Você está na página 1de 40

14

Introdução
A presente monografia ora em exposição, com o tema: Proposta Metodológica de Abordagem de
Conteúdos de Educação Ambiental - Estudo do Caso disciplina de Química, 8ª classe, na Escola
Secundária de Montepuez, 2011-2013, não pretende fazer uma exaustiva retrospectiva histórica da
matéria de Educação Ambiental (EA), mas o seu enquadramento na disciplina de Química na
actualidade com vista a entender-se a pertinência do uso de metodologias na transmissão dos
mesmos.
Nesta vertente, foi desenvolvida a pesquisa, com objectivo de conhecer as metodologias usadas na
Escola Secundária de Montepuez, as dificuldades de abordagem dos conteúdos de EA, que depois de
constatar ira-se propor estratégias para abordagem de tais conteúdos na disciplina de Química, e
proporcionar a prática da educação ambiental, meios para a sensibilização e consciencialização dos
alunos de uma escola de ensino secundário, sobre a importância e a necessidade da preservação e
conservação dos recursos naturais, não só analisar a percepção ambiental dos alunos contemplados
pela pesquisa, a partir da vivência de cada um, na perspectiva de se entender os diferentes níveis de
interacção do indivíduo ao meio.
Esta pesquisa exploratória foi como base na análise de conteúdos de EA no PEQ (Programa de
Ensino de Química) e nos livros do aluno da 8ª classe, questionário dirigido aos professores e alunos
com intuito de colher as sensibilidades dos mesmos.

Diante dessa situação, se faz necessária uma educação ambiental que consciencialize as pessoas em
relação ao mundo em que vivem para que possam ter acesso a uma melhor qualidade de vida.

Nesse contexto, uma prática educativa contínua no seio da sociedade pode contribuir para a mudança
de atitudes e comportamentos de cidadãos na perspectiva de uma gestão eficaz do meio ambiente. É
neste âmbito que as escolas como instituições de ensino desempenham um papel importante na
educação de gerações presentes para a preservação do ambiente de modo a garantir uma vida
adequada no meio escolar e na comunidade. Por isso, há necessidade de educar a criança, o jovem e
adulto para respeitar e preservar o meio ambiente, sendo fundamental proporcionar uma formação
básica em área de educação ambiental.

Ainda, observou-se que, a EA vem sendo trabalhada de uma forma superficial pelos professores em
sala de aula, sobretudo na ESM, desta forma dificultando compreensão de questões ambientais. Na
busca das soluções devemos começar pela prevenção.
15

Objectivos
Objectivo Geral
 Estudar as metodologias usadas no tratamento de conteúdos de educação ambiental na
disciplina de Química.
Objectivos específicos
 Identificar as metodologias usadas na abordagem de conteúdos de Educação Ambiental na
disciplina de Química
 Efectuar o levantamento nos Programas de Ensino de Química e nos livros escolares de
Química, conteúdos da Educação Ambiental;
 Sensibilizar os professores de Química no conhecimento e resolução dos problemas
ambientais, sua mitigação e prevenção na ESM.
 Propor metodologias para abordagem de conteúdos da educação ambiental na disciplina de
Química, na Escola Secundária de Montepuez, na 8ª classe.

Problematização
Verifica-se nos últimos anos o aquecimento global a nível mundial que por vezes é provocado por
falta de educação ambiental, causando o aumento da temperatura, alterações no regime das chuvas,
escassez de água; resultado das várias actividades desenvolvidas pelo Homem no seu dia-à-dia.
Na óptica do proponente, as escolas como instituições de ensino formal, desempenham um papel
importante na formação e educação da população relativamente a preservação do meio ambiente e a
gestão racional dos recursos disponíveis com o mínimo de prejuízos.

Apesar da inclusão de alguns temas ligados a educação ambiental nos currícula de Ensino Básico e
Geral actualmente em vigor, e com implementação de um programa governamental de um aluno
uma planta, um líder uma floresta, nota-se um envolvimento fraco da escola nos programas de
educação junto a comunidade escolar, o que de certa forma contribui para a falta de conhecimento da
comunidade escolar dos reais perigos da poluição ambiental.

A Química como uma das disciplinas, possui um potencial para o tratamento de conteúdos de EA.
Porém, durante o tempo de convivência social com os alunos e com os Professores da ESM, período
de práticas pedagógicas, (PPQ-I e II), detectou-se o elevado índice de fraco conhecimento de
conteúdos de EA nos alunos e as dificuldades na abordagem por parte dos professores na sala de
aulas, e das pesquisas feitas aos professores de Química a respeito deste facto, justificam-se por falta
de capacitação aos professores em matéria de EA, e também a falta de clareza dos conteúdos do
16

PEQ, isto implica que alguns professores de Química, mesmo tendo a formação psico-pedagógica
não seguem as metodologias previstas dos mesmos, para abordagem dos conteúdos de EA.
Os temas ligados à educação ambiental são abordados como temas transversais em que os alunos vão
pesquisar os conteúdos e o professor somente faz a síntese da aula.
Observando-se que os professores procuram transmitir para os educandos de maneira isolada da
teoria que é EA praticada naquela escola, foi um incentivo ao proponente a levar a cabo o problema.

Os alunos na sala de aula acabam sendo apenas ouvintes e não praticantes da EA, quando deveriam
ser estimulados através de actividades como, debates e excursões a exercer essa consciência a partir
de sua realidade na comunidade.
Face a esta problemática verificada, coloca-se a seguinte pergunta:
Que metodologias didácticas podem ser adoptadas no tratamento de conteúdos da educação
ambiental na disciplina de Química na 8ª classe?

Justificativa
Quando verificou-se que na ESM não há relacionamento da teoria e a prática por parte de educação
ambiental, é nesta vertente que impulsionou o proponente, sobre a educação do meio ambiente de
modo que os professores abordem os conteúdos dando exemplos práticos, a fazer excursões,
limpezas nos jardins, em volta da sua escola, na comunidade, incentivando os alunos a plantar as
árvores nas suas casas. Quando o professor trata do tema água deve olhar, ou deve fazer excursão
nas escavações de bairro de Nacate, onde carregam areia para construção, e explicar que a água
poluída, não podemos beber, tomar banho, e brincar naqueles locais. Também enfatizar das
queimadas descontroladas é a falta de EA, com isso o cidadão recebe informações que o induzem a
mudanças de hábitos, atitudes e futura mudança de comportamento.

Porém, a acção directa do professor na sala de aula é uma das formas de levar a educação ambiental
à comunidade, pois um dos elementos fundamentais no processo de consciencialização da sociedade
dos problemas ambientais é o educador.
A partir desta prática iria despertar atenção aos alunos na preservação do ambiente junto das
comunidades escolares, iria chamar a consciência para boas práticas pedagógicas dos professores e,
poderia incentivar a todos os intervenientes para uma participação mais inclusiva nos programas de
educação ambiental com a finalidade de encontrar formas conjuntas e mais adequadas na promoção
da educação ambiental.
17

A escolha deste tema, deve-se ao facto de que os conhecimentos de possíveis metodologias para o
tratamento de conteúdos relacionados com o meio ambiente na disciplina de Química, proporcione a
todas pessoas a possibilidade de adquirir o sentido dos valores, as atitudes, o interesse activo e
aptidões necessárias para proteger e melhorar o ambiente; não só, mas também, de conservar o meio
ambiente e consequentemente para toda cidade de MTZ, e a escolha da classe teve em conta não só o
nível de escolarização dos professores, mas sim a maneira mais abrangente dos conteúdos de
educação ambiental nesta classe.

A relevância psico-pedagógica da pesquisa, apresenta práticas ecologicamente correctas para infiltrar


uma consciencialização a cerca do meio ambiente desde cedo ao aluno, e a escola tem a
responsabilidade de dar suporte para o desenvolvimento de uma EA de qualidade, estabelecendo o
meio ambiente como propriedade de todos, desenvolvendo actividades como plantio de árvores,
experiências práticas, actividades fora de sala de aula, projectos, etc., conduzindo os alunos a serem
agentes activos e não passivos e meros espectadores.
Na área social, situa o educador nas relações socio-educativas, coordenador de acções escolares ou
comunitárias da EA, e novos processos de aprendizagens sociais, individuais e institucionais.
Contudo, os professores devem usar metodologias adequadas no tratamento desses conteúdos de
modo a estimular ao aluno a difundir na sua comunidade algumas medidas de protecção do meio
ambiente.

Hipóteses
Básica
 Desenho de estratégias de abordagem dos conteúdos ligados a educação ambiental na
disciplina de Química
Secundárias
 Utilização de metodologia como actividades em pequenos grupos, pode criar maior qualidade
na abordagem dos conteúdos de educação ambiental;
 Promoção de excursão escola/comunidade relacionada com a matéria de EA;
 Realização de palestras de educação ambiental, de modo a difundir a informação sobre o
meio ambiente na escola.
 Criação de debates em salas de aula, visando envolver o aluno na matéria de EA.
18

O trabalho está estruturado de seguinte maneira:


Introdução: é nesta parte onde são descritos os objectivos, as hipóteses que sustentaram a pesquisa, a
questão que conduziu o trabalho em causa.
Capítulo I: Fundamentação teórica onde se faz análise e síntese na leitura de livros, brochura, que
falam da educação ambiental, de modo a sustentar o trabalho em estudo; e a confrontação com
outros autores.
Capítulo II: Metodologias que foram usadas durante a pesquisa, descreve os passos usados na
realização do trabalho de modo a chegar num propósito geral.
Capítulo III: onde são analisados, discutidos e interpretados os resultados da pesquisa, dos
questionários dirigidos aos alunos e professores, de uma forma geral a colher a veracidade do caso;
Finalmente a conclusão, sugestões, bibliografia de algumas obras consultadas que abordam o tema
em epígrafe, os apêndices e anexos.
19

CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A leitura feita de algumas obras, permitiu o pesquisador colher visões de vários autores sobre a
necessidade da educação ambiental; de maneira abrangente sobre a protecção do meio ambiente na
escola e na comunidade. Deste modo, a escola deve educar e formar moral civicamente a sociedade
para o desempenho do papel na defesa da natureza. É nesta perspectiva que esta parte do trabalho foi
reservada para apresentação de forma sequenciada. De modo geral, constatou-se haver necessidade
de uma abordagem mais abrangente sobre a EA e protecção do meio ambiente.

1.1. Educação
Parafraseando LIBANEO, (2002:72), “A palavra educação tem como origem latina de dois termos:
educare (alimentar, cuidar, criar, referindo tanto as plantas, os animais, como as crianças) educare
(tirar para fora de, conduzir para, modificar um estado) ”.

