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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos


FAGREFF

Tema: Políticas Públicas em Moçambique: uma análise sobre o papel da


Sociedade Civil na formulação e implementação de Planos Operativos no Distrito
de Chimbunila (2015-2018).

Felismina Manuel Júnior

Lichinga

Abril de 2020
Politicas Publicas em Moçambique: uma analise sobre o papel da Sociedade Civil na
formulação e implementação de Planos Operativos no Distrito de Chimbunila (2015-2018).

Felismina Manuel Júnior

Projecto do curso de Licenciatura em Administração Publica,


cadeira de Metodologias de Pesquisa para Ciências Sociais da
Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos-
FAGREFF, como parte dos requisitos necessários para a
obtenção de nota.

Supervisor: Msc. Edmundo Francisco Xavier

Lichinga

Abril de 2020
Índice Pág.

Introdução ....................................................................................................................................... 4

Problematização .............................................................................................................................. 5

Objectivos gerais ............................................................................................................................. 6

Objectivos específicos. ................................................................................................................... 6

Hipóteses. ........................................................................................................................................ 6

Justificativa ..................................................................................................................................... 7

Delimitação de tema ....................................................................................................................... 8


Introdução

As Politicas Publicas em Moçambique no processo da participação da sociedade civil (SC) em


Moçambique, tem assistido em vários cantos do mundo, estes mecanismos de participação de
sociedade civil têm geralmente surgido, ora forjados pela pressão da sociedade civil e pelos seus
movimentos organizados, ora por necessidade de defender interesses do grupo ligados a sua
sobrevivência contra calamidades naturais, ou ainda pela iniciativa dos próprios governos locais.
Isto porque, os governos reconhecem que é democratizando, e alargando as relações entre o
poder público e a sociedade que se poderá conseguir elaborar políticas públicas mais legítimas.
Este aspecto, permite que as políticas públicas possam ir ao encontro das aspirações dos
beneficiários locais, como também, potenciam-se os espaços do exercício da cidadania.
Neste processo de modernização, estabeleceu-se ainda o princípio de igualdade e novas formas
de relacionamento entre o Estado e a sociedade civil. Ainda acreditamos que, a participação
efectiva da sociedade civil que contribui largamente na consolidação democrática depende: da
institucionalização dos mecanismos de participação (aprovação de novas leis e instauração de
organismos de participação); do fortalecimento da SC em contextos onde ela é caracterizada por
fragilidades de varia ordem, entre outros aspectos.

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Problematização

Nos últimos anos, em Moçambique, com aprovação da lei 8/2003 sobre tudo a LOLE, a questão
da descentralização e desconcentração ganhou espaço em todos distritos sobretudo no poder de
decisão, e não põe de lado o movimento de participação da sociedade civil. Este movimento de
participação, vem conquistando importantes espaços de participação democrática, em instâncias
de deliberação sobre a condução das políticas públicas. E constituem exemplos práticos, a
instauração de conselhos consultivos de sociedade civil para apoiar o processo de planos
operativos ao nível dos distritos.

Estes mecanismos de participação de sociedade civil têm geralmente surgido pela pressão da
sociedade civil e pelos seus movimentos organizados, com estes aspectos permitem que as
políticas públicas possam ir ao encontro das aspirações dos beneficiários locais, como também,
potenciam-se os espaços do exercício da cidadania.

Difícil perceber o contributo da Sociedade Civil quando estes estão mergulhados nos partidos ou
seja enquanto são partidários e sem capacidade de separar os poderes. No entanto parte do
princípio de que a institucionalização dos mecanismos de participação do cidadão
individualmente ou representado por uma organização da sociedade civil, não é suficiente para
que haja uma participação efectiva.

Está fragilizada ou seja dominada sem o poder decisivo e o pior sem saber o seu papel no
contributo dos planos operativos do distrito de Chimbunila. Portanto abre-se o espaço de
relacionamento entre os governos e a sociedade, mas esses espaços de relacionamento não são
devidamente explorados. Dentro desta dura realidade enquadra-se também na falta de vontades,
valores, sentimentos e prioridades nas agendas de desenvolvimento local.

Perante a situação dura realidade levanta-se a questão: Como a institucionalização dos


mecanismos de participação da sociedade civil na tomada de decisões, associada à capacidade
da mesma em influenciar a agenda dos governos e contribui na formulação e implementação dos
planos operativos de forma inclusiva no distrito de Chimbunila?

