Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
A presente monografia ora em exposição, com o tema: Proposta Metodológica de Abordagem de
Conteúdos de Educação Ambiental - Estudo do Caso disciplina de Química, 8ª classe, na Escola
Secundária de Montepuez, 2011-2013, não pretende fazer uma exaustiva retrospectiva histórica da
matéria de Educação Ambiental (EA), mas o seu enquadramento na disciplina de Química na
actualidade com vista a entender-se a pertinência do uso de metodologias na transmissão dos
mesmos.
Nesta vertente, foi desenvolvida a pesquisa, com objectivo de conhecer as metodologias usadas na
Escola Secundária de Montepuez, as dificuldades de abordagem dos conteúdos de EA, que depois de
constatar ira-se propor estratégias para abordagem de tais conteúdos na disciplina de Química, e
proporcionar a prática da educação ambiental, meios para a sensibilização e consciencialização dos
alunos de uma escola de ensino secundário, sobre a importância e a necessidade da preservação e
conservação dos recursos naturais, não só analisar a percepção ambiental dos alunos contemplados
pela pesquisa, a partir da vivência de cada um, na perspectiva de se entender os diferentes níveis de
interacção do indivíduo ao meio.
Esta pesquisa exploratória foi como base na análise de conteúdos de EA no PEQ (Programa de
Ensino de Química) e nos livros do aluno da 8ª classe, questionário dirigido aos professores e alunos
com intuito de colher as sensibilidades dos mesmos.
Diante dessa situação, se faz necessária uma educação ambiental que consciencialize as pessoas em
relação ao mundo em que vivem para que possam ter acesso a uma melhor qualidade de vida.
Nesse contexto, uma prática educativa contínua no seio da sociedade pode contribuir para a mudança
de atitudes e comportamentos de cidadãos na perspectiva de uma gestão eficaz do meio ambiente. É
neste âmbito que as escolas como instituições de ensino desempenham um papel importante na
educação de gerações presentes para a preservação do ambiente de modo a garantir uma vida
adequada no meio escolar e na comunidade. Por isso, há necessidade de educar a criança, o jovem e
adulto para respeitar e preservar o meio ambiente, sendo fundamental proporcionar uma formação
básica em área de educação ambiental.
Ainda, observou-se que, a EA vem sendo trabalhada de uma forma superficial pelos professores em
sala de aula, sobretudo na ESM, desta forma dificultando compreensão de questões ambientais. Na
busca das soluções devemos começar pela prevenção.
15
Objectivos
Objectivo Geral
Estudar as metodologias usadas no tratamento de conteúdos de educação ambiental na
disciplina de Química.
Objectivos específicos
Identificar as metodologias usadas na abordagem de conteúdos de Educação Ambiental na
disciplina de Química
Efectuar o levantamento nos Programas de Ensino de Química e nos livros escolares de
Química, conteúdos da Educação Ambiental;
Sensibilizar os professores de Química no conhecimento e resolução dos problemas
ambientais, sua mitigação e prevenção na ESM.
Propor metodologias para abordagem de conteúdos da educação ambiental na disciplina de
Química, na Escola Secundária de Montepuez, na 8ª classe.
Problematização
Verifica-se nos últimos anos o aquecimento global a nível mundial que por vezes é provocado por
falta de educação ambiental, causando o aumento da temperatura, alterações no regime das chuvas,
escassez de água; resultado das várias actividades desenvolvidas pelo Homem no seu dia-à-dia.
Na óptica do proponente, as escolas como instituições de ensino formal, desempenham um papel
importante na formação e educação da população relativamente a preservação do meio ambiente e a
gestão racional dos recursos disponíveis com o mínimo de prejuízos.
Apesar da inclusão de alguns temas ligados a educação ambiental nos currícula de Ensino Básico e
Geral actualmente em vigor, e com implementação de um programa governamental de um aluno
uma planta, um líder uma floresta, nota-se um envolvimento fraco da escola nos programas de
educação junto a comunidade escolar, o que de certa forma contribui para a falta de conhecimento da
comunidade escolar dos reais perigos da poluição ambiental.
A Química como uma das disciplinas, possui um potencial para o tratamento de conteúdos de EA.
Porém, durante o tempo de convivência social com os alunos e com os Professores da ESM, período
de práticas pedagógicas, (PPQ-I e II), detectou-se o elevado índice de fraco conhecimento de
conteúdos de EA nos alunos e as dificuldades na abordagem por parte dos professores na sala de
aulas, e das pesquisas feitas aos professores de Química a respeito deste facto, justificam-se por falta
de capacitação aos professores em matéria de EA, e também a falta de clareza dos conteúdos do
16
PEQ, isto implica que alguns professores de Química, mesmo tendo a formação psico-pedagógica
não seguem as metodologias previstas dos mesmos, para abordagem dos conteúdos de EA.
Os temas ligados à educação ambiental são abordados como temas transversais em que os alunos vão
pesquisar os conteúdos e o professor somente faz a síntese da aula.
Observando-se que os professores procuram transmitir para os educandos de maneira isolada da
teoria que é EA praticada naquela escola, foi um incentivo ao proponente a levar a cabo o problema.
