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Chana Sitoe

Chaule Chame

Flávia Faustino

Essumaila Aly

Gracio Curia

Teorias do Currículo

(Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Ensino de Biologia)

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Chana Sitoe

Chaule Chame

Flávia Faustino

Essumaila Aly

Gracio Curia

Teorias do Currículo

Trabalho de carácter avaliativo referente a cadeira


de Didáctica de Química IV, a ser apresentado na
Faculdade de Ciências Naturais Matemática e
Estatística orientado pelo Docente. MSc. Câltone
Camilo

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Índice
1.Introdução......................................................................................................................... 3

1.1.Objectivos do trabalho .................................................................................................. 3

1.1.1.Geral ........................................................................................................................... 3

1.1.2.Específicos ................................................................................................................. 3

1.2.Metodologia .................................................................................................................. 3

2.Conceito de currículo ....................................................................................................... 4

3.Teorias Curriculares segundo Silva.................................................................................. 4

3.1.A Teoria Tradicional do Currículo ................................................................................ 4

3.2.Teorias críticas do currículo .......................................................................................... 5

3.3.Teorias pós-críticas do currículo ................................................................................... 5

4.Teorias curriculares de Pacheco ....................................................................................... 5

4.1.A teoria técnica.............................................................................................................. 5

4.2.A teoria prática .............................................................................................................. 5

4.3.A teoria crítica ............................................................................................................... 6

Comparação das teorias ....................................................................................................... 6

5.Conclusão ......................................................................................................................... 8

6.Referencia Bibliográfica .................................................................................................. 9


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1. Introdução

O presente trabalho aborda as teorias de currículo segundo silva e Pacheco, nele serão
descritas a diferença entre teoria dos autores supracitados.
O problema de currículo foi um tema discutido por varias épocas e por vários pensadores até
os nossos dias continua sendo discutido, devidas as várias concepções complexa do mesmo.

As teorias de currículos pode ser intendida como pilares que versam sobre função e as
espectativas do currículo no contextos educacional elas podem ser divididas em tradicionais
criticas e pois criticas segundo (silva, 2003).

1.1.Objectivos do trabalho
1.1.1. Geral
 Descrever as teorias do currículo sob ponto de vista de Pacheco e Silva

1.1.2. Específicos
 Conceituar o currículo segundo os autores supracitados
 Compreender os pontos divergentes e convergentes entre os pensadores.

1.2.Metodologia
 A metodologia usada neste trabalho é de consultas de referências bibliográficas,
pesquisa da internet, e obras de dois autores silva e Pacheco.
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2. Conceito de currículo

Etimologicamente o termo Currículo, é proveniente do latino currere, que significa caminho,


Jornada, trajectória, percurso a seguir, encerra, segundo Pacheco (2001,), duas ideias
principais, que são a

“Sequência ordenada” e “a totalidade de estudos”, com base nas quais se “manifesta


(…) um conceito de currículo definido em termos de projecto, incorporado em
programas/planos de intenções, que se justificam por experiências educativas, em
geral, e por experiências de aprendizagem, em particular” (p. 15-16).

Segundo Silva (1999), “o currículo quando salientam que o currículo “é um objectivo ou um


conjunto de valores que são activados através de um processo de desenvolvimento e
culminam nas experiências dos estudantes em classe” (p. 12).

3. Teorias Curriculares segundo Silva

Sob o ponto de vista de Silva (1999), as teorias de currículo estão relacionadas a identidade e
a subjectividade, isso deriva recorrendo-se a etimologia da palavra currículo que vem do
currículo latino, ``carreira`` (p. 4).

Portanto para este autor identifica três teorias curriculares que são:

 Teorias tradicionais;
 Teorias críticas;
 Teorias pós-criticas.
3.1.A Teoria Tradicional do Currículo

A emergência do currículo como campo de estudos ocorre, nos Estados Unidos da


América, no contexto da institucionalização da educação de massas, com o contributo
decisivo de J. F. Bobbit, que publica, em 1918, o livro The Curriculum, considerado
como o marco referencial no estabelecimento do currículo como campo especializado
de estudos (Silva, 2000).

Todas estas visões ou perspectivas da teoria tradicional têm como denominador comum uma
visão redentora do currículo (Moreira & Silva, 1995):

“Em que a escola está ao serviço da ordem socioeconómica e política dominante,


cabendo-lhe, por isso, ainda que com respostas diferenciadas na forma, corresponder
às exigências da sociedade e do mundo do trabalho, com base nos princípios de
ordem, racionalidade e eficiência”.
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3.2.Teorias críticas do currículo

Basearam o seu plano teórico nas concepções marxistas e também nos ideários da
chamada Teoria Crítica, vinculada a autores da Escola de Frankfurt, notadamente Max
Horkheimer e Theodor Adorno.

Outra influência importante foi composta pelos autores da chamada Nova Sociologia da
Educação, tais como Pierre Bourdieu e Louis Althusser. Nesse sentido, o currículo estaria
atrelado aos interesses e conceitos das classes dominantes, não estando directamente
fundamentado ao contexto dos grupos sociais subordinados. As práticas curriculares, nesse
sentido, eram vistas como um espaço de defesa das lutas no campo cultural e social.

3.3.Teorias pós-críticas do currículo

Já as teorias curriculares pós-críticas emergiram a partir das décadas de 1970 e 1980, partindo
dos princípios da fenomenologia, do pós-estruturalismo e dos ideais multiculturais.
Assim como as teorias críticas, a perspectiva pós-crítica criticou duramente as teorias
tradicionais, mas elevaram as suas condições para além da questão das classes sociais, indo
directo ao foco principal: o sujeito.