“Educar, em sentido etimológico, é conduzir de um estado para outro, é agir de maneira sistemática
sobre o ser humano, tendo em vista prepara-lo para a vida num determinado meio” (op.cit).
Para JAMES apud LIBANEO (2002:75), “a educação é a organização dos recursos biológicos do
indivíduo, de todas as capacidades de comportamento que fazem adaptável ao meio físico e social”.

Em relação a esses autores educação podemos definir como modalidade de influências e inter-
relações para a formação da personalidade social e o carácter, sendo assim uma formação social.

1.2. Educação Ambiental


Educação Ambiental é a estratégia fundamental de consciencialização para a preservação do meio
ambiente e suas implicações.
Na óptica de PELICIONI & PHILIPPI (2009:407),

”Entende-se Educação Ambiental, os processos por meio dos quais o indivíduo e a


colectividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente bem como do uso
comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

De acordo ALCKIMIN (2003:12),


“A educação ambiental significa além de uma simples especialidade, uma nova
dimensão, uma ampliação, ou melhor, um aprimoramento do próprio conceito de
educação. Através dela fica uma oportunidade de restituir à educação uma função
ética muitas vezes perdida, podendo contribuir de maneira decisiva na renovação do
sistema educativo, pois a ciência do meio ambiente tem uma amplitude holística,
abarcando o meio natural e artificial em sua totalidade”.
20

Na perspectiva do proponente, com ambição do homem pela natureza, leva a mudanças do meio
ambiente, como também podem ser causadas pela própria natureza e em alguns casos podem trazer
sérios danos à humanidade. Actualmente há uma grande preocupação em entender a educação do
meio ambiente, como forma de melhorar a qualidade de vida em nosso planeta, sendo assim, um dos
problemas causados pelas mudanças do meio ambiente é a poluição dos resíduos sólidos, falta do
ecossistema um favorável, (plantio de árvores, lugares de lasers, queimadas descontroladas),
provocado pelo próprio homem, isto implica não existe uma educação ambiental.

Parafraseando CARVALHO (2003:05),


“O meio ambiente é definido pela conjugação dos factores bióticos (relacionados
directamente com os organismos vivos), como as plantas e os animais, com os
factores abióticos; que dão suporte à essa vida, como a água, o solo, a energia solar,
entre outros, tudo isso em interacção com o ser humano e os seus valores
socioculturais e seus paradigmas, contudo é o homem o maior responsável pelas
alterações ambientais, infelizmente, na maioria das vezes, por causa de sua conduta
desastrada”.

1.3. Realidade do local


O proponente realça que, é necessário que as acções de educação ambiental abordem os assuntos de
âmbito nacional, mas sempre com um enfoque a realidade local, de modo a que elas assentem em
focos concretos vividos pelas populações, e pela comunidade escolar (professores e alunos),
motivando assim a sua participação activa para a mudança de atitude na gestão sustentável do
ambiente. O reconhecimento de diferentes contextos e realidades a nível local é imprescindível para
o desenvolvimento e implementação dos projectos que sejam relevantes e apropriados às
necessidades e contexto da sociedade da cidade de MTZ. Sub-ponto de vista a educação ambiental
não é tratado como deve ser, porque a escola tem a falta de educação sobre o ambiente, tendo um
recinto suficiente, os professores deviam ter uma criatividade em fazer plantio de árvores que
permitirá boa circulação de oxigénio que é importante para o nosso organismo, não só, manter
também a escola bonita, o lixo que se encontra ao recinto ou produzido deve ser incinerado.

1.4. Educação Ambiental nas Escolas


As questões ambientais vêm adquirindo uma grande importância na nossa sociedade. Estudos acerca
dos problemas ambientais surgem a partir de novos padrões que visam uma direcção mais sistémica
e complexa da sociedade. Nesse contexto a escola emergiu suas discussões sobre a educação
ambiental, com um processo de reconhecimento de valores, em que as novas formas devem ser
responsáveis na formação dos sujeitos de acção e de cidadãos conscientes de seu papel no mundo.
21

Para proponente, a questão ambiental, nota-se a partir da dificuldade do aluno em perceber a relação
que ele estabelece com o meio ambiente. Isso se dá pelo facto de que, muitas vezes, o meio ambiente
é trabalhado puramente em seus aspectos naturais, ficando sob a responsabilidade dos professores de
Química, Biologia e Geografia, usando a interdisciplinaridade para a sua abordagem, focalizando as
datas comemorativas como, por exemplo, o Dia da Água, o Dia do Meio Ambiente, o Dia da Árvore,
entre outros.
Segundo UNESCO e UNEP (2000:s/a)
“A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se
propõe atingir todos os cidadãos através de um processo pedagógico participativo
permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental, compreendendo-se como critica a capacidade de captar
génese e evolução de problemas ambientais”.

Desta maneira um indivíduo educado sobre o ambiente será capaz de respeitar as normas, a partir da
educação que teve durante a sua vida, as excursões, palestras feitas nas escolas e na comunidade em
geral. No ambiente urbano e rural, nas médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de
comunicação é responsável pela educação do indivíduo e consequentemente da sociedade uma vez
que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente.

De acordo com Plano Curricular para o Ensino de Licenciatura em Ensino de Química na UP


(2010:232),
“A Educação Ambiental tem a necessidade de mudar o comportamento do homem
em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento
sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta,
de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo, atender
as necessidades das gerações actuais), a compatibilização de práticas económicas e
de preservação ambiental, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida
de todos”.

Segundo SILVA (2004:67), “destaca-se as seguintes agressões que o homem provoca à natureza”:
 Os desmatamentos para utilização das terras para actividades agropecuárias, extinguindo
assim a biodiversidade através de queimadas que aumentam o CO2 na atmosfera.
 A desertificação do solo causada pelo desmatamento e pelas técnicas não apropriadas de
irrigação e cultivo e que poderiam ser evitados se houvesse uma prática da agricultura
orgânica que estabelece práticas ecológicas para a produção de alimentos.
 A poluição das águas, do ar e do som que é em grande parte fruto das actividades sociais
desenvolvidas pelo homem nos grandes centros urbanos e que causam danos à saúde humana.
22

E em consequência de tudo isso tem: inversão térmica, efeito estufa, buraco na camada de
ozono, acidificação do solo e chuvas ácidas.

De acordo FREIRE (2000:53)


“podemos mudar o mundo para melhor a partir da realidade concreta a que chegam
a sua geração, pois partimos de problemas de difícil solução como o desequilíbrio
ambiental, os acúmulos de resíduos sólidos, a desconexão entre os projectos
interdisciplinares e a prática de sala de aula. Bem como da visão deturpada que os
alunos têm em relação ao tratamento que os professores dão aos conteúdos em sala
de aula especificamente no que se refere a disciplinas como a Química e a geografia
que são tratadas de forma enciclopédica, dedutiva e distante da realidade”.

1.5. Reflexões sobre a perspectiva da Educação Ambiental nas Escolas

Segundo SORRENTINO apud Panorama da Educação Ambiental no Ensino Fundamental (2001:39),


“Capacitar em Educação Ambiental o professor do ensino fundamental, assim como em qualquer
outro processo de capacitação, significa antes de mais nada delinear para onde se quer caminhar.
Algumas dimensões essenciais no processo de capacitação do educador ambiental são:
 Disponibilizar repertórios sobre meio ambiente, ecologia e ambientalismo, educação e EA.
 Promover uma reflexão crítica sobre eles em relação à realidade e aos sonhos, desejos, e
utopias individuais e colectivos.
 Estimular o educador ambiental a acreditar na sua capacidade de actuação, individual e
colectiva, e a exercitá-la, a fim de contribuir para que o mesmo ocorra com as pessoas e com
os grupos com os quais actua.
 Possibilitar o contacto com métodos e técnicas de EA que possam ser por ele, editados e
apropriados para suas práticas quotidianas.
O proponente concorda que, o professor capacitado em Educação Ambiental deverá ser capaz de
orientar suas práticas pedagógicas e sociais não só em sua instituição escolar, como também em
outros sectores, comunidades, grupos, etc., visando aos objectivos já estabelecidos em Educação
Ambiental. Nesse sentido, a Educação Ambiental deve considerar esses aspectos para ser trabalhada
segundo essa abordagem. Os temas transversais, em que o aluno deve trazer a problemática sociais
actuais da sua comunidade, para serem mais bem compreendidos, necessitam da abordagem dos
diferentes campos do conhecimento; portanto, não devem ser tratados por uma única área ou
disciplina, então os professores com uma formação nessa área será capaz de realizar palestras com os
alunos na sua comunidade e explicar as vantagens tem a preservação do meio ambiente.
23

Segundo CASTRO apud Panorama da Educação Ambiental no Ensino Fundamental (2001:50),


“No entanto, o mais indicado seria a capacitação com período de duração mais longo,
com possibilidade de maior aprofundamento de questões, por meio de educação
formal ou não formal, nas quais haveria uma maior sistematização dos conteúdos. O
professor capacitado em Educação Ambiental deveria ser capaz de reorientar suas
práticas pedagógicas e sociais não só em sua instituição escolar, como também em
outros sectores, comunidades, grupos, etc., visando aos objectivos já estabelecidos
em Educação Ambiental”.

1.6. Educação ambiental e sua importância


Para desenvolver um bom trabalho nesse sentido, é importante que a temática ambiental esteja
incorporada na proposta pedagógica da escola, especialmente na disciplina de química, por
consequência, atingindo toda a comunidade escolar. Para que um trabalho com o tema Meio
Ambiente possa atingir os objectivos a que se propõe, é necessário que toda a comunidade escolar
(professores, funcionários, alunos e pais) assuma esses objectivos, pois eles se concretizarão em
diversas acções que envolverão todos, cada um na sua função.

Parafraseando DIAS (2004:553), afirma que:


“A sobrevivência humana sempre esteve ligada ao meio natural. Mas com o padrão
desenvolvimentista de acumulação e concentração de capital, verifica-se uma
apropriação da natureza de forma inadequada, onde se retira dela muito além do
necessário ao sustento humano em nome do capitalismo que só visa o lucro,
provocando desequilíbrio na relação do homem com o meio natural, onde o processo
de degradação tem aumentado cada vez mais, comprometendo a qualidade de vida da
sociedade”.

Segundo SENA (2003:12),


“A importância da educação ambiental, é como acção consciencializadora, é um dos
caminhos mais seguros para formar uma mentalidade conservacionista e
comunitariamente abrangente para a defesa do meio ambiente e dos recursos
naturais, e para a gestão desses recursos, tendo em vista a harmonização dos
objectivos económicos e sociais”.

