são feitos em ordem cronológica de fatos
ocorridos. Enfim é o agrupamento de todos os registros contábeis de uma empresa
que usa o método das partidas dobradas.
No artigo 259 do RIR/99, Decreto 3.000/99, dispõe o seguinte sobre
o Livro Razão:

Art. 259. A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em
boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas
utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos
efetuados no Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na
legislação (Lei nº 8.218, de 1991, art. 14, e Lei nº 8.383, de 1991, art. 62).
§ 1º A escrituração deverá ser individualizada, obedecendo à ordem cronológica
das operações.
§ 2º A não manutenção do livro de que trata este artigo, nas condições
determinadas, implicará o arbitramento do lucro da pessoa jurídica (Lei nº 8.218,
de 1991, art. 14, parágrafo único, e Lei nº 8.383, de 1991, art. 62).
§ 3º Estão dispensados de registro ou autenticação o Livro Razão ou fichas de
que trata este artigo.
28

Livro Caixa: É o livro utilizado para registrar a movimentação do


caixa, ou seja, pagamento ou recebimento efetuado diariamente, relativo às receitas
e despesas da prestação de serviços sem vínculo empregatício. Seu registro junto a
Receita Federal ou em cartórios é dispensado.
Foi instituído pela lei 8.541/92.

2.7 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição


patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da
entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e
tomadas de decisão econômica. (ESTRUTURA CONCEITUAL CPC 00, 2008,
P.7).

Para fins de atendimento dos usuários da informação contábil, a


entidade deverá apresentar suas demonstrações contábeis (também usualmente
denominada “demonstrações financeiras”) de acordo com as normas
regulamentares dos órgãos normativos.
Segundo o IBRACON (NPC 27),

“as demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da


posição patrimonial e financeira em determinada data. O objetivo das
demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição
patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são
úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As
demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela
Administração, dos recursos que lhe são confiados.”

As demonstrações contábeis servem para informar aos usuários


qual é a estrutura patrimonial, econômica e financeira da empresa. As
demonstrações obrigatórias segundo a legislação brasileira, Lei 6.404/76 com as
alterações da Lei 11.638/2007 são: Balanço Patrimonial, Demonstrações do
Resultado do Exercício (DRE), Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa e se companhia aberta
Demonstração do Valor Adicionado.

2.8 BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial é uma ferramenta que é usada há muito tempo para


solidificar as informações contábeis. Em um primeiro momento eram chamados de
29

Balanços Gerais onde todos os comerciantes deviam apresentar anualmente os


totais de seus ativos e passivos (Mendonça, 1906, 72).

É uma das demonstrações financeiras obrigatórias segundo a Lei


6.404/76 das sociedades por ações, e que corresponde um dos relatórios mais
importantes no processo decisório.
O Balanço Patrimonial apresenta todas as peculiaridades da
empresa, permitindo que seus interessados possam extrair informações precisas de
todas as situações. É considerada uma demonstração estática, pois a qualquer
momento a contabilidade poderá elabora-la e evidenciar naquele instante, a quem
interessar o desempenho financeiro da empresa.
Não se pode deixar de evidencia que o Ativo é composto pelos bens
e direitos da entidade, representando a parte positiva do patrimônio; o Passivo
representa todas as obrigações que uma empresa possui com terceiros também
conhecido como capital de terceiros ou obrigações exigíveis e temos também o
Patrimônio Liquido que representa os recursos próprios da empresa, ou seja,
aqueles valores remanescentes de suas atividades e que pertencem aos seus
sócios. Exatamente por estes valores aos proprietários das entidades, também é
conhecido como Capital Próprio ou Obrigações não Exigíveis.
No entanto o Balanço Patrimonial é resultado de uma serie de
eventos que ocorreram no patrimônio da entidade e que foram sintetizados nesta
demonstração.

2.9 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Como o próprio nome já evidencia tem a função primordial de


apresentar a situação econômica de uma instituição seja lucro ou prejuízo. Trata-se
de um relatório apurado de forma vertical, no qual são realizadas todas as deduções
pertinentes sobre as vendas brutas da empresa.
Como grupos dessa demonstração têm a receita operacional bruta
que representa vendas totais de uma empresa incluindo todos os impostos e
abatimentos concedidos; deduções da receita operacional bruta, são valores que
irão reduzir a venda bruta, para se chegar à chamada: receita operacional liquida; os
custos operacionais são valores diretamente relacionados aos estoques das
empresas, pois representa a baixa efetuada nos estoques por vendas realizadas no
30

período, despesas operacionais segundo Ludícibus, Martins e Gelboke (2003)


constituem-se das despesas pagas ou incorridas para vender produtos ou
administrar a empresa.
O art. 187 da lei 6.404/76 estabelece que para se chegar ao lucro
operacional, serão deduzidas as,

“despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as


despesas gerais administrativas e outras despesas operacionais” (BRASIL,
1976).