Os alunos na sala de aula acabam sendo apenas ouvintes e não praticantes da EA, quando deveriam
ser estimulados através de actividades como, debates e excursões a exercer essa consciência a partir
de sua realidade na comunidade.
Face a esta problemática verificada, coloca-se a seguinte pergunta:
Que metodologias didácticas podem ser adoptadas no tratamento de conteúdos da educação
ambiental na disciplina de Química na 8ª classe?
Justificativa
Quando verificou-se que na ESM não há relacionamento da teoria e a prática por parte de educação
ambiental, é nesta vertente que impulsionou o proponente, sobre a educação do meio ambiente de
modo que os professores abordem os conteúdos dando exemplos práticos, a fazer excursões,
limpezas nos jardins, em volta da sua escola, na comunidade, incentivando os alunos a plantar as
árvores nas suas casas. Quando o professor trata do tema água deve olhar, ou deve fazer excursão
nas escavações de bairro de Nacate, onde carregam areia para construção, e explicar que a água
poluída, não podemos beber, tomar banho, e brincar naqueles locais. Também enfatizar das
queimadas descontroladas é a falta de EA, com isso o cidadão recebe informações que o induzem a
mudanças de hábitos, atitudes e futura mudança de comportamento.
Porém, a acção directa do professor na sala de aula é uma das formas de levar a educação ambiental
à comunidade, pois um dos elementos fundamentais no processo de consciencialização da sociedade
dos problemas ambientais é o educador.
A partir desta prática iria despertar atenção aos alunos na preservação do ambiente junto das
comunidades escolares, iria chamar a consciência para boas práticas pedagógicas dos professores e,
poderia incentivar a todos os intervenientes para uma participação mais inclusiva nos programas de
educação ambiental com a finalidade de encontrar formas conjuntas e mais adequadas na promoção
da educação ambiental.
17
A escolha deste tema, deve-se ao facto de que os conhecimentos de possíveis metodologias para o
tratamento de conteúdos relacionados com o meio ambiente na disciplina de Química, proporcione a
todas pessoas a possibilidade de adquirir o sentido dos valores, as atitudes, o interesse activo e
aptidões necessárias para proteger e melhorar o ambiente; não só, mas também, de conservar o meio
ambiente e consequentemente para toda cidade de MTZ, e a escolha da classe teve em conta não só o
nível de escolarização dos professores, mas sim a maneira mais abrangente dos conteúdos de
educação ambiental nesta classe.
Hipóteses
Básica
Desenho de estratégias de abordagem dos conteúdos ligados a educação ambiental na
disciplina de Química
Secundárias
Utilização de metodologia como actividades em pequenos grupos, pode criar maior qualidade
na abordagem dos conteúdos de educação ambiental;
Promoção de excursão escola/comunidade relacionada com a matéria de EA;
Realização de palestras de educação ambiental, de modo a difundir a informação sobre o
meio ambiente na escola.
Criação de debates em salas de aula, visando envolver o aluno na matéria de EA.
18
A leitura feita de algumas obras, permitiu o pesquisador colher visões de vários autores sobre a
necessidade da educação ambiental; de maneira abrangente sobre a protecção do meio ambiente na
escola e na comunidade. Deste modo, a escola deve educar e formar moral civicamente a sociedade
para o desempenho do papel na defesa da natureza. É nesta perspectiva que esta parte do trabalho foi
reservada para apresentação de forma sequenciada. De modo geral, constatou-se haver necessidade
de uma abordagem mais abrangente sobre a EA e protecção do meio ambiente.
1.1. Educação
Parafraseando LIBANEO, (2002:72), “A palavra educação tem como origem latina de dois termos:
educare (alimentar, cuidar, criar, referindo tanto as plantas, os animais, como as crianças) educare
(tirar para fora de, conduzir para, modificar um estado) ”.
“Educar, em sentido etimológico, é conduzir de um estado para outro, é agir de maneira sistemática
sobre o ser humano, tendo em vista prepara-lo para a vida num determinado meio” (op.cit).
Para JAMES apud LIBANEO (2002:75), “a educação é a organização dos recursos biológicos do
indivíduo, de todas as capacidades de comportamento que fazem adaptável ao meio físico e social”.
Em relação a esses autores educação podemos definir como modalidade de influências e inter-
relações para a formação da personalidade social e o carácter, sendo assim uma formação social.
Na perspectiva do proponente, com ambição do homem pela natureza, leva a mudanças do meio
ambiente, como também podem ser causadas pela própria natureza e em alguns casos podem trazer
sérios danos à humanidade. Actualmente há uma grande preocupação em entender a educação do
meio ambiente, como forma de melhorar a qualidade de vida em nosso planeta, sendo assim, um dos
problemas causados pelas mudanças do meio ambiente é a poluição dos resíduos sólidos, falta do
ecossistema um favorável, (plantio de árvores, lugares de lasers, queimadas descontroladas),
provocado pelo próprio homem, isto implica não existe uma educação ambiental.
Para proponente, a questão ambiental, nota-se a partir da dificuldade do aluno em perceber a relação
que ele estabelece com o meio ambiente. Isso se dá pelo facto de que, muitas vezes, o meio ambiente
é trabalhado puramente em seus aspectos naturais, ficando sob a responsabilidade dos professores de
Química, Biologia e Geografia, usando a interdisciplinaridade para a sua abordagem, focalizando as
datas comemorativas como, por exemplo, o Dia da Água, o Dia do Meio Ambiente, o Dia da Árvore,
entre outros.