A Educação Ambiental é subdividida em formal e informal:


Formal é um processo institucionalizado que ocorre nos estabelecimentos de ensino;
Informal caracteriza-se por sua realização fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de
conteúdos e um público muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade,
nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.

Preservar o meio ambiente é, portanto, cuidar melhor do nosso ar, das águas, das florestas, dos
animais e de tudo mais que existe na Terra, e isto se torna possível por meio de pequenos gestos e
pela modificação de certos hábitos rotineiros, ajuda a mudar o ser humano, e este pode transformar,
para melhor, o seu mundo. Actualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição
24

atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos
habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.

Plano Curricular para o Ensino de Licenciatura em Ensino de Química na UP, (2010:233), explica
que:
“Um programa de Educação Ambiental para ser efectivo deve promover
simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitude e de habilidades
necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. A aprendizagem será
mais efectiva se a actividade estiver adaptada às situações da vida real e do meio em
que vivem aluno e professor”.

1.7. Objectivos da Educação Ambiental


Segundo CARVALHO (2003:05),
“Objectivo de Educação Ambiental é o de esclarecer e consciencializar as pessoas
sobre a importância da preservação do meio ambiente, da utilização racional dos
recursos naturais, e de que forma cada um de nós poderá contribuir para a melhoria
da qualidade de vida, não só para os dias de hoje, mas também para as futuras
gerações”.

Parafraseando CARVALHO (2004:17) a educação ambiental segue os seguintes objectivos:


 Contribuir para a transformação dos actuais padrões de uso e distribuição dos bens
ambientais em direcção a formas mais sustentáveis, justas e solidárias de vida e de relação
com a natureza;
 Formar uma atitude ecológica dotada de sensibilidades estéticas, éticas e políticas sensíveis à
identificação dos problemas e conflitos que afectam o ambiente em que vivemos;
 Implicar os sujeitos da educação com a solução ou melhoria destes problemas e conflitos
através de processos de ensino-aprendizagem, formais ou não formais, que preconizem a
construção significativa de conhecimentos e a formação de uma cidadania ambiental;
 Actuar no quotidiano escolar e não escolar, provocando novas questões, situações de
aprendizagem e desafios para a participação na resolução de problemas, buscando articular
escola com os ambientes locais e regionais onde estão inseridas;
 Situar o educador como, sobretudo, um mediador de relações sócio-educativas, coordenador
de acções, pesquisas e reflexões escolares e comunitárias.

Para o pesquisador, o processo deve ser permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomem
consciência do seu meio ambiente e adquirem novos conhecimentos, valores, habilidades,
experiências e determinação que os tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e
futuros. Nesta vertente a Educação Ambiental na Escola ajudará a melhorar a qualidade de vida, de
25

modo a saber separar o lixo criando consciência para plantio de árvores, a respeitar o ecossistema, a
evitar as queimadas descontroladas e muitas outras acções mais importantes sobre o ambiente.

1.8. Educação ambiental Urbano


Segundo MICOA (2007:32),
“Em Moçambique, proteger e melhorar o ambiente urbano está rapidamente a tornar-
se imperioso. A velocidade de urbanização não estruturada que o país vive, está
ameaçando a saúde, o ambiente e a produtividade urbana. Os problemas mais críticos
têm o seu impacto na saúde e eles são causados pela poluição urbana, devido à
inadequada qualidade da água, serviços sanitários, drenagem e colecta de resíduos
sólidos, a fraca capacidade de gestão dos detritos urbanos e industriais. Estes
problemas estão intimamente relacionados com os desdobramentos causados por um
ambiente de pobreza e, incluem o uso inapropriado da terra, precária habitação,
transporte público deficiente, de entre outros.

Realçar que para se alcançar uma correcta gestão ambiental, deve ser com a existência de instituições
vocacionadas e capacitadas para o efeito, portanto, haverá respeito à actividade do ambiente dos
aglomerados na cidade, nomeadamente: ambiente saudável, lixo, esgotos, água e infra-estruturas de
recreio, e segurança.

1.8.1. Situação actual do meio ambiente


MICOA, Passim As cidades mantêm um elevado índice de degradação ambiental; os planos de
urbanização não são implementados; fraca base técnica especializada, sobretudo nas áreas de gestão
ambiental incorporação da componente da gestão urbana nas unidades administrativas urbanas;
degradação ambiental urbana, degradação ou insuficiência de infra-estruturas de água, esgotos e a
deficiente recolha de resíduos sólidos

1.8.2. Área da qualidade ambiental


Segundo MICOA (2005-15:32), para uma boa qualidade ambiental deve-se:
 Criar um sistema de informações de gestão ambiental;
 Elaborar medidas e normas de melhoria da qualidade em área de baixo nível de saneamento e
focos de doenças endémicas;
 Criar um sistema de monitoria da qualidade ambiental.
Parafraseando FEBRES apud CARIBE (2001:231-32), “ para a solução dos problemas ambientais
ou fenómenos ambientais que se apresentam em três vertentes importantes:
 Procurar uma preferência e estreita relação entre a aquisição de conhecimentos, o
desenvolvimento de atitudes para resolver problemas e a participação na melhoria do
ambiente;
26

 Incentivar o emprego de métodos e técnicas que propiciem a atitude crítica face ao conjunto
de caracteristicas e condições que motivam os problemas ambientais.
 Procurar clarificar os valores subjacentes perante os fenómenos ambientais: tomada de
decisões face a qualquer situação.

De acordo com o proponente, criando um sistema de informações sobre o ambiente a partir das
rádios, televisão, palestras, vai criar maior interesse na protecção do meio ambiente, diminuindo as
doenças que nos afectam dia-à-dias e a gerir bem os nossos recursos naturais em nossa volta.

De acordo MICOA (2007:35); “para um ambiente saudável deve existir incorporação da


componente da gestão urbana nas unidades administrativas urbanas; ambiente limpo e saudável;
disponibilidade de serviços de água e de esgotos; inclusão de áreas verdes e de recreio;
tranquilidade no meio urbano”.

1.9. Estratégias da educação ambiental


De acordo com CARIBE (2001:183),“com este propósito deve-se cooperar na transformação do
comportamento de toda a sociedade em relação com a biosfera, e na formação de uma nova ética em
relação as plantas, os animais, e inclusivamente com os seres humanos. Para conseguir, a Estratégia
estabelece as seguintes directrizes:
 Dar prioridade aos programas de EA dirigidos aos legsladores, administradores, responsaveis
do sector produtivo (industriais, comerciantes, sindicatos….), associacões profissionais,
comunidades afectas por projectos de conservação e à população escolar
 Integrar programas educativos em todos os projectos de conservação;
 Incluir a educacao ambiental nos progranas escolares, quer como parte integrante de outras
materias; quer na qualidade da própria matéria. Aconselha-se o desenho de materiais
didácticos específicos e a sua incorporação nas actividades extra-escolares;
 Utilizar meios de comunicação para chegar ao público e adaptar determinados espaços;
 Realizar campanhas educativas e informativas sobre os perigos derivados do conceito
aproveitamento sustentado;
 Considerar a EA como parte de um processo contínuo.

Segundo MICOA (2002:35);


 Criação de incentivos para as indústrias que no seu processo de laboração desenvolvam
projectos de melhoria da qualidade do meio ambiente;
27

 Definição e formulação de uma política de desenvolvimento urbano;


 Promoção de educação ambiental e divulgação de técnicas alternativas para gestão de lixos
domésticos;
 Promover a redução dos riscos representados pelos metais pesados prejudiciais à saúde
humana e ao ambiente;
 Encorajar as estruturas competentes, a todos os níveis, a tomarem em conta as considerações
relativas ao desenvolvimento sustentável nos processos de tomada de decisão.

Nesta perspectiva, para implementação de uma boa estratégia, deve existir uma adequação do
processo educativo a realidade quotidiana; formação de professores em matéria da educação
ambiental; criação de núcleos educativos escolares da educação ambiental para difundir a
informação sobre o ambiente na escola e na comunidade. As escolas devem fortemente incentivar
aos professores de todas as disciplinas a fazer o seu máximo para dar informações aos alunos sobre o
cuidado necessário ao meio ambiente. E a partir de esforço colectivo será possível a um ambiente
saudável e fora de perigo.

1.10. Papel da Escola na Educação Ambiental


Segundo ALCKMIN (2003:29)
“Um dos papéis da educação ambiental é restabelecer o vínculo com os elementos
naturais. Essa percepção fez nascer programas educacionais para estudantes no
contacto directo com a natureza. Ao mesmo tempo, os sérios problemas ambientais
do um local mostra que é necessário aumentarem a participação da sociedade na
discussão sobre a importância da conservação dos recursos naturais”.

Parafraseando ALCKMIN, passim, A escola tem um papel importante no desenvolvimento de


atitudes e valores para uma consciencialização ambiental;
 É tão comum nas escolas se fazer projectos que envolvem o tema lixo, quanto o facto que
esse projecto só muda a atitude dos alunos enquanto ele acontece.
 Ajudar a compreender com clareza a existência e a importância da interdependência
económica, social, politica e ecológica nas zonas urbanas e rurais;
 Proporcionar a todas pessoas a possibilidade de adquirir o sentido dos valores, as atitudes, o
interesse activo e aptidões necessárias para proteger e melhorar o ambiente;

A escola como instituição de ensino desempenha um papel importante na edução de gerações


presentes para a preservação do ambiente de modo a garantir uma vida condigna no meio escolar e
28

na comunidade. Por isso há necessidade de educar a criança, o jovem e o adulto para o respeito e
preservação do ambiente, sendo fundamental proporcionar uma formação básica em áreas do meio
ambiente,( MINED, 2003 apud QUÊBA, 2009:2).

 Assumir uma prática condicente com seu verdadeiro papel de centro de irradiação de saber
para toda a comunidade;
 Organizar discussões entre o corpo docente, o corpo discente e a associação de pais e mestres
sobre os problemas ambientais que mais de perto atinjam a comunidade;
 Discutir os problemas dos ambientes familiares, escolares, e de trabalho dos pais e alunos,
etc.
 Possibilitar a criação de herbários e criatórios para a escola;
 Disseminar ideias pacifistas e contrárias à violência social e ambiental;
 Combater quaisquer tipos de preconceitos, sejam eles racial, social ou cultural;
 Transferir uma ideologia e uma ética que conduzam as novas gerações a um tipo de
comportamento menos individualista e mais comprometido com os aspectos sociais e com a
percepção do outro e do entorno, inclusive comprometendo-as a serem responsáveis pela
continuidade de suportes de vida para as futuras gerações.