Para finalizar não podemos esquecer que o resultado final obtido


com a Demonstração do Resultado do exercício, seja Lucro ou Prejuízo, será
transferido para o Balanço Patrimonial no grupo do patrimônio Líquido, como Lucro
ou Prejuízos Acumulados.

2.10 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)

Essa demonstração evidencia toda a situação do patrimônio liquido


da empresa, todo acréscimo ou diminuição de qualquer uma das contas do
Patrimônio Líquido, são evidenciados por esse relatório contábil. Por se tratar de
uma demonstração que abrange todo o Patrimônio Liquido, a DMPL inclui também
toda movimentação de conta de Lucros ou Prejuízos acumulados.

2.11 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA)

Essa demonstração abrange a destinação do lucro remanescente


apurado na empresa, onde que pela sua elaboração pode-se verificar a parcela do
lucro final distribuídos aos sócios (distribuição de dividendos), o valor do lucro
transferido para a constituição das reservas de lucros, bem como a sua reversão, o
valor do lucro transferido para o aumento de capital social e ajustes de períodos
anteriores que é a contabilização de receitas e despesa de exercícios anteriores.

2.12 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS


(DOAR)
31

Essa demonstração tinha a finalidade de expressar toda a variação


no Capital Circulante Liquido da empresa, evidenciar as origens de recursos que
ampliam a folga financeira do curto prazo da empresa e as aplicações de recurso
que consome essa folga. Porém devido à interpretações das informações geradas
pela DOAR não serem de fácil entendimento, houve mudanças quanto a sua
obrigatoriedade.
A partir da vigência da Lei11. 638/07 a DOAR foi substituída pela
DFC - Demonstração de Fluxo de Caixa, cuja finalidade é evidenciar de forma mais
clara a situação da empresa, apresentar toda a capacidade de geração de caixa da
companhia.

2.13 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA (DFC)

De forma condensada, esta demonstração indica a origem de todo o


dinheiro que entrou no caixa em determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo
Financeiro.
Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é
uma demonstração dinâmica e também está contida no balanço patrimonial. É
considerada uma grande ferramenta empresarial, pois permite que as empresas
demonstrem todas as suas operações financeiras realizadas, possibilitando
melhores analises e decisões sobre a aplicação de todos os recursos financeiros
disponíveis. Ludícibus e Marion (2002, p. 220) afirmam que a DFC

“demonstra a origem e a aplicação de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em


um determinado período e o resultado desse fluxo”. Sendo que o termo
caixas engloba todo o disponível da entidade.

2.14 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)

Segundo Zanluca:

“Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe contábil que evidencia, de


forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela
empresa em determinado período e sua respectiva distribuição aos empregados,
financiadores de recursos, governos e acionistas”.
32

É a demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa,


os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em um
determinado período e sua distribuição. Nela são registradas todas as riquezas
geradas pela empresa e para onde foi distribuída essa riqueza. Evidenciando quanto
foi destinado ao pagamento dos funcionários, quanto foi para o pagamento de
impostos, entre outros.

2.15 ABRINDO UMA EMPRESA

Para abrir uma empresa e necessário primeiramente dever se ter um


local apropriado para então dar início a todos os procedimentos necessários e legais
que e exigidos pela a junta comercial da cidade onde esta localizada o endereço de
futuras instalações da empresa.
Depois de definir o local onde o empreendedor deve ainda ficar o
empresário deve ficar atento para todas as características do imóvel do
empreendimento. Como a infraestrutura que devem ser observados aspectos como
se há a disponibilidade de água energia e outros que serão necessários para a
instalação da empresa.
Os empresários devem ficar atentos com toda a documentação e
profissionais que deverão entrar com todos os processos na junta comercial do
município, nesse caso a empresa precisa de um contador para fazer o
acompanhamento da documentação.
Para legalizar a empresa o empresário deve procurar o órgão
competente para as devidas inscrições.
1. Registro na Junta Comercial da sua região;
2. Registro na Secretaria da Fazenda;
3. Registro na Prefeitura do Município;
4. Registro na Prefeitura para obter o alvará de funcionamento;
5. Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema
Conectividade Social- INSS etc.
Então faz se necessário um fazendo um projeto físico e estrutural,
podendo planejar melhor o capital que venha a ser aplicado.
33

