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Economia Industrial

Material Teórico
A Evolução da Economia Industrial

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Fabio Sousa Mendonça de Castro

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
A Evolução da Economia Industrial

• Introdução;
• A Evolução Teórica da Economia Industrial;
• Principais Formulações Teóricas.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar a evolução da Teoria da Economia Industrial a partir de
uma análise crítica da teoria microeconômica, indagando o debate
sobre o mercado, na alocação de recursos, determinação dos preços
e distribuição de renda.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
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da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

Introdução
Começaremos um desafio interessante para o qual, até agora no curso de eco-
nomia, provavelmente, você estava se preparando para ele. Boa parte das fer-
ramentas e conhecimentos estudados em várias das disciplinas até já concluídas,
como microeconomia e história econômica, por exemplo, terão adjacências com
estas quatro unidades a seguir.

A teoria da economia industrial emerge no intuito de trazer a compreensão de


que os elementos disponíveis na análise microeconômica neoclássica são insufi-
cientes para uma interpretação consistente da realidade. Há vários motivos para
isso, mas fundamentalmente as limitações da microeconomia esbarram nos pres-
supostos gerais das formulações teóricas, sejam eles: o equilíbrio como essência, a
racionalidade total dos agentes, a Lei de Say, assim por diante.

Para a construção do conhecimento aqui apresentado, partimos do pressuposto de que a


Explor

Lei de Say – amplamente discutida e que diz em linhas gerais “que a oferta cria sua própria
demanda” – foi superada no pensamento econômico na teoria keynesiana pelo Princípio
da Demanda Efetiva. Todavia, até hoje, tal lei ainda é motivo de muita controversa entre os
economistas. Veja, por exemplo, a posição dos economistas adeptos da Escola Austríaca e
reflita sobre o assunto: https://goo.gl/ogacc9.

Uma vez que esses são fundamentos da análise, as interpretações da realidade


caracterizam-se por profundas abstrações e há abuso do uso da condição Ceteris
Paribus – isolamento hipotético de certas condições que atingem o fenômeno
estudado (do latim: tudo o mais constante). Isso tudo porque, até o momento, no
contexto em que essas formulações foram construídas, a ideia de que os mercados
se autorregulam em direção ao equilíbrio era hegemônica entre os economistas.

Dado isso, partimos do preceito de que a Economia Industrial, assim como a


Teoria Econômica em Geral, evolui de acordo com as circunstâncias históricas
que limitam a interpretação da realidade, como o estado da arte (a tecnologia), as
características da época e as ideologias vigentes (KON, 1994).

A Evolução Teórica da Economia Industrial


A Economia Industrial é uma abordagem moderna da microeconomia, sendo
crítica aos postulados neoclássicos. A teoria parte da análise da atividade de
unidades econômicas individuais de decisão, ou seja, estudaremos como os agentes
que atuam no mercado se comportam individualmente, ou coletivamente.

Já que falamos de indústria, é fundamento desta disciplina a compreensão da


distinção entre empresa (ou firma) e indústria. A empresa é uma unidade de produ-
ção, distribuição ou prestação de serviços em que são organizados e/ou processados

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os recursos para atingir à maximização dos resultados. Dessa forma, a empresa
procura os fatores de produção na forma de capital, trabalho, tecnologia e terra,
e os emprega a fim de produzir bens e serviços (unidade de produção) e, poste-
riormente, vender no mercado (unidade de distribuição). Esse conceito independe
do tamanho, qual sua forma jurídica ou quantos trabalhadores são empregados;
quando falamos em empresa, trata-se de uma unidade.
A indústria, por seu turno, constitui o conjunto de empre-
sas que ofertam produtos ou serviços idênticos ou semelhantes Fácil: a empresa
quanto à sua forma ou mesmo que utilizam a mesma matéria- é uma unidade
e a indústria é
-prima para produção. Portanto, é um conjunto de empresas um conjunto de
que pode ser considerado como setores e gêneros, podendo empresas.
ser público e/ou privado.
Com isso em mente, passamos a delimitar no pensamento econômico quando
a devida importância foi dada para a análise das empresas enquanto unidades de
produção, formação da indústria e suas relações com o mercado.

A princípio, no pensamento econômico, não foi dada muita importância à


indústria manufatureira. Os fisiocratas, ainda no século XVII, por exemplo, que
categorizavam a sociedade em três distintas classes – produtiva, proprietária e
estéril –, consideravam relevantes para compreensão do movimento da economia
apenas aqueles que tinham algum vínculo com a terra, única fonte de riqueza para
eles. O que quer dizer que estavam preocupados com os proprietários de terras e os
trabalhadores que cultivavam a terra; o restante, inclusive os que já se organizavam
em manufaturas, pertenciam à chamada classe estéril.