Segundo UNESCO e UNEP (2000:s/a)
“A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se
propõe atingir todos os cidadãos através de um processo pedagógico participativo
permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental, compreendendo-se como critica a capacidade de captar
génese e evolução de problemas ambientais”.
Desta maneira um indivíduo educado sobre o ambiente será capaz de respeitar as normas, a partir da
educação que teve durante a sua vida, as excursões, palestras feitas nas escolas e na comunidade em
geral. No ambiente urbano e rural, nas médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de
comunicação é responsável pela educação do indivíduo e consequentemente da sociedade uma vez
que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente.
Segundo SILVA (2004:67), “destaca-se as seguintes agressões que o homem provoca à natureza”:
Os desmatamentos para utilização das terras para actividades agropecuárias, extinguindo
assim a biodiversidade através de queimadas que aumentam o CO2 na atmosfera.
A desertificação do solo causada pelo desmatamento e pelas técnicas não apropriadas de
irrigação e cultivo e que poderiam ser evitados se houvesse uma prática da agricultura
orgânica que estabelece práticas ecológicas para a produção de alimentos.
A poluição das águas, do ar e do som que é em grande parte fruto das actividades sociais
desenvolvidas pelo homem nos grandes centros urbanos e que causam danos à saúde humana.
22
E em consequência de tudo isso tem: inversão térmica, efeito estufa, buraco na camada de
ozono, acidificação do solo e chuvas ácidas.
Preservar o meio ambiente é, portanto, cuidar melhor do nosso ar, das águas, das florestas, dos
animais e de tudo mais que existe na Terra, e isto se torna possível por meio de pequenos gestos e
pela modificação de certos hábitos rotineiros, ajuda a mudar o ser humano, e este pode transformar,
para melhor, o seu mundo. Actualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição
24
atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos
habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Plano Curricular para o Ensino de Licenciatura em Ensino de Química na UP, (2010:233), explica
que:
“Um programa de Educação Ambiental para ser efectivo deve promover
simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitude e de habilidades
necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. A aprendizagem será
mais efectiva se a actividade estiver adaptada às situações da vida real e do meio em
que vivem aluno e professor”.
Para o pesquisador, o processo deve ser permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomem
consciência do seu meio ambiente e adquirem novos conhecimentos, valores, habilidades,
experiências e determinação que os tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e
futuros. Nesta vertente a Educação Ambiental na Escola ajudará a melhorar a qualidade de vida, de
25
modo a saber separar o lixo criando consciência para plantio de árvores, a respeitar o ecossistema, a
evitar as queimadas descontroladas e muitas outras acções mais importantes sobre o ambiente.
Realçar que para se alcançar uma correcta gestão ambiental, deve ser com a existência de instituições
vocacionadas e capacitadas para o efeito, portanto, haverá respeito à actividade do ambiente dos
aglomerados na cidade, nomeadamente: ambiente saudável, lixo, esgotos, água e infra-estruturas de
recreio, e segurança.
Incentivar o emprego de métodos e técnicas que propiciem a atitude crítica face ao conjunto
de caracteristicas e condições que motivam os problemas ambientais.
Procurar clarificar os valores subjacentes perante os fenómenos ambientais: tomada de
decisões face a qualquer situação.
De acordo com o proponente, criando um sistema de informações sobre o ambiente a partir das
rádios, televisão, palestras, vai criar maior interesse na protecção do meio ambiente, diminuindo as
doenças que nos afectam dia-à-dias e a gerir bem os nossos recursos naturais em nossa volta.
Nesta perspectiva, para implementação de uma boa estratégia, deve existir uma adequação do
processo educativo a realidade quotidiana; formação de professores em matéria da educação
ambiental; criação de núcleos educativos escolares da educação ambiental para difundir a
informação sobre o ambiente na escola e na comunidade. As escolas devem fortemente incentivar
aos professores de todas as disciplinas a fazer o seu máximo para dar informações aos alunos sobre o
cuidado necessário ao meio ambiente. E a partir de esforço colectivo será possível a um ambiente
saudável e fora de perigo.
na comunidade. Por isso há necessidade de educar a criança, o jovem e o adulto para o respeito e
preservação do ambiente, sendo fundamental proporcionar uma formação básica em áreas do meio
ambiente,( MINED, 2003 apud QUÊBA, 2009:2).
Assumir uma prática condicente com seu verdadeiro papel de centro de irradiação de saber
para toda a comunidade;
Organizar discussões entre o corpo docente, o corpo discente e a associação de pais e mestres
sobre os problemas ambientais que mais de perto atinjam a comunidade;
Discutir os problemas dos ambientes familiares, escolares, e de trabalho dos pais e alunos,
etc.