1.11. Levantamento dos Conteúdos de Educação Ambiental no PEQ.


Unidade temática IV: Água
 Poluição da água e agentes poluentes;
 Composição e poluição do ar;
 Ozono (O3), propriedades físicas, sua formação, destruição e importância;
 Incêndios, prevenção e combate.

1.12. Levantamento dos conteúdos ligados a EA no manual do aluno da 8ª classe.


Os conteúdos abordados no manual do aluno são: quando se fala de “agentes poluentes da água” da
IV unidade, de acordo com (CAMUENDO & COCHO, 2008:107), simplesmente fala das doenças
causadas pela contaminação; e ao passo que a “poluição do ar” como sendo alteração prejudicial da
atmosfera como resultado da variação da quantidade dos componentes do ar, fala dos componentes,
que são praticamente constante na atmosfera (monóxido de carbono, óxidos de enxofre, óxidos de
nitrogénio, as partículas sólidas, e outras), e ao falar de ozono o livro aborda as propriedades físicas e
29

obtenção do ozono; importância de ozono. Enquanto “incêndios: prevenção e combate”, aborda as


consequências do mau uso do fogo e como prevenir, (CAMUENDO & COCHO, 2008:110).

Nesta unidade IV: “Água” o livro descreve o conceito de resíduos sólidos e o seu tratamento em
meio rural e urbano.  
A água e saneamento é um dos temas abordados no livro, onde os autores descrevem os recursos
hídricos de uma forma geral e as diferentes fontes de poluição das águas tanto superficiais como
subterrâneas. Esta obra resulta das correcções do primeiro manual lançado em 2008 e das
contribuições que recebemos de vários especialistas na matéria e temos a satisfação de entregar a
comunidade escolar na perspectiva de contribuir no desenvolvimento e qualidade do ensino em
Moçambique.
Assim sendo, esta matéria deveria merecer muita atenção de toda a sociedade moçambicana.
Contudo, no currículo escolar do Sistema Nacional de Educação não existe uma disciplina específica
de Educação Ambiental, pelo que esta teria como finalidade divulgar os conhecimentos sobre o
ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentáveis.
Igualmente, não existe nenhum livro escolar que de uma forma sistematizada focaliza os conteúdos
para questões ambientais relacionadas com a realidade do país, que podem apoiar os programas
educacionais.

1.13. Proposta Metodológica de Abordagem de Conteúdos de Educação Ambiental

1
Chegado a esse ponto, são propostos algumas metodologias, resultantes deste estudo e foram
elaborados de acordo com o resultado e as conclusões apresentadas. São elas:

Formato de uma aula expositiva – visa principalmente, aprofundar e solidificar a compreensão de


conteúdos em foco, ministrados na disciplina de Química na ESM. Neste formato, os conteúdos de
EA tem característica de uma história contada pelo professor aos alunos de maneira muito elaborada
e com objectivos específicos.
Vantagem – o professor apresenta uma visão geral e imparcial do conteúdo, economiza o tempo.
Desvantagens - o aluno quase não participa da aula, em função da comunicação unilateral,
característica dessa técnica de ensino, considera-se toda a sala um grupo uniforme, sem levar em
conta que cada aluno apresenta uma maneira de aprender, o aluno cria o hábito de somente estudar
pelas anotações feitas em sala de aula, não recorrendo à bibliografia indicada pelo professor.
1
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educação/educação_ambiental.html, (disponível em goolge.com.br. acesso dia,
16/01/2014, 14h35min.)
30

Formato de discussão – os conteúdos de EA pode ser apresentados pelos professores como um


embaraço. Os alunos podem ser questionados a respeito das suas perspectivas e sugestões em relação
a solução dos problemas ambientais.
Vantagens: o aluno desenvolve autoconfiança, expressão oral e estímulo ao desenvolvimento de
relações positivas com professores.
Desvantagem: Podem ocorrer dificuldades nos alunos na exposição de opiniões oralmente a respeito
de problema ambiental.

Formato de actividades em pequenos grupos – uma característica essencial desta, é que os


problemas ambientais sejam analisados por grupos pequenos de alunos que trabalhem em
colaboração. O professor pode desempenhar o papel de facilitador durante a apresentação dessas
actividades e se pode usar quando se necessita de executar várias tarefas ao mesmo tempo.
Vantagens: Permite que os alunos se responsabilizem por uma tarefa por longos períodos e
exercitem a capacidade de organização.
Desvantagens: Deve ser monitorada para não envolver alguns alunos.

Formato de mutirão de ideias – pode ser usada como recurso para encorajar e estimular ideias dos
alunos voltadas a solução de problemas ambientais. O tempo limite pode ser de 10 a 15 minutos que
pode ser usado para produzir as ideias e não para avaliá-las. O professor apresenta um dado
problema ambiental, todas as sugestões ou soluções apresentadas pelos alunos são apontadas.
Vantagens: Cria estímulos a criatividade e liberdade nos alunos.
Desvantagens: Dificuldade em evitar avaliações ou julgamentos prematuros e em obter ideias
originais.

Formato de debates – requer a participação de dois grupos para apresentar ideias e argumentos de
pontos de vistas opostos em relação aos assuntos de meio ambiente. Usa-se quando assuntos
controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas diferentes de soluções.
Vantagens: Permite o desenvolvimento das habilidades de falar ao público e ordenar apresentação
de factos e ideias.
Desvantagens: Requer muito tempo.

CAPÍTULO II: METODOLOGIAS


31

Neste capítulo, são descritas as metodologias da pesquisa, e a sua respectiva estrutura tendo em
conta o alcance dos objectivos levantados. A pesquisa consistiu num estudo exploratório, tendo-se
baseado na abordagem quantitativa. Para responder aos objectivos específicos foram feitas as
perguntas de acordo com pesquisa. Para este estudo forma usados os instrumentos de pesquisa como
o questionário de perguntas fechadas e a observação directa.

2.1. Tipos de Pesquisa.


2.1.1. Do ponto de vista da sua natureza
O tipo de vista da sua natureza é pesquisa aplicada, porque nesta pesquisa para a solução do
problema, precisa dos conhecimentos de aplicação envolvendo verdades de interesse da comunidade
local.
2.1.2. Do ponto de vista de seus objectivos
O tipo de pesquisa usado exploratório, tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vista a torná-lo mais explícito. Segundo a pesquisa, o proponente a partir do
questionário elaborado colheu as informações sobre a EA com a comunidade escolar, envolvida
neste processo, como são abordados na sala de aula e qual a sensibilidade dos alunos sobre estes
temas.

2.1.3. De ponto de vista da forma de abordagem do problema


Quanto a abordagem, é pesquisa quantitativa, porque, depois da pesquisa feita na ESM, os resultados
foram interpretados por gráficos e tabelas de modo a clarificá-las, usando como técnica estatística e
determinou-se como estes conteúdos são compreendidos por parte dos alunos e propôs-se
metodologias de transmissão destes.

2.1.4. Do ponto de vista aos seus procedimentos técnicos


Pesquisa Participativa, quando se desenvolve a partir da interacção entre pesquisadores e membros
das situações investigadas.
Para a familiarização ao assunto, durante as práticas pedagógicas de Química
realizadas, o proponente teve a oportunidade de assistir as aulas que focam os
temas de educação ambiental, 8ª classe, na ESM.
32

2.2. Métodos
2.2.1. Método indutivo
Neste trabalho, usou-se método indutivo, que parte dos factos particulares observados para chegar a
uma proposição geral onde há controlo científico rigoroso das observações e a utilização de
conhecimentos teóricos. A partir da pesquisa feita na ESM, de igual modo o conhecimento obtido
sobre a EA, irá ajudar que os conteúdos não sejam somente de importância desta classe, nem da
Escola, mas também será importante para outras classes que abordam os conteúdos de EA, ao nível
da comunidade da cidade de MTZ, de outras escolas do distrito, da Província, e outras entidades
ligadas a EA ao nível do País.

De igual modo, para um desenho do plano estratégico do ambiente, vai ajudar a colher a
sensibilidade dos responsáveis locais em matéria do ambiente; colher ideias sobre os aspectos
relevantes e subsídios que devem alimentar a este plano ou a uma estratégia de modo a ultrapassar
algumas lacunas sobre o meio ambiente.

2.2.2. Método Bibliográfico


O método bibliográfico, é importante porque o proponente baseou-se a consultas bibliográfica dos
conteúdos ligados a EA em alguns manuais, fez um levantamento nos Programas de Ensino de
Química e nos livros de Química da 8ª classe os temas de educação ambiental propostos.

2.2.3.Metodo Estatístico
Este método, apoiou o proponente na determinação da amostragem e, como tal, é indispensável no
estudo de certos aspectos da realidade social em que se pretenda medir o grau de correlação em
percentagem. Os dados colhidos durante a pesquisa, foram apresentados em tabelas, gráficos, de
modo a facilitar o cálculo das percentagens e saber os aspectos que são desenvolvidos nas aulas de
EA. Também este método ajudou avaliar o grau de envolvimento dos conteúdos de educação
ambiental antes da proposta metodológica sobre o meio ambiente naquele local.

2.3. Técnicas de colecta de dados


Para o presente trabalho foram usadas três (3) técnicas de colecta de dados que são: Observação
directa; Questionário, Medidas de opiniões e de atitudes.
33

2.3.1. Observação directa


É nesta técnica, onde o proponente teve a possibilidade de obter informação na ocorrência
espontânea do facto, e assistiu as aulas relacionadas com educação ambiental que foi a aula
“poluição da água e agentes poluentes da água” e outra aula foi “composição e poluição do ar”.

2.3.2. Questionário
Esta técnica de questionário, foi uma série de perguntas produzidas pelo proponente; respondidas por
escrito na ausência do mesmo, direccionados aos professores de Química e alunos da 8ª classe. Esta
técnica foi importante porque refutou e aceitou as hipóteses do problema levantado durante a
pesquisa, em que os professores colocaram o ponto de vista sobre a educação ambiental; e como é
que estes temas devem ser tratados ao nível da 8ª classe.

