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A Problemática da Gestão do Fundo do Programa de Redução da Pobreza Urbana na Cidade

de Lichinga

Benedito Bento Juliasse1

1.1.1. Problematização

A filosofia de desenvolvimento dos meios urbanos consiste na geração de rendimentos que


possam conduzir as populações locais não só a mudar as suas condições de vida, mas na
planificação e nos diferentes processos de desenvolvimento urbano. Nestes casos, para que
se atinjam tais objectivos é preciso que haja envolvimento dos locais na participação
efectiva nos Conselhos Consultivos Municipais, respeitando os critérios estabelecidos pelo
Governo Central.

Esta percepção parte do reconhecimento de que a participação dos munícipes na gestão de


iniciativas de natureza como o Fundo de Redução da Pobreza Urbana, serem de facto uma
questão fundamental na vida política, económica, social e, particularmente, no processo de
implementação de uma governação democrática de um país.

Nesta perspectiva, MACUANE & WEIMER (2002: 91), referem que a transparência nos
processos de gestão e nas operações de tomada de decisão é decisiva para a
responsabilização eficaz. A gestão transparente é comprometida quando não existem a
participação efectiva da comunidade local e quando os Órgãos Locais do Estado criam
barreiras para o seu envolvimento.

Para efeito, o Fundo de Redução da Pobreza Urbana é alocado aos municípios pelo governo
central com vista a beneficiar os cidadãos para o desenvolvimento local e existindo
conselhos consultivos locais para o acompanhamento do processo.

No entanto, verifica-se que as autoridades dos governos municipais, particularmente aos da


Cidade de Lichinga, não tomam a inclusão dos munícipes de forma efectiva na gestão do
Fundo de Redução da Pobreza Urbana, promovendo os propalados chamados “beneficiários
fantasmas”. Deste modo, o presente estudo toma a seguinte questão de partida: Em que
medida os níveis de participação dos munícipes nos processos de tomada de decisão sobre
a gestão do Fundo de Redução da Pobreza Urbana, pode influenciar na transparência e
prestação de contas no processo de selecção dos beneficiários do fundo na Cidade de
Lichinga?
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Licenciado em Ensino de História pela Universidade Pedagagógica – Niassa. Inspector afecto a Unidade de
Controlo Interno da Direcção Provincial de Educação.
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1.1.2. Questões orientadoras


 Qual é o ciclo desenvolvido na Cidade de Lichinga para a selecção e aprovação dos
projectos no âmbito do Fundo de Redução da Pobreza Urbana?
 Qual é o grau de participação dos munícipes no processo de selecção de beneficiários
do Fundo de Redução da Pobreza Urbana na Cidade de Lichinga?
 De que forma pode-se contribuir para a melhoria do processo de envolvimento dos
munícipes locais na gestão do Fundo de Redução da Pobreza Urbana na Cidade de
Lichinga?

2. Objectivos do Estudo
2.1. Objectivo Geral

Analisar o impacto do fraco nível de participação da comunidade local na tomada de decisão


sobre a gestão do Fundo de Redução da Pobreza Urbana, na transparência e prestação de
contas no processo de selecção dos beneficiários do fundo na Cidade de Lichinga?

2.2. Objectivos Específicos


 Descrever e discutir o ciclo desenvolvido no processo de selecção dos beneficiários
do Fundo de Redução da Pobreza Urbana na Cidade de Lichinga;
 Avaliar o grau de participação da comunidade local nos processos de selecção de
beneficiários do Fundo de Redução da Pobreza Urbana na Cidade de Lichinga;
 Apresentar propostas para contribuir para a melhoria do processo de envolvimento
dos munícipes locais na gestão do Fundo de Redução da Pobreza Urbana, bem como
da transparência governativa ao nível local no seu todo.

3. Hipótese

Na tentativa de dar resposta a questão de partida acima exposta, toma-se de base a seguinte
hipótese: a falta de envolvimento dos munícipes da Cidade de Lichinga no processo de
selecção dos beneficiários do Fundo de Redução da Pobreza Urbana pode desvirtuar os
princípios orientadores desta iniciativa e comprometer todo o processo de governação ao
nível local.
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4. Justificativa da Pesquisa

O interesse pelo tema decorre do facto da política de orçamento tomando os meios urbanos
como base de planificação ter sido desenhada no reconhecimento de que este constituía um
instrumento eficaz para a concretização do processo de desenvolvimento local associado ao
combate da pobreza urbana.

