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Ambiental
Material Teórico
Gestão Ambiental
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Gestão Ambiental
• Introdução
• Gestão Ambiental
• Meio Ambiente
• Resíduos Sólidos
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer as dimensões
da gestão ambiental.
Aqui você também encontrará uma atividade relacionada com o conteúdo estudado
e composta por questões de múltipla escolha. Além disso, terá a oportunidade de trocar
conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, pois
são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre os
assuntos tratados nesta Unidade.
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Unidade: Gestão Ambiental
Contextualização
Para iniciar esta Unidade, a partir da seguinte ilustração reflita sobre os resíduos gerados
pelas atividades do dia a dia e seu destino final:
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Introdução
Gestão Ambiental
A gestão ambiental pode ser descrita como uma prática que vem sendo discutida e apoiada
em diversas instituições – públicas e privadas – da sociedade para a busca de melhoria constante
dos produtos, serviços e do ambiente de trabalho sem prejudicar o meio ambiente – acima de
tudo, atendendo os princípios da sustentabilidade ambiental.
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Unidade: Gestão Ambiental
A gestão ambiental passa a ser um assunto estratégico porque estimula a qualidade ambiental,
possibilitando a redução de custos através da diminuição de desperdícios com água, energia,
papel e outros insumos.
Em síntese
Do dicionário, sustentabilidade é dar suporte a alguma condição, em algo ou
alguém, é o fator para um processo ou tarefa existir.
Trata-se de encontrar uma forma de desenvolvimento que atenda às necessidades do
presente sem comprometer a capacidade do futuro, ou seja, preservar a vida e manter
o desenvolvimento tecnológico sem acabar com os recursos naturais do Planeta.
Por exemplo, o programa Água Doce, do Ministério do Meio Ambiente, tem o
compromisso de garantir o uso sustentável dos recursos hídricos, promovendo a
convivência com o Semiárido a partir da sustentabilidade ambiental. Um dos seus
objetivos é tornar os sistemas produtivos e de dessalinização autossustentáveis
com o controle dos impactos ambientais, por meio da capacitação de agentes
locais multiplicadores.
Meio Ambiente
Meio ambiente pode ser definido como o local onde uma organização atua, interligando ar,
água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas relações.
Por sua vez, organização pode ser uma casa, um escritório, uma escola, uma universidade,
uma oficina mecânica e uma grande indústria.
A avaliação de nossas atividades e suas interações com a natureza é uma forma de evitar
mudanças no meio ambiente.
Tal avaliação é realizada a partir de um levantamento, o qual chamamos de aspectos e
impactos ambientais das atividades da organização.
Aspecto é definido pela ISO 14001 como elemento das atividades, ou produtos, ou serviços
de uma organização que pode interagir com o meio ambiente.
O aspecto tanto pode ser uma máquina ou equipamento, como uma atividade executada
por essa ou por alguém que possa produzir algum efeito sobre o meio ambiente.
Segundo a definição trazida pela Resolução n.º 001/86 do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (Conama), Artigo 1º, o impacto ambiental é:
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Quadro 1
Saiba Mais
A ISO 14001 é uma norma aplicável a qualquer tipo de organização que tem por
objetivo obter um desempenho ambiental adequado. Isto é, que a organização
funcione, dê lucro e não prejudique o meio ambiente.
Para obtenção da certificação é necessário que a organização esteja dentro dos
requisitos determinados pela norma. Cabe à empresa contratar um organismo
externo para fazer auditoria e verificação do sistema ambiental e sua adequação
da organização, assim como de seus membros à norma. As certificações
possuem validades e novas auditorias são necessárias para a manutenção e nova
certificação ISO.
Ademais, o Conama é um órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional
do Meio Ambiente (Sisnama), criado em 1982 pela Lei n.º 6.938. O Conama
existe para assessorar, estudar e propor as linhas de direção que devem tomar as
políticas governamentais para a exploração e preservação do meio ambiente e
dos recursos naturais.
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Unidade: Gestão Ambiental
Exemplos de aspectos que ainda não são bem controlados e causam impactos ambientais
conhecidos mundialmente são:
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Rarefação da Liberação não controlada de gases na atmosfera que, reagindo com o ozônio,
causam o buraco na camada de proteção dos raios ultravioletas;
Camada de Ozônio
Figura 5 - Rarefação da Camada de Ozônio
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Unidade: Gestão Ambiental
Resíduos Sólidos
Segundo o Instituto Akatu, um terço de tudo que compramos vai direto para o resíduo.
Junto com esse terço dos produtos, são jogadas fora todas as suas embalagens, a água e
energia utilizadas em sua produção, o CO2 emitido em sua produção e transporte. A alteração
desse quadro passa por pequenas mudanças de atitude, especialmente na troca de um estilo
de vida consumista por um consumo consciente.