Estrutura de capital social é o montante necessário para se constituir


e iniciar as atividades de uma nova empresa enquanto a mesma não gera recursos
suficientes para se sustentar.
O valor do capital social deve ser estipulado baseado num plano de
negócios elaborado pelos interessados da empresa. Uma vez definido o valor do
capital social necessário para a constituição da nova empresa, os futuros sócios
deverão estipular qual a quota dele que caberá a cada um subscrever. Subscrever o
capital nada mais é do que estipular no contrato social qual a porcentagem (%) do
capital social que caberá a cada um dos sócios.
Após a subscrição do capital será necessário sua integralização.
Integralização é o ingresso físico, real, da parcela do capital de cada um dos sócios.
A integralização do capital social pode se dar em moeda, em bens tais como:
equipamentos, veículos, imóveis.
No contrato social deverá constar se o capital social de cada um dos
sócios foi integralizado e de que forma. Pode ocorrer que algum dos sócios não vá
integralizar sua parte do capital social no futuro. Assim, constará no contrato social
que esse sócio irá integralizar o capital, sendo ainda preferível a estipulação no
contrato social da maneira, ou seja, em quantas parcelas, em quais valores e em
quais prazos tal sócio irá integralizar sua parte do capital social, de modo a evitar
eventuais discussões sobre tais condições.

2.15.1 ESTRUTURA DE CAPITAL


2.15.1.1 Contrato Social

MARIA APARECIDA VIEIRA, brasileira, casada sob o regime de


comunhão parcial de bens, capaz, empresário, natural de Cáceres - MT, nascido em
01-09-1989, inscrito no CPF sob n.º 030.260.391-36, portador da RG n.º 970.268
SSP-MT, emitida em 08-05-2005, filho de Pedro Candido Vieira e Flavia Teixeira
Vieira, residente à quadra 07 norte, porto 30 LT 01 Cuiabá - MT , cep 78000-000, e,
MARCELO MELO DE ASSUNÇÃO, brasileiro, casado sob o regime de comunhão
parcial de bens, capaz, empresária, natural de São Sebastião MA, nascido em
16/06/1988, inscrita no CPF sob nº 030.231.162-20, portadora da RG de nº 652.715
SSP-MA, emitida em 24.06.1990, filha de João Lucas Assunção Aguiar Filho e Maria
Santana Melo Assunção, residente à quadra 03 lote 04 Novo Paraíso Cuiabá - MT,
34

cep 78000-300, CONSTITUEM uma sociedade limitada, mediante as cláusulas a


seguir:

Cláusula 1ª. A sociedade girará sob o nome empresarial de: UNIÃO


ADMINISTRADORA DE SERVIÇOS LTDA - ME.

Cláusula 2ª. A sociedade adotará o nome de fantasia de: UNIÃO


ADMINISTRADORA DE SERVIÇOS LTDA - ME.

Cláusula 3ª. A sede será na Quadra 30 centro norte, quadra 01 nº 85


Cuiabá – MT CEP 78000-440.

Cláusula 4ª. A sociedade terá como objeto social o ramo de:


terceirização de serviços, limpeza em prédios e em domicílios, atividades de
limpeza, e atividades paisagísticas.

Cláusula 5ª. O Capital social será de: R$ 200.000,00 (Duzentos Mil


Reais), divididos em 200.000 (Duzentas mil) quotas sociais, no valor de R$ 1,00 (um
real) cada, totalmente integralizadas, neste ato, em moeda corrente do País,
distribuídas entre os sócios da seguinte forma:
SÓCIOS QUOTAS VALOR
MARIA APARECIDA VIEIRA 100.000 100.000,00
MARCELO MELO DE ASSUNÇÃO 100.000 100.000,00
TOTAL 200.000 200.000,00

Cláusula 6ª. As quotas são indivisíveis, e não poderão ser cedidas


ou transferidas a terceiros sem o consentimento do outro sócio, a quem fica
assegurado, em igualdade de condições e preço, direito de preferência para a sua
aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração
contratual pertinente.