Evidentemente nessa época, com o grau de desenvolvimento das técnicas


produtivas e com o fato de que a imensa maioria da população do mundo vivia
no campo, sendo as cidades aglomerados que se estabeleciam ao redor de centros
comerciais, faz sentido pensar que a única fonte de riqueza era a terra e, portanto,
o trabalho no campo. Contudo, o processo de Revolução Industrial transforma
completamente essa perspectiva.

Passemos então para o fim do século XVIII, quando as ideias do liberalismo clássico
começaram a se disseminar, dando condições para que as bases filosóficas do capitalismo
industrial se estabelecessem, as cidades se expandissem e as fábricas se tornassem o
centro da economia. É nesse momento histórico de profundas transformações que se
percebe a divisão social do trabalho entre o campo e a indústria.

O pensamento econômico liberal, por sua vez, se estabelece enquanto ideologia


da época. Adam Smith, considerado o pai da economia moderna, formula sua obra e
abre um campo vasto para a expansão da ciência econômica que, somado às contribui-
ções de Ricardo, Malthus e Say, estabelecem o que chamamos hoje de Teoria Clássica,
que lograria, por mais de 150 anos, ser adotada quase que sem contestação.

Uma vez que a indústria ganha relevância no pensamento econômico, Smith


desenvolve sua teoria a partir dos conceitos de laissez-faire e mão invisível, em
que os mercados se autorregulam no movimento da estrutura de concorrência

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

perfeita em torno do equilíbrio. Portanto, nessa teoria, a empresa não determi-


na os preços, esses são estabelecidos pelo equilíbrio entre oferta e demanda e,
portanto, as decisões de produção, os custos e o lucro são consequências das
flutuações dos mercados.

Os clássicos também apontaram à condição de monopólio nas estruturas de


mercado em oposição à concorrência perfeita. A ideia proposta é que a formação
de monopólios adentra as estruturas da sociedade em situações específicas – como,
por exemplo, no controle da oferta de matéria-prima ou ainda no estabelecimento
de uma unidade produtiva muito mais eficiente do que a média dos produtores,
apontando como para uma espécie de falha de mercado. Nessas condições, a
empresa monopolista tem poder para determinar os preços e, portanto, atuar fora
do equilíbrio do mercado, auferindo lucros extraordinários e gerando um custo
social. Todavia, os clássicos entendem que essa condição, ao ser pressionada pela
estrutura da concorrência perfeita, tende a retornar ao equilíbrio com o tempo.

Tendo em vista essas estruturas de mercado e buscando a compreensão da


origem da riqueza, vale ressaltar como Say, em seu “Tratado de Economia Política”,
desenvolve o conceito de indústria. O autor propõe a delimitação de três distinções
na indústria a fim de entender como se organizam e concorrem para a produção,
como aponta Kon (1994):
a) Indústria agrícola, quando essa se limita a colher produtos da natureza;
b) Indústria manufatureira, quando ela separa, mistura e modela os
produtos da natureza para adaptá-los a nossas necessidades;
c) Indústria comercial ou comércio, quando coloca à nossa disposição os
objetos de que necessitamos e que, não fosse ela, estariam fora de alcance.

Tendo em vista essa composição, Say analisa a condição de capital produtivo e


indica sua associação com o que ele chama de “agentes naturais” para a produção.
Nesse sentido, busca a compreensão de como o capital se transforma e se multiplica
no curso da produção.

Importante! Importante!

Essas formulações sobre como as empresas se comportam no mercado são as bases dos
posteriores desenvolvimentos da teoria econômica. Por isso a importância da apreensão
da condição da indústria a partir da leitura do Tratado de Economia Política de Say.

A Escola Neoclássica, ou Marginalista, a partir de 1870, acrescenta aos ensi-


namentos dos clássicos outros elementos à compreensão do comportamento das
empresas para suas decisões de produção, seguindo a ideia de que a teoria da de-
terminação de preços é fundamental para a compreensão da alocação de recursos.

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Marshall, entre outros avanços na Teoria Econômica, aponta, no que tange
à organização industrial, elementos que contribuem para o entendimento da
produção enfocando na divisão do trabalho e na influência das máquinas. Suscita
ainda as ideias de concentração industrial em determinadas regiões e o advento da
produção em larga escala (KON, 1994).

Entretanto, os neoclássicos buscaram no conceito de “utilidade”, já desenvolvida


pelos clássicos, a chave-mestra para a formulação de uma nova Teoria do Valor,
em que apontam a Teoria dos Preços como essência da tomada de decisões das
empresas, postulando a microeconomia.