2.3.2.1. Questionário dirigido aos professores de Química


Quanto ao questionário, foi feito com objectivo de se verificar o nível de percepção dos professores
de Química da ESM, relativamente como têm abordado os conteúdos de educação ambiental, se há
relacionamento com o quotidiano dos alunos e a realidade do local onde estamos inseridos.
O questionário foi estruturado de seguinte forma:
Parte I: O proponente queria saber como o professor aborda os conteúdos na sala de aula;
envolvimento do aluno em actividades referente a educação ambiental; a avaliação do nível de
inserção de assuntos de educação ambiental; e o tempo gasto na sala de aula ao tratar esses assuntos.
Parte II: Questionário preenchido depois da realização da palestra; com a finalidade de ouvir a
opinião dos professores relativa aos conteúdos que julga prioritárias; sobre a contribuição para
atitudes positivas do aluno; a melhor maneira que os professores de Química devem encontrar e a
descrição de barreiras na implementação de conteúdos ligados ao meio ambiente na escola (vide
apêndice 1).
2.3.2.2. Questionário dirigido aos alunos da 8ª classe.
Relativamente ao questionário dirigido aos alunos da 8ª classe da ESM, também saber como os
alunos assimilam os conteúdos de educação ambiental; se praticam as actividades pós-laborais
relacionados à educação ambiental na ESM como plantio de árvores, realização de palestra, etc.
De forma a garantir a fiabilidade nas respostas, os alunos deviam responder as questões
individualmente e evitar a partilha de informação com outro aluno. (vide apêndice 2).
34

2.3.3. Medidas de opinião e de atitudes


É um instrumento de padronização que visa a assegurar a equivalência de diferentes opiniões e
atitudes, com a finalidade de compará-las. Primeiro o proponente expôs o tema do debate “Meio
Ambiente”, depois do tema colocado, pediu aos professores para falar como é que abordam os
conteúdos ligados ao meio ambiente. Depois do pré-teste e pós-teste foram questionados os
professores de Química, com o objectivo de obter os seus depoimentos sobre as metodologias que
serão adequadas para abordagem dos conteúdos de EA.

2.4. Universo e Amostra


A amostra probabilística permite a utilização do tratamento estatístico, que possibilita erros,
amostras e outros aspectos relevantes. Os dados colhidos pela pesquisa foram apresentados em bruto,
necessitando da utilização da estatística para o seu arranjo, análise e compreensão.
O universo é de 566 indivíduos, sendo 560 alunos de ambos sexos da 8ª classe do curso diurno,
correspondente a 8 turmas, e 6 professores de Química da Escola Secundária de Montepuez.
O estudo baseou-se nas 8 turmas do curso diurno, neste processo foi usada uma amostra
probabilística com tratamento estatístico onde foram contactadas cerca de 70 indivíduos, em que 64
são alunos da 8ª classe, escolhidos 8 de cada turma, e 6 professores de Química da ESM que
corresponde 13% da amostra. A escolha da amostra é aleatória simples e foi representativa.

2.5 Localização Física da Escola Secundária de Montepuez


A Escola Secundária de Montepuez localiza-se nos arredores da Cidade de Montepuez, Rua dos
Estudantes, Av. 25 de Setembro no 1, Célula I, Quarteirão I, Circulo de Nkomati, bairro urbano de
Nacate, Cidade de Montepuez, Província de Cabo Delgado.
A mesma, limita-se a Norte pela residência da Juiz do Tribunal Judicial da cidade de Montepuez;
Sul pela zona suburbana de Nacate, ao Este, Centro de Instrução Básica Militar de Montepuez; Oeste
pelo Lar dos Estudantes de Montepuez.
Figura 1: Imagens da Escola Secundária de Montepuez

Fonte: Sidónio Duarte, 2013


35

CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


É neste capítulo onde são apresentados, analisados e discutidos os resultados da pesquisa, obtidos a
partir do questionário dirigido aos professores e alunos da Escola Secundária de Montepuez.

3.1. Apresentação dos resultados


Numa primeira fase, apresenta-se a descrição do trabalho realizado no campo (palestra), e em
seguida os resultados do questionário dirigido aos professores e alunos em forma de tabelas,
envolvendo visualização de percentagem de cada pergunta, e finalmente apresenta-se a discussão dos
resultados.

3.1.1. Apresentação da técnica utilizada na palestra: Medidas de opinião e de atitudes.


O trabalho do campo foi realizado no mês de Novembro do ano de 2013, na Escola Secundária de
Montepuez, tendo-se trabalhado com os professores de Química daquela instituição. Realizou-se
uma palestra referente a educação ambiental, em que primeiramente efectuou-se o levantamento
junto aos professores de química, dos temas de educação ambiental do PEQ e dos livros do aluno da
8ª classe e comparou-se para verificar se existe concordância dos mesmos. Em seguida, colocou-se
o tema da palestra “Meio Ambiente”, e questionou-se aos professores de Química de “como é que
estes abordam os conteúdos de educação ambiental na sala de aulas?” em resposta, eles afirmaram
que abordam como recomenda o programa, que é de dar um trabalho aos alunos para estes
pesquisarem na sua própria comunidade ou bairro onde vivem, para a aula seguinte debater-se na
sala de aulas e posteriormente o professor fazer uma síntese da mesma, e os alunos sempre limitam-
se em passar exactamente o que aparece no livro do aluno no lugar de pesquisar. Dai o proponente
teceu algumas estratégias de abordagem desses conteúdos de EA, partindo do tema: Poluição da
água e agentes poluentes, nesta aula, o professor deve dar um trabalho de pesquisa, em grupo aos
alunos, em que eles devem trazer um trabalho a partir de fontes orais, podendo perguntar aos pais
sobre os cuidados a ter com água. O professor ao organizar os grupos deve ser em bairros onde eles
vivem, relativamente a isso os alunos devem ser portadores de um formulário elaborado pelo
professor, contendo algumas questões ligadas ao tema a pesquisar, que servirão de guião para o
aluno.

Os alunos devem trazer informações da comunidade sobre a conservação e tratamento da água. No


formulário deve constar, por exemplo, questões como:

1) De que fonte tiram a água que bebemos?


36

2) Será que a água que bebemos é tratada? Se não, porquê?


3) Como tem sido a conservação da água dos poços que usamos para beber?
4) Será que a água dos poços que bebemos não provoca doenças?
5) Quais as doenças mais frequentes na aldeia/bairro?
No dia de apresentação do trabalho os grupos devem apresentar em plenária o que trouxeram dos
bairros em relação a água. A partir dessa chuva de ideias trazidas pelos alunos, o professor começa a
explicar que: deve-se usar a água tratada; não devemos beber ou tomar banho a água dos charcos,
porque a água das chuvas arrastada para os poços leva consigo alguns agentes contaminantes.
Explicar também a importância de tratamento da água e consequências ao beber água não tratada.
Nesta vertente, as aulas devem ser de 45 minutos, apesar de se recomendar que devem ser tratadas
transversalmente, deve-se usar o tempo como se estivesse a realizar uma experiência química na sala
de aula.
O professor deve incentivar ao aluno na realização de palestras na sua comunidade, relacionadas
com o meio ambiente. Idem, o tema a composição e poluição do ar.

Ao se tratar de ozono (O3), propriedades físicas, sua formação, destruição e importância, deve-se
referenciar os electrodomésticos usados nas nossas casas que libertam CFC´s e que são prejudiciais.
Esta aula o professor deve abordar não só na forma química, mas também na forma ambiental. O
professor explica as formas de conservação do meio ambiente; os factores que levam a destruição; as
consequências; destaca mais a importância do meio ambiente. E esta aula, será possível usando as
literaturas, e não pode ser dado como um trabalho de pesquisa na comunidade para o aluno.

Incêndios, prevenção e combate. De igual modo; o professor organiza os grupos e dá um guião


para consultar aos pais sobre o tema. E nesta pesquisa, deve-se privilegiar mais dados a partir de
fonte oral. As questões a constar no guião devem ser, por exemplo:
1) Na tua zona há prática de queimadas?
2) Qual é a importância das queimadas?
3) Os carvoeiros quando cortam as árvores repõem?
4) Os tempos passados havia escassez das chuvas?
Os alunos apresentam o trabalho daquilo que colheram na comunidade, o professor somente é
orientador de modo a envolver o mesmo aluno no processo de conservação do ambiente, e os grupos
devem ser do mesmo bairro. Dai o professor aproveita explicar as consequências dos incêndios. O
governo propôs uma directiva ambiental de “um aluno uma planta, um líder uma floresta” é para
37

consciencializar a população na conservação do ambiente, evitar a poluição do ar. Criar um tempo


suficiente na sala de aula para abordar esses conteúdos; por exemplo na produção do carvão, o
professor menciona as consequências de corte de lenha; e tira conclusões. Então é essa educação
ambiental que o professor deve abordar na sala de aulas, não é somente ditar apontamentos aos
alunos.
Não só, o professor deve criar um fórum que deve envolver somente os alunos de modo a difundir a
educação ambiental na aldeia/comunidade. Nessa ligação escola/comunidade, o professor envolve os
alunos na realização de palestras nos bairros. Ele potencia nos alunos como difundir essa informação
de conservação do meio ambiente.
Com isso, os pais por verem o filho a divulgar a educação ambiental na sua comunidade, começarão
a ter a consciência e respeito ao meio ambiente. Também ao tratar de combustão deve realçar esses
aspectos de corte de lenha, olhando em princípio a interdisciplinaridade.

Diante dessa situação, foram discutidas algumas metodologias de ensino, com suas vantagens e
desvantagens. Primeiro, formato de uma aula expositiva, quanto a esta metodologia discutiu-se que o
grau de envolvimento do professor na sala de aula é alto e do aluno é baixo, e a actividade somente
fica centrada no professor, usando assim uma pedagogia tradicional de ensino; os alunos porém são
passivos e o professor fica impossibilitado de utilizar certas habilidades intelectuais do aluno. Os
professores afirmaram que usam esse método; justificando-se que este tipo de aula transmitem de
uma forma transversal, num tempo de 10 a 15 minutos. Daí chegou-se a conclusão que este método
não é adequado para abordar esses conteúdos de EA.
E discutiu-se sobre o formato de actividades em pequenos grupos, que este método promove a troca
de conhecimento entre professor-aluno e aluno-aluno; permite que os alunos busquem informações
em diversas obras, exercitem e sejam criativos; somente o professor é um facilitador; validando
assim a (1ª hipótese secundária) ao passo que, formato de discussão, neste tipo de aula o professor
coloca o tema no quadro preto e promove uma discussão em volta do mesmo, o aluno desenvolve
autoconfiança, expressão verbal e estímulo ao desenvolvimento de relações positivas com
professores, e a desvantagem é que alguns alunos terão dificuldades em dar opiniões a respeito do
problema levantado, verificando-se que não se aplica este método, fica valida (2ª hipótese
secundária) e formato de debate, o uso desse método, permite o desenvolvimento das habilidades de
falar ao público e ordenar apresentação de factos e ideias, não só requer muito tempo, portanto o
MEC deve fazer uma revisão do tempo isto é, requer muito tempo; (4ª hipótese secundária é válida)
a realização de palestras é muito interessante, incentiva o aluno na aprendizagem, permite que os
38

conteúdos sejam abrangentes, portanto deve-se potenciar ao aluno a realizar palestras na comunidade
de modo que os conhecimentos cheguem ao público; promoção da excursão também é muito
importante, actuando no quotidiano escolar, procurando articular a escola com o meio ambiente local
onde estamos inseridos, (valida-se 3ª hipótese secundária).
E dentre estas metodologias mencionadas, finalmente chegou-se a um consenso que seria melhor se
adoptar o uso de palestras nos bairros para consciencializar a comunidade; promoção de excursão;
formato de actividades em pequenos grupos, para abordagem de conteúdos de educação ambiental.