Possibilitar a criação de herbários e criatórios para a escola;
Disseminar ideias pacifistas e contrárias à violência social e ambiental;
Combater quaisquer tipos de preconceitos, sejam eles racial, social ou cultural;
Transferir uma ideologia e uma ética que conduzam as novas gerações a um tipo de
comportamento menos individualista e mais comprometido com os aspectos sociais e com a
percepção do outro e do entorno, inclusive comprometendo-as a serem responsáveis pela
continuidade de suportes de vida para as futuras gerações.
Nesta unidade IV: “Água” o livro descreve o conceito de resíduos sólidos e o seu tratamento em
meio rural e urbano.
A água e saneamento é um dos temas abordados no livro, onde os autores descrevem os recursos
hídricos de uma forma geral e as diferentes fontes de poluição das águas tanto superficiais como
subterrâneas. Esta obra resulta das correcções do primeiro manual lançado em 2008 e das
contribuições que recebemos de vários especialistas na matéria e temos a satisfação de entregar a
comunidade escolar na perspectiva de contribuir no desenvolvimento e qualidade do ensino em
Moçambique.
Assim sendo, esta matéria deveria merecer muita atenção de toda a sociedade moçambicana.
Contudo, no currículo escolar do Sistema Nacional de Educação não existe uma disciplina específica
de Educação Ambiental, pelo que esta teria como finalidade divulgar os conhecimentos sobre o
ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentáveis.
Igualmente, não existe nenhum livro escolar que de uma forma sistematizada focaliza os conteúdos
para questões ambientais relacionadas com a realidade do país, que podem apoiar os programas
educacionais.
1
Chegado a esse ponto, são propostos algumas metodologias, resultantes deste estudo e foram
elaborados de acordo com o resultado e as conclusões apresentadas. São elas:
Formato de mutirão de ideias – pode ser usada como recurso para encorajar e estimular ideias dos
alunos voltadas a solução de problemas ambientais. O tempo limite pode ser de 10 a 15 minutos que
pode ser usado para produzir as ideias e não para avaliá-las. O professor apresenta um dado
problema ambiental, todas as sugestões ou soluções apresentadas pelos alunos são apontadas.
Vantagens: Cria estímulos a criatividade e liberdade nos alunos.
Desvantagens: Dificuldade em evitar avaliações ou julgamentos prematuros e em obter ideias
originais.
Formato de debates – requer a participação de dois grupos para apresentar ideias e argumentos de
pontos de vistas opostos em relação aos assuntos de meio ambiente. Usa-se quando assuntos
controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas diferentes de soluções.
Vantagens: Permite o desenvolvimento das habilidades de falar ao público e ordenar apresentação
de factos e ideias.
Desvantagens: Requer muito tempo.
Neste capítulo, são descritas as metodologias da pesquisa, e a sua respectiva estrutura tendo em
conta o alcance dos objectivos levantados. A pesquisa consistiu num estudo exploratório, tendo-se
baseado na abordagem quantitativa. Para responder aos objectivos específicos foram feitas as
perguntas de acordo com pesquisa. Para este estudo forma usados os instrumentos de pesquisa como
o questionário de perguntas fechadas e a observação directa.
2.2. Métodos
2.2.1. Método indutivo
Neste trabalho, usou-se método indutivo, que parte dos factos particulares observados para chegar a
uma proposição geral onde há controlo científico rigoroso das observações e a utilização de
conhecimentos teóricos. A partir da pesquisa feita na ESM, de igual modo o conhecimento obtido
sobre a EA, irá ajudar que os conteúdos não sejam somente de importância desta classe, nem da
Escola, mas também será importante para outras classes que abordam os conteúdos de EA, ao nível
da comunidade da cidade de MTZ, de outras escolas do distrito, da Província, e outras entidades
ligadas a EA ao nível do País.
De igual modo, para um desenho do plano estratégico do ambiente, vai ajudar a colher a
sensibilidade dos responsáveis locais em matéria do ambiente; colher ideias sobre os aspectos
relevantes e subsídios que devem alimentar a este plano ou a uma estratégia de modo a ultrapassar
algumas lacunas sobre o meio ambiente.
2.2.3.Metodo Estatístico
Este método, apoiou o proponente na determinação da amostragem e, como tal, é indispensável no
estudo de certos aspectos da realidade social em que se pretenda medir o grau de correlação em
percentagem. Os dados colhidos durante a pesquisa, foram apresentados em tabelas, gráficos, de
modo a facilitar o cálculo das percentagens e saber os aspectos que são desenvolvidos nas aulas de
EA. Também este método ajudou avaliar o grau de envolvimento dos conteúdos de educação
ambiental antes da proposta metodológica sobre o meio ambiente naquele local.
2.3.2. Questionário
Esta técnica de questionário, foi uma série de perguntas produzidas pelo proponente; respondidas por
escrito na ausência do mesmo, direccionados aos professores de Química e alunos da 8ª classe. Esta
técnica foi importante porque refutou e aceitou as hipóteses do problema levantado durante a
pesquisa, em que os professores colocaram o ponto de vista sobre a educação ambiental; e como é
que estes temas devem ser tratados ao nível da 8ª classe.
Ao se tratar de ozono (O3), propriedades físicas, sua formação, destruição e importância, deve-se
referenciar os electrodomésticos usados nas nossas casas que libertam CFC´s e que são prejudiciais.