Na microeconomia, a parte que nos interessa para o estudo da economia


industrial é a Teoria da Firma, em que o equilíbrio da empresa na concorrência
perfeita se dá a partir de ajustes marginais na produção e nos custos.
Sob condições de concorrência perfeita, as firmas determinarão sua
produção no ponto em que seus custos marginais se igualarem ao preço,
sendo este preço determinado pelo mercado. No longo prazo, o preço é
igual ao custo médio de produção, na escala de produção em que os custos
médios são mínimos. As firmas na realidade desejariam lucros máximos,
porém a competição asseguram apenas lucros “normais”. No caso de
uma firma monopolista, o lucro é maximizado ou a perda minimizada,
quando o custo marginal se iguala a receita marginal (KON, 1994, p. 17).

O conceito de marginal é funda-


mental para compreensão da teo-
ria neoclássica: resumidamente, é a
alteração no resultado da empresa
a partir da produção de uma uni-
dade a mais do produto.

A Teoria Neoclássica e seus fundamentos se estabelecem, até os dias de hoje,


ainda como hegemônicas no pensamento econômico. Todavia, e aqui na disciplina
de Economia Industrial principalmente, nos cabe fazer a crítica a esses postulados
a fim de, como já dito na apresentação, aproximar nosso entendimento do
comportamento das empresas na economia à realidade.

Evidentemente, toda essa construção teórica na história não estava blindada de


críticas. Marx, observando a construção teórica dos clássicos, propõe a sua “Crítica
à Economia Política”, fundando uma corrente de pensamento que se desenvolve
paralelamente ao mainstream, como antítese de suas formulações. Costuma-se
denominar essa corrente de pensamento, principiada por Marx e complementada
por seus seguidores, como “socialistas científicos”, propondo a Teoria do Valor
oposta ao utilitarismo: a Teoria do Valor Trabalho.

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

Importante! Importante!

Enquanto a Teoria do Valor Utilidade propõe que o valor provém da utilidade das coisas
para as pessoas, a Teoria do Valor Trabalho propõe que o valor provém da quantidade de
trabalho necessário para sua produção.

Como fica explicito na denominação, os socialistas científicos apresentam sua


teoria como crítica ao sistema capitalista, apontando que os custos sociais do
desenvolvimento industrial estabeleciam condições precárias de sobrevivência para
a classe operária. Nessa análise, a luta de classes, capitalistas contra o proletariado,
é o motor da história da sociedade.

Em O Capital, Marx descreve minuciosamente sua interpretação da sociedade


capitalista, apontando suas teorias da produção, distribuição, circulação e consumo
como fases de um único processo, em que a produção de mercadoria é o centro
da análise. Para ele, a determinação dos preços se dá na relação entre produção,
salários e lucros, propondo os conceitos de mais-valia e acumulação de capital
como fundamentos das relações sociais no capitalismo.

Dados esse panorama da história do pensamento econômico frente à necessidade


de compreender o comportamento das empresas, resta-nos apontar como desse
complexo teórico emerge a teoria da economia industrial.

Entende-se que a teoria da Economia Industrial é derivada das escolas institucionais


e históricas que têm origem na Alemanha e nos Estudos Unidos, que traziam em
seu bojo a tradição da ênfase na observação empírica do comportamento industrial
a partir do contexto histórico e institucional. Ou seja, estavam preocupados em
observar, a partir da realidade, como o contexto histórico e o papel das instituições
impactavam na economia e propunham transformações na organização industrial
e nas próprias instituições.

Todavia, na década de 1920, Marshall já começava a apontar caminhos que


direcionavam sua teoria para uma aproximação do estudo contemporâneo da
economia industrial. Em seus Princípios de Economia, o autor já elenca a necessidade
de estudar “graus de monopólio, economias e deseconomias de escala, oligopólio,
discriminação de preços, a importância da inovação, processos dinâmicos, custos
fixos, risco e incerteza” (KON, 1994, p. 18).

Nesse contexto, já é possível identificar conceitos que são avançados para a teoria
microeconômica neoclássica. Por isso, entre outros aspectos abordados, o estudo da
Economia Industrial parte da crítica aos neoclássicos, sendo parte da estrutura geral
da microeconomia, porém apontando diferenças de objetivo e metodologia.

Enquanto a microeconomia tradicional mergulha na necessidade de determinar


o equilíbrio, sugerindo que as empresas são passivas no mercado em que a concor-

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rência perfeita conduz ao equilíbrio; na Economia Industrial, não há o pressuposto
de equilíbrio e concorrência perfeita, a análise parte da particularidade do compor-
tamento individual das empresas e do mercado para compreender movimentos de
concentração e crescimento das estruturas produtivas.