Desse modo, mais do que a realidade social dos indivíduos, era preciso compreender também
os estigmas étnicos e culturais, tais como a racialidade, o género, a orientação sexual e todos
os elementos próprios das diferenças entre as pessoas.

4. Teorias curriculares de Pacheco

O segundo Pacheco (2001) debruça-se, em especial, sobre o papel das teorias curriculares e
caracteriza-as, focando-se em vários aspectos, três teorias distintas: a técnica, a prática e a
crítica. (p. 40).

4.1.A teoria técnica

É a que ainda se faz sentir actualmente. O currículo é definido como um


produto, uma sequência de experiências de aprendizagem dos alunos, preparadas pela escola
segundo um plano previamente estabelecido. O currículo é sinónimo de conteúdos ou de
programas das várias disciplinas. Assim, o currículo está ligado a um plano organizado de
aprendizagem centrado nos conteúdos, nos alunos e nos objectivos previamente formulados.

4.2.A teoria prática


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O currículo é perspectivado como uma prática que resulta de uma conexão


entre especialistas curriculares e professores e, também das condições reais dessa prática,
onde é reforçada a concepção de currículo como processo, constituindo uma proposta que
pode ser analisada pelos professores de diferentes maneiras e aplicada em diferentes
contextos. Por conseguinte, o currículo é uma prática em deliberação e em negociação.

4.3.A teoria crítica

Ao ter como enquadramento muitas das ideias neomarxistas, fenomenológicas e


existencialistas…insere-se numa perspectiva emancipadora de currículo, afastando-se, em
termos conceptuais, das teorias técnica e prática. O currículo não é o resultado nem dos
especialistas nem do professor individual mas dos professores agrupados e portadores de uma
consciência crítica e agrupados segundo interesses críticos”.

Comparação das teorias


Para silva ele destaca três teorias assim como Pacheco, silva defende que a teoria critica, ele
criticava o currículo sendo que estavam ligados aos interesses e conceitos de classes
dominantes, mais não estando directamente fundamentado ao contexto dos grupos sociais
subordinados ao passo que para Pacheco sua teoria critica ao currículo estava a considerar que
o currículo estava-se a se afastar da teoria técnicas e praticas.

 Teorias tradicionais; aceitando mais facilmente o estatuto quotidiano, o conhecimento


e o conhecimento dominantes; eles acabam se concentrando em questões técnicas.
 As teorias tradicionais estão preocupadas com questões de organização. Enquanto, as
teorias críticas e pós-críticas do currículo estão preocupadas com as conexões entre
conhecimento, identidade e poder.

Sob Ponto de vista de (Pacheco 2018), a teoria curricular, tem a função de descrever e
compreender os fenómenos educativos, servindo de programa para a orientação das
actividades resultantes da prática com vista à sua melhoria. Assim, "a teoria do currículo,
como qualquer outra teoria, tem a sua origem no pensamento, na curiosidade, na actividade e
nos problemas humanos. Uma teoria não consiste em fazer abstracções estranhas, senão o que
se procura é que nos sirva para compreender certas situações. (p.63).

Portanto, a teoria pós crítica enfatiza a não homogeneidade e uniformidade da identidade e


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sob o ponto de vista social, o que coloca este facto a uma vertente crítica, colocando-se a
dinâmica e auto-referências e subjectividade a pois critica.

No que entende Pacheco o currículo entender-se numa diversidade de temporalidades,


formadas e vividas por pessoas em espaços e lugares concretos, não sendo desejável que haja
um rolo compressor que nivela as aprendizagens e as molda até que os aprendentes atinjam
determinados resultados, quase sempre inscritos em lógicas produtivistas.

Com efeito, as teorizações curriculares diferenciam-se entre si pela diferente ênfase na


procura de respostas a essa questão, com as inerentes discussões nelas envolvidas, relativas,
nomeadamente:

 À natureza humana,8
 Da aprendizagem,
 Do conhecimento,
 Da cultura e da sociedade (Silva, 2001).

A teoria tradicional, técnica ou de instrução, por um lado, e a teoria crítica, por outro
(Pacheco, 2005), como o evidenciam as políticas e a práxis educativas nos diversos países,
mas também pela diversidade de ângulos ou perspectivas de abordagem no seio dos teóricos
situados no segundo grupo.
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5. Conclusão

As teorias curriculares apresentadas pelos autores Silva e Pacheco, enfatizam três teorias
sendo elas Teorias tradicionais; Teorias críticas E teorias pois criticas. No entanto os autores
posicionam-se em diferente ponto de vista em cada teoria, enquanto para Silva as teorias
enfatiza a identidade e subjetividade do currículo, Pacheco, enfatiza a dinâmica e a
homogeneidade das mesmas.

Para silva assim como para Pacheco concordam em teorias pós-criticas de silva e críticas de
Pacheco sendo influenciado pelas ideias neomarxistas fenomenológicos e existencialistas.
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6. Referencia Bibliográfica

Alves, M. P. Currículo e avaliação. Uma perspectiva integradora. Porto: Porto Editora.


2004.

Freire, P. Pedagogia do oprimido. 4. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

Pacheco, J. A.; Pereira, N. Estudos curriculares: das teorias aos projectos de escola.
Educação em Revista, n.45, p.197-221, 2007.

Pacheco, J. Currículo: Teorias e Praxis. Porto: Porto Editora.2001.

Silva, T.T. Documentos de identidade. Uma introdução às teorias do currículo: porto


editora. 2002.

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