3.1.2. Apresentação dos resultados do questionário dirigido aos professores de Química.


O questionário contém 12 (doze) perguntas, divididas em duas (2) partes, em que a primeira parte
contém 8 (oito) perguntas respondidas antes da palestra e a segunda, contém 4 (quatro) perguntas
respondidas depois da palestra realizada.
Na Escola Secundária de Montepuez existem 6 professores de Química, dos quais 2 licenciados em
Química; 2 Bacharéis em Química, e 2 professores do nível médio, e o tempo de leccionação varia
entre 1 a 25 anos.

Tabela 1: Questionário dirigido aos professores de Química. (Parte I)

Nº Pergunta Objectivo Resposta (%)

3. Desde que começou a Saber se tiveram uma 6 Professores 100%


leccionar a disciplina de capacitação na sua escola. responderam não.
Química nesta escola, alguma
vez tiveram capacitação
relacionada à EA? Sim __
Não __
4. Como é que o professor aborda Conhecer as metodologias de Foram 5 professores que 83,3%
os conteúdos ligados a abordagem dos conteúdos responderam
educação ambiental? ligados a educação ambiental Ao falar de protecção do
meio ambiente; e nas
aulas de EA num tempo
de 10 a15 minutos.
5. Durante o ano transacto, qual
foi o grau de envolvimento dos
alunos em cada uma das
seguintes actividades
i) Participação na manutenção
do recinto escolar M: 1 professor 16,7%
S: 4 professores 66,6%
B: 1 professor 16,7%
39

ii) Participação na recolha do M: 0 professores 0%


lixo na escola S: 4 professores 66,7%
B: 2 professores
33,3%
Conhecer o grau de
iii) Plantio de árvores envolvimento dos alunos nas M: 4 professor 66,6%
actividades legados a S: 1 professores 16.7%
educação ambiental. B: 1 professor
16,7%
iv) Construção de aterros para M: 5 professores 83,3%
depositar lixo S: 0 professor 0%
B: 1 professor
16,7%
v) Realização de palestras na M: 6 professores 100%
escola/comunidade S: 0 professores 0%
B: 0 professores
0%
vi) Contribuição na educação M: 4 professores 66,6%
ambiental de comunidade S: 2 professores 16,7%
B: 0 professores
16,7%
6. Considera oportuno incluir Participar a inclusão dos
mais conteúdos da EA no conteúdos de educação 6 Professores de Química 100%
currículo actual? Sim__ ambiental responderam sim
Não__
Porquê?
7. Como o professor avalia o Ouvir como o professor M: 1 professor; 16,7%
nível de inserção de conteúdos avalia o nível de inserção dos S: 4 professor; 66,6%
de EA no PEQ conteúdos de EA. B: 1 professores; 16,7%

8. Qual é o tempo gasto pelo Verificar o tempo gasto na 6 Professores 100%


professor na sala de aula ao sala de aula na abordagem responderam:
abordar os conteúdos de EA? dos conteúdos de EA. Menos de 45 minutos

Legenda: M- Mau; S- Suficiente; B- Bom.


Fonte: Sidónio Duarte, 2013.

Tabela 2: Questionário dirigido aos professores de Química, pergunta 9 (nove).


Esta questão tem como objectivo, descobrir as barreiras que o professor de química encontra, na
implementação de educação ambiental na escola.

Nº Pergunta Resposta
9. Até que ponto, um dos seguintes itens B.Mín (%) N (%) B. (%)
constitui barreira para professor na . B Máx.
implementação dos assuntos relativos a
40

EA na sala de aula.
i) Falta de material didáctico com 4 66,6% 1 16,7% 1 16,6%
conteúdos de educação ambiental
ii) Insuficiência de cooperação de 1 16,7% 2 33,3% 3 50%
professores em área de educação
ambiental
iii) Falta de capacitação de professores 1 16,7% 0 0% 5 83,3%
em área de educação ambiental
iv) Falta de palestras nas escolas com 1 16,7% 0 0% 5 83,3%
foco em educação ambiental
v) Insuficiência de tempo para focar 1 16,7% 1 16,7% 4 66,6%
aspectos ligados a educação ambiental
Legenda: B.Mín.- Barreira Mínima; NB- Não é Barreira; B. Máx.- Barreira máxima.

Tabela 3: Questionário dirigido aos professores de Química, pergunta 1 (um) da Parte II.
A questão tem como objectivo, colher informações sobre as actividades prioritárias a serem
desenvolvidas na escola de modo a melhorar o meio ambiente.

Nº Pergunta Resposta
1. Gostaria de saber que actividade julga prioritária para ser NP (%) MP (%)
desenvolvida pela escola dentro de um programa de EA na
sala
i) Promoção de campanha de sensibilização 0 0% 6 100%
ii) Envolvimento ao aluno em cada actividade de EA 2 33,3% 4 66,7%
iii) Promoção de palestras na escola sobre a educação 0 0% 6 100%
ambiental
iv) Divulgação medidas de promoção ambiental 0 0% 6 100%
v) Mostrar o aluno os perigos de poluição nos jardins, na 0 0% 6 100%
escola, e outros lugares.
Legenda: NP- Não Prioritária; P – Prioritária; MP - Muito Prioritária.

Tabela 4: Questionário dirigido aos professores de Química, pergunta 2 (dois) da Parte II.
Este questionário tem como objectivo, colher a opinião dos professores visando contribuir para
atitudes positivas do aluno na preservação do meio ambiente.

Nº Pergunta Resposta
2. O que deve fazer o professor, em relação das actividades D (%) CC (%)
apresentadas para a preservação do meio ambiente
i)Envolver o aluno em actividades de preservação do 1 16,7% 5 83,3
ambiente. %
ii) Incentivar o aluno a participar no programa de EA. 0 0% 6 100%
iii) Uso de materiais didácticos na abordagem de questões 0 0% 6 100%
ambientais
41

iv) Promover excursão com os alunos para identificar 0 0% 6 100%


algumas práticas de preservação do ambiente
v) Propor que a EA seja uma disciplina específica e singular 5 83,3% 1 16,7%
vi) Criar debates em grupo relativos a exploração 0 0% 6 100%
sustentável de recursos sem prejuízo ao ambiente
Legenda: D- Descordo; CC- Concordo completamente.
Fonte: Sidónio Duarte, 2013.
3.1.3. Apresentação dos resultados do questionário dirigido aos alunos da 8ª classe.

Nesta fase, são apresentados em forma de tabela os resultados do questionário dirigido aos alunos da
8ª classe do curso diurno, com as respectivas respostas, que posteriormente são interpretados e
discutidos.
O questionário dirigido aos alunos contém um total de 6 perguntas fechadas de modo a permitir
melhor comparação dos dados das turmas. Os resultados são ilustrados em percentagens por cada
pergunta das turmas em estudo.

Partindo do questionário dirigido aos alunos, foram analisadas as respostas com base numa
estatística, com auxílio de Excel, de forma percentual.
Foram questionados 64 (sessenta e quatro) alunos da 8ª classe, da ESM, com um propósito de
perceber como esses conteúdos são abordados pelos professores na sala de aula, não só, se têm feito
palestras ou tem tido fóruns, como forma de divulgação da educação ambiental na sua aldeia, bairro,
ou comunidade.

Tabela 5: Apresentação dos resultados do questionário dirigido aos alunos da 8ª classe.


No Perguntas Objectivos Respostas (%)
1. Já ouviu falar de EA? Saber se o professor abordou 49 Alunos responderam 76,5%
Sim __ Não __ a EA na sala de aula sim.
2. Lembra-se algum dia o Confirmar se o professor ao 42 Alunos responderam 65,6%
professor na escola abordar focou dos cuidados a sim.
falar dos cuidados a ter ter com o meio ambiente.
com o meio ambiente?
Sim __ Não __
3. Será que na tua escola Avaliar a realização de 14 Alunos responderam 21,8%
fazem campanhas de campanhas de sensibilização sim.
sensibilização da EA? da EA.
Sim __ Não __
4. Conhece quem deve Saber se os alunos têm 42 alunos responderam 65,5%
participar dum conhecimento das pessoas “Não”
programa de EA? que podem ser envolvidas
Sim __ Não __ nos programas de educação
42

4.1 Se sim, assinale a ambiental. 47 Alunos escolheram a 73,4%


opção certa. alternativa
professores/alunos
6 alunos escolheram
“Escola/comunidade” 9,4%
2 alunos escolheram
“funcionários da escola” 3,12%
5. Qual é a tarefa de um Identificar a principal tarefa 3 Alunos responderam: 4,6%
programa de educação de educação ambiental na Divulgação de medidas de
ambiental? comunidade protecção do meio
ambiente
6. Como é que os Saber como os professores 50 alunos reasponderam:
professores de Química de Química abordam os Tratam de uma forma 78,1%
abordam os assuntos da conteúdos na sala de aula. superficial.
educação ambiental na
sala de aula?
Fonte: Sidónio Duarte, 2013.
3.2. Interpretação dos resultados
Neste item, são interpretados os resultados da pesquisa que foram apresentados anteriormente, de
modo a clarificar as questões referenciadas.

3.2.1. Interpretação dos resultados do questionário dirigido aos professores. (Parte I)


Relativamente as perguntas (3, 6, 8) deste questionário, os resultados obtiveram uma percentagem
de 100%.
Gráfico 1: Participação dos professores de Química na capacitação em matéria de educação
ambiental”.

100

100
80
60 % Sim
40 0 % Não
20
0
Capacitação dos professores em matéria ...

Fonte: Sidónio
Duarte, 2013.