Esta aula o professor deve abordar não só na forma química, mas também na forma ambiental. O
professor explica as formas de conservação do meio ambiente; os factores que levam a destruição; as
consequências; destaca mais a importância do meio ambiente. E esta aula, será possível usando as
literaturas, e não pode ser dado como um trabalho de pesquisa na comunidade para o aluno.
Diante dessa situação, foram discutidas algumas metodologias de ensino, com suas vantagens e
desvantagens. Primeiro, formato de uma aula expositiva, quanto a esta metodologia discutiu-se que o
grau de envolvimento do professor na sala de aula é alto e do aluno é baixo, e a actividade somente
fica centrada no professor, usando assim uma pedagogia tradicional de ensino; os alunos porém são
passivos e o professor fica impossibilitado de utilizar certas habilidades intelectuais do aluno. Os
professores afirmaram que usam esse método; justificando-se que este tipo de aula transmitem de
uma forma transversal, num tempo de 10 a 15 minutos. Daí chegou-se a conclusão que este método
não é adequado para abordar esses conteúdos de EA.
E discutiu-se sobre o formato de actividades em pequenos grupos, que este método promove a troca
de conhecimento entre professor-aluno e aluno-aluno; permite que os alunos busquem informações
em diversas obras, exercitem e sejam criativos; somente o professor é um facilitador; validando
assim a (1ª hipótese secundária) ao passo que, formato de discussão, neste tipo de aula o professor
coloca o tema no quadro preto e promove uma discussão em volta do mesmo, o aluno desenvolve
autoconfiança, expressão verbal e estímulo ao desenvolvimento de relações positivas com
professores, e a desvantagem é que alguns alunos terão dificuldades em dar opiniões a respeito do
problema levantado, verificando-se que não se aplica este método, fica valida (2ª hipótese
secundária) e formato de debate, o uso desse método, permite o desenvolvimento das habilidades de
falar ao público e ordenar apresentação de factos e ideias, não só requer muito tempo, portanto o
MEC deve fazer uma revisão do tempo isto é, requer muito tempo; (4ª hipótese secundária é válida)
a realização de palestras é muito interessante, incentiva o aluno na aprendizagem, permite que os
38
conteúdos sejam abrangentes, portanto deve-se potenciar ao aluno a realizar palestras na comunidade
de modo que os conhecimentos cheguem ao público; promoção da excursão também é muito
importante, actuando no quotidiano escolar, procurando articular a escola com o meio ambiente local
onde estamos inseridos, (valida-se 3ª hipótese secundária).
E dentre estas metodologias mencionadas, finalmente chegou-se a um consenso que seria melhor se
adoptar o uso de palestras nos bairros para consciencializar a comunidade; promoção de excursão;
formato de actividades em pequenos grupos, para abordagem de conteúdos de educação ambiental.
Nº Pergunta Resposta
9. Até que ponto, um dos seguintes itens B.Mín (%) N (%) B. (%)
constitui barreira para professor na . B Máx.
implementação dos assuntos relativos a
40
EA na sala de aula.
i) Falta de material didáctico com 4 66,6% 1 16,7% 1 16,6%
conteúdos de educação ambiental
ii) Insuficiência de cooperação de 1 16,7% 2 33,3% 3 50%
professores em área de educação
ambiental
iii) Falta de capacitação de professores 1 16,7% 0 0% 5 83,3%
em área de educação ambiental
iv) Falta de palestras nas escolas com 1 16,7% 0 0% 5 83,3%
foco em educação ambiental
v) Insuficiência de tempo para focar 1 16,7% 1 16,7% 4 66,6%
aspectos ligados a educação ambiental
Legenda: B.Mín.- Barreira Mínima; NB- Não é Barreira; B. Máx.- Barreira máxima.
Tabela 3: Questionário dirigido aos professores de Química, pergunta 1 (um) da Parte II.
A questão tem como objectivo, colher informações sobre as actividades prioritárias a serem
desenvolvidas na escola de modo a melhorar o meio ambiente.
Nº Pergunta Resposta
1. Gostaria de saber que actividade julga prioritária para ser NP (%) MP (%)
desenvolvida pela escola dentro de um programa de EA na
sala
i) Promoção de campanha de sensibilização 0 0% 6 100%
ii) Envolvimento ao aluno em cada actividade de EA 2 33,3% 4 66,7%
iii) Promoção de palestras na escola sobre a educação 0 0% 6 100%
ambiental
iv) Divulgação medidas de promoção ambiental 0 0% 6 100%
v) Mostrar o aluno os perigos de poluição nos jardins, na 0 0% 6 100%
escola, e outros lugares.
Legenda: NP- Não Prioritária; P – Prioritária; MP - Muito Prioritária.
Tabela 4: Questionário dirigido aos professores de Química, pergunta 2 (dois) da Parte II.
Este questionário tem como objectivo, colher a opinião dos professores visando contribuir para
atitudes positivas do aluno na preservação do meio ambiente.
Nº Pergunta Resposta
2. O que deve fazer o professor, em relação das actividades D (%) CC (%)
apresentadas para a preservação do meio ambiente
i)Envolver o aluno em actividades de preservação do 1 16,7% 5 83,3
ambiente. %
ii) Incentivar o aluno a participar no programa de EA. 0 0% 6 100%
iii) Uso de materiais didácticos na abordagem de questões 0 0% 6 100%
ambientais
41
Nesta fase, são apresentados em forma de tabela os resultados do questionário dirigido aos alunos da
8ª classe do curso diurno, com as respectivas respostas, que posteriormente são interpretados e
discutidos.