Cláusula 7ª. A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de


suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do Capital
Social.
35

Cláusula 8ª. A sociedade iniciará suas atividades em 06 de Julho de


2015, e seu prazo de duração é por Tempo Indeterminado.

Cláusula 9ª. A administração da sociedade caberá ao Sócio


MARCELO MELO DE ASSUNÇÃO, com os poderes e atribuições de administrar a
sociedade, isoladamente, e se incumbirá por todas as operações da mesma,
representando ativa, passiva, judicial e extrajudicialmente, sendo-lhe autorizado o
uso do nome empresarial, vedado, no entanto, em atividades estranhas ao interesse
social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de
terceiros, bem como onerar ou alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização
do outro sócio.

Cláusula 10ª. O administrador declara, sob as penas da lei, de que


não está impedido de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em
virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que
vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime
falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a
economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da
concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade.

Cláusula 11ª. Ao término de cada exercício social, em 31 de


dezembro, o administrador prestará contas justificada de sua administração,
procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de
resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros
ou perdas apurados.

Cláusula 12ª. Nos quatro meses seguintes ao término do exercício


social, os sócios deliberarão sobre as contas e designarão o administrador quando
for o caso.

Cláusula 13ª. “Os sócios poderão de comum acordo, fixar uma


retirada mensal, a título de pró-labore” observado às disposições regulamentares
pertinentes.
36

Cláusula 14ª. A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar


filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada por todos os
sócios.

Cláusula 15ª: Atendendo a critérios dos sócios e eventuais


interesses das partes, poderão ser constituídos procuradores, sempre com a
menção expressa de poderes conferidos, ficando tais mandatários, tanto quanto
sócios, incluídos nas exigências gerais contidas no texto deste contrato, quando em
uso das credenciais aqui citadas.

Cláusula 16ª. Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade


continuará suas atividades com os herdeiros e sucessores. Não sendo possível ou
inexistindo interesse destes ou dos sócios remanescentes, o valor de seus haveres
será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da
resolução, verificada em balanço especialmente levantado.

Cláusula 17ª. Fica eleito o foro de Cuiabá-MT, para o exercício e o


cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato.

E por estarem os sócios justos e contratados, assinam o presente


instrumento em 03 (três) vias de igual teor e forma, destinando a primeira via aos
arquivos da Junta Comercial do Estado do Mato Grosso – Cuiabá - MT, 06 de julho
de 2015.

_____________________________ __________________________________
MARIA APARECIDA VIEIRA MARCELO MELO DE ASSUNÇÃO

2.15.2 Empréstimos e Financiamento

A empresa adquiriu junto ao BANCO DO BRASIL S/A, um


empréstimo no valor de R$ 200.000,00 (cem mil) reais para compra de moveis,
veículos, e maquinários para o estabelecimento, sendo que 20% desse valor ficarão
como capital de giro. A forma de pagamento do empréstimo taxa de juros 1% ao
mês, prazo 24 meses.
37

2.15.3 ESTRUTURA FÍSICA

2.15.3.1 Computadores e periféricos


A empresa adquiriu quatro computadores novos no valor de R$
1.000,00 (mil reias) reais cada, 2 impressora HP multifuncional no valor de R$
800.00 (oitocentos) reais cada.

2.15.3.2 Veículos
A empresa adquiriu um strada para ser usado na locomoção das
pessoas e dos alguns objetos necessários no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil).

2.15.3.3 Móveis e utensílios


A empresa adquiriu os seguintes moveis dois conjuntos de mesas
com cadeiras no valor de R$ 2.000,00 (mil) reais cada, dois armários novos no valor
de R$ 2.000,00 (mil) reais cada, uma mesa de reunião no valor de R$ 1.500,00 (mil
e quinhentos mil) reais, duas cadeira executiva no valor de R$ 1.000,00 (mil) reais
cada.

2.15.3.4 Despesa com Aluguel


A empresa ira paga R$ 850,00 (oitocentos e cinquentas) reais de
aluguel por mês, por referente contrato firmado em 01-06-2014 junto á Locadora
EMIKA, com prazo de validade de 24 (vinte e quatro meses), com endereço
localizado na Quadra 05 Centro Sul 28, LT 11 Cuiabá, CEP 77000-430.