Conforme o gráfico acima apresentado, da pergunta 3 (três) que dizia: desde que começou a
leccionar a disciplina de Química nesta escola, alguma vez teve capacitação relacionado à EA, todos
43

professores responderam negativamente, o que nos conduziu a concluir que os professores de


química nunca tiveram uma capacitação relacionada a educação ambiental, e ao passo que a pergunta
6 (seis) que dizia: considera oportuno incluir mais conteúdos da EA no currículo actual, os
professores responderam positivamente que será muito bom, porque consciencializa os alunos na
conservação do meio ambiente.
No concernente a pergunta 8 (oito), quando questionados qual é o tempo gasto pelo professor na sala
de aulas ao abordar os conteúdos de EA, eles responderam que durante a aula aborda-se à menos de
45 minutos, neste contexto, o tempo é insuficiente para abordarem esses conteúdos.
Para a pergunta 4 (quatro): como é que o professor aborda os conteúdos ligados a educação
ambiental, apenas 5 (cinco) professores correspondente a uma percentagem significativa de 83,3%,
responderam a questão afirmando que abordam dentro de uma aula num período de 10 minutos, e o
restante 1 não respondeu, dando a impressão de não teve noção de como abordar esses conteúdos de
educação ambiental na sala de aulas, de modo que sejam abrangentes.

Gráfico 2: O grau de envolvimento dos alunos nas actividades de educação ambiental.

% Mau % sufuciente % Bom

100
100
83.3
80 66.6 66.7 66.6 66.6
60
40
33.3
20 16.7 16.7 16.716.7 16.7 16.7 16.7
0 0 0 0
0

Fonte: Sidónio Duarte, 2013.


Ao passo que a questão (5), as opções (iii, iv, v, vi), apresentam uma percentagem negativa de
66,6%; 83,3%; 100%; 66,6%; respectivamente, neste caso, verifica-se que o grau de envolvimento
dos alunos é mau nessas actividades; e as opções (i, ii) apresentam a percentagem de 66,6%; 66.7%
44

(vide gráfico 2), verificando-se um grau de envolvimento suficiente. Portanto, pode-se concluir que
os professores não têm trabalhado muito, logo deve-se incentivar a eles para envolverem activamente
os alunos na abordagem desses temas de EA, como forma de potenciá-los para melhor divulgar as
medidas de protecção do meio ambiente na sua comunidade.
Em relação a pergunta 7 (sete), que dizia: Como o professor avalia o nível de inserção de conteúdos
de EA no PEQ, os resultados obtidos mostram que 16,7% dos professores afirma ser mau, 66,6% dos
professores, responderam que o nível de inserção dos conteúdos no PEQ é suficiente e os restantes
16,7% afirmou ser bom, o que leva a concluir que o nível de inserção destes, ainda é insuficiente,
não permitindo que os alunos tenham conhecimentos amplos sobre a educação ambiental.
Gráfico 3: Barreiras enfrentadas pelos professores na implementação dos conteúdos de EA.

90
80 66.6 83.3
83.3
70
60
50 50 66.6 % Barreira
40 Mínima
33.3
30 16.7 % Não é
20 16.7 16.7 Barreira
16.7
10 16.7 % Barreira
0 0 16.7 16.7 Máxima
0

Fonte: Sidónio Duarte, 2013.


Para a pergunta 9 (nove) que questionava sobre as barreiras para implementação dos assuntos
relativos a EA na sala de aula; (gráfico 3 acima ilustrado) a opção (i) a falta de material didáctico
com conteúdos de EA, apresenta uma percentagem elevada de 66,6% logo conclui-se que esta é uma
barreira mínima para o professor implementar conteúdos; enquanto a opção (ii) sobre insuficiência
de cooperação de professores em área de educação ambiental, apresenta uma percentagem de 50%,
sendo alguma barreira máxima para a sua implementação. Para as opções (iii, iv) com uma
percentagem de 83,3%, constitui uma barreira máxima na implementação dos conteúdos de EA, a
opção (v) insuficiência de tempo para focar aspectos ligados a educação ambiental, que apresenta
uma percentagem de 66,6%, também constitui uma barreira máxima.
45

3.2.1.1. Interpretação dos resultados do questionário dirigido aos professores, (Parte II).
Depois da realização da palestra, com os professores de Química da Escola Secundária de
Montepuez, dirigiu-se um questionário aos mesmos, para avaliar o grau de produtividade da palestra
realizada.
Gráfico 4: Actividades prioritárias que podem ser desenvolvidas dentro do programa de EA.

100
100 100 100
80 66.7 100
60
40 33.3
20 0
0 0
0
promoção 0 % NP
de cam- Envolver %MP
aluno em promoção
panha
activ. de EA de palestras medidas de mostrar
na escola protecção
ambiental aluno
perigos
nos jardins

Fonte: Sidónio Duarte/2013


Relativamente a pergunta (1), do questionário dos professores, os resultados mostram uma
percentagem de 100% para as opções ( i, iii, iv, v) e 66,6% para a opção (ii), sendo assim muito
prioritárias, logo todas as actividades são muito pertinentes a serem desenvolvidas pelos alunos na
escola de modo a desenvolver e consciencializar a população na melhoria do meio ambiente ao nível
da comunidade e da escola.
Gráfico 5: Opinião dos professores em relação a aspectos que podem contribuir para atitudes
positivas do aluno na preservação do meio ambiente.
% Descordo % Concordo Completamente
100 100 100 100
100
83.3 83.3
90
80
70
60
50
40
30 16.7 16.7
20
10 0 0 0 0
0

Fonte: Sidónio Duarte, 2013.


46

Em relação a pergunta 2 (dois), que solicitava opiniões dos professores em relação a aspectos que
podem contribuir para atitudes positivas do aluno na preservação do meio ambiente (como ilustra o
gráfico 5), na opção (v) propôr que a EA seja uma disciplina específica e singular discorda-se, com
uma percentagem de 83,3%, pois não pode ser proposto como uma disciplina singular; enquanto que
as opções ( ii, iii, iv,vi) com uma percentagem de 100% e opção (i) com 83,3% concorda-se
completamente que essas actividades desenroladas contribuirão positivamente nas atitudes dos
alunos para preservação do meio ambiente na escola e na sua comunidade. Por isso mesmo, o
professor deve promover excursões, criar debates, incentivar com actividades estimulantes
envolvendo assim na preservação do meio ambiente.
Relativamente a pergunta 3 (três) da parte II do questionário dirigido aos professores, que
questionava qual é a melhor maneira que os professores de química devem encontrar para organizar
uma actividade de educação ambiental mais abrangente, os resultados indicam que 66,6% dos
professores afirmam que deve-se envolver a escola/comunidade nesta actividade; para o efeito é
necessário que os professores de química organizem grupos para a realização de palestras na
comunidade de modo a difundir a educação ambiental, sobre a necessidade de preservação do
ambiente.
3.2.2. Interpretação dos Resultados do questionário dirigido aos Alunos da 8ª classe.
No concernente a pergunta (1) deste questionário, os resultados mostram que uma percentagem
significativa de 76,5% dos alunos responderam “sim”, afirmando terem ouvido falar de educação
ambiental na sua escola, não constituindo novidade para eles falar-se de educação ambiental.
47

Gráfico 6: Ensinamentos do professor em relação do meio ambiente e campanhas realizadas


pelos professores de Química na escola.

80 65.6 78.2
70
60
50 34.4
40
30 21.8
20
10 % Sim
0 % Não
Ensinamentos do professor em relação dos cuidados a ter com o meio ambiente

Fonte: Sidónio Duarte, 2013

Na pergunta (2) os resultados ilustram que 65,6% dos alunos questionados, já tiveram oportunidade
de ouvir dos seus professores a falarem na escola dos cuidados a ter com o meio ambiente. Sendo um
resultado significativo, isto revela que eles têm conhecimentos sobre os cuidados a ter com o meio
ambiente. Enquanto a pergunta (3) que dizia; será que na tua escola faz-se campanhas de
sensibilização de educação ambiental (como mostra o gráfico 6) os resultados mostram que uma
percentagem de 78,2% dos alunos respondeu não; revelando que eles não fazem campanhas de
sensibilização na escola e na comunidade relacionadas com a educação ambiental, não havendo
assim uma divulgação sobre a protecção do meio ambiente. Neste contexto, os professores devem
procurar uma estratégia na transmissão dos conteúdos ligados ao meio ambiente, de modo a
incentivar os alunos a praticar esta actividade. Para inverter esta situação deve-se formar núcleo que
terá missão de realizar palestras e divulgar as boas maneiras de melhoramento do meio ambiente.
Relativamente a pergunta (4) que dizia; conhece quem deve participar num programa de EA, 65,5%
dos alunos responderam “Não” afirmando de não conhecer. Aliado à esta questão foi colocada a
pergunta (4.1) se sim, assinale a opção certa; neste item, 73,4%, escolheram “professores/alunos”;
9,4% escolheram as opções “escola/comunidade e pais encarregados de educação” mostrando que a
maioria não conhece quem deve participar neste programa de EA, contudo, a escola deve fazer um
esforço de envolver os alunos na ligação escola/comunidade de modo a difundir a educação
48

ambiental, na sua aldeia ou bairro. Havendo envolvimento da escola/comunidade neste programa,


seria possível ensinar a comunidade a melhorar de protecção do meio ambiente.
Relativamente a pergunta (5) que dizia; qual é a tarefa de um programa de educação ambiental, os
resultados revelaram uma percentagem negativa de 4,6%, concluindo-se que os alunos não
conhecem a tarefa de um programa de EA.
Gráfico 7: Abordagem de conteúdos de educação ambiental pelos professores de Química na
sala de aula.

95.3
100 79.7
90 76.6 78.1
80
70
60
50
40 20.3 23.4 21.9 % Sim
30 % Não
20 4.7
10
0
promoção de Aula teórica aliada Tratam de forma Fazem excursões
palestras na escola à prática superficial

Fonte: Sidónio Duarte, 2013.

Finalmente a pergunta (6) que dizia; como é que os professores de Química abordam os assuntos da
educação ambiental na sala de aula (vide gráfico 7), os resultados revelaram que uma percentagem
de 78,1% afirma que os conteúdos são tratados de uma forma superficial. Face a esse resultado, os
professores da Escola Secundária de Montepuez devem procurar formas de superar a metodologia de
abordagem destes conteúdos, de modo a permitir uma percepção dos conteúdos de EA por parte dos
alunos na sala de aulas.