O questionário dirigido aos alunos contém um total de 6 perguntas fechadas de modo a permitir
melhor comparação dos dados das turmas. Os resultados são ilustrados em percentagens por cada
pergunta das turmas em estudo.
Partindo do questionário dirigido aos alunos, foram analisadas as respostas com base numa
estatística, com auxílio de Excel, de forma percentual.
Foram questionados 64 (sessenta e quatro) alunos da 8ª classe, da ESM, com um propósito de
perceber como esses conteúdos são abordados pelos professores na sala de aula, não só, se têm feito
palestras ou tem tido fóruns, como forma de divulgação da educação ambiental na sua aldeia, bairro,
ou comunidade.
100
100
80
60 % Sim
40 0 % Não
20
0
Capacitação dos professores em matéria ...
Fonte: Sidónio
Duarte, 2013.
Conforme o gráfico acima apresentado, da pergunta 3 (três) que dizia: desde que começou a
leccionar a disciplina de Química nesta escola, alguma vez teve capacitação relacionado à EA, todos
43
100
100
83.3
80 66.6 66.7 66.6 66.6
60
40
33.3
20 16.7 16.7 16.716.7 16.7 16.7 16.7
0 0 0 0
0
(vide gráfico 2), verificando-se um grau de envolvimento suficiente. Portanto, pode-se concluir que
os professores não têm trabalhado muito, logo deve-se incentivar a eles para envolverem activamente
os alunos na abordagem desses temas de EA, como forma de potenciá-los para melhor divulgar as
medidas de protecção do meio ambiente na sua comunidade.
Em relação a pergunta 7 (sete), que dizia: Como o professor avalia o nível de inserção de conteúdos
de EA no PEQ, os resultados obtidos mostram que 16,7% dos professores afirma ser mau, 66,6% dos
professores, responderam que o nível de inserção dos conteúdos no PEQ é suficiente e os restantes
16,7% afirmou ser bom, o que leva a concluir que o nível de inserção destes, ainda é insuficiente,
não permitindo que os alunos tenham conhecimentos amplos sobre a educação ambiental.
Gráfico 3: Barreiras enfrentadas pelos professores na implementação dos conteúdos de EA.
90
80 66.6 83.3
83.3
70
60
50 50 66.6 % Barreira
40 Mínima
33.3
30 16.7 % Não é
20 16.7 16.7 Barreira
16.7
10 16.7 % Barreira
0 0 16.7 16.7 Máxima
0
3.2.1.1. Interpretação dos resultados do questionário dirigido aos professores, (Parte II).
Depois da realização da palestra, com os professores de Química da Escola Secundária de
Montepuez, dirigiu-se um questionário aos mesmos, para avaliar o grau de produtividade da palestra
realizada.
Gráfico 4: Actividades prioritárias que podem ser desenvolvidas dentro do programa de EA.
100
100 100 100
80 66.7 100
60
40 33.3
20 0
0 0
0
promoção 0 % NP
de cam- Envolver %MP
aluno em promoção
panha
activ. de EA de palestras medidas de mostrar
na escola protecção
ambiental aluno
perigos
nos jardins
Em relação a pergunta 2 (dois), que solicitava opiniões dos professores em relação a aspectos que
podem contribuir para atitudes positivas do aluno na preservação do meio ambiente (como ilustra o
gráfico 5), na opção (v) propôr que a EA seja uma disciplina específica e singular discorda-se, com
uma percentagem de 83,3%, pois não pode ser proposto como uma disciplina singular; enquanto que
as opções ( ii, iii, iv,vi) com uma percentagem de 100% e opção (i) com 83,3% concorda-se
completamente que essas actividades desenroladas contribuirão positivamente nas atitudes dos
alunos para preservação do meio ambiente na escola e na sua comunidade. Por isso mesmo, o
professor deve promover excursões, criar debates, incentivar com actividades estimulantes
envolvendo assim na preservação do meio ambiente.
Relativamente a pergunta 3 (três) da parte II do questionário dirigido aos professores, que
questionava qual é a melhor maneira que os professores de química devem encontrar para organizar
uma actividade de educação ambiental mais abrangente, os resultados indicam que 66,6% dos
professores afirmam que deve-se envolver a escola/comunidade nesta actividade; para o efeito é
necessário que os professores de química organizem grupos para a realização de palestras na
comunidade de modo a difundir a educação ambiental, sobre a necessidade de preservação do
ambiente.
3.2.2. Interpretação dos Resultados do questionário dirigido aos Alunos da 8ª classe.
No concernente a pergunta (1) deste questionário, os resultados mostram que uma percentagem
significativa de 76,5% dos alunos responderam “sim”, afirmando terem ouvido falar de educação
ambiental na sua escola, não constituindo novidade para eles falar-se de educação ambiental.