Já no campo das formulações teóricas, os neoclássicos concentram seus


esforços na construção de modelos mais abstratos, rigorosos e simplificados do
comportamento das empresas; na Economia Industrial, há a inclinação a abordagens
mais empíricas que propõem modelos mais detalhados e que compreendem
questões institucionais e históricas.
A Economia Industrial caracteriza-se como uma disciplina indutiva,
colocando-se mais como observação empírica do comportamento das
firmas para construir uma teoria geral (KON, 1994, p. 20).

O novo enfoque metodológico que se coloca com a Economia Industrial,


portanto, tem em sua essência a combinação de eventos econômicos com a teoria,
determinando uma análise que esbarra na realidade e que possibilita algum tipo de
previsão do comportamento futuro das empresas e do mercado.

Nesse sentido, a existência de apenas duas formas de organização do mercado


(concorrência perfeita e monopólio), desde os clássicos já estabelecidas, é colocada
em xeque e é necessária uma nova teoria da determinação dos preços.

Três autores principais são considerados os formuladores dos primórdios da


Economia Industrial: Sraffa, Joan Robinson e Chamberlin. Esses autores, obser-
vando a concentração industrial de inícios do século XX, propõem a crítica aos
pressupostos neoclássicos apontando como o comportamento das empresas toma-
va o caminho da concentração e rompem com a lógica da concorrência perfeita.

Sraffa aponta inicialmente o caráter não racional dos consumidores no mercado


e desenvolve a ideia de que não há apenas um mercado global para o produto.
Robinson avança nesse sentido apontando a teoria da concorrência imperfeita, em
que há imperfeições no mercado e que o mesmo não é homogêneo. Chamberlin,
por sua vez, define a competição monopolística, em que a diferenciação do produto
é a chave do entendimento da concorrência entre poucas empresas que competem
pelo controle do mercado (KON, 1994).

Essas teorias foram cruciais para que os autores posteriores determinassem


a estrutura preponderante de mercado e que é fundamental para o estudo da
economia industrial: o Oligopólio.

A partir da segunda metade do século XX, há um grande acúmulo de conhe-


cimentos e instrumentos técnicos que vão construindo os modelos de análise na
economia industrial a partir da “teoria, econometria, estudos de caso e política de
ação das empresas industriais” (KON, 1994, p. 22).

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

Principais Formulações Teóricas


O campo de estudo da economia industrial possui uma considerável quantidade
de linhas de pensamento, que podem ser entendidas em duas correntes principais
– abordagem tradicional (mainstream) e abordagem alternativa ou evolucionista
(schumpeteriana/institucionalista) – cujas questões empíricas que orientam o
pensamento são comuns, porém divergem radicalmente em relação à metodologia
de análise, no papel das instituições e no entendimento das estruturas de mercado
(KUPFLER; HASENCLEVER, 2013).

Vamos observar em linhas gerais como cada uma dessas correntes propõem
seus modelos de análise neste item, a fim de que seja possível compreender como
se estabelece na ciência econômica o campo da economia industrial, para depois
aprofundarmos as especificidades das estruturas de mercado nas próximas unidades.

Modelo Estrutura-Conduta-Desempenho
Na abordagem tradicional, o estudo das empresas e do mercado se estabelece com
a construção do modelo Estrutura-Conduta-Desempenho (ECD), cuja elaboração se
dá como avanço da teoria neoclássica, propondo novos pressupostos e a revisão da
teoria a fim de aproximar a análise da realidade, tomando o caráter de paradigma
da microeconomia.

O autor do desenvolvimento do modelo ECD, Joe S. Bain, propõe uma


metodologia de análise do mercado e das empresas reconhecida como hipótese
estruturalista básica, que parte dos pressupostos em que as condutas não importam,
as estruturas determinam o desempenho e o desempenho é medido em termos
da diferença entre a taxa de lucro efetiva e a taxa ideal de alocação dos recursos
(KUPFLER; HASENCLEVER, 2013).

Em Síntese Importante!

O modelo ECD tem como principal preocupação a análise do desempenho de determinado


mercado frente ao desempenho esperado na situação hipotética ideal de concorrência
perfeita (AZEVEDO, 2004).

Mesmo que nessa metodologia as variáveis determinantes na atividade econô-


mica das empresas sejam aquelas referentes à estrutura de mercado, ainda assim,
a proposta do modelo pouco se aproximava da realidade. Nesse sentido, o modelo
ECD recebeu contribuições posteriores, de outros autores, que visavam aproximar
cada vez mais a análise da realidade, principalmente através da inclusão de vari-

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áveis nos elementos de conduta, fugindo um pouco da construção original, que
tinha seu fundamento na política de preços, e passando a utilizar conceitos como
propaganda e pesquisa e desenvolvimento.