Neste contexto, os resultados obtidos relativos a não realização de palestras; aulas meramente
teóricas; não realização de excursões, influenciam negativamente de certa maneira na abordagem
destes conteúdos, o que faz com que os alunos não desenvolvam a capacidade; isto é, não
desenvolvem a autoconfiança, expressão oral e estímulo ao desenvolvimento de relações positivas a
respeito de problemas ambientais no seu quotidiano.
49

3.3. Análise e discussão dos resultados do questionário dirigido aos professores de Química da
Escola Secundária de Montepuez.
Partindo dos resultados obtidos nas perguntas 3 (três) e 9 (nove) da parte I, na opção (iii); que dizem:
“ desde que começou a leccionar a disciplina de Química nesta escola, alguma vez teve capacitação
relacionado à EA” e “ uma das barreiras para o professor na implementação dos assuntos relativos a
EA na sala de aula é a falta de capacitação de professores em área de educação ambiental (vide
gráficos 1 e 3), chega-se a conclusão de que uma das causas que leva aos alunos a não desenvolver
conhecimentos e habilidades na protecção do meio ambiente, é a falta de capacitação dos professores
de química em matéria de EA, conforme CASTRO apud Panorama da Educação Ambiental no
Ensino Fundamental (2001:50), “o professor capacitado em Educação Ambiental deveria ser capaz
de reorientar suas práticas pedagógicas e sociais não só em sua instituição escolar, como também em
outros sectores, comunidades, grupos, etc., visando aos objectivos já estabelecidos em Educação
Ambiental”.
Em relação da pergunta 5 na opção (v), e pergunta 9, na opção (iv), conclui-se que a “realização de
palestras na escola/comunidade” é má (vide gráfico 2) e “a falta de realização de palestras na
escola/comunidade em foco em educação ambiental” (vide gráfico 3), constitui uma barreira para os
professores na implementação dos assuntos relativos à EA, portanto uma das formas de divulgação
da educação ambiental é realizar campanhas educativas e informativas sobre os perigos do meio
ambiente. Para a mesma questão 5, nas opções (i,ii,iii.iv), “(vide gráfico 2)”, concluiu-se que na
ESM não se faz a manutenção do recinto escolar; a participação na recolha do lixo; no plantio de
árvores; e na construção de aterros, como uma das formas mais importantes na melhoria da
qualidade escolar, realça MICOA (2007:35), deve-se elaborar medidas e normas de melhoria da
qualidade em área de baixo nível de saneamento e focos de doenças endémicas.
Relativamente a pergunta 4 que diz: como é que o professor aborda os conteúdos ligados a educação
ambiental” concluiu-se que eles tratam de uma maneira superficial, não dando trabalhos em grupo,
nem promover debates, preocupando-se somente no cumprimento do programa de ensino e elevação
percentagem e não na melhoria da qualidade de ensino. Com isso, deve-se criar debates, discussões e
actividades em pequenos grupos, excursões e palestra; como afirma QUÊBA (2009:69), “que o
professor no contexto do cumprimento das suas actividades deve tomar um pressuposto e buscar
formas de trabalho conjunto que respondam aos anseios dos alunos, sendo assim apenas um ponto
por onde o aluno vai adquirir os conhecimentos que nada reflectem o transformismo do mesmo na
perspectiva de contribuir para a comunidade”.
50

A partir do questionário dirigido aos professores de Química da ESM, antes da palestra e das
respostas obtidas, concluiu-se que os professores não têm cultura/criatividade na divulgação dos
conteúdos de EA na sua escola e na comunidade, não criam fóruns para a promoção do meio
ambiente, simplesmente tratam esses conteúdos de uma forma expositiva, contrariando as boas
formas de abordar os mesmos, não só, mas também a falta de capacitação é uma das causas.

Em relação a pergunta 1 (um), da parte II do questionário respondido depois da palestra realizada na


ESM sobre o meio ambiente, (como mostra gráfico 4), os professores estão convictos que a
promoção de campanhas de EA; envolvimento de alunos em actividades de EA; promoção de
palestras; etc; são actividades muito prioritárias que podem ser desenvolvidas dentro do programa de
EA na escola assim como na comunidade;

Enquanto a pergunta 2 (dois), parte II, unanimemente os professores concordam com as actividades
desenroladas (conforme o gráfico 5), e afirmaram que nas suas aulas serão capazes de criar debates;
promover excursões, etc; de modo que o aluno mude de comportamento perante o meio ambiente.

Contudo, a palestra trouxe uma mudança positiva aos professores de Química na abordagem dos
conteúdos de educação ambiental; também realçaram que em cada mês estarão a realizar as
actividades extra-curriculares na escola assim como na comunidade; realização de palestras, etc.

3.3.1. Análise e discussão dos resultados do questionário dirigido aos alunos da 8ª classe.
Conforme o questionário dirigido aos alunos, na pergunta 2 estes afirmaram que um dia o professor
na escola falou dos cuidados a ter com o meio ambiente, portanto é pertinente que o aluno saiba os
cuidados a ter com o meio ambiente, adquirindo deste modo conhecimentos a transmitir na
comunidade, para se evitar por exemplo, as queimadas descontroladas, corte indesejado das árvores;
como afirma ALCKIMIN (2003:29) que se deve proporcionara todas as pessoas a possibilidade
adquirir o sentido de valores, as atitudes, o interesse activo e aptidões de proteger o meio ambiente.
Ao passo que a pergunta 3 que dizia: “será que na tua escola fazem campanhas de sensibilização da
educação ambiental”, conclui-se que na ESM não fazem campanhas de sensibilização sobre a EA,
(vide gráfico 6), portanto os professores na escola devem formar equipes de divulgação do meio
ambiente no seu local de trabalho e na comunidade de modo a difundir as medidas a ter com o meio
ambiente, concordando com CARIBE (2001:183), que diz: “realizar campanhas educativas e
informativas sobre os perigos (…), utilizar meios de comunicação para chegar ao público e adoptar
51

determinados espaços. Aconselha-se também o desenho de materiais didácticos específicos e a sua


incorporação nas actividades extra-curriculares”.
Relativamente ao resultado obtido durante a pesquisa na pergunta 6 do questionário dirigido aos
alunos, chegou-se a uma conclusão que os professores abordam os assuntos de educação ambiental
de uma forma superficial sem ligação a prática, portanto nessa vertente os alunos não fazem debates
nem campanhas de sensibilização sobre o meio ambiente (vide gráfico 7), portanto CARVALHO
(2004:17) afirma que o professor deve construir processos de aprendizagem significativa,
conectando a experiência que possam gerar novos conceitos e significados para quem se abre à
aventuras de compreender (…), também (MINED, 2003 apud QUÊBA, 2009:02) considera que
“deve-se organizar discussões entre o corpo docente e discente e a associação de pais e alunos sobre
os problemas ambientais”.
52

Conclusão
Com este trabalho, a partir dos resultados obtidos na pesquisa, concluiu-se o seguinte:
 Há falta de clareza no programa de ensino sobre os temas de educação ambiental, a partir do
levantamento feito do PEQ e livros escolares de Química da 8ª classe;
 Os professores de Química da escola Secundária de Montepuez tratam os conteúdos de EA
de uma forma superficial, transversalmente usando o método expositivo, não criando debates,
trabalhos em pequenos grupos, excursões como forma de divulgação das medidas e
prevenção do meio ambiente na escola.
 Há falta de capacitação dos professores em matéria de educação ambiental;
 Não existe a cultura de realização de palestras na escola/comunidade ligados a educação
ambiental para divulgação das medidas para a preservação do meio ambiente;
 Há falta de sensibilização dos professores de Química no conhecimento e resolução dos
problemas ambientais, sua mitigação e prevenção na ESM.
 Insuficiência de cooperação de professores em área de educação ambiental;
 Insuficiência de tempo para focar aspectos ligados a educação ambiental.
 A falta de um desenho estratégico de abordagem dos conteúdos ligados a educação
ambiental na disciplina de Química.
 Há falta de envolvimento nas várias actividades de EA, como actividades extra-curriculares
no âmbito de jornadas de limpeza na escola; nos bairros, visando incentivar as comunidades
a praticarem tais actividades.
 A palestra realizada na ESM, foi um incentivo aos professores de Química e passarão a
realizar palestras, excursões na escola e comunidade relacionado com a EA.
Muitas dificuldades que os professores encontram quando abordam assuntos de educação ambiental
na sala de aula estão relacionadas também com a falta de formação em áreas de educação ambiental;
falta de material didáctico específico de EA e ausência de boas práticas pedagógicas ligadas e
educação ambiental.
Ainda, depois da palestra feita na ESM com professores de Química chegou-se a uma conclusão de
que as metodologias que se devem adoptar para abordagem dos conteúdos ligados a educação
ambiental são:
 Formato de discussão; formato de actividades em pequenos grupos, formato de debates; o uso
da palestra; promoção da excursão no lugar de abordar-se superficialmente (usam o método
expositivo de uma forma transversal) como anteriormente esses conteúdos eram tratados.
53

Conclui-se ainda, que este método expositivo não é um método adequado para abordagem dos
conteúdos de educação ambiental.

Sugestões

Para minimizar as dificuldades enfrentadas pelos professores na abordagem dos conteúdos de


educação ambiental, sugere-se:
 Formato de discussão; formato de actividades em pequenos grupos, para abordagem de
conteúdos de educação ambiental.
 Promoção de excursão com os alunos para identificar algumas práticas de preservação do
ambiente;
 Incentivar aos alunos a cultura pela pesquisa, dando trabalhos de investigação sobre os
problemas ambientais da sua região;
 Criar debates em grupo relativos a exploração sustentável de recursos sem prejuízo ao
ambiente;
 Realização de palestras na escola/comunidade como forma de divulgação das medidas de
conservação do meio ambiente, isto é; formação de núcleos de aconselhamento comunitário
que tenha como enfoque na EA e a preservação do meio ambiente.
 Participação na manutenção do recinto escolar, como na construção de aterros para depositar
lixo, plantio de árvores,
 Promoção de capacitação permanente sobre EA, aos professores de Química
 A gestão racional do tempo com vista abrangência dos conteúdos programados;
 A promoção por parte do Ministério de tutela de cursos específicos para a formação de
professores em áreas de educação e gestao de meio ambiente em vários níveis de formação
profissional dos professores.
 A reflexão por parte do Ministério de tutela sobre a necessidade de inclusão de mais
conteúdos de EA nos programas vigentes, e verificar a insuficiência de tempo para abordar
assuntos ligados a EA, propondo que seja alargado para uma aula inteira.
 Com base nas constatações feitas durante a pesquisa, sugere-se que o MEC como órgão
responsável pela planificação de estratégias para o desenvolimento da educação que a EA
deixe de ser um tema transversal e passe a ser uma disciplina independente.

Você também pode gostar