2.15.4 ESTRUTURA DE PESSOAL

De acordo com o Decreto n° 3.048 de 6 de Maio de 19999, art. 225,


diz que a empresa e obrigada a prepara a folha de pagamento da remuneração
paga, devido ou credita da a todos os seguradores a seu serviço, devendo a
empresa manter uma via assinada da folha e recibos de pagamento.
A empresa também deve lançar mensalmente em títulos próprios de
sua contabilidade, de forma discriminada, fatos geradores de todas as contribuições,
38

o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais


recolhidos.
No entanto as relações entre empregadores e empregados são
disciplinadas pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT); Constituição Federal
de 1988 (com artigo específico para direito dos trabalhadores); por leis esparsas e
portarias governamentais.
A Consolidação das Leis Trabalhistas, na opinião da maioria dos
juristas brasileiros impõe na relação capital/trabalho, uma espécie de
“protecionismo” em favor dos empregados, por serem considerados a parte mais
fraca da relação.
A legislação trabalhista brasileira oferece aos trabalhadores
inúmeros benefícios diretos e os chamados benefícios extras salariais, sendo que a
maioria destes últimos é regulada por intermédio de acordos coletivos firmados entre
os empregadores e os sindicatos de trabalhadores.
O ponto chave no relacionamento entre a empresa cliente/empresa
prestadora de serviços/empregado é salvaguardar os interesses da empresa cliente
na contratação do serviço, exigindo, via contrato, que a fornecedora cumpra a
legislação específica, preservando-a de futuros débitos oriundos da relação
trabalhista.

2.15.4.1 Cargos e Funções


A empresa contratou no dia 01-07-2015 os seguintes funcionários;
NOME DO DEPATAMENTO FUNÇÃO SALARIO OPÇÃO PELO DEPENDENTES
EMPREGADO BASE VALE
TRANPOSRTES
José de Único Atendente R$ 788,00 Não Não
carvalho
Ariane de Único Supervisor R$1.487,00 Não Não
carvalho
Maria José Único comercial R$ 1.850,00 Não Não
Cardoso
Elias Alves de Único Financeiro R$ 1.200,00 Não Não
Souza
Fonte: Elaborado pela autora do trabalho estágio obrigatório. Dados coletados na empresa.

O empresário MARIA APARECIDA VIEIRA e MARCELO MELO DE ASSUNÇÃO


fazem cada um, uma retirara no valor de R$ 2.000,00 (dois) mil reais a título de pró-
labore.
39

A empresa e filiada ao sindicato do empregado no comercio do


estado do Mato Grosso (SEEAC).

2.15.5 PROJEÇÃO DE COMPRAS

A empresa vai realizar as seguintes compras nos meses 08/2015 e


09/2015 respectivamente;
Agosto de 2015.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO QTD FORMA DE VALOR VALOR TOTAL
PAGAMETO UNITARIO
Materiais de escritório em geral 50 A vista R$ 20,00 R$ 1.000,00
Detergente 15 A vista R$ 4,25 R$ 63,75
Agua sanitária 15 A vista R$ 5,00 R$ 75,00
Detergente Neutro 30 A prazo R$ 1,69 R$ 50,80
EPI 10 A vista R$ 30,20 R$ 309,20
Armário 3 A vista R$ 400,00 R$ 1.200,00
Rodo 3 A vista R$ 15,00 R$ 45,00
Vassoura 3 A prazo R$ 15,00 R$ 45,00
Tecido de Algodão 8 A prazo R$ 2,00 R$ 16,00
Sabão em pó 50 A prazo R$ 20,00 R$ 1.000,00
Desinfetante 80 A vista R$ 30,00 R$ 2.400,00
Produtos intangíveis para 100 R$ 10,00
A prazo R$ 1.000,00
treinamentos
Fonte: Elaborado pela autora do trabalho estágio obrigatório. Dados coletados na empresa.

Setembro de 2015.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO QTD FORMA DE VALOR VALOR TOTAL
PAGAMETO UNITARIO
Vassoura 20 A vista R$ 35,00 R$ 700,00
Agua sanitária 80 A prazo R$ 20,00 R$ 1.600,00
EPI 11 A prazo R$ 200,00 R$ 2.200,00
Sabão em pó 80 A prazo R$ 20,00 R$ 1.600,00
Desinfetante 80 A prazo R$ 30,00 R$ 2.400,00
Produtos intangíveis para 100 A vista R$ 10,00 R$ 1.000,00
40

treinamentos
Fonte: Elaborado pela autora do trabalho estágio obrigatório. Dados coletados na empresa.