Scherer e Ross (apud AZEVEDO, 2004) fazem o esforço de síntese no sentido


de reunir as principais contribuições da Economia Industrial em um único corpo
teórico, conforme o Quadro 1 a seguir:

Quadro 1
Condições básicas
Oferta Demanda
matéria-prima elasticidade
tecnologia substitutos
sindicalização taxa de crescimento
perecibilidade do produto sazonalidade
peso/valor método de compra
ambiente institucional tipo de comercialização

Estrutura de mercado
número de compradores e vendedores
diferenciação de produto
barreiras à entrada e à saída
estruturas de custo
integração vertical
diversificação

Conduta
precificação
estratégia de produto e propaganda
pesquisa e desenvolvimento
expansão da capacidade
estratégias institucionais

Desempenho
eficiência produtiva e alocativa
desenvolvimento
pleno emprego
equidade
Fonte: Scherer e Ross (apud AZEVEDO, 2004)

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

Esse quadro sintético demonstra o caráter geral do modelo ECD, em que a


causalidade principal é representada pelas setas “cheias” e os efeitos secundários,
pelas setas pontilhadas. Em linhas gerais, o que se apresenta no modelo é que a
estrutura de mercado é quem vai determinar a conduta das empresas. A adoção de
estratégias empresariais pode impactar de forma secundária nas condições básicas
e nas estruturas de mercado, o que quer dizer que depende de um maior prazo para
o resultado e, portanto, muitas vezes é ignorada no modelo.

No modelo, a estratégia da empresa é determinar o nível de produção e preços a


partir da estrutura de custos, demanda e expectativa de conduta de empresas concor-
rentes. Nessas condições, na situação de equilíbrio de mercado, em que preço e pro-
duto são conjuntamente determinados, conduz-se ao problema da endogeneidade,
em que variáveis como concentração de mercado e lucro não apresentam relação de
causalidade. Essa condição expõe vazios metodológicos no modelo, que vão sendo
questionados dentro do mainstream da economia industrial, promovendo um novo
campo de estudos dessa linha de pesquisa: a Nova Economia Industrial (NEI).

A NEI propõe a utilização da Teoria dos Jogos para interpretar a economia de


empresas a partir do modelo ECD; porém, rompe com as premissas do modelo.
Os economistas dessa corrente resgatam os modelos de Bertrand, Cournot, Nash
e de outros para pensar na hipótese de equilíbrio a partir dos primórdios da inter-
pretação do Oligopólio, adotando, em modelos mais complexos, conceitos como a
incerteza. Nesse caso, as condições básicas e as condutas baseadas em expectativas
são variáveis exógenas, enquanto estrutura e desempenho são variáveis endógenas.

Para sentir um pouco do ambiente do desenvolvimento da Teoria dos Jogos, indico o filme
Explor

Uma Mente Brilhante (2001), que apresenta a história do matemático responsável pela
teoria do Equilíbrio de Nash.

O campo de estudos aberto pelo Modelo ECD é ainda paradigma da


microeconomia, aberto a possibilidades de desenvolvimento; porém, seus avanços
já apontaram caminhos que permeiam as decisões de autoridades regulatórias.
Os estudos demonstram que a estrutura de mercado está diretamente relacionada
ao desempenho do mesmo e, por isso, há que se preocupar com questões como
concentração e barreiras para a entrada (HASENCLEVER; KUPFER, 2013).

Teoria Evolucionista
O desenvolvimento da corrente alternativa de interpretação da economia
industrial se estabelece no sentido de elaborar teorias que não se amparam na
noção de equilíbrio, logrando apresentar um novo paradigma à microeconomia com
caráter não determinístico. O cerne dessa análise perpassa a lógica do processo
de inovação e os respectivos impactos sobre a atividade econômica. Nesse caso, a

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noção de equilíbrio é substituída pela trajetória de evolução, enfatizando o papel do
avanço tecnológico na conformação das estruturas de mercado.

A concorrência é tomada, portanto, a partir da noção da trajetória de mudanças


nos processos produtivos, tendo como referências: instituições, hábitos, regras
e sua evolução. A metodologia de análise apresenta uma abordagem específica
e histórica, contrapondo-se à formulação de uma teoria geral, em que há a
concepção de que o homem toma decisões a partir de hábitos que muitas vezes
são pressionados pelas instituições.

Nesse sentido, para além da teoria econômica, a abordagem evolucionista,


que tem sua origem na analogia da teoria econômica com a teoria evolucionista
biológica, ampara-se em outras fontes do conhecimento para lograr compreender
o comportamento humano – como a psicologia, sociologia e antropologia.

A partir dessa estrutura, a abordagem evolucionista apresenta suas premissas da


seguinte forma:
1. Não há simetria de conhecimento e técnicas entre os agentes econômicos;
2. A tecnologia não está distribuída de forma homogênea na indústria;
3. Os agentes se comportam de forma distinta no mercado.