47
80 65.6 78.2
70
60
50 34.4
40
30 21.8
20
10 % Sim
0 % Não
Ensinamentos do professor em relação dos cuidados a ter com o meio ambiente
Na pergunta (2) os resultados ilustram que 65,6% dos alunos questionados, já tiveram oportunidade
de ouvir dos seus professores a falarem na escola dos cuidados a ter com o meio ambiente. Sendo um
resultado significativo, isto revela que eles têm conhecimentos sobre os cuidados a ter com o meio
ambiente. Enquanto a pergunta (3) que dizia; será que na tua escola faz-se campanhas de
sensibilização de educação ambiental (como mostra o gráfico 6) os resultados mostram que uma
percentagem de 78,2% dos alunos respondeu não; revelando que eles não fazem campanhas de
sensibilização na escola e na comunidade relacionadas com a educação ambiental, não havendo
assim uma divulgação sobre a protecção do meio ambiente. Neste contexto, os professores devem
procurar uma estratégia na transmissão dos conteúdos ligados ao meio ambiente, de modo a
incentivar os alunos a praticar esta actividade. Para inverter esta situação deve-se formar núcleo que
terá missão de realizar palestras e divulgar as boas maneiras de melhoramento do meio ambiente.
Relativamente a pergunta (4) que dizia; conhece quem deve participar num programa de EA, 65,5%
dos alunos responderam “Não” afirmando de não conhecer. Aliado à esta questão foi colocada a
pergunta (4.1) se sim, assinale a opção certa; neste item, 73,4%, escolheram “professores/alunos”;
9,4% escolheram as opções “escola/comunidade e pais encarregados de educação” mostrando que a
maioria não conhece quem deve participar neste programa de EA, contudo, a escola deve fazer um
esforço de envolver os alunos na ligação escola/comunidade de modo a difundir a educação
48
95.3
100 79.7
90 76.6 78.1
80
70
60
50
40 20.3 23.4 21.9 % Sim
30 % Não
20 4.7
10
0
promoção de Aula teórica aliada Tratam de forma Fazem excursões
palestras na escola à prática superficial
Finalmente a pergunta (6) que dizia; como é que os professores de Química abordam os assuntos da
educação ambiental na sala de aula (vide gráfico 7), os resultados revelaram que uma percentagem
de 78,1% afirma que os conteúdos são tratados de uma forma superficial. Face a esse resultado, os
professores da Escola Secundária de Montepuez devem procurar formas de superar a metodologia de
abordagem destes conteúdos, de modo a permitir uma percepção dos conteúdos de EA por parte dos
alunos na sala de aulas.
Neste contexto, os resultados obtidos relativos a não realização de palestras; aulas meramente
teóricas; não realização de excursões, influenciam negativamente de certa maneira na abordagem
destes conteúdos, o que faz com que os alunos não desenvolvam a capacidade; isto é, não
desenvolvem a autoconfiança, expressão oral e estímulo ao desenvolvimento de relações positivas a
respeito de problemas ambientais no seu quotidiano.
49
3.3. Análise e discussão dos resultados do questionário dirigido aos professores de Química da
Escola Secundária de Montepuez.
Partindo dos resultados obtidos nas perguntas 3 (três) e 9 (nove) da parte I, na opção (iii); que dizem:
“ desde que começou a leccionar a disciplina de Química nesta escola, alguma vez teve capacitação
relacionado à EA” e “ uma das barreiras para o professor na implementação dos assuntos relativos a
EA na sala de aula é a falta de capacitação de professores em área de educação ambiental (vide
gráficos 1 e 3), chega-se a conclusão de que uma das causas que leva aos alunos a não desenvolver
conhecimentos e habilidades na protecção do meio ambiente, é a falta de capacitação dos professores
de química em matéria de EA, conforme CASTRO apud Panorama da Educação Ambiental no
Ensino Fundamental (2001:50), “o professor capacitado em Educação Ambiental deveria ser capaz
de reorientar suas práticas pedagógicas e sociais não só em sua instituição escolar, como também em
outros sectores, comunidades, grupos, etc., visando aos objectivos já estabelecidos em Educação
Ambiental”.
Em relação da pergunta 5 na opção (v), e pergunta 9, na opção (iv), conclui-se que a “realização de
palestras na escola/comunidade” é má (vide gráfico 2) e “a falta de realização de palestras na
escola/comunidade em foco em educação ambiental” (vide gráfico 3), constitui uma barreira para os
professores na implementação dos assuntos relativos à EA, portanto uma das formas de divulgação
da educação ambiental é realizar campanhas educativas e informativas sobre os perigos do meio
ambiente. Para a mesma questão 5, nas opções (i,ii,iii.iv), “(vide gráfico 2)”, concluiu-se que na
ESM não se faz a manutenção do recinto escolar; a participação na recolha do lixo; no plantio de
árvores; e na construção de aterros, como uma das formas mais importantes na melhoria da
qualidade escolar, realça MICOA (2007:35), deve-se elaborar medidas e normas de melhoria da
qualidade em área de baixo nível de saneamento e focos de doenças endémicas.