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Assim, não se deixe levar pelo consumismo:
»» Busque saber como foi elaborado cada produto, se é reciclável ou reutilizável e quais
impactos ambientais ou sociais causa;
»» Mantenha o hábito de verificar a etiqueta;
»» Confira qual a real utilidade do produto, antes de consumi-lo;
»» Escolha produtos com embalagens simples, recicláveis, reutilizáveis ou retornáveis.
Fonte: arraialdocabo.com.br
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Unidade: Gestão Ambiental
De acordo com a legislação, resíduos sólidos são substâncias nos estados sólido ou
semissólido que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,
agrícola, dos serviços e de varrição, incluindo lodos provenientes de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição e líquidos cujo lançamento em
rede pública – ou corpos d’água – não seja viável por razões técnicas ou econômicas.
O uso da nomenclatura resíduo sólido pode sugerir que a definição inclui apenas sólidos,
lodos, borras e similares; entretanto, muitos líquidos são considerados resíduos perigosos
devido à alta toxicidade ou porque são uma mistura de resíduos perigosos com água.
A periculosidade de um resíduo é a característica que esse apresenta relacionada com suas
propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas. Por esse motivo, pode ser considerado
um resíduo de risco:
»» À saúde pública, por provocar mortalidade e/ou incidência de doenças; e
»» Ao meio ambiente, pela forma inadequada de gerenciamento.
Saiba Mais
O que é um passivo ambiental?
É o conjunto de obrigações que as organizações têm com a natureza e com a
sociedade, destinado exclusivamente à promoção de investimentos em benefício
ao meio ambiente, ou seja, quando as organizações geram algum tipo de passivo
ambiental, têm que gerar também investimentos para compensar os impactos
causados à natureza e esses investimentos devem ser de iguais valores. Os
exemplos mais comuns de passivo ambiental são os casos de contaminação de
solo, quando, por exemplo, novos empreendimentos são construídos em áreas
onde existiram indústrias que deixaram resíduos tóxicos.
Daí surge a necessidade do gerenciamento dos resíduos sólidos, que é visto como
a atividade associada ao controle da geração, acondicionamento, estocagem, coleta,
transferência, processamento e disposição dos resíduos sólidos, de acordo com os princípios
de saúde pública, econômicos, de engenharia, de conservação, estéticos e de proteção ao
meio ambiente.
A implantação do gerenciamento de resíduos traz benefícios, pois a organização pensa
na cadeia do resíduo, busca preservar o meio ambiente, mostrando proatividade na atuação
da questão ambiental e, acima de tudo, constrói relações saudáveis com a comunidade,
melhorando sua qualidade de vida.
O plano de gerenciamento de resíduos de uma organização deve conter:
»» Identificação e quantidade dos resíduos por processo;
»» Definição da estocagem, transporte e disposição final;
»» Documentação do que será utilizado para seu controle;
»» Pesquisa e seleção de alternativas para reduzir, reciclar ou eliminar os resíduos perigosos.
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Importante!
Classificação dos resíduos:
Resíduos classe 1 – Perigosos: Que apresentam alta periculosidade, tais como
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade. Exemplos:
óleos hidráulico e lubrificante usados, resíduos ambulatoriais, fontes radioativas etc.
Resíduos classe 2 – Não perigosos.
Resíduos classe 2a – Não inertes: Aqueles que podem ter propriedades, tais como
biodegradabilidade, combustibilidade, ou solubilidade em água. Exemplos: restos
de alimentos, sucata de metais ferrosos, resíduos de papel e papelão, resíduos de
madeira etc.
Resíduos classe 2b – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando submetidos a um
contato com água, não tenham nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água. Exemplos: tijolo,
rocha, vidro, plástico, borracha etc.
Por fim, deve-se verificar qual será a destinação final do resíduo. Nesse sentido, pode-se
trabalhar com a recuperação/reciclagem, ou reuso:
»» Reutilização de embalagens;
»» Recuperação de solvente, novo refino de óleo;
»» Recuperação de materiais em forma de energia;
»» Reciclagem de papel, vidro, plástico e metal.
Ou outras formas de tratamento, tais como:
»» Coprocessamento;
»» Incineração;
»» Compostagem;
»» Aterro sanitário.
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Unidade: Gestão Ambiental
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Material Complementar
Leitura:
OLIVEIRA, I. de; GADELHA, F. E. A. A gestão ambiental e a análise do uso
racional e ecologicamente correto dos recursos naturais e seus processos no
Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará. Revista Eletrônica em
Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental – Reget, V. 18, n. 1, p. 43-56, abr. 2014.
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/10324/pdf
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Unidade: Gestão Ambiental
Referências
ABNT. NBR ISO 14001 – sistemas de gestão ambiental – especificação e diretrizes para uso.
Rio de Janeiro, 1996.
BRAGA, B. et. al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
BRASIL. Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981. Brasília, DF, 1981. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 19 abr. 2015.
MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C.; PHILIPPI JR., A. Curso de gestão ambiental. Barueri,
SP: Manole, 2004.
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Anotações
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