Por sua vez, os conceitos básicos que estruturam a abordagem e sustentam essas
premissas são os seguintes:
1. A tecnologia é apropriável, cumulativa, tácita e irreversível;
2. A incerteza é a lógica que permeia as decisões dos agentes econômicos;
3. As trajetórias tecnológicas ordenam o progresso técnico, fazendo com que
a apropriação e o desenvolvimento tecnológico tenham o caráter de um
processo não aleatório, e nem completamente exógeno (HASENCLEVER;
KUPFER, 2013).

Com essas características, a abordagem evolucionista propõe a construção de


modelos que tratam a questão da inovação e, por consequência, da concorrência,
como um processo que carrega na sua base uma trajetória histórica e temporal,
apresentando em seu cerne a dinâmica do processo de mudança, portanto,
abandonando o caráter abstrato da microeconomia neoclássica e trazendo a análise
para o concreto.

Importante! Importante!

Uma vez que no centro da interpretação da economia tem-se a trajetória do


desenvolvimento tecnológico, o objetivo dos evolucionistas é tratar variáveis path-
-dependent (variáveis dependentes da trajetória), ou seja, aquelas que incorporem na
sua constituição a construção histórica acumulativa e possibilite observar o futuro sob
condições de incerteza.

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

Em consonância com os evolucionistas, porém não pertencente diretamente


à essa corrente de pensamento, a Teoria dos Custos de Transação, de Oliver
Williamson, traz no centro da análise o conceito de transações, contribuindo com
a interpretação sobre a natureza institucional das empresas. Objetivo dessa teoria
é compreender as diferentes formas de organização interna das corporações, as
configurações industriais e as implicações sobre o funcionamento do mercado.

Os custos de transação são aqueles custos que emergem nas etapas do funcio-
namento do sistema de produção, ou seja, provenientes da divisão do trabalho.
Ao tomar como significativos esses custos no processo de produção, o autor
elenca pressupostos importantes que contribuem com o estudo da economia
industrial: racionalidade limitada, complexidade e incerteza, oportunismo e espe-
cificidade dos ativos.

Essas teorias alternativas da economia industrial se encontram em pleno de-


senvolvimento, tendo se inserido no pensamento econômico no campo da mi-
croeconomia heterodoxa, propondo uma interpretação mais próxima da reali-
dade do funcionamento do processo de produção. Uma vez que o conceito de
inovação toma o caráter de elemento central da análise para compreender a
concorrência, os estudiosos dessas correntes têm se aproximado das empresas e
do Estado a fim de elaborar estudos empíricos que possibilitem contribuições que
logrem expandir a ciência econômica e influenciar decisões políticas de incentivo
à indústria e à inovação.

Mercado
Antes de partir para o estudo das estruturas de mercado propriamente dito,
vamos encerrar esta unidade com o entendimento de o que é o mercado. Para
isso, faz-se necessário discutir três dimensões fundamentais do mesmo para que
depois seja possível discutir suas configurações na indústria: alocação de recursos,
determinação de preços e distribuição de renda.

A revolução industrial promoveu um fenômeno que tornou os produtores


individuais totalmente dependentes. A origem dessa condição é a divisão do
trabalho, em que os trabalhadores não veem outra saída senão oferecer suas horas
de trabalho a uma empresa para receber em troca um salário. O trabalho que cada
trabalhador executa é quase insignificante frente ao conjunto da produção, o que,
em geral, deixa o trabalho individual alienado do todo.

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Importante! Importante!

Nas fábricas mais antigas de automóveis, por exemplo, alguns trabalhadores tinham
a única função de apertar uma porca em determinada fase do processo produtivo,
por todo o expediente de trabalho – uma atividade repetitiva e enfadonha. Esse
trabalhador, com suas habilidades individuais, não tinha condição de produzir sozinho
um automóvel, apesar de sua atividade ser indispensável para o produto final. Dizemos
que esse distanciamento do trabalhador da mercadoria final é uma forma de alienação.
A outra forma de alienação é o fato de o trabalhador não ser proprietário das máquinas
e equipamentos que utiliza para incrementar a produção.

Os salários recebidos pelos trabalhadores são consumidos no mercado de bens


e serviços, o que, no ciclo produtivo, incrementa, mesmo que de maneira mínima,
a demanda e impulsiona a geração de novos empregos. O funcionamento desse
ciclo – de oferta de trabalho, produção, renda, consumo, demanda (na ótica do
trabalhador) – depende da inter-relação de milhões de indivíduos através de uma
instituição social: o Mercado (HUNT; SHERMAN, 1977).