Neste caso, torna-se necessário compreender o processo e mecanismos ligados a


operacionalização do Fundo de Redução da Pobreza Urbana ao nível das cidades tomando
em conta os propósitos pelos quais a política foi desenhada tendo por base a capacidade e/ou
procedimentos adoptados pelas cidades na prossecução dos objectivos deste.

Tomando como caso de estudo a Cidade de Lichinga, que beneficia do Fundo de Redução da
Pobreza Urbana quando é lançada a iniciativa pelo governo moçambicano em resposta a
necessidade de aprofundar as reformas em curso no Pais.

Os aspectos acima citados contribuem para a pertinência do estudo em termos teóricos. Em


temos práticos, o estudo é ainda relevante pois não apenas inclui dentro de si uma série de
aspectos ligados ao processo de alocação de recursos do Estado para a materialização dos
anseios da população como também mostra os vários constrangimentos e desafios do Fundo
de Redução da Pobreza Urbana associado aos mecanismos e procedimentos da sua
atribuição aos vários beneficiários, suas limitações, implicações para a dinamização do
desenvolvimento urbano.

5. Enquadramento Teórico-Conceptual

Neste subtítulo apresenta-se a linha teórica de orientação do estudo e a conceituação de


termos essenciais.

5.1. Quadro Teórico

Neste estudo, assume-se como a abordagem de orientação a “teoria funcionalista”. Segundo


MOREIRA (2003: 91) esta abordagem assume que o comportamento politico é resultado de
uma tensão de exigências e expectativas dirigidas pela sociedade ao agente e espera se uma
resposta ou acção que este deve demonstrar no seu papel de direcção. Tendo em conta este
pressuposto, a descentralização administrativa ou desconcentração, em curso no país, que
resulta das reformas implementadas visando essencialmente resolver os problemas que
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emergem aos níveis mais baixos da administração do Estado, principalmente no meio rural
onde habita a maior parte da população moçambicana.

A este respeito para VALÁ (2009: 15) “o Fundo de Redução da Pobreza Urbana é um
factor preponderante de mitigação e de capacidade de resposta numa perspectiva
desenvolvimentista, com ênfase para o meio urbano”.

Portanto, com base na perspectiva funcionalista, a desconcentração e a própria planificação


descentralizada contribuem de forma significativa para o desenvolvimento local ou aumento
da capacidade de resposta do Estado às diversas necessidades apresentadas aos níveis mais
baixos da sua administração.

5.2. Quadro Conceptual

De acordo com os objectivos deste estudo, torna-se indispensável a definição de conceitos


essenciais como: a Descentralização, Desenvolvimento, Desenvolvimento Local,
Planificação Participativa, Orçamento e Conselho Consultivo Local.

Para FARIA e CHICHAVA (1999: 5), “a descentralização pode ser definida como a
organização das actividades da administração central fora do aparelho do governo
central”, através de duas medidas: (i) administrativas e fiscais que permitem a transferência
de responsabilidades e recursos para agentes criados pelos órgãos da administração central; e
(ii) políticas que permitem a atribuição, pelo governo central, de poderes, responsabilidades
e recursos específicos para autoridades locais.

Neste caso, a descentralização administrativa ou desconcentração é o processo da


transferência ou partilha de responsabilidades. Quando a descentralização não implica a
definitiva transferência de autoridade, poder de decisão, recursos e património, para os
órgãos subordinados da administração central, pode comprometer o desenvolvimento
económico e local. Segundo SANDRONI (1994: 34) “o desenvolvimento económico é o
crescimento económico acompanhado por melhorias do nível de vida dos cidadãos e por
alterações estruturais na economia”.

DINIZ (2006: 74) entende que o desenvolvimento é “um processo complexo que engloba
aspectos económicos, sociológicos, psicológicos e políticos da vida em sociedade”.
Portanto, o desenvolvimento pode ser entendido como um processo de melhoria das
condições de vida, de trabalho, de lazer, enfim, do bem-estar das comunidades que habitam
numa determinada área.
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Na percepção de ÁVILA (2007: 94), o desenvolvimento local é um processo endógeno


verificado em pequenas unidades territoriais e agrupamentos humanos capazes de
promover o dinamismo económico e a melhoria da qualidade de vida da população.
Representa uma singular transformação nas bases económicas e na organização social ao
nível local, resultante da mobilização das energias das sociedades, explorando as suas
capacidades e potencialidades específicas. Tomando em consideração estes pressupostos, o
autor mostra que para ser um processo consistente e sustentável o desenvolvimento local
deve privilegiar a elevação das oportunidades sociais e a viabilidade e competitividade da
economia local, aumentando a renda e as formas de riqueza, ao mesmo tempo que se
assegura a conservação dos recursos naturais. Para tal, é relevante estimular o processo de
planificação participativa.