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Objectivos gerais

Compreender a contribuição dos organismos locais de participação da Sociedade Civil


(Conselhos Consultivos) e o nível de influência que a mesma consegue exercer sobre o processo
de formulação e implementação de políticas públicas.

Objectivos específicos.

• Identificar os mecanismos legais que permitem a Sociedade Civil relacionar-se com o


Governo do Distrito de Chimbunila na formulação e implementação de políticas
públicas.
• Demonstrar o papel dos diferentes actores (Conselho Consultivo e Sociedade Civil), no
processo de formulação e implementação de políticas públicas no Distrito de
Chimbunila.

• Analisar as alternativas de uma Sociedade Civil forte, capaz de exercer sua influência no
processo de formulação e implementação de políticas públicas no contexto local e
desafios por potencializar.

Hipóteses.

Depois de analisar a revisão bibliográfica proponho-me a levantar algumas hipóteses como se


pode observar a seguir:
• A hipótese Primaria mostra que: A institucionalização dos mecanismos de participação da
sociedade civil, por si só, não é determinante para garantir a participação efectiva da
Sociedade Civil, na formulação e implementação de políticas locais inclusivas. Estes
mecanismos, precisam de serem combinados com acções de fortalecimento da mesma
Sociedade Civil de Chimbunila.

• A hipótese secundária mostra que: O nível ainda não consolidado das estruturas dos Órgãos
da Sociedade Civil e ausência de mecanismos de responsabilização mútua, dificultam a
governação participativa capaz de promover a participação na formulação e implementação
de políticas, melhorias na prestação de serviços públicos às populações, a prestação de
contas, a transparência e abertura.

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Justificativa

A escolha deste tema ocorreu por três motivos fundamentais: a começar pelo facto de reconhecer
que, a sustentabilidade do desenvolvimento é garantida pela inclusão dos beneficiários e respeito
pelos princípios de transparência no processo de formulação e implementação das políticas
públicas. Segundo, por reconhecer que, a instauração dos Conselhos Consultivos e a participação
política da Sociedade Civil por via dos Conselhos Consultivos na formulação e implementação
das políticas públicas, potencia a consolidação da democrática. Este aspecto, garante ainda a
governação participativa baseada na promoção da cidadania, prestação de contas, transparência,
abertura e maior capacidade de prover serviços públicos de qualidade da população local. Por
outro lado, considerar certo que, a instauração dos CCs em espaços públicos abre mais espaço de
convivência entre os governos e a Sociedade Civil. Dado este importante passo, cabe a SC
remover alguns entraves a sua participação plena, tais como, fragilidade que afecta as suas
estruturas organizativas e falta de recursos humanos qualificados, capazes de conduzir com êxito
as iniciativas das respectivas Organizações da Sociedade Civil a que fazem parte.
Em Terceira referir que, a escolha daquele distrito esta ligada ao facto de tratar-se de um espaço
em que a SC apresenta fragilidades de vária ordem, o que dificulta a sua participação política
efectiva na elaboração e implementação de políticas públicas. Essas fragilidades, condicionam o
exercício pleno do papel da SC de agir como vigilante em relação às acções levadas a cabo pela
administração pública, exigindo a garantia dos direitos dos cidadãos e eficiência na
implementação das políticas. Outra motivação a começar, pelo facto de reconhecermos que, a
sustentabilidade do desenvolvimento é garantida pela inclusão dos beneficiários e respeito pelos
princípios de transparência no processo de formulação e implementação das políticas públicas.

Por outro por reconhecermos que, a instauração dos Conselhos Consultivos e a participação
política da Sociedade Civil por via dos Conselhos Consultivos na formulação e implementação
das políticas públicas, potencia a consolidação da democrática. Este aspecto, garante ainda a
governação participativa baseada na promoção da cidadania, prestação de contas, transparência,
abertura e maior capacidade de prover serviços públicos de qualidade ao povo. Ainda mais
considera-se certo que, a instauração dos Conselhos Consultivos em espaços da governação abre
mais espaço de convivência entre os governos e a sociedade civil.

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Delimitação de tema

O presente estudo foi realizado na cidade de Lichinga no distrito de Chimbonila, num intervalo
compreendido entre 2015 a 2018, limitando-se nas Politicas Publicas em Moçambique:
Uma analise sobre o papel da Sociedade Civil na formulação e implementação de Planos
Operativos no Distrito de Chimbunila (2015-2018).

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