2.15.6 PROJEÇÃO VENDAS


A empresa realizará as seguintes vendas em agosto e setembro de
2015,
Agosto/2015.
DATA ITEM FORMA QTD VALOR VALOR TOTAL
DE PAGTO UNITÁRIO
01/08/2015 Serviço de seleção de porteiro A vista 4 R$ 250,00 R$ 1.000,00
02/08/2015 Serviços de seleção de 2 R$ 111,00
A prazo R$ 222,00
atendentes
03/08/2015 Serviço de seleção atendente A prazo 3 R$ 900,00 R$ 2.700,00
05/08/2015 Serviço de seleção de porteiro A vista 4 R$ 329,00 R$ 1.318,00
07/08/2015 Serviço de seleção de 10 R$ 500,00
A vista R$ 5.000,00
atendente
14/08/2015 Serviços de seleção jardineiro 4 R$
A prazo R$ 5.000,00
1100,00
15/08/2015 Serviço de seleção de 3 R$ 250,00
A vista R$ 750,00
funcionários de serviços gerais
16/08/2015 Serviços de seleção jardineiro A prazo 10 R$ 500,00 R$ 5.000,00
19/08/2015 Serviços de seleção de Copa A vista 7 R$ 800,00 R$ 5.600,00
21/08/2015 Serviço de seleção de 5 R$ 500,00
A vista R$ 2.500,00
jardineiro
23/08/2015 Serviço de seleção de 5 R$ 500,00
A vista R$ 2.500,00
jardineiro
24/08/2015 Serviço de seleção de 4 R$ 900,00
A prazo R$ 3.600
jardineiro
31/08/2015 Serviços de seleção jardineiro A vista 6 R$ 800,00 R$ 4.800,00
17/08/2015 Serviços de seleção jardineiro A prazo 4 R$ 800,00 R$ 3.200,00
Fonte: Elaborado pela autora do trabalho estágio obrigatório. Dados coletados na empresa.

Setembro/2015
DATA ITEM FORMA QTD VALOR VALOR TOTAL
DE PAGTO UNITÁRIO
01/09/2015 serviço de seleção de 1 R$ 220,00
A vista R$ 220,00
jardineiro
16/09/2015 serviços de seleção de Copa A prazo 2 R$ R$ 2.400,00
41

1200,00
18/09/2015 serviços de seleção de Copa 3 R$
A vista R$ 3.600,00
1200,00
20/09/2015 serviços de seleção de Copa A vista 10 R$ 400,00 R$ 4.000,00
21/09/2015 serviços de seleção de Copa A prazo 4 R$ 220,00 R$ 880,00
22/09/2015 serviço de seleção de 4 R$ 300,00
A vista R$ 1.500,00
jardineiro
23/09/2015 serviço de seleção de 2 R$ 300,00
A prazo R$ 600,00
jardineiro
25/09/2015 serviço de seleção de 5 R$ 180,00
A vista R$ 900,00
jardineiro
27/09/2015 serviço de limpeza predial 5 R$
A prazo R$ 2.925,00
1200,00
28/09/2015 serviços de seleção de Copa A prazo 9 R$ 325,00 R$ 2.925,00
Fonte: Elaborado pela autora do trabalho estágio obrigatório. Dados coletados na empresa.

2.15.6 PROJEÇÃO DE FLUXO DE CAIXA


A empresa realizará os seguintes lançamentos no fluxo de caixa
meses de agosto e setembro de 2015;
DFC método direto
|DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA PELO MÉTODO DIRETO
|08/2015 |09/2015|
|(+) CAIXA ATIVIDADE OPERACIONAIS |R$ - |R$ - |
|(+) Recebimento de clientes |R$ 23.468,00 |R$ 29.942,00|
|(-) Pagamentos de fornecedores de mercadoria |R$ 8.400,00 |R$ 700,00 |
|(-) pagamentos de tributos |R$ 00,00 |R$ 0,00 |
|(-) pagamentos de salários |R$ 8.325,00 |R$ 8.325,00 |
|(-) pagamentos de despesas antecipadas |R$ 0,00 |R$ 0,00 |
|Caixa líquido proveniente de atividades operacionais |R$ - |R$ - |
Fonte: Elaborado pela autora do trabalho estágio obrigatório. Dados coletados na empresa.
42

2 CONCLUSÃO

O presente estudo, buscando instalar uma abordagem histórica em


torno das empresas Administradora de Terceirização, identificar instrumentos que
permitam avaliar satisfatoriamente a criação de uma empresa desse setor.