No sistema capitalista, que se trata de uma economia de empresas privadas, o


mercado é quem determina o que vai ser produzido. Isso porque a lógica da produção
é guiada pelo impulso da maximização dos lucros. Os capitalistas, proprietários
dos meios de produção, vão ao mercado para adquirir matéria-prima e contratar
forças de trabalho a fim de produzir as mercadorias que serão vendidas no próprio
mercado. Portanto, a decisão de produção vincula-se ao que será indicado no
mercado como lucrativo.

Dessa forma, a instituição social, denominada Mercado, trata de um conceito


abstrato em que as transações da economia são realizadas, materializadas. Portanto,
em essência, o mercado é um fenômeno bilateral em que vendedores se relacionam
com compradores.

Alocação de Recursos
Dentre os problemas econômicos, a alocação de recursos é um dos mais
relevantes para se discutir, tendo em vista que nenhuma sociedade consegue
produzir bens em quantidade suficiente para satisfazer todas as necessidades e os
desejos nutridos pelos indivíduos, pois os recursos são escassos.

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

Na tradição do pensamento econômico, um bem é considerado escasso quando


a demanda é superior à oferta. Na economia de empresa privada, o mercado é
quem aloca os recursos e bens escassos. Como a maior parte dos bens é escasso,
ou seja, a demanda excede amplamente a oferta, a aquisição fica concentrada
nas mãos daqueles que possuem capacidade e estão dispostos a dispender maior
quantidade de dinheiro no mercado para ter tal bem, ou seja, quem tem condições
de pagar mais caro pelo produto.

Portanto, no pensamento econômico, a escassez não tem relação imprescindível


com a abundância ou ausência de abundância de um determinado bem e com os
desejos humanos pelos mesmos. Dessa forma, a alocação dos recursos tende ao
equilíbrio, na relação oferta e demanda, tendo em vista que os mecanismos da
concorrência conduzem o mercado à sua condição ótima.

Em Síntese Importante!

Nos termos econômicos, a escassez quer dizer que a determinado nível de preços,
os produtores não estão dispostos a ofertar no mercado quantidade suficiente de
determinado bem que seja capaz de suprir a demanda nesse mesmo preço. Todavia,
essa escassez tende a encontrar um equilíbrio através da concorrência perfeita e alocar
otimamente os recursos.

Dessa forma, a alocação de recursos via mercado, a partir da noção de concor-


rência perfeita, pressupõe um caráter impessoal e que descaracteriza a condição
humana, porém apontando a forma eficiente para a aquisição de lucro. Uma vez
que a concorrência perfeita é uma abstração da realidade, a alocação de recursos
escassos é uma questão muito mais complexa e que não se limita aos mecanismos
monetários que a teoria neoclássica propõe.

Determinação de preços
Como já indicado na seção anterior, a fim
de entender como evoluiu a teoria econômica Como se explica isso na teoria?
para a interpretação da economia industrial, Como a empresa vende a preço
a determinação de preços no mercado, tendo de custo? A resposta é simples:
na concorrência perfeita, a
como referência a teoria do valor-utilidade, empresa só pode aferir lucros
provém da estrutura de custo da empresa. normais, que já estão embutidos
Refere-se que, no equilíbrio, o preço é equi- na estrutura de custos.
valente ao custo marginal.
A teoria do valor-utilidade, que aponta o comportamento dos consumidores e
das empresas a partir de uma racionalidade total que encontra condições ótimas
na alocação dos recursos, respectivamente, ao maximizar a utilidade e minimizar
os custos, está preocupada em compreender no longo prazo como se estabele-
cem as relações no mercado, uma vez que o equilíbrio e a concorrência perfeita
são pressupostos.

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Nesse sentido, as empresas são tomadoras de preços no mercado em concorrência
perfeita. Evidentemente que, em estruturas de mercado em que a concorrência
perfeita não se estabelece, a estrutura de custos e determinação de preços é mais
complexa, como veremos na unidade seguinte.

Por sua vez, os teóricos da teoria do valor-trabalho entendem que a determinação


de preços no mercado se estabelece pela quantidade de trabalho necessário para a
produção da mercadoria. Dessa forma, a partir da contribuição de Marx, a aquisição
de lucro pelos capitalistas só pode provir da quantidade de trabalho empregado na
produção que não é remunerado aos trabalhadores, ou seja, a mais-valia.

Mais-valia é a quantidade de trabalho não pago ao trabalhador por sua produção, uma vez
Explor

que no capitalismo o trabalhador não tem posses, a única coisa que possui é sua própria
força de trabalho, cuja oferta no mercado, como uma mercadoria, lhe garante uma renda
igual ao custo de sua sobrevivência e reprodução de sua força de trabalho. O valor total da
produção proveniente de seu trabalho menos a renda recebida pelo trabalho é a mais-valia.