Relativamente a pergunta 4 que diz: como é que o professor aborda os conteúdos ligados a educação
ambiental” concluiu-se que eles tratam de uma maneira superficial, não dando trabalhos em grupo,
nem promover debates, preocupando-se somente no cumprimento do programa de ensino e elevação
percentagem e não na melhoria da qualidade de ensino. Com isso, deve-se criar debates, discussões e
actividades em pequenos grupos, excursões e palestra; como afirma QUÊBA (2009:69), “que o
professor no contexto do cumprimento das suas actividades deve tomar um pressuposto e buscar
formas de trabalho conjunto que respondam aos anseios dos alunos, sendo assim apenas um ponto
por onde o aluno vai adquirir os conhecimentos que nada reflectem o transformismo do mesmo na
perspectiva de contribuir para a comunidade”.
50
A partir do questionário dirigido aos professores de Química da ESM, antes da palestra e das
respostas obtidas, concluiu-se que os professores não têm cultura/criatividade na divulgação dos
conteúdos de EA na sua escola e na comunidade, não criam fóruns para a promoção do meio
ambiente, simplesmente tratam esses conteúdos de uma forma expositiva, contrariando as boas
formas de abordar os mesmos, não só, mas também a falta de capacitação é uma das causas.
Enquanto a pergunta 2 (dois), parte II, unanimemente os professores concordam com as actividades
desenroladas (conforme o gráfico 5), e afirmaram que nas suas aulas serão capazes de criar debates;
promover excursões, etc; de modo que o aluno mude de comportamento perante o meio ambiente.
Contudo, a palestra trouxe uma mudança positiva aos professores de Química na abordagem dos
conteúdos de educação ambiental; também realçaram que em cada mês estarão a realizar as
actividades extra-curriculares na escola assim como na comunidade; realização de palestras, etc.
3.3.1. Análise e discussão dos resultados do questionário dirigido aos alunos da 8ª classe.
Conforme o questionário dirigido aos alunos, na pergunta 2 estes afirmaram que um dia o professor
na escola falou dos cuidados a ter com o meio ambiente, portanto é pertinente que o aluno saiba os
cuidados a ter com o meio ambiente, adquirindo deste modo conhecimentos a transmitir na
comunidade, para se evitar por exemplo, as queimadas descontroladas, corte indesejado das árvores;
como afirma ALCKIMIN (2003:29) que se deve proporcionara todas as pessoas a possibilidade
adquirir o sentido de valores, as atitudes, o interesse activo e aptidões de proteger o meio ambiente.
Ao passo que a pergunta 3 que dizia: “será que na tua escola fazem campanhas de sensibilização da
educação ambiental”, conclui-se que na ESM não fazem campanhas de sensibilização sobre a EA,
(vide gráfico 6), portanto os professores na escola devem formar equipes de divulgação do meio
ambiente no seu local de trabalho e na comunidade de modo a difundir as medidas a ter com o meio
ambiente, concordando com CARIBE (2001:183), que diz: “realizar campanhas educativas e
informativas sobre os perigos (…), utilizar meios de comunicação para chegar ao público e adoptar
51
Conclusão
Com este trabalho, a partir dos resultados obtidos na pesquisa, concluiu-se o seguinte:
Há falta de clareza no programa de ensino sobre os temas de educação ambiental, a partir do
levantamento feito do PEQ e livros escolares de Química da 8ª classe;
Os professores de Química da escola Secundária de Montepuez tratam os conteúdos de EA
de uma forma superficial, transversalmente usando o método expositivo, não criando debates,
trabalhos em pequenos grupos, excursões como forma de divulgação das medidas e
prevenção do meio ambiente na escola.
Há falta de capacitação dos professores em matéria de educação ambiental;
Não existe a cultura de realização de palestras na escola/comunidade ligados a educação
ambiental para divulgação das medidas para a preservação do meio ambiente;
Há falta de sensibilização dos professores de Química no conhecimento e resolução dos
problemas ambientais, sua mitigação e prevenção na ESM.
Insuficiência de cooperação de professores em área de educação ambiental;
Insuficiência de tempo para focar aspectos ligados a educação ambiental.
A falta de um desenho estratégico de abordagem dos conteúdos ligados a educação
ambiental na disciplina de Química.
Há falta de envolvimento nas várias actividades de EA, como actividades extra-curriculares
no âmbito de jornadas de limpeza na escola; nos bairros, visando incentivar as comunidades
a praticarem tais actividades.
A palestra realizada na ESM, foi um incentivo aos professores de Química e passarão a
realizar palestras, excursões na escola e comunidade relacionado com a EA.
Muitas dificuldades que os professores encontram quando abordam assuntos de educação ambiental
na sala de aula estão relacionadas também com a falta de formação em áreas de educação ambiental;
falta de material didáctico específico de EA e ausência de boas práticas pedagógicas ligadas e
educação ambiental.
Ainda, depois da palestra feita na ESM com professores de Química chegou-se a uma conclusão de
que as metodologias que se devem adoptar para abordagem dos conteúdos ligados a educação
ambiental são:
Formato de discussão; formato de actividades em pequenos grupos, formato de debates; o uso
da palestra; promoção da excursão no lugar de abordar-se superficialmente (usam o método
expositivo de uma forma transversal) como anteriormente esses conteúdos eram tratados.
53
Conclui-se ainda, que este método expositivo não é um método adequado para abordagem dos
conteúdos de educação ambiental.
Sugestões