Neste sentido, planificação participativa é o processo que consiste num envolvimento das
comunidades através de uma melhor articulação entre estas e o governo local nas iniciativas
do desenvolvimento local para corresponder as necessidades e prioridades da população
tendo em vista a solução dos seus problemas (MPD, 2007: 52).

Em Moçambique, a partir do ano de 2006, o processo de implementação do


desenvolvimento local, a nível distrital é por base uma nova ferramenta de planificação.
Orçamento de Investimento e Iniciativas Locais (OIIL) é um instrumento objectiva
dinamizar todo o conjunto de acções promovidas pelos diversos segmentos das comunidades
locais, constituindo um símbolo do processo de descentralização (VALÁ, 2007: 15).

De acordo com a Lei 8/2003, de 19 de Maio e o seu respectivo regulamento, Decreto


11/2005, de 10 de Junho, o Conselho Consultivo Distrital (CCD), é uma instituição de
participação e consulta comunitária de mais alto nível, que serve de "espaço de diálogo e
deliberação sobre as prioridades locais de desenvolvimento, entre o povo e as autoridades do
governo local".

6. Revisão da Literatura

Neste subtítulo apresenta-se alguns aspectos sobre o processo de desconcentração e/ou


descentralização, do qual depende a participação das comunidades na governação local.

As reformas políticas, económicas e sociais iniciadas em 1987, com o lançamento do


programa de reabilitação económica (PRE), traduzido por uma viragem na organização
política, económica, social e cultural da sociedade, para economia do mercado, tem exigido
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do Estado uma redefinição do seu papel, sobretudo por modelo económico em que a
participação do serviço privado passou a ter um papel relevante (GUAMBE: 2008: 57).

A Administração Pública herdada do sistema colonial caracterizava-se por uma estrutura


administrativa baseada no princípio da centralização, isto é, na centralização da decisão
administrativa aos órgãos superiores da administração central colonial. Aliás, com a
independência, a natureza do regime modificou-se substancialmente, do qual resultou a
reforma de 1977, que “escangalhou” o aparelho do Estado colonial, e criou um aparelho de
Estado que adequasse com as concepções políticas e económicas para a construção de uma
sociedade socialista e de democracia popular (Ibidem: 57).

No entanto, para o processo de implementação da reforma do Estado, verificou-se uma


divergência entre a centralização da decisão administrativa e as vontades e realidades locais
manifestadas pelas formas então criadas para a participação da população nos diversos
escalões territoriais; provocando deste modo frustrações. Esta realidade foi constatada e
discutida em 1983 no IV Congresso do Partido Frelimo.

Portanto, a descentralização no contexto moçambicano é o processo através do qual a


administração assegura a participação dos cidadãos na governação ao nível local, no
pressuposto de que trata-se de um poder de decisão mais próximo do cidadão, o que torna
possível a sua participação na solução dos problemas de desenvolvimento, social e cultural
da sua respectiva comunidade. Neste caso específico, a descentralização em Moçambique,
ocorre em duas vertentes e simultaneamente. Primeiro, a descentralização que abrange as
autarquias locais como entidades públicas, com personalidade jurídica própria distinta da do
Estado, dotado de autonomia administrativa, financeira e patrimonial (Lei 2/97, de 18 de
Fevereiro).

Segundo, a descentralização que abrange os Órgãos Locais do Estado nos níveis provinciais,
distrital, posto administrativo, localidade e de povoação, dotados de competências próprias
na tomada de decisões de natureza local e abrindo espaço de participação das comunidades
no desenvolvimento local através do envolvimento dos seus lideres no processo de
governação e da institucionalização dos Conselhos Consultivos Locais (lei 8/2003, de 19 de
Maio). Como resultado do aprofundamento da democracia no contexto político, económico,
administrativo, social e cultural, a luz da Constituição de 1990, em 1991 realizou-se o
primeiro seminário sobre a autonomia dos órgãos locais, do qual saíram recomendações de
base para se desencadear o processo de descentralização.
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Em Maio de 1992, o Governo aprovou o Programa de Reforma dos Órgãos Locais do


Estado (PROLE), cujo objectivo era a realização de estudos sobre a organização,
funcionamento e competências dos Órgãos Locais do Estado e com a administração pública
a ser exercida pelos órgãos locais do Estado, como complemento dos territórios onde não
estavam abrangidos pelas autarquias locais, no que diz respeito a tutela administrativa do
Estado.