Distribuição de renda
A discussão sobre distribuição de renda é um tema delicado para a ciência eco-
nômica, muito tratado na macroeconomia, que, se formos aos fatos, não há muito
como argumentar contra a evidência da pobreza e da extrema desigualdade.

Estudo amplamente divulgado recentemente nos meios de comunicação aponta para que a acu-
Explor

mulação de riquezas do 1% mais rico da população mundial é equivalente à riqueza acumulada


do restante, 99% da população. Link para uma dessas reportagens: https://goo.gl/z4zV68.

Isso quer dizer que a distribuição de renda é um problema fundamental para


compreendermos o funcionamento da economia capitalista. Apontaremos breve-
mente como está disposto o problema no âmbito da teoria microeconomia a fim
de que se estimule uma reflexão sobre o assunto e o problema seja entendido como
um pilar da análise econômica.

O primeiro ponto a se destacar, para que se possa compreender as características


da distribuição de renda, é o entendimento de que essa distribuição não é feita de
forma aleatória entre os indivíduos. Há uma divisão muita marcada de tipos de
renda na economia. Em síntese, para a maior parte da população, a origem da
renda é proveniente do trabalho, ou seja, de salários; enquanto que para a menor
parte da população, aquela que recebe mais renda, a origem é a propriedade, ou
seja, lucros, juros e aluguéis.

Uma vez que a maior renda provém da propriedade e como a propriedade é


concentrada nas posses de poucos indivíduos, por consequência, a renda da socie-
dade está concentrada nas mãos dos mesmos e, portanto, o restante da população

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

está submetido às suas decisões. Isso porque, uma vez que detêm a maior parte
da renda, os proprietários são os capazes de fazer as poupanças que direcionarão
o investimento.

Para a teoria neoclássica, os lucros e salários têm a mesma origem. Respec-


tivamente, há o esforço dos proprietários para abrirem mão de um consumo no
presente e então investirem seu capital, e o esforço dos trabalhadores para abrirem
mão de seu tempo e prestarem serviços ao capitalista. Nessa concepção, o mon-
tante de lucro que o capitalista faz jus é equivalente ao volume de produto adiciona-
do à produção proveniente do capital investido, ao mesmo tempo em que o salário
é equivalente ao produto adicionado pelo esforço de trabalho de um indivíduo. Essa
concepção é denominada produtividade marginal, do trabalho e do capital, e, a
partir dela, se conclui que o lucro normal é um custo necessário à produção.

Todavia, mais uma vez lembrando, a produtividade marginal e o lucro normal só


fazem sentido frente a uma estrutura de mercado de concorrência perfeita. Uma
vez sendo essa uma abstração, a teoria acaba servindo de justificativa moral e ética
para a aquisição de lucros (HUNT; SHERMAN, 1977).

Os críticos dessa teoria entendem que o lucro por si é o fundamento que permite
o funcionamento da economia capitalista e propõem uma relação de via única entre
exploradores e explorados. Nesse sentido, os trabalhadores produzem a totalidade
do produto e o capitalista expropria parte desse produto através dos lucros, na
lógica da mais valia.

Na próxima unidade, aprofundaremos a análise microeconômica para as estru-


turas de mercado, a fim de que toda essa discussão proposta nesta unidade seja
observada a partir de perspectivas mais realistas do funcionamento da economia.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
A Lei de Say é irrefutável e, sozinha, destrói todo o arcabouço keynesiano
https://goo.gl/ogacc9
1% da população global detém a mesma riqueza dos 99% restantes
https://goo.gl/z4zV68

Livros
Tratado de Economia Política
Tratado de Economia Política de Jean-Baptiste Say. Capítulos I e II.

Filmes
Uma Mente Brilhante (2001)

Leitura
Revista Economia Contemporânea
n. 2, jul./dez. 1997
https://goo.gl/JBy2wq
Custos de Transação e política de defesa da concorrência
Mario Possas, João Luiz Pondé e Jorge Fagundes.
https://goo.gl/vWe3S9

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UNIDADE A Evolução da Economia Industrial

Referências
AZEVEDO, P. F. Organização Industrial. In: PINHO, D. B.; VASCONCELLOS,
M. A. S. (org.). Manual de Economia: equipe de professores da USP. 5. ed. São
Paulo: Saraiva, 2004. p. 203-226

HUNT, E. K.; SHERMAN, H. J. Uma introdução à moderna teoria


microeconômica. Petrópolis/RJ: Vozes, 1977.

KON, Anitta. Economia industrial. São Paulo: Nobel, 1999.

KUPLER, D.; HASENCLEVER, L. Economia industrial: fundamentos teóricos e


práticos no Brasil. 2. ed. São Paulo: Campus, 2012.

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