Neste contexto é preciso ressaltar que as instituições terceirizadas


disponibilizam de uma técnica e não um fenômeno, que visa o fim específico de
conferir a eficiente eficácia, ou seja, fazer com que se atinjam seus fins da maneira
mais econômica possível.

Portanto foram abordados ao discorrer deste as necessidades da


organização estarem enquadradas dentro das tributações legais. Além da boa
elaboração planejamento, e do orçamento antes da abertura da empresa, pois o
planejamento tributário e uma das formulas mais eficiente para que não aconteça
perda e nem gastos excessivos. Sabendo que, para os primeiros meses de da
empresa e necessário que a empresa tenha um bom capital de giro, para supri as
necessidade da mesma.

Sabemos, no entanto que as particularidades de criação e do


funcionamento de uma entidade envolvem lançamento demonstrações dos fluxos de
caixa com o meio que oferece ao usuário informações relevantes sobre as
movimentações, de entradas e saídas de caixa, de uma entidade num determinado
período ou exercício.
Aproveitando as condições impostas pelo processo de globalização,
dentre as quais a necessária implementação da Terceirização, aqueles que buscam
o facilitar o bom andamento empresarial se utilizam desse tipo de serviços de
terceirização.
43

REFERÊNCIAS

Azevedo, Osmar Reis. “DFC e DVA; “demonstração dos fluxos de caixa” e


“demonstração de valor adicionado “/ Osmar Reis Azevedo. – 1. Ed. – São Paulo;
IOB 2008.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 7ª Edição. Rio


de Janeiro, Ed. Campus, 2005.

BATEMAN, Thomas; SNELL, Scott. Administração-Construindo vantagem


competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

BECKER, Brian. Gestão estratégica de pessoas com Scorecard. Rio de Janeiro,


Campus, 2003.

DESATINICK, ROBERT L.; DETZEL, DENIS H., Gerenciar Bem é Manter o Cliente.
1. Ed. São Paulo: Pioneira, 1994.

FALCONI, VICENTE CAMPOS; TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo


Japonês). 8. Ed. Belo Horizonte: EDG, 1999.

FERNANDES, Eda. Qualidade de vida no trabalho- Como medir para melhorar


Salvador: Casa da Qualidade, 1996.

GALÉ, BRADLEY T; WOOD, ROBERT CHAPMAN; Gerenciando o Valor do Cliente.


São Paulo: Pioneira, 1996.

GIL, ANTONIO CARLOSK; Como elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas,
1998.
HERSEY, PAUL; BLANCHARD, KENETH H., Psicologia para Administradores. 1.
ed. São Paulo: E.P.U, 1986.

IUDICIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade


Para o Nível de Graduação. São Paulo: Atlas,

JURAN, J. M., Juran na Liderança pela Qualidade. 3. Ed. São Paulo: Pioneira,
1995.

KOTLER, PHILIP. Administração de Marketing. 10. Ed. São Paulo: Pertince Hall,
2000.

LAS CASAS, ALEXANDRE LUZZI. Qualidade Total em Serviços. 3. Ed. São Paulo:
Atlas, 1999.

LAS CASAS, ALEXANDRE LUZZI. Marketing de Serviços. 2. Ed. São Paulo: Atlas,
2000.

PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação


contábil. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
44

QUEIRÓS, Carlos Alberto R.S. Manual de terceirização: onde podemos errar no


desenvolvimento e na implantação dos projetos e quais são os caminhos do
sucesso, Editora STS, São Paulo, 1992.

RODRIGUES, Aldenir Ortiz et al. IRPJ/CSLL 2007 – Manual do Imposto de Renda


Pessoa Jurídica e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. 1 ed. São Paulo, IOB –
Thomson, 2007.

www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/lalur. Acessado em 5 de abril 2015.


http://www.receita.fazenda.gov.br/. Acessado em 22 de abril 2015.

http://www.unoparead.com.br/sites/bibliotecadigital/. Acessado em 05 de maio 2015.

file:///C:/Users/Sirlene/Downloads/ms_monografia.pdf. Acessado em 30 de maio


2015
http://www.calculoexato.net/calculos-trabalhistas/inss/tabela-inss-2015-previdencia-
social/.01 junho 2015

Você também pode gostar