Com efeito, foi com a aprovação da Lei 8/2003 (LOLE), de 19 de Maio que se estabelece os
princípios, e normas de organização, competências e funcionamento dos OLE, que o distrito
passou a ter um papel ainda mais importante do quadro de administração local.

Na visão de VALÁ (2008: 181) citando a DNDR, encara a descentralização como opção de
administração que responde em tempo útil à diversidade de situações nas áreas rurais, ela
serve como medida de reforço das capacidades locais de organizar-se administrativamente,
gerir recursos financeiros e patrimoniais; identificar problemas; definir objectivos; analisar
os impactos com vista ao melhoramento do seu desempenho.

Com a descentralização, pretende-se uma maior mobilização de recursos disponíveis,


promovendo que a tomada de decisões seja mais próxima da realidade e, de preferência com
o envolvimento da população que tais decisões lhes dizem respeito. A descentralização é a
premissa básica para o desenvolvimento integrado e sustentável dos distritos. Porém, uma
boa governação faz-se com maior responsabilização dos cidadãos e maiores poderes das
estruturas próximas de base.

A descentralização através das autarquias e a desconcentração através da atribuição de


maiores competências aos Órgãos Locais do Estado, buscam à sua maneira de realizar uma
“administração de proximidade”encurtando o percurso administrativo entre a sede de
problemas e a sede de decisão (VALÁ 2009:3 citando MONTEIRO, s/d).

Todavia, o Governo de Moçambique através da Lei 8/2003 criou o distrito, encarregue de


realizar o programa do Governo e o Plano Económico e Social (PES), com poderes de
decisão, execução e controlo das actividades previstas. É nessa esteira que é estabelecida ao
nível distrital a figura do “Orçamento Distrital”.

È importante referir que desde aprovação da Lei 8/2003 e o Decreto 11/2005, ocorreram
mudanças significativas sobre os OLE e institucionalização do CCL até a alocação do OIIL,
que estava inicialmente concebido para financiar a construção e reabilitação de infra-
estruturas locais, por força das decisões da 19ª secção do Conselho de Ministros alargado
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aos Directores nacionais, governadores provinciais, administradores distritais e outros


quadros do Estado, a decisão original foi modificada e o orçamento passou a ser alocado
para financiar iniciativas económicas, com vista a promover a renda, comida e criação de
emprego a nível local. Portanto, O Fundo de Desenvolvimento Distrital é resultado da
política de descentralização e desconcentração do governo, impulsionando deste modo o
desenvolvimento local e do País, com a participação das comunidades.

7. Metodologia
7.1. Métodos de Investigação

O método de procedimento a ser adoptado nesta pesquisa será o hipotético dedutivo


proposto por POPPER, segundo o qual, quando os conhecimentos disponíveis de um
determinado assunto são insuficientes para explicação de um fenómeno, surge um
problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema são formuladas
conjecturas ou hipóteses, (GIL, 1999:30).

Para atingir os objetivos definidos, adoptar-se-á uma abordagem de investigação de natureza


qualitativa e experimental. A investigação qualitativa é essencialmente descritiva e tem
como principal objetivo compreender “os processos que contribuem para um fenómeno ou
acontecimento mais geral” (VELOSO, 2007:79 apud MENDES (2012:32).

Assim, a opção por uma investigação qualitativa em detrimento da abordagem quantitativa


justifica-se por se pretender descrever, interpretar e apreciar o fenómeno da Gestão do
Fundo de Redução da Pobreza Urbana, mais propriamente na Cidade de Lichinga. Neste
quadro de investigação qualitativa, optar-se-á por um tipo de investigação estudo de caso.

7.2. Instrumentos de recolha de dados

O presente estudo compreenderá dois momentos principais, que conduziram uma melhor
possibilidade de tratamento dos dados necessários, nomeadamente: O primeiro consistirá na
pesquisa documental e bibliográfica através de fontes relevantes como livros, legislação
específica, documentos oficiais e não editados sobre o processo de desconcentração bem
como da própria planificação descentralizada.

Segundo, após a pesquisa documental e bibliográfica proceder-se-á a colecta de dados


necessários a análise, através da técnica de entrevista semi-estruturada previamente
elaborada para os principais actores e entendidos na matéria. A escolha deste tipo de
entrevista resulta do facto desta garantir maior possibilidade de adaptar as questões aos
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entrevistados e assegura um elevado grau de flexibilidade na sua exploração, o que permitiu


uma maior racionalização do tempo e aprofundamento das questões em análise.

7.3. Amostra

Decorrente dos objectivos deste estudo, tomar-se-á em conta a amostragem intencional


como o método de amostragem mais apropriado para a análise pretendida. Segundo
MARCONI & LAKATOS (2002: 44) neste tipo de amostragem o pesquisador interessa se
com opinião de determinados elementos da população estudada ainda que não seja
representativa da mesma. Assim, esta dirige-se apenas a aqueles que na óptica do
pesquisador lideram a opinião da comunidade e tem a probabilidade de influenciar a opinião
dos demais.

A pesquisa será constituída por uma amostra de um total de 17 pessoas, segmentada por dois
grupos. O primeiro comportará os quadros seniores da Administração do Distrito e dos
Membros do Conselho Consultivo Municipal para se perceber destes sobre o envolvimento
dos munícipes no processo de selecção dos beneficiários do Fundo de Redução da Pobreza
Urbana, bem como da pertinência deste na dinamização do processo de desenvolvimento
urbano.

O segundo será composto pelos residentes, beneficiários e líderes comunitários locais com
vista a colher a percepção o dinamismo actual da Cidade de Lichinga e sua relação com os
resultados do Fundo de Redução da Pobreza Urbana, destacando acima de tudo a sua
participação neste processo. À este grupo procurar-se-á também perceber as dificuldades
e/ou constrangimentos ligados ao acesso deste Fundo bem como os mecanismos de
viabilidade na sua aplicação tendo em conta os objectivos da sua criação.

8. Cronograma

Tabela 1: Cronograma

Actividades
Mar Abr Mai
1.1. Entrega do projecto ao supervisor
1.2. Feitura de certas correcções;
2. Colecta de dados
2.1. Pesquisa bibliográfica e documental;
2.2. Realização de entrevistas;
3. Tratamento de dados
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3.1. Analise dos dados de campo.


4. Redacção final da dissertação
4.1. Entrega ao supervisor para as possíveis
correcções;
4.2. Encaminhamento à comissão examinadora.
Fonte: Autora, 2014.

9. Orçamento

Tabela 2: Orçamento

No Designação de actividade Quantidade Custo monetário Valor total


(MT)
01 Compra de blocos de notas 1 100.00 100.00
02 Compra de esferográfica 1 5.00 5.00
03 Compra de resma 1 120.00 120.00
04 Compra de lápis a carvão 1 2.50 2.50
05 Compra de pasta de arquivo 1 150.00 150.00
06 Impressão 1000.00 1000.00
07 Total 1377.00
Fonte: Autora, 2014.
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Bibliografia

AVILA, Vicente Fidélis de. Cultura, Desenvolvimento Local, Solidariedade e Educação.


São Paulo: UCD; 2007

FARIA & CHICHAVA. Descentralização e Cooperação Descentralizada em


Moçambique. Maputo, 1999.

GUAMBE, J. M. Elija”Evolução do Processo de Descentralização em Moçambique”


.In Dez anos de Descentralização em Moçambique: os caminhos sinuosos de um
processo emergente. Maputo, NEAD; 2008.

MAE & MPD. Diploma Ministerial nº 67/2009, de 17 de Abril de 2009. Guião Sobre a
Organização e Funcionamento dos Conselhos Consultivos Locais, Novembro,
2008. Maputo.

MACUANA, J. Jaime & WEIMER, Bernhard. Governos Locais em Moçambique: Desafios


de Capacitação - Comunicações do Seminário Internacional Realizado em
Maputo, de 18 a 20 de Fevereiro. 2002

MARCONI, M. de A. & LAKATOS, E. M. (1985). Técnicas de Pesquisa: planejamento e


execução de pesquisa, amostragem e técnicas de pesquisa, elaboração, análise
e interpretação de dados. São Paulo: ATLAS.

MENDES, Inácio Manuel. Gestão estratégica de Recursos Humanos na Administração


Pública: Mito ou Realidade? Dissertação de Mestre em Gestão Estratégica
de Recursos Humanos. Escola Superior de Ciências Empresariais. Setúbal,
Instituto Politécnico de Setúbal, 2012.

SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia. São Paulo: Atlas; 1994.

VALÁ, Salím. O Orçamento de Investimento de Iniciativa Local e a Dinâmica da


Economia
Rural em Moçambique: Resultados, Desafios e Perspectivas: Economia,
Política e Desenvolvimento. Revista Científica Inter-Universitária. Vol.1,
13

nº 2. 2010. 2009

Lei nº 8 /2003, de 19 de Maio – Estabelece Princípios e Normas de Organização,


competência e Funcionamento dos órgãos Locais d Estado, BR nº 20, Iª Série